Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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No segundo copo, percebi que seus nervos estavam à flor da pele. Tentei segurar sua mão, mas ela a retirou delicadamente.
— Não posso ter medo.
— Claro que pode, Athena. Muitas vezes sinto medo. E mesmo assim, quando preciso, sigo adiante, e enfrento tudo.
Vi que os meus nervos também estavam à flor da pele. Enchi nossas taças de novo — o garçom toda hora vinha perguntar pela comida, e eu dizia que mais tarde iríamos escolher.
Conversava compulsivamente sobre qualquer assunto que me viesse à cabeça, Athena escutava com educação, mas parecia estar longe, em um universo escuro, cheio de fantasmas. Em determinado momento contou de novo sobre a mulher na Escócia, e o que ela havia dito. Perguntei se fazia sentido ensinar o que não se sabe.
— Alguém lhe ensinou a amar alguma vez? — foi sua resposta.
Será que ela estava lendo meus pensamentos?
— E mesmo assim, como qualquer ser humano, você é capaz disso. Como aprendeu? Não aprendeu: acredita. Acredita, e portanto ama.
— Athena…
Vacilei, mas consegui terminar a frase, embora minha intenção fosse dizer algo diferente.
— … talvez seja hora de pedir a comida.
Me dei conta que ainda não estava preparado para falar de coisas que perturbavam meu mundo. Chamei o garçom, mandei que trouxesse entradas, mais entradas, prato principal, sobremesa, e outra garrafa de vinho. Quanto mais tempo, melhor.
— Você está estranho. Será que foi meu comentário sobre os livros? Faça o que quiser, não estou aqui para mudar seu mundo. Termino dando palpites onde não fui convidada.
Eu pensara nesta história de “mudar o mundo” alguns segundos antes.
— Athena, você vive me falando… melhor, eu preciso falar de algo que aconteceu naquele bar em Sibiu, com a música cigana…
— No restaurante, você quer dizer.
— Sim, no restaurante. Hoje estávamos comentando sobre livros, coisas que se acumulam e que ocupam espaço. Talvez você tenha razão. Existe algo que desejo dar desde que a vi dançando, aquele dia. Isso está ficando cada vez mais pesado em meu coração.
— Não sei do que você está falando.
— Claro que sabe. Estou falando de um amor que estou descobrindo agora e fazendo o possível para destruí-lo antes que se manifeste. Gostaria que o recebesse; é o pouco que tenho de mim mesmo, mas que não possuo. Ele não é exclusivamente seu, porque tenho alguém em minha vida, mas ficaria feliz se o aceitasse de qualquer maneira.
“Diz um poeta árabe de sua terra, Khalil Gibran: ‘ é bom dar quando alguém pede, mas é melhor ainda poder entregar tudo a quem nada pediu’ . Se não digo tudo que estou dizendo esta noite, continuarei apenas sendo alguém que testemunha o que passa — não serei aquele que vive.
Respirei fundo: o vinho havia me ajudado a libertar-me.
Ela bebeu o copo até o final, e eu fiz o mesmo. O garçom apareceu com as comidas, fazendo alguns comentários a respeito dos pratos, explicando os ingredientes e a maneira de cozinhá-los. Nós dois mantínhamos os olhos fixos, um no outro — Andrea me contara que Athena agira assim quando se encontraram a primeira vez, e estava convencida de que aquilo era uma maneira de intimidar os outros.
O silêncio era aterrorizante. Eu a imaginava levantando-se da mesa, falando do seu famoso e invisível namorado da Scotland Yard, ou comentando que tinha ficado muito lisonjeada, mas estava preocupada com as aulas no dia seguinte.
— “E existe alguma coisa que se possa guardar? Tudo o que possuímos, um dia será dado. As árvores dão para continuar a viver, pois guardar é colocar um fim em suas existências.”
Sua voz, embora baixa e um pouco pausada por causa do vinho, conseguia calar tudo à nossa volta.
— “E o maior mérito não é daquele que oferece, mas do que recebe sem se sentir devedor. O homem dá pouco quando dispõe apenas dos bens materiais que possui; mas dá muito quando entrega a si mesmo.”
