Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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— Vale sempre a pena — murmurou. — Senão por ti, pelos outros.

— E depois — continuei sem responder à sua interrupção — o que conta são os factos. Imaginas que eu não poderia ter encontrado um amante rico como a Gisela? Ou até mesmo casar? Se não o fiz, quer dizer que no fundo, apesar de todas as minhas tagarelices, não o desejei verdadeiramente.

— Casarei eu contigo — disse a brincar beijando-me. Sou rico. A morte da minha avó, que não pode demorar muito, tornar-me-á herdeiro de muitos hectares de terra, de uma casa no campo e de outra na cidade. Montaremos casa com todo o rigor, convidarás senhoras da vizinhança em dias certos, teremos uma cozinheira, uma criada de quarto, um automóvel, até mesmo havemos de descobrir que somos nobres e far-nos-emos chamar marqueses ou condes.

— Contigo nunca se pode falar a sério; estás sempre a brincar! — disse-lhe repelindo-o.

Numa destas tardes fui ao cinema com Jaime. A volta subimos para um eléctrico muito cheio. Jaime vinha para casa comigo e íamos jantar ao restaurantezinho das fortificações. Tirou os bilhetes e furou por entre as pessoas que enchiam a coxia do eléctrico. Quis segui-lo, mas perdi-o de vista. Enquanto agarrada a um assento, o procurava com os olhos, senti tocarem-me na mão. Olhei e vi Sonzogne sentado ao pé de mim.

Fiquei sufocada. Senti-me empalidecer e mudar de expressão. Olhava-me com a sua intolerável fixidez. Levantou-se e disse-me por entre os dentes:

— Queres sentar-te?

— Obrigada, desço já — balbuciei.

— Senta-te, mesmo assim!

— Obrigada — repeti, sentando-me.

Se não me tivesse sentado, julgo que teria desmaiado. Ficou de pé à minha frente como que a espiar-me, segurando-se com uma mão ao meu banco e com a outra ao que estava à minha frente. Nada tinha mudado; trazia a mesma gabardina de sempre, atada na cintura, e os seus maxilares tinham o mesmo estremecimento maquinal. Fechei os olhos — e durante um momento procurei ordenar os meus pensamentos. Lembrei-me da minha confissão e pensei se, como desconfiara, o padre tinha falado, a minha vida não estava muito segura.

Esta ideia não me assustou. Mas ele, de pé ao meu lado, assustava-me, ou, mais exactamente, fascinava-me, subjugava-me. Sentia que nada lhe podia recusar; que entre mim e ele havia um laço, não de amor seguramente, mas talvez mais forte do que aquele que me unia a Jaime. Ele também o sabia por instinto: portava-se como um dono.

— Vamos para tua casa! — disse-me passado um instante.

— Como quiseres! — respondi docilmente, sem hesitar.

Jaime aproximou-se depois de se ter desembaraçado com esforço das pessoas que o comprimiam. Sem dizer uma palavra veio colocar-se exactamente ao lado de Sonzogne, agarrando-se ao mesmo banco que ele; os seus dedos magros e longos quase afloravam os dedos curtos e grossos de Sonzogne. Uma sacudidela do eléctrico atirou-os um contra o outro e Jaime desculpou-se delicadamente. Comecei a sofrer por os ver assim lado a lado, tão perto e tão ignorantes um do outro; de repente disse a Jaime, voltando-me ostensivamente para ele, de maneira a que Sonzogne não pudesse duvidar de que era com ele que eu falava:

— Olha! Lembro-me agora de que marquei encontro esta noite com uma pessoa; é melhor que nos separemos.

— Se quiseres acompanho-te a casa.

— Não, esperam-me na paragem do eléctrico.

Não era uma invenção. Continuava, como já disse, a trazer homens para casa e Jaime sabia-o.

— Como quiseres — disse tranquilamente. — Então ver-nos-emos amanhã.

Disse-lhe que sim com os olhos e perdi-o de vista por entre os passageiros do eléctrico.

Por um momento, ao vê-lo afastar-se, fui tomada de um grande desespero. Pensava — sem saber porquê — que era a última vez que o via.

