Paolo Coelho - A bruxa de Portobello

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A bruxa de Portobello: краткое содержание, описание и аннотация

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Uma reflexão sobre a espiritualidade, a moral e as relações familiares. Narra 21 anos na vida de Athena, uma jovem originária da Transilvânia adotada por libaneses, que parte em busca de sua verdadeira mãe e de suas raízes. Nessa jornada, ela enfrentará a intolerância religiosa dos tempos da Inquisição.

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Eu busquei felicidade muito tempo de minha vida — agora eu quero mesmo é alegria. Alegria é como sexo; começa e acaba. Eu quero prazer. Eu quero estar contente — mas felicidade? Parei de cair nesta armadilha.

Quando estou com um grupo de pessoas e resolvo provocar usando uma das questões mais importantes de nossa existência, todas dizem: “sou feliz”.

Continuo: “mas você não deseja ter mais, não quer continuar a crescer?”. Todos respondem: “claro”.

Insisto: “então não é feliz”. Todos mudam de assunto.

Melhor voltar a esta sala onde Athena está agora. Escura. Ela escuta meus passos, o fósforo que é riscado, e uma vela é acesa.

— Tudo que nos cerca é o Desejo Universal. Não é a felicidade; é um desejo. E os desejos sempre são incompletos — quando são preenchidos, deixam de ser desejos, não é verdade?

— Onde está meu filho?

— Seu filho está bem, vendo televisão. Quero que olhe apenas para esta vela, e não fale, não diga nada. Apenas acredite.

— Acreditar que…

— Pedi que não dissesse nada. Acredite, simplesmente — não tenha dúvida de nada. Você está viva, e esta vela é o único ponto do seu universo — creia nisso. Esqueça para sempre esta idéia de que o caminho é uma maneira de chegar a um destino: na verdade, estamos sempre chegando a cada passo. Repita isso todas as manhãs: “eu cheguei”. Verá que vai ser muito mais fácil estar em contato com cada segundo do seu dia.

Dei uma pausa.

— A chama da vela está iluminando seu mundo. Pergunte a ela: “quem sou eu?”.

Esperei mais um pouco. E continuei:

— Imagino sua resposta: sou fulana de tal, vivi estas e aquelas experiências. Tenho um filho, trabalho em Dubai. Agora torne a indagar à vela: quem não sou eu?

De novo esperei. E de novo continuei:

— Você deve ter respondido: eu não sou uma pessoa contente. Eu não sou uma típica mãe de família, que se preocupa apenas com o filho, com o marido, com ter uma casa com um jardim e um lugar onde passar as férias todo verão. Acertei? Pode falar.

— Acertou.

— Então estamos no caminho certo. Você é — como eu sou — uma pessoa insatisfeita. Sua “realidade” não combina com a “realidade” dos outros. E você tem medo que seu filho siga o mesmo caminho, não é verdade?

— Tenho.

— Mesmo assim, sabe que não pode parar. Luta, mas não consegue controlar suas dúvidas. Veja bem esta vela: no momento, ela é seu universo; concentra sua atenção, ilumina um pouco ao seu redor. Respire fundo, prenda o ar dentro dos pulmões o máximo de tempo possível, e expire. Repita isso cinco vezes.

Ela obedeceu.

— Este exercício deve ter acalmado sua alma. Agora lembre-se do que eu disse: acredite. Acredite que é capaz, que já chegou onde queria. Em um dado momento de sua vida, como contou em nosso chá hoje à tarde, disse que havia mudado o comportamento das pessoas no banco onde trabalhava, porque as havia ensinado a dançar. Não é verdade.

“Você mudou tudo, porque você mudou sua realidade com a dança. Acreditou nesta história do Vértice, que me parece interessante, embora eu jamais tenha escutado falar a respeito. Gostava de dançar, acreditava no que estava fazendo. Não se pode acreditar em algo que não se gosta, entendeu?”

Athena fez um sinal afirmativo com a cabeça, mantendo os olhos fixos na chama da vela.

— A fé não é um desejo. A fé é uma Vontade. Desejos sempre são coisas para serem preenchidas, Vontade é uma força. Vontade muda o espaço à nossa volta, como você fez com o trabalho no banco. Mas, para isso, é necessário Desejo. Por favor, concentre-se na vela!

“Seu filho saiu daqui e foi ver televisão, porque o escuro lhe faz medo. E qual o motivo? No escuro, podemos projetar qualquer coisa, e geralmente projetamos apenas nossos fantasmas. Isso vale para crianças e para adultos. Levante seu braço direito lentamente.”

