Paolo Coelho - A bruxa de Portobello

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Uma reflexão sobre a espiritualidade, a moral e as relações familiares. Narra 21 anos na vida de Athena, uma jovem originária da Transilvânia adotada por libaneses, que parte em busca de sua verdadeira mãe e de suas raízes. Nessa jornada, ela enfrentará a intolerância religiosa dos tempos da Inquisição.

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Ela me pegou pela mão, e nos sentamos no sofá.

Durante a meia hora que se seguiu, Athena e Hagia Sofia manifestaram-se; queriam saber quais seriam meus próximos passos. À medida que as duas me perguntavam, eu via que tudo estava realmente escrito diante de mim, as portas sempre estiveram fechadas porque não entendia que eu era a única pessoa no mundo autorizada a abri-las.

Heron Ryan, jornalista

O secretário de redação me entrega um vídeo, e vamos até a sala de projeção para assisti-lo.

Fora filmado na manhã do dia 26 de abril de 1986, e mostra uma vida normal em uma cidade normal. Um homem sentado tomando café. A mãe passeando com o bebê pela rua. As pessoas atarefadas, indo para o trabalho, uma ou duas pessoas esperando no ponto de ônibus. Um senhor lendo um jornal em um banco de uma praça.

Mas o vídeo está com problema: aparecem várias riscas horizontais, como se o botão de “tracking” precisasse ser mexido. Levanto-me para fazer isso, o secretário me interrompe:

— É assim mesmo. Continue assistindo.

Imagens da pequena cidade do interior continuam passando, sem absolutamente nenhuma coisa interessante além das cenas da vida comum.

— É possível que algumas daquelas pessoas saibam que aconteceu um acidente a dois quilômetros dali — diz meu superior. — É possível também que saibam que ocorreram 30 mortes; um número grande, mas não o suficiente para mudar a rotina dos habitantes.

As cenas agora mostram ônibus escolares estacionando. Ali ficarão por muitos dias, sem que nada aconteça. As imagens estão muito ruins.

— Não é o “tracking”. É a radiação. O vídeo foi feito pela KGB, a polícia secreta da União Soviética.

“Na noite do dia 26 de abril, à 1h 23 da manhã, o pior desastre criado pela mão do homem aconteceu em Chernobyl, Ucrânia. Com a explosão de um reator nuclear, as pessoas da área foram submetidas a uma radiação noventa vezes maior que a da bomba de Hiroshima. Era necessário evacuar imediatamente a região, mas ninguém, absolutamente ninguém disse nada — afinal de contas, o governo não comete erros. Só uma semana depois, apareceu na página 32 do jornal local uma pequena nota de cinco linhas, falando da morte dos operários, e não dando maiores explicações. Nesse meio tempo, foi comemorado o Dia do Trabalho em toda a ex-União Soviética, e em Kiev, capital da Ucrânia, as pessoas desfilam sem saber que a morte invisível estava no ar.“

E conclui:

— Quero que vá até lá ver como está Chernobyl hoje em dia. Acaba de ser promovido a repórter especial. Terá um aumento de 20 %, além de poder sugerir que tipo de artigo devemos publicar.

Eu devia dar saltos de alegria, mas fui possuído de uma tristeza imensa, que precisava disfarçar. Impossível argumentar com ele, dizer que neste momento existiam duas mulheres em minha vida, eu não queria sair de Londres, era minha vida e meu equilíbrio mental que estavam em jogo. Pergunto quando devo viajar, responde que o mais breve possível, porque corriam boatos de que outros países estavam aumentando significativamente a produção de energia nuclear.

Consigo negociar uma saída honrosa, explicando que primeiro precisava ouvir especialistas, entender direito o assunto, e, assim que tiver recolhido o material necessário, embarcaria sem demora.

Ele concorda, aperta minha mão, me dá os parabéns. Não tenho tempo de conversar com Andrea — quando chego em casa ela ainda não voltou do teatro. Caio direto no sono, e de novo acordo com o tal bilhete dizendo que tinha saído para trabalhar, e o café está na mesa.

