Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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“Passei a dividir meu tempo entre as pesquisas biológicas, e o trabalho de ajudante de um ferreiro. Vivia cansado, mas estava mais alegre que antes. Certo dia, larguei o emprego e montei minha própria ferraria — que deu completamente errado no início; justamente quando eu começava a acreditar na vida, as coisas pioravam sensivelmente. Um dia, estava trabalhando, e percebi que ali, diante de mim, estava um símbolo.
“Recebia o aço não trabalhado, e precisava transformá-lo em peças para automóveis, máquinas agrícolas, utensílios de cozinha. Como isso é feito? Primeiro, eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que ela fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado, e aplico vários golpes, até que a peça adquira a forma desejada.
“Logo ela é mergulhada num balde de água fria, e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura.
“Tenho que repetir este processo até conseguir a peça perfeita: uma vez apenas não é suficiente.”
O ferreiro deu uma longa pausa, acendeu um cigarro, e continuou:
— Às vezes, o aço que chega às minhas mãos não consegue agüentar este tratamento. O calor, as marteladas, e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de arado, ou em um eixo de motor. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada da minha ferraria.
Mais uma pausa, e o ferreiro concluiu:
— Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceitado as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: “Meu Deus, minha Mãe, não desista, até que eu consiga tomar a forma que espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser — mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas”.
Quando terminei minha conversa com aquele homem, apesar de bêbada, sabia que minha vida havia mudado. Havia uma tradição por detrás de tudo aquilo que aprendemos, e eu precisava ir era em busca de pessoas que, consciente ou inconscientemente, conseguiam manifestar este lado feminino de Deus. Em vez de ficar praguejando contra meu governo e as manipulações políticas, resolvi fazer o que realmente tinha vontade: curar as pessoas. O resto não me interessava mais.
Como não tinha os recursos necessários, aproximei-me de mulheres e homens da região, que me guiaram ao mundo das ervas medicinais. Comecei a aprender que existia uma tradição popular que remontava a um passado remotíssimo — era transmitida de geração a geração através da experiência, e não do conhecimento técnico. Com esta ajuda, pude ir muito mais além do que minhas possibilidades permitiam, porque eu não estava ali apenas para cumprir uma tarefa da universidade, ou ajudar meu governo a vender armas, ou fazer propaganda inconsciente de partidos políticos.
Eu estava ali porque curar as pessoas me deixava contente.
Isso me aproximou da natureza, da tradição oral, e das plantas. De volta à Inglaterra, resolvi conversar com os médicos, e perguntava: “vocês sabem exatamente os remédios que devem receitar, ou… às vezes são ajudados pela intuição?”. A quase totalidade, depois que o gelo da conversa era quebrado, dizia que muitas vezes eram guiados por uma voz, e que quando desrespeitavam seus conselhos, terminavam errando o tratamento. Evidente que utilizam toda a técnica disponível, mas sabem que existe um canto, um canto escuro, onde estava realmente o sentido da cura, e a melhor decisão a tomar.
Meu protetor desequilibrou meu mundo — embora fosse apenas um ferreiro cigano. Eu costumava ir pelo menos uma vez por ano à sua aldeia, e discutíamos como a vida se abre diante de nossos olhos quando ousamos ver as coisas de modo diferente. Em algumas destas visitas, encontrei outros discípulos seus, e juntos comentávamos nossos medos e nossas conquistas. O protetor dizia: eu também fico apavorado, mas nestas horas descubro uma sabedoria que está além de mim, e sigo adiante.
Ganho hoje uma fortuna como médica em Edimburgo, e ganharia mais dinheiro ainda se resolvesse trabalhar em Londres, mas prefiro aproveitar a vida e ter meus momentos de folga. Faço aquilo que gosto: combino os processos de cura dos antigos, a Tradição Arcana, com as técnicas mais modernas da medicina atual — a Tradição de Hipócrates. Estou escrevendo um tratado a respeito, e muitas pessoas da comunidade “científica”, ao verem meu texto publicado em uma revista especializada, ousarão dar passos que no fundo sempre quiseram dar.
Não acredito que a cabeça seja a fonte de todos os males; existem doenças. Acho que antibióticos e antivirais foram grandes passos para a humanidade. Não pretendo fazer com que um paciente meu cure apendicite apenas com meditação — o que ele precisa é de uma boa e rápida cirurgia. Enfim, dou meus passos com coragem e medo, procuro técnica e inspiração. E sou prudente o bastante para não ficar falando isso por aí, caso contrário iriam logo me tachar de curandeira, e muitas vidas que eu poderia salvar terminariam sendo perdidas.
Quando estou em dúvida, peço ajuda à Grande Mãe. Nunca me deixou sem resposta. Mas sempre me aconselhou a ser discreta; com toda certeza deu o mesmo conselho à Athena, pelo menos em duas ou três ocasiões.
Mas ela estava fascinada demais pelo mundo que começava a descobrir, e não escutou.
Um jornal londrino, 24 de agosto de 1994
LONDRES (copyright Jeremy Lutton) — “Por estas e outras razões eu não acredito em Deus. Veja só como se comportam aqueles que acreditam!” Assim reagiu Robert Wilson, um dos comerciantes de Portobello Road.
A rua, conhecida no mundo inteiro por seus antiquários e sua feira de objetos usados aos sábados, transformou-se ontem à noite em uma praça de guerra, exigindo intervenção de pelo menos cinqüenta policiais do Royal Borough of Kensington and Chelsea para acalmar os ânimos. No final do tumulto, cinco pessoas estavam feridas, embora nenhuma em estado grave. O motivo da batalha campal, que durou quase duas horas, foi uma manifestação convocada pelo Reverendo Ian Buck contra aquilo que chamou de “culto satânico no coração da Inglaterra”.
Segundo Buck, há seis meses um grupo de pessoas suspeitas não deixava a vizinhança dormir em paz nas noites de segunda-feira, dia em que invocavam o demônio. As cerimônias eram conduzidas pela libanesa Sherine H. Khalil, que se autonomeava Athena, a deusa da sabedoria.
Reunia geralmente duas centenas de pessoas no antigo armazém de cereais da Companhia das Índias, mas a multidão vinha aumentando com o passar do tempo, e nas semanas passadas um grupo igualmente numeroso ficava do lado de fora esperando uma oportunidade para entrar e participar do culto. Vendo que nenhuma de suas reclamações verbais, petições, abaixo-assinados, notas para jornais, havia dado resultado, o reverendo resolveu mobilizar sua comunidade, pedindo que às 19 horas de ontem os seus fiéis se colocassem do lado de fora do armazém, impedindo a entrada dos “adoradores de Satanás”.
“Assim que recebemos a primeira denúncia, mandamos alguém para inspecionar o local, mas não foi encontrado nenhum tipo de droga ou indício de atividade ilícita” — disse um oficial, que preferiu não ser identificado já que acabam de abrir um inquérito para apurar o que aconteceu. — “Como a música sempre era desligada às 10 horas da noite, não havia violações à lei do silêncio, e não podemos fazer nada. A Inglaterra permite a liberdade de culto.”
O Reverendo Buck tem outra versão para o caso:
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