Paolo Coelho - A bruxa de Portobello

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Uma reflexão sobre a espiritualidade, a moral e as relações familiares. Narra 21 anos na vida de Athena, uma jovem originária da Transilvânia adotada por libaneses, que parte em busca de sua verdadeira mãe e de suas raízes. Nessa jornada, ela enfrentará a intolerância religiosa dos tempos da Inquisição.

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Os pensamentos não paravam: quanto iria custar aquela consulta? Fiquei apavorada, devia ter perguntado antes. Uma fortuna? E se não pagasse, será que ela me jogaria um encantamento que terminaria por destruir-me?

Senti o impulso de levantar-me, agradecer, mas dizer que não tinha vindo ficar em silêncio. Se você vai a um psiquiatra, tem que falar. Se vai a uma igreja, escuta um sermão. Se busca a magia, encontra um mestre que quer lhe explicar o mundo e lhe dá uma série de rituais. Mas silêncio? E por que me incomodava tanto?

Era uma pergunta atrás da outra — eu não conseguia parar de pensar, querer descobrir uma razão para estarmos ali as duas, sem dizer nada. De repente, talvez depois de longos cinco ou dez minutos sem que nada se movesse, ela sorriu.

Eu sorri também, e relaxei.

— Tente ser diferente. Apenas isso.

— Apenas isso? Ficar em silêncio é ser diferente? Imagino que neste minuto existem milhares de almas aqui em Londres que estão loucas para ter alguém com quem conversar, e tudo que você me diz é que silêncio faz diferença?

— Agora que você está falando e reorganizando o universo, terminará se convencendo que está certa, e eu estou errada. Mas você viu: ficar em silêncio é diferente.

— E desagradável. Não ensina nada.

Ela pareceu não se importar com minha reação.

— Em que teatro você trabalha?

Finalmente minha vida começava a ter interesse! Eu voltava à condição de ser humano, com profissão e tudo! Convidei-a para assistir à peça que estava sendo exibida naquele momento — foi a única maneira que encontrei de me vingar, mostrando que era capaz de coisas que Athena não sabia fazer. Aquele silêncio havia me deixado com um gosto de humilhação na boca.

Perguntou se podia levar o filho, eu respondi que não — era para adultos.

— Bem, posso deixar com minha mãe; faz muito tempo que não vou a um teatro.

Não cobrou nada pela consulta. Quando me encontrei com os outros membros de minha equipe, contei meu encontro com a misteriosa criatura; ficaram absolutamente curiosos em conhecer alguém que, no primeiro contato, tudo que pede é para ficar em silêncio.

Athena apareceu no dia marcado. Assistiu à peça, foi ao camarim me cumprimentar, não disse se havia gostado ou não. Meus colegas sugeriram que a convidasse para o bar a que costumávamos ir após o espetáculo. Ali, ao invés de ficar quieta desta vez, começou a falar de uma pergunta que ficara sem resposta em nosso primeiro encontro:

— Ninguém, nem mesmo a Mãe, jamais desejaria que a atividade sexual fosse praticada apenas por celebração; o amor precisa estar presente. Você disse que andou encontrando gente deste tipo, não é verdade? Tome cuidado.

Meus amigos não entenderam nada, mas gostaram do assunto, e começaram a bombardeá-la com perguntas. Algo me incomodava: suas respostas eram muito técnicas, como se não tivesse muita experiência sobre o que estava falando. Comentou o jogo de sedução, os ritos de fertilidade, e terminou por uma lenda grega — com certeza porque eu lhe dissera em nosso primeiro encontro que na Grécia estavam as origens do teatro. Devia ter passado a semana inteira lendo sobre o assunto.

— Depois de milênios de dominação masculina, estamos de volta ao culto da Grande Mãe. Os gregos a chamavam de Gaia, e conta o mito que ela nasceu do Caos, o vazio que imperava antes no universo. Com ela, veio Eros, o deus do amor, e logo gerou o Mar e o Céu.

— Quem foi o pai? — perguntou um dos meus amigos.

— Ninguém. Existe um termo técnico, chamado partenogênese, que significa ser capaz de dar à luz sem a interferência masculina. Existe também um termo místico, a que estamos mais acostumados: a Imaculada Conceição.

