Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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— Não me interrompa. Não estou dizendo isso por causa de Athena. Estou apenas me referindo à sua sexualidade: você ama os homens, e não creio que haja nada de errado nisso.
Não estou dizendo por causa de Athena? Mas ela era Athena!
— E você — apontou para mim — venha até aqui. Ajoelhe-se diante de mim.
Com medo de Andrea, com vergonha de todos, eu fiz o que ela pedia.
— Abaixe a cabeça. Deixe-me tocar sua nuca.
Senti a pressão de seus dedos, mas nada além disso. Assim ficamos quase um minuto, quando me mandou levantar e voltar para meu lugar.
— Nunca mais precisará de comprimidos para dormir. A partir de hoje, o sono volta.
Olhei para Andrea — achei que comentaria alguma coisa, mas seu olhar parecia tão espantado quanto o meu.
Uma das atrizes, talvez a mais jovem, levantou a mão.
— Quero falar. Mas preciso saber a quem estou me dirigindo.
— Hagia Sofia.
— Quero saber se…
Era a atriz mais jovem do nosso grupo. Olhou em volta, envergonhada, mas o diretor fez um sinal com a cabeça, pedindo que continuasse.
— … se minha mãe está bem.
— Está ao seu lado. Ontem, quando você saiu de casa, ela fez com que esquecesse a bolsa. Você voltou para apanhá-la, e descobriu que a chave estava dentro de casa, não tinha como entrar. Perdeu uma hora buscando um chaveiro, embora pudesse ter ido ao seu compromisso, encontrado o homem que a esperava, e arranjado o emprego que gostaria. Mas se tudo tivesse acontecido como havia planejado de manhã, em seis meses estaria morta em um acidente de carro. Ontem, a falta da bolsa mudou sua vida.
A moça começou a chorar.
— Alguém mais quer perguntar algo?
Uma outra mão foi levantada; era o diretor.
— Ele me ama?
Então era verdade. A história com a mãe da moça havia provocado um turbilhão de emoções naquela sala.
— Sua pergunta está errada. O que você precisa saber é se está em condições de dar o amor que ele precisa. E o que vier, ou o que não vier, será gratificante da mesma maneira. Saber-se capaz de amar é o bastante.
“Se não for ele, será outro. Porque você descobriu uma fonte, deixou-a jorrar, e ela inundará seu mundo. Não tente manter uma distância segura para ver o que acontece; tampouco procure ter certeza antes de dar o passo. O que você der, você receberá — embora às vezes venha do lugar onde menos espera.”
Aquelas palavras serviam também para mim. E Athena — ou quem quer que seja — virou-se para Andrea.
— Você!
Meu sangue gelou.
— Você tem que estar preparada para perder o universo que criou.
— O que é “universo”?
— É o que acha que já tem. Você aprisionou seu mundo, mas sabe que precisa libertá-lo. Sei que entende o que estou falando, embora não desejasse nunca ouvir isso.
— Entendo.
Tinha certeza que estavam falando de mim. Seria tudo aquilo uma encenação de Athena?
— Terminou — disse ela. — Traga-me a criança.
Viorel não queria ir, estava assustado com a transformação da mãe; mas Andrea o segurou carinhosamente pelas mãos, e o levou até ela.
Athena — ou Hagia Sofia, ou Sherine, não importa quem estava ali — fez a mesma coisa que fizera comigo, tocando com firmeza a nuca do menino.
— Não se assuste com as coisas que vê, meu filho. Não procure afastá-las, porque elas vão terminar indo embora de qualquer jeito; aproveite a companhia dos anjos enquanto puder. Você neste momento está com medo, mas não está com tanto medo como devia, porque sabe que somos muitos nesta sala. Você parou de rir e de dançar quando viu que eu abraçava a sua mãe, e pedia para falar através de sua boca. Saiba que ela me deu permissão, ou eu não estaria fazendo isso. Sempre apareci sob a forma de luz, e continuo sendo esta luz, mas hoje decidi falar.
O menino abraçou-a.
— Podem sair. Deixem-me ficar sozinha com ele.
