Paolo Coelho - A bruxa de Portobello

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Uma reflexão sobre a espiritualidade, a moral e as relações familiares. Narra 21 anos na vida de Athena, uma jovem originária da Transilvânia adotada por libaneses, que parte em busca de sua verdadeira mãe e de suas raízes. Nessa jornada, ela enfrentará a intolerância religiosa dos tempos da Inquisição.

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Eu não estou aqui para trabalhar pela causa feminina, porque tanto os homens como as mulheres são uma manifestação da Mãe, a Unidade Divina. Ninguém pode ser maior do que isso.

Adoraria poder vê-la dando aulas sobre o que está aprendendo; esse é o objetivo da vida — a revelação! Você transforma-se em um canal, escuta a si mesmo, se surpreende com o que é capaz. Lembra do trabalho no banco? Talvez jamais tenha entendido, mas era a energia fluindo pelo seu corpo, seus olhos, suas mãos.

Você diria: “não é bem assim, era a dança”.

A dança funciona simplesmente como um ritual. O que é um ritual? É transformar o que é monótono em algo que seja diferente, ritmado, e possa canalizar a Unidade. Por isso eu insisto: seja diferente até lavando pratos. Mova as mãos de modo que jamais estejam repetindo o mesmo gesto — embora mantenham a cadência.

Se achar que ajuda, procure visualizar imagens; flores, pássaros, árvores em uma floresta. Não imagine coisas isoladas, como a vela em que concentrou sua atenção quando veio aqui a primeira vez. Procure pensar em algo que seja coletivo. E sabe o que vai notar? Que você não decidiu o seu pensamento.

Vou dar um exemplo com os pássaros: imagine um bando de pássaros voando. Quantos pássaros viu? Onze, dezenove, cinco? Você tem uma idéia, mas não sabe o número exato. Então, de onde partiu este pensamento? Alguém o colocou ali. Alguém que sabe o número exato de pássaros, árvores, pedras, flores. Alguém que, nestas frações de segundo, toma conta de você e mostra Seu poder.

Você é o que acredita ser.

Não fique repetindo, como estas pessoas que acreditam em “pensamento positivo”, que é amada, forte, ou capaz. Não precisa se dizer isso, porque já sabe. E quando duvida — penso que isso deve acontecer com muita freqüência neste estágio de evolução — faça aquilo que sugeri. Em vez de tentar provar que é melhor do que pensa, simplesmente ria. Ria de suas preocupações, de suas inseguranças. Veja com humor as suas angústias. No início é difícil, mas aos poucos você se acostuma.

Agora, volte e vá ao encontro de toda esta gente que pensa que você sabe tudo. Convença-se de que eles têm razão — porque todos nós sabemos tudo, é apenas uma questão de acreditar nisso.

Acredite.

Os grupos são muito importantes, comentei com você em Bucareste, na primeira vez que nos vimos. Porque eles nos obrigam a melhorar; se você estiver sozinha, tudo que pode fazer é rir de si mesma; mas, se estiver com outros, irá rir e agir logo em seguida. Os grupos nos desafiam. Os grupos nos permitem selecionar nossas afinidades. Os grupos provocam uma energia coletiva, onde o êxtase é muito mais fácil, porque uns contagiam os outros.

Evidente que os grupos também são capazes de nos destruir. Mas isso faz parte da vida, esta é a condição humana: viver com os outros. E se uma pessoa não conseguiu desenvolver bem seu instinto de sobrevivência, então não entendeu nada do que a Mãe está dizendo.

Você tem sorte, menina. Um grupo acaba de pedir que ensine algo — e isso a transformará em mestra.

Heron Ryan, jornalista

Antes do primeiro encontro com os atores, Athena veio à minha casa. Desde que eu publicara o artigo sobre Sarah, estava convencida que eu entendia seu mundo — o que não é absolutamente verdade. Meu único interesse era chamar sua atenção. Embora eu tentasse aceitar que podia haver uma realidade invisível capaz de interferir em nossas vidas, o único motivo que me levava a isso era um amor que eu não aceitava, mas que continuava se desenvolvendo de maneira sutil e devastadora.

E eu estava satisfeito com meu universo, não queria de maneira nenhuma mudar, embora estivesse sendo empurrado para isso.