Dizia tudo isso sem sorrir. Eu parecia estar conversando com uma esfinge.
— É do mesmo poeta que você citou — aprendi na escola, mas não preciso do livro onde escreveu isso; guardei suas palavras no meu coração.
Bebeu um pouco mais. Eu fiz a mesma coisa. Agora não me cabia ficar perguntando se tinha aceito ou não; eu me sentia mais leve.
— Talvez você esteja certa; vou doar meus livros a uma biblioteca pública, guardarei apenas alguns que realmente torno a reler.
— É sobre isso que quer falar agora?
— Não. Não sei como continuar a conversa.
— Pois então jantemos e apreciemos a comida. Parece uma boa idéia?
Não, não parecia uma boa idéia; eu queria escutar algo diferente. Mas tinha medo de perguntar, de modo que continuei falando de bibliotecas, de livros, de poetas, falando compulsivamente, arrependido de ter pedido tantos pratos — era eu quem desejava sair correndo, porque não sabia como continuar aquele encontro.
No final, ela me fez prometer que iria ao teatro assistir a sua primeira aula, e aquilo foi para mim um sinal. Ela precisava de mim, tinha aceito o que eu inconscientemente sonhava lhe oferecer desde que a vi dançando em um restaurante na Transilvânia, mas que só aquela noite havia sido capaz de compreender.
Ou acreditar, como dizia Athena.
Andrea McCain, atriz
Claro que sou culpada. Se não fosse por minha causa, Athena jamais teria chegado ao teatro naquela manhã, juntado o grupo, pedido que todos nós nos deitássemos no chão do palco, e começado um relaxamento completo, que incluía respiração e consciência de cada parte do corpo.
“Relaxem agora as coxas…”
Todos obedecíamos, como se estivéssemos diante de uma deusa, de alguém que sabia mais que todos nós juntos, embora já tivéssemos feito este tipo de exercício centenas de vezes. Todos estávamos curiosos do que viria depois de “… agora relaxe a face, respire fundo”, etc.
Será que acreditava que nos estava ensinando alguma coisa nova? Estávamos esperando uma conferência, uma palestra! Preciso me controlar, voltemos ao passado; relaxamos, e veio aquele silêncio, que nos desnorteou por completo. Conversando depois com alguns companheiros, todos tivemos a sensação que o exercício tinha acabado; era hora de sentar-se, olhar em volta, mas ninguém fez isso. Permanecemos deitados, em uma espécie de meditação forçada, por quinze intermináveis minutos.
Então, sua voz se fez de novo ouvir.
— Tiveram tempo de duvidar de mim. Um ou outro demonstrou impaciência. Mas agora vou pedir apenas uma coisa: quando eu contar até três, levantem-se e sejam diferentes.
“Não digo: seja uma outra pessoa, um animal, uma casa. Evitem fazer tudo que aprenderam nos cursos de dramaturgia — não estou pedindo que sejam atores e demonstrem suas qualidades. Estou mandando que deixem de ser humanos, e se transformem em algo que não conhecem.“
Estávamos de olhos fechados, deitados no chão, sem que um pudesse saber como o outro estava reagindo. Athena jogava com essa incerteza.
— Vou dizer algumas palavras, e vão associar imagens a estes comandos. Lembrem-se que estão intoxicados de conceitos, e se eu dissesse “destino”, talvez começassem a imaginar suas vidas no futuro. Se eu dissesse “vermelho”, iriam fazer qualquer interpretação psicanalítica. Não é isso que eu quero. Eu quero que sejam diferentes, como disse.
Não conseguia sequer explicar direito o que desejava. Como ninguém reclamou, tive certeza que estavam tentando ser educados, mas, quando acabasse a tal “conferência”, jamais tornariam a convidar Athena. E ainda iriam me dizer como eu era ingênua por tê-la procurado.
— Eis a primeira palavra: sagrado.
Para não morrer de tédio, resolvi fazer parte do jogo: imaginei minha mãe, meu namorado, meus futuros filhos, uma carreira brilhante.
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