Um a um, fomos saindo do apartamento, deixando a mulher com a criança. No táxi para casa, tentei puxar conversa com Andrea, mas ela pediu que, se tivéssemos que falar algo, não deveríamos nos referir ao que acabara de acontecer.
Fiquei quieto. Minha alma encheu-se de tristeza: perder Andrea era muito difícil. Por outro lado, senti uma imensa paz — os acontecimentos provocaram as mudanças, e eu não precisava passar pelo desgaste de sentar-me diante de uma mulher que amava muito, e dizer que também estava apaixonado por outra.
Neste caso, eu escolhi ficar quieto. Cheguei em casa, liguei a televisão, Andrea foi tomar seu banho. Fechei os olhos e, quando os abri, a sala estava inundada de luz; já era dia, eu havia dormido quase dez horas seguidas. Ao meu lado estava um bilhete, onde Andrea dizia que não queria me acordar, tinha ido direto para o teatro, mas deixara o café preparado. O bilhete era romântico, enfeitado com a marca de batom e um pequeno decalque de coração.
Ela não estava nem um pouco disposta a “abrir mão do seu universo”. Iria lutar. E minha vida se transformaria em um pesadelo.
Naquela tarde, ela ligou, e sua voz não demonstrava nenhuma emoção especial. Contou-me que o tal ator tinha ido ao médico, fizeram um exame de toque, e descobriram que sua próstata estava anormalmente inflamada. O passo seguinte foi um exame de sangue, onde detectaram um aumento significativo de um tipo de proteína chamado PSA. Colheram material para a biópsia, mas, pelo quadro clínico, as chances de um tumor maligno eram grandes.
— O médico lhe disse: você tem sorte, mesmo que estejamos diante de um cenário ruim, ainda é possível operar, e existem 99 % de chances de cura.
Deidre O’Neill, conhecida como Edda
Que Hagia Sofia, que nada! Era ela mesma, Athena, mas tocando a parte mais profunda do rio que corre por sua alma — entrando em contato com a Mãe.
Tudo que fez foi ver o que estava acontecendo em outra realidade. A mãe da moça, por estar morta, vive em um lugar sem tempo, e neste caso pode desviar o curso de um acontecimento — mas nós, seres humanos, sempre estaremos limitados a conhecer o presente. Não é pouco, diga-se de passagem: descobrir uma doença incubada antes que ela se agrave, tocar centros nervosos e desbloquear energias, isso está ao nosso alcance.
Claro que tantos morreram na fogueira, outros foram exilados, e muitos terminaram escondendo e suprimindo a centelha da Grande Mãe em nossa alma. Eu jamais procurei induzir Athena a entrar em contato com o Poder. Ela mesma decidiu fazer isso, porque a Mãe já lhe havia dado vários sinais: era uma luz enquanto dançava, transformou-se em letras enquanto aprendia caligrafia, apareceu em uma fogueira ou em um espelho. O que minha discípula não sabia era como conviver com Ela, até que fez uma coisa que provocou toda essa sucessão de acontecimentos.
Athena, que sempre dizia a todos que deviam ser diferentes, era no fundo uma pessoa igual ao resto dos mortais. Tinha um ritmo, uma velocidade de cruzeiro. Era mais curiosa? Talvez. Tinha conseguido ultrapassar suas dificuldades de julgar-se uma vítima? Com certeza. Sentia necessidade de dividir com os outros, fossem funcionários de banco ou atores, aquilo que ia aprendendo? Em alguns casos a resposta é sim, em outros eu procurei estimulá-la, porque não somos destinados à solidão, e nos conhecemos quando nos vemos no olhar dos outros.
Mas minha interferência termina aí.
Porque a Mãe queria manifestar-se naquela noite, possivelmente sussurrou algo em seu ouvido: “vá contra tudo que aprendeu até agora — você, que é uma mestra do ritmo, deixe que ele passe pelo seu corpo, mas não o obedeça”. Foi por isso que Athena sugeriu o exercício: seu inconsciente estava já preparado para conviver com a Mãe, mas ela vibrava sempre na mesma sintonia, e com isso não permitia que elementos externos pudessem se manifestar.
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