O braço se moveu até o alto. Eu pedi que fizesse a mesma coisa com o braço esquerdo. Olhei bem os seus seios — muito mais bonitos que os meus.

— Pode abaixar, mas também lentamente. Feche os olhos, respire fundo, eu vou acender a luz. Pronto: terminou o ritual. Vamos até a sala.

Ela levantou-se com dificuldade — as pernas tinham ficado dormentes por causa da postura que lhe havia indicado.

Viorel já havia dormido; eu desliguei a televisão, fomos para a cozinha.

— Para que serviu tudo isso? — perguntou.

— Apenas para retirá-la da realidade cotidiana. Podia ter sido qualquer coisa onde pudesse fixar sua atenção, mas eu gosto do escuro e da chama de uma vela. Enfim, você está me perguntando onde quero chegar, não é verdade?

Athena comentou que tinha viajado quase três horas de trem, com o filho nos braços, precisando arrumar a mala para voltar ao emprego; podia ter ficado olhando uma vela no seu quarto, não precisava ter vindo até a Escócia.

— Precisava sim — respondi. — Para saber que não está sozinha, que outras pessoas estão em contato com a mesma coisa que você. O simples fato de entender isso, lhe permite acreditar.

— Acreditar em quê?

— Que está no caminho certo. E como eu disse antes: chegando a cada passo.

— Que caminho? Achei que, ao buscar minha mãe na Romênia, eu finalmente teria encontrado a paz de espírito que tanto precisava, e não encontrei. De que caminho está falando?

— Disso eu não tenho a menor idéia. Você só descobrirá quando começar a ensinar. Voltando a Dubai, arranje um discípulo ou uma discípula.

— Ensinar dança ou caligrafia?

— Estas coisas você já sabe. Precisa ensinar aquilo que não sabe. Aquilo que a Mãe deseja revelar através de você.

Ela me olhou, como se eu tivesse enlouquecido.

— Isso mesmo — insisti. — Por que pedi que levantasse os braços, e respirasse fundo? Para você achar que eu sabia algo mais que você. Mas não é verdade; era apenas uma maneira de tirá-la do mundo a que está acostumada. Não pedi que você agradecesse à Mãe, que dissesse o quanto é maravilhosa, e que seu rosto brilha nas chamas de uma fogueira. Pedi apenas o gesto absurdo e inútil de levantar os braços, e concentrar a atenção em uma vela. Isso é suficiente — tentar, sempre que possível, fazer algo que não está de acordo com a realidade que nos cerca.

“Quando começar a criar rituais para o seu discípulo fazer, estará sendo guiada. Aí o aprendizado começa, assim dizia meu protetor. Se quiser ouvir minhas palavras, muito bem. Se não quiser, continue sua vida como ela está neste momento, e vai terminar batendo em uma parede chamada ‘insatisfação’.”

Chamei um táxi, conversamos um pouco sobre moda e homens, e Athena partiu. Eu tinha absoluta certeza que iria me escutar, principalmente porque fazia parte deste tipo de pessoas que nunca renuncia a um desafio.

— Ensine as pessoas a serem diferentes. Só isso! — gritei, enquanto o táxi se afastava.

Isso é alegria. Felicidade seria estar satisfeita com tudo que já tinha — um amor, um filho, um emprego. E Athena, da mesma maneira que eu, não nasceu para este tipo de vida.

Heron Ryan, jornalista

Claro que eu não admitia estar apaixonado; tinha uma namorada que me amava, me completava, dividia comigo os momentos difíceis e as horas de alegria.

Todos os encontros e acontecimentos em Sibiu faziam parte de uma viagem; não era a primeira vez que isso acontecia quando estava fora de casa. As pessoas, quando se afastam do seu mundo, tendem a se tornar mais aventureiras, já que as barreiras e preconceitos ficaram distantes.

Ao voltar para a Inglaterra, a primeira coisa que fiz foi dizer que o tal documentário sobre o Drácula histórico era uma bobagem, um simples livro de um irlandês louco tivera a capacidade de dar uma péssima imagem da Transilvânia, um dos lugares mais bonitos do planeta. Evidente que os produtores não ficaram nem um pouco satisfeitos, mas a esta altura não me importava com a opinião deles: deixei a televisão, e fui trabalhar para um dos jornais mais importantes do mundo.

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