Vou para o trabalho, procuro agradar o chefe que “melhorou minha vida”, telefono para especialistas em radiação e energia. Descubro que um total de 9 milhões de pessoas no mundo inteiro foram afetadas diretamente pelo desastre, inclusive de 3 a 4 milhões de crianças. As trinta mortes se transformaram, segundo o especialista John Gofmans, em 475 mil casos de câncer fatais, e um número igual de câncer não fatais.

Um total de 2 mil cidades e vilarejos foram simplesmente riscados do mapa. Segundo o Ministério da Saúde da Bielo-Rússia, o índice de câncer na tiróide no país deve aumentar consideravelmente entre 2005 e 2010, como conseqüência da radiatividade que ainda continua a fazer efeito. Outro especialista me explica que além destas 9 milhões de pessoas diretamente expostas à radiação, mais 65 milhões foram indiretamente afetadas através do consumo de alimentos contaminados, em muitos países do mundo.

É um assunto sério, que merece ser tratado com respeito. No final do dia volto à sala do secretário de redação e sugiro que eu vá visitar a cidade apenas no dia do aniversário do acidente — até lá posso fazer mais pesquisas, ouvir mais especialistas, e ver como o governo inglês acompanhou a tragédia. Ele concorda.

Ligo para Athena — afinal ela diz que namora alguém da Scotland Yard, e este é o momento de lhe pedir um favor, já que Chernobyl não é um assunto classificado como secreto, e a União Soviética não existe mais. Ela promete que irá conversar com o seu “namorado”, mas diz que não garante ter as respostas que desejo.

Diz também que está partindo para a Escócia no dia seguinte, retornando apenas para a reunião do grupo.

— Que grupo?

O grupo, responde. Então agora aquilo vai transformar-se em rotina? Quando poderemos nos encontrar, conversar, esclarecer as coisas soltas no ar?

Mas ela já desligou. Volto para casa, vejo os noticiários, janto sozinho, vou buscar Andrea no teatro. Chego a tempo de assistir ao final da peça e, para minha surpresa, parece que a pessoa que está ali no palco não é a mesma com quem convivi durante quase dois anos; há algo de mágico em seus gestos, os monólogos e diálogos saem com uma intensidade com a qual não estou acostumado. Estou vendo uma estranha, uma mulher que desejaria ter ao meu lado — e me dou conta que a tenho ao meu lado, não é de maneira nenhuma uma estranha para mim.

— Como foi sua conversa com Athena? — pergunto na volta para casa.

— Foi bem. E como está o trabalho?

Mudou de assunto. Conto que fui promovido, falo de Chernobyl, e ela não demonstra muito interesse. Começo a achar que estou perdendo o amor que tinha, e não ganhei o amor que esperava. Entretanto, assim que chegamos ao apartamento ela me convida para tomarmos banho juntos, e logo estamos entre os lençóis. Antes, ela colocou no volume máximo a tal música de percussão (explica que conseguiu uma cópia), e disse que eu não pensasse nos vizinhos — a gente se preocupava demais com eles, e não vivia jamais nossas vidas.

O que ocorre, dali por diante, é algo que ultrapassa minha compreensão. Será que a mulher que, neste momento, faz amor comigo de uma maneira absolutamente selvagem, tinha descoberto finalmente sua sexualidade — e isso havia sido ensinado ou provocado por outra mulher?

Porque, enquanto me agarrava com uma violência nunca vista, dizia sem parar:

— Hoje eu sou seu homem, e você é minha mulher.

E ali ficamos por quase uma hora, e experimentei coisas que nunca tinha ousado antes. Em determinados momentos tive vergonha, vontade de pedir que parasse, mas ela parecia estar com pleno domínio da situação, eu me entreguei — porque não tinha escolha. E o que é pior, tinha muita curiosidade.

No final, estava exausto, mas Andrea parecia com mais energia que antes.

— Antes de dormir, quero que saiba uma coisa — disse ela. — Se você for adiante, o sexo lhe dará possibilidade de fazer amor com os deuses e as deusas. Foi isso que você experimentou hoje. Quero que vá dormir sabendo que eu despertei a Mãe que estava em você.

Tive vontade de perguntar se havia aprendido aquilo com Athena, mas não tive coragem.

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