“De Gaia vieram todos os deuses que mais tarde iriam povoar os Campos Elísios da Grécia — inclusive o nosso caro Dionísio, o ídolo de vocês. Mas, à medida que o homem ia se afirmando como o principal elemento político nas cidades, Gaia foi caindo no esquecimento, sendo substituída por Júpiter, Marte, Apolo, Saturno — todos muito competentes, mas sem o mesmo encanto que a Mãe que tudo originou.”

Em seguida, fez um verdadeiro questionário a respeito de nosso trabalho. O diretor perguntou se não queria nos dar algumas lições.

— Sobre o quê?

— Sobre o que você sabe.

— Para falar a verdade, aprendi sobre as origens do teatro durante a semana. Aprendo tudo à medida que preciso, foi isso que me disse Edda.

Confirmado!

— Mas posso dividir com vocês outras coisas que a vida me ensinou.

Todos concordaram. Ninguém perguntou quem era Edda.

Deidre O’Neill, conhecida como Edda

Eu dizia para Athena: não precisa ficar vindo até aqui o tempo todo só para perguntar bobagens. Se um grupo resolveu aceitá-la como professora, por que não usa esta chance para transformar-se em mestra?

Faça o que eu sempre fiz.

Procure sentir-se bem quando estiver achando que é a última das criaturas. Não acredite que está mal: deixe que a Mãe possua o seu corpo e sua alma, entregue-se através da dança ou do silêncio, ou das coisas comuns da vida — como levar o filho à escola, preparar o jantar, ver se a casa está bem arrumada. Tudo é adoração — se você estiver com a mente concentrada no momento presente.

Não tente convencer ninguém a respeito de nada. Quando não souber, pergunte ou vá pesquisar. Mas, à medida que agir, seja como um rio que flui, silencioso, entregando-se a uma energia maior. Acredite — foi isso que lhe disse em nosso primeiro encontro.

Acredite que é capaz.

No início, vai ficar confusa, insegura. Depois, vai achar que todos pensam que estão sendo enganados. Não é nada disso: você sabe, apenas precisa estar consciente. Todas as mentes do planeta são facilmente sugestionáveis para o pior, temem a doença, a invasão, o assalto, a morte: tente devolver-lhes a alegria perdida.

Seja clara.

Reprograme-se a cada minuto do dia com pensamentos que a façam crescer. Quando estiver irritada, confusa, procure rir de você mesma. Ria alto, ria muito com esta mulher que está se preocupando, se angustiando, achando que seus problemas são os mais importantes do mundo. Ria desta situação patética, porque você é a manifestação da Mãe, e ainda acredita que Deus é homem, cheio de regras. No fundo, a maioria dos nossos problemas se resume a isso: seguir regras.

Concentre-se.

Se não achar nada para focalizar seu interesse, concentre-se na respiração. Por aí, por seu nariz, está entrando o rio de luz da Mãe. Escute as batidas do coração, siga os pensamentos que não consegue controlar, controle a vontade de levantar-se imediatamente e fazer algo de “útil”. Fique sentada alguns minutos por dia sem fazer nada, aproveite o máximo que puder.

Quando estiver lavando pratos, reze. Agradeça pelo fato de que tem pratos para lavar; isso significa que ali já esteve comida, que alimentou alguém, que cuidou de uma ou mais pessoas com carinho — cozinhou, colocou a mesa. Imagine quantos milhões de pessoas neste momento não têm absolutamente nada para lavar, ou ninguém para quem preparar a mesa.

Evidente que outras mulheres dizem: eu não vou lavar pratos, os homens que lavem. Pois eles que lavem se quiserem, mas não veja nisso uma igualdade de condições. Não há nada de errado em fazer coisas simples — embora, se amanhã eu publicasse um artigo com tudo que penso, iriam dizer que estou trabalhando contra a causa feminina.

Que bobagem! Como se lavar pratos, ou usar sutiã, ou abrir e fechar portas, fosse algo que humilhasse minha condição de mulher. Na verdade, eu adoro quando um homem me abre a porta: na etiqueta está escrito “ela precisa que eu faça isso, porque ela é frágil”, mas na minha alma está escrito “sou tratada como uma deusa, sou uma rainha”.

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