— Tenho medo — disse ela assim que entrou. — Mas preciso seguir adiante, fazer o que me pedem. Preciso acreditar.

— Você tem uma grande experiência de vida. Aprendeu com os ciganos, com os dervixes no deserto, com…

— Em primeiro lugar, não é bem assim. O que significa aprender: acumular conhecimento? Ou transformar sua vida?

Sugeri que saíssemos aquela noite para jantar e dançar um pouco. Ela aceitou o jantar, mas recusou a dança.

— Me responda — insistiu, olhando meu apartamento. — Aprender é colocar coisas na estante, ou livrar-se de tudo que não serve, e seguir seu caminho mais leve?

Ali estavam as obras que tanto me tinha custado comprar, ler, sublinhar. Ali estava minha personalidade, minha formação, meus verdadeiros mestres.

— Quantos livros tem aí? Mais de mil, imagino. E, no entanto, a grande maioria jamais será aberta de novo. Guarda isso tudo porque não acredita.

— Não acredito?

— Não acredita, ponto final. Quem acredita, vai ler como li sobre teatro quando Andrea me perguntou a respeito. Mas depois, é uma questão de deixar que a Mãe fale por você, e, à medida que fala, descobre. E, à medida que descobre, consegue completar os espaços em branco que os escritores deixaram ali de propósito, para provocar a imaginação do leitor. E, quando completa estes espaços, passa a acreditar na própria capacidade.

“Quantas pessoas gostariam de ler os livros que tem aí, mas não possuem dinheiro para comprá-los? Enquanto isso, você fica com esta energia estagnada, para impressionar os amigos que o visitam. Ou porque não acredita que já aprendeu algo com eles, e precisará consultá-los de novo.”

Achei que estava sendo dura comigo. E isso me fascinava.

— Acha que não preciso desta biblioteca?

— Acho que precisa ler, mas não precisa guardar tudo isso. Seria pedir muito, se saíssemos agora e, antes de ir para o restaurante, distribuíssemos a maioria deles para as pessoas com quem cruzaremos no caminho?

— Não caberiam em meu carro.

— Alugamos um caminhão.

— Neste caso, jamais chegaríamos ao restaurante a tempo de jantar. Além do mais, você veio aqui porque está insegura, e não para me dizer o que devo fazer com meus livros. Sem eles, eu me sentiria nu.

— Ignorante, você quer dizer.

— Inculto, se está procurando a palavra certa.

— Então, sua cultura não está no coração, mas nas estantes de sua casa.

Bastava. Peguei o telefone, reservei a mesa, disse que iria chegar em quinze minutos. Athena estava querendo fugir do assunto que a levara até ali — sua profunda insegurança fazia com que partisse para o ataque, em vez de olhar para si mesma. Precisava de um homem ao seu lado, e — quem sabe? — estava me sondando para saber até onde eu podia chegar, usando aqueles artifícios femininos para descobrir se estava pronto a fazer qualquer coisa por ela.

Toda vez que estava em sua presença, minha existência parecia justificada. Era isso que ela queria ouvir? Pois bem, eu comentaria durante o jantar. Poderia fazer quase tudo, inclusive largar a mulher com quem estava agora — mas jamais distribuiria meus livros, claro.

Voltamos ao assunto do grupo de teatro no táxi, embora naquele momento eu estivesse disposto a dizer o que nunca tinha dito — falar de amor, um assunto para mim muito mais complicado que Marx, Jung, o Partido Trabalhista na Inglaterra, ou os problemas diários em redações de jornais.

— Você não precisa se preocupar — eu disse, sentindo vontade de segurar sua mão. — Vai dar tudo certo. Fale de caligrafia. Fale de dança. Fale de coisas que você sabe.

— Se fizer isso, jamais descobrirei o que não sei. Quando estiver ali, preciso deixar que minha mente fique quieta, e meu coração comece a falar. Mas é a primeira vez que faço isso, e estou com medo.

— Gostaria que fosse com você?

Ela aceitou na hora. Chegamos ao restaurante, pedimos vinho, e começamos a beber. Eu, porque precisava criar coragem para dizer o que achava que estava sentindo, embora me parecesse absurdo amar alguém que não conhecia direito. Ela, porque estava com medo de dizer o que não sabia.

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