“Adeus”, murmurei para mim mesma. “Adeus, meu amor.” Desejaria gritar-lhe que parasse, que voltasse, mas nenhum som saiu da minha boca. O carro parou e pareceu-me vê-lo descer. Nem Sonzogne nem eu abrimos a boca durante todo o trajecto. Acalmei-me e pensei que não era possível que o padre tivesse falado. Por outro lado, reflectindo nisso, não lamentava muito ter encontrado Sonzogne. Este encontro permitia livrar-me de uma vez para sempre das suspeitas a respeito da minha confissão.

Quando descemos andei uns passos sem olhar para trás. Sonzogne vinha ao meu lado:

— Que me queres? Porque voltaste? — acabei por dizer.

— Foste tu quem me disse para voltar — disse-me com admiração.

Era verdade; com o medo esquecera-o. Aproximou-se, pegou-me no braço e apertou-mo com força. Contra vontade minha, comecei a tremer dos pés à cabeça.

— Quem é este homem? — perguntou-me.

— Um dos meus amigos.

— E o Gino? Tornaste a vê-lo?

— Nunca mais.

Olhou à sua volta, desconfiado.

— Não sei porquê — disse-me —, há uns dias que tenho a impressão de ser seguido. Só há duas pessoas que me podem ter vendido: Gino e tu.

— Porquê o Gino? — murmurei.

O meu coração batia desordenado.

— Ele sabia que eu devia levar o objecto àquele ourives… disse-lhe até mesmo o nome… Ele não sabe ao certo que fui eu quem o matou, mas pode muito bem ter deduzido.

— Gino não tem interesse em te denunciar; ficava também ele envolvido no caso.

— É o que eu penso — disse-me por entre dentes.

— Quanto a mim — continuei com a voz mais tranquila — podes ter a certeza de que nada disse… não sou parva… prendiam-me a mim também.

— Espero por ti que não o faças! — disse-me num tom ameaçador. Depois acrescentou: — Tornei a ver Gino… ele disse-me, brincando, que sabia muitas coisas. Não me sinto tranquilo… É um crápula.

— Naquela noite trataste-o muito mal; com certeza que te odeia agora — disse-lhe.

E sentia, enquanto falava, uma vaga esperança de que Gino realmente o tivesse denunciado.

— Aquele foi um bom soco! — declarou com vaidade. — Doeu-me a mão durante dois dias!

— Gino não te denunciará — disse eu como conclusão. — Não lhe interessa, e além disso tem muito medo de ti.

Falávamos em surdina, caminhando ao lado um do outro sem nos olharmos. Era ao entardecer; uma bruma azulada envolvia as muralhas enegrecidas, as ramadas brancas dos plátanos, as casas amareladas, a longa perspectiva das avenidas. Quando chegamos à minha porta senti pela primeira vez a impressão de atraiçoar Jaime. Desejaria dar-me a ilusão de que Sonzogne era um homem qualquer entre muitos; mas sabia não ser verdade. Entrei no vestíbulo, empurrei a porta e no escuro parei, voltei-me para Sonzogne e declarei-lhe :

— Olha… é melhor que te vás embora.

— Porquê?

Apesar do medo que me inspirava, desejava dizer-lhe a verdade toda:

— Porque amo outro e não o quero enganar.

— Quem? O que estava contigo no “eléctrico”?

— Não… outro… tu não o conheces. Mas agora faz-me o favor de me deixares e de te ires embora.

— E se eu não quiser?

— Tu não compreendes que há coisas que não se podem obter pela força? — comecei a dizer. Mas não pude acabar. Não sei como, sem que a escuridão me deixasse vê-lo e ao seu gesto, recebi na cara uma tremenda bofetada.

— Anda! — disse-me.

De cabeça baixa dirigi-me rapidamente para a escada. Segurava-me outra vez pelo braço; parecia que me sustinha e me fazia voar. A cara ardia-me, mas sobretudo eu tinha um horrível pressentimento. Esta bofetada cortava o ritmo feliz deste último período da minha vida; as dificuldades e os terrores recomeçavam.

Tomou-me um tal desespero que decidi escapar-me de qualquer maneira. Sairia de casa nesse mesmo dia; iria refugiar-me em qualquer parte. Em casa de Gisela ou num quarto alugado.

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