Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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Pensava nisto com tanta intensidade que nem reparei que entrava no meu quarto. Encontrei-me — quase diria acordei — sentada na beira da cama, enquanto Sonzogne, com os seus gestos meticulosos, tirava as peças de roupa uma por uma e as punha em cima da cadeira com método. A cólera passara-lhe.

— Quis vir mais cedo — disse-me tranquilamente —, mas não pude. No entanto pensei sempre em ti.

— E que pensaste? — perguntei-lhe maquinalmente.

— Que somos feitos um para o outro — disse-me num tom estranho, parando de se despir e ficando com o colete na mão. — Vim mesmo para te fazer uma proposta.

— Qual?

— Tenho dinheiro. Vamos os dois para Milão, onde tenho muitos amigos. Vou lá montar uma garagem. E em Milão podemo-nos casar.

Fui tomada de uma tal fraqueza que fechei os olhos. Era a primeira vez, depois de Gino, que me propunham casamento; e quem me fazia esta proposta era Sonzogne! Desejara tanto uma vida normal, com um marido e filhos, e eis que ma ofereciam. Mas era uma normalidade reduzida a uma espécie de concha no interior da qual tudo era anormal e aterrador. Disse-lhe molemente:

— Porquê? Mal nos conhecemos; só me viste uma vez…

Respondeu-me sentando-se ao meu lado e segurando-me pela cintura:

— Ninguém me conhece melhor do que tu… sabes tudo a meu respeito.

Atravessou-me o espírito a ideia de que ele estivesse comovido e quisesse mostrar que me amava e que eu devia amá-lo. Mas em nada me baseava, porque nada na sua atitude me revelava semelhante sentimento.

— Pouco sei de ti — disse-lhe em voz baixa. — Só sei que mataste aquele homem!

— E depois — continuou como se falasse consigo — estou cansado de estar só… Quando se vive só acaba-se sempre por fazer alguma asneira.

Disse-lhe passado um momento:

— Assim de repente não te posso responder nem sim nem não… Dá-me algum tempo para reflectir.

Com grande admiração minha, respondeu-me, de dentes cerrados:

— Reflecte, reflecte, não há pressa.

Depois continuou a despir-se.

O que me ferira fora sobretudo a frase: “Somos feitos um para o outro.” Agora perguntava a mim mesma se ele não teria razão apesar de tudo. A quem poderia eu aspirar de futuro senão a um homem como ele? Por outro lado, não era verdade que um laço obscuro que eu reconhecia e temia me ligava a ele? Surpreendi-me repetindo em voz baixa: “Acabou! Acabou!” e sacudindo desesperadamente a cabeça disse-lhe em voz clara:

— Para Milão? Mas tu não tens medo que te procurem?

— Disse isso por dizer… Na realidade eles nem sabem que eu existo!

De repente a lassidão que me tomara os membros desapareceu: senti-me muito forte e muito decidida. Levantei-me, tirei o casaco e fui pendurá-lo no bengaleiro. Como habitualmente, fechei a porta à chave, depois fui à janela e puxei as cortinas. De pé em frente do espelho, comecei a desabotoar o vestido. Mas interrompi-me e voltei-me para Sonzogne. Estava sentado na beira da cama a tirar os sapatos.

— Espera um momento… — disse-lhe afectando um tom despreocupado — estou à espera de uma pessoa, é melhor eu prevenir minha mãe para que a mande embora.

Não respondeu nem eu lhe dei tempo. Saí do quarto fechando a porta atrás de mim. Fui à sala grande.

Minha mãe estava a coser à máquina ao pé da janela; havia já algum tempo que, para se distrair, tinha recomeçado a trabalhar um pouco. Disse-lhe depressa em voz baixa: — Telefona-me amanhã de manhã para casa da Gisela ou da Zelinda.

Zelinda era dona de uma hospedaria para onde eu levara algumas vezes os meus amantes: minha mãe conhecia-a.

— Mas porquê?

— Vou-me embora para lá — disse-lhe. — Quando aquele homem perguntar onde estou, diz-lhe que nada sabes.

Minha mãe olhava-me de boca aberta, enquanto eu tirava do bengaleiro o casaco curto de peles, meio pelado, que lhe pertencia depois de ter sido meu.

— Sobretudo — acrescentei — não lhe digas onde estou, era capaz de me matar!

— Mas…

— O dinheiro está no sítio do costume… suplico-te que nada digas e telefona-me amanhã de manhã.

Saí à pressa, na ponta dos pés, e desci a escada. Uma vez na rua comecei a correr. Sabia que Jaime a esta hora estava em casa e queria chegar antes que ele saísse com os amigos, como fazia sempre depois do jantar. Tomei um táxi e dei a direcção de Jaime. Compreendi bruscamente que não fugia tanto de Sonzogne como de mim própria, obscuramente atraída por esta violência e por este furor. Lembrei-me do grito dilacerante, misto de horror e de volúpia, que soltara na primeira vez em que Sonzogne me tinha possuído; disse a mim mesma que nesse dia ele me havia subjugado como nunca nenhum homem o fizera até então, nem mesmo Jaime. “Sim, não pude deixar de concluir, nós somos verdadeiramente feitos um para o outro, mas como o corpo é feito para o precipício que faz virar a cabeça, turvar a vista e finalmente o atrai para um fundo vertiginoso.” Subi a escada a quatro e quatro, cheguei ofegante e perguntei por Jaime à velha criada que me veio abrir a porta.

Olhou-me com ar assustado, não disse palavra e foi-se embora, deixando-me só.

Pensando que teria ido prevenir Jaime, entrei no vestíbulo e fechei a porta. Ouvi então um cochichar atrás do reposteiro que separava o vestíbulo do corredor. Depois o reposteiro levantou-se e vi aparecer a viúva Medolaghi. Esquecera-a depois da primeira e única vez em que a vira. A sua maciça silhueta negra, a face branca, os seus olhos circundados de negro surgindo bruscamente diante de mim inspiraram-me nesse momento, não sei porquê, um arrepio, como se tivesse visto uma aparição aterradora. Disse-me rapidamente, falando-me de longe:

— Procura o Sr. Diodatti?

— Sim.

— Prenderam-no.

Não percebi bem. Não sei porquê liguei esta prisão ao crime de Sonzogne. Balbuciei:

— Preso? Mas ele nada tem com isso…

— Não sei nada — disse-me. — Só sei que fizeram uma busca e prenderam-no.

Pela sua cara zangada compreendi que não me diria nem mais uma palavra e no entanto ainda perguntei:

— Mas porquê?

— Já lhe disse, menina, que nada sei.

— Mas para onde o levaram?

— Não sei.

— Mas diga-me ao menos se deixou algum recado?

Desta vez nem me respondeu; voltou-se e chamou com um ar ofensivo e majestoso:

— Diomira!

A criada de idade reapareceu com a sua cara assustada. A patroa indicou-lhe a porta e disse:

— Acompanhe essa menina. O reposteiro tornou a cair.

Só depois de me encontrar outra vez na rua é que compreendi que a prisão de Jaime e o crime de Sonzogne eram dois factos distintos e independentes um do outro. O único traço a ligá-los era o meu pavor. Discernia sobre o conjunto destes acontecimentos imprevistos e desgraçados as amplitudes de um destino que me cumulava de um só golpe de todos os dons funestos, como a Primavera faz amadurecer ao mesmo tempo os frutos mais diversos. É bem verdade que, segundo o provérbio, uma desgraça nunca vem só. Sentia-o mais do que o pensava enquanto caminhava, de rua em rua, de cabeça baixa e curvando as costas sob um peso imaginário.

Naturalmente a primeira pessoa à qual me lembrei de recorrer foi a Astárito. Sabia de cór o número do telefone da repartição; entrei no primeiro café. O telefone estava livre mas ninguém me respondeu. Liguei várias vezes e acabei por me convencer de que Astárito não estava lá. Devia ter ido jantar: voltaria mais tarde. Estas coisas são assim; mas, como acontece sempre, esperava que justamente desta vez, por excepção, o encontraria na repartição.

Olhei para o relógio. Eram oito horas da noite; Astárito não voltaria antes das dez. Fiquei de pé, à um canto da rua; à minha frente estava uma ponte, percorrida por transeuntes que surgiam em silêncio, escuros e rápidos, como folhas mortas agitadas por uma incessante tempestade. Mas para lá da ponte as casas alinhadas davam uma impressão de tranqüilidade, com as janelas todas iluminadas e as pessoas que iam e vinham por entre as mesas e os outros móveis. Lembrei-me de que não estava muito longe do Comissariado Central, para onde supunha terem levado Jaime. E, se bem que compreendesse ser essa uma tentativa desesperada, decidi ir lá directamente para pedir informações. Sabia de antemão que não mas dariam; mas pouco importava, queria sobretudo fazer alguma coisa por Jaime. Segui por uma rua transversal, caminhei rapidamente rente às paredes, cheguei ao Comissariado, subi alguns degraus e entrei. Diante da porta do porteiro, um polícia que lia o jornal, refastelado numa cadeira, com os pés noutra e o boné em cima da mesa, perguntou-se aonde é que eu ia. “A Secção dos Estrangeiros”, disse-lhe. Era uma das numerosas secções do Comissariado; ouvira falar nela uma vez a Astárito, já não sei a que propósito.

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