Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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No entanto não conseguia banir da minha alma uma apreensão constante, porque compreendia que tramar conspirações contra o governo era perigoso. Receava, sobretudo, que Jaime se entregasse a qualquer acto de violência; na minha ignorância, não conseguia separar o tema da conspiração da ideia de armas e de sangue. A propósito disto, lembro-me bem de um facto que demonstra que, mesmo obscuramente, eu sentia o dever de intervir para desviar os perigos que o ameaçavam. Sabia que é proibido usar armas e que a transgressão era o suficiente para o meter na cadeia. Por outro lado depressa se perde a cabeça em certos momentos; o emprego de armas tem muitas vezes comprometido pessoas que se teriam salvo sem elas. Por todos estes motivos pensava que o revólver de que Jaime se sentia tão orgulhoso, longe de lhe ser necessário, como ele pretendia, seria extremamente perigoso no caso de ele ser obrigado a fazer uso dele, ou até se, mais simplesmente, lho encontrassem. Mas não ousei falar-lhe nisso; de resto sabia que seria inútil. Resolvi por isso agir às escondidas. Ele uma vez tinha-me explicado como a arma funcionava. Um dia, enquanto dormia, tirei-lhe o revólver do bolso das calças, abri-o e tirei-lhe as balas; depois tornei a pô-lo no bolso. Escondi as balas numa gaveta, debaixo da roupa. Fiz tudo isto num abrir e fechar de olhos e voltei a deitar-me a seu lado. Dois dias mais tarde meti as balas na mala e fui atirá-las ao Tibre.

No decurso de um destes dias Astárito procurou-me. Quase o esquecera; quanto ao caso da criada de quarto achava que tinha cumprido o meu dever e não queria mais pensar nisso. Astárito informou-me de que o padre tinha devolvido a caixa, que, a conselho do próprio comissário, a patroa de Gino tinha retirado a queixa e que a criada de quarto, reconhecida inocente, fora libertada. Devo reconhecer que esta boa noticia me agradou sobretudo porque me dissipou a impressão de mau agouro que me tinha deixado a minha última confissão. Agora já não pensava na criada, já em liberdade, mas em Jaime, e dizia a mim própria que, visto a denúncia que eu receava não ter sido feita, nada mais tinha a temer, nem por ele nem por mim. Na minha alegria não pude deixar de beijar Astárito.

— Tinhas assim tanto interesse em que esta mulher saísse da prisão? — observou ele com uma careta de desconfiança.

— Para ti — disse-lhe hipocritamente —, que mandas todos os dias inocentes para a cadeia, pode parecer-te estranho! Mas para mim era um verdadeiro tormento.

— Ninguém mando para a cadeia — tartamudeou ele. Cumpro apenas o meu dever.

— Mas tu viste o padre? — perguntei-lhe.

— Não, não o vi… telefonei… disseram-me que efectivamente a caixa de pó de arroz tinha sido devolvida por um padre, que a recebera sob o segredo da confissão… Então ordenei que libertassem a mulher.

Fiquei pensativa sem bem saber porquê. Depois disse-lhe:

— Amas-me realmente?

A minha pergunta perturbou-o logo. Beijou-me com força e respondeu-me balbuciante:

— Porque mo perguntas? Já o deves ter percebido.

Queria beijar-me. Defendi-me e respondi-lhe:

— Pergunto-te porque queria saber se me amarás sempre… e se me ajudarás mais vezes, se te pedir.

— Sempre — disse-me tremendo dos pés à cabeça. Depois aproximou a cara da minha: — Tu serás gentil comigo?

Agora que Jaime voltara, eu estava firmemente decidida a nunca mais ter relações com Astárito. Era diferente dos meus amantes passageiros; se bem que não o amasse, e por vezes mesmo sentisse por ele uma real aversão, justamente por isso talvez parecia-me que entregar-me a ele seria enganar Jaime. Estive tentada a revelar-lhe a verdade e a declarar-lhe: “Não, nunca mais serei gentil para contigo!”, mas bruscamente retive-me e mudei de ideias. Pensava que ele era um trunfo importante, que a todo o momento Jaime podia ser preso e que se quisesse a intervenção de Astárito para o conseguir libertar não o devia melindrar. Resignei-me e disse num sopro:

— Sim, serei amável contigo.

— Diz-me — perguntou já mais alegre. — Gostas de mim um bocadinho?

— Não, amar-te não te amo! — disse-lhe com decisão. Isso já tu sabes; já to disse muitas vezes.

— Nunca me amarás?

— Creio bem que não.

— Mas porquê?

— Não há porquê.

— Tu gostas de outro.

— Isso a ti não te pode interessar.

— Mas eu preciso do teu amor! — disse-me desesperado, olhando-me com os seus olhos biliosos. — Porquê… porque não queres gostar de mim um bocadinho?

Nesse dia permiti que ficasse comigo até mais tarde. Não podia conformar-se com a minha impossibilidade de o amar e não parecia convencido de que lhe dizia a verdade.

— Mas eu não sou pior do que os outros — repetia. Porque não me podes amar tanto como a outro?

Fazia-me pena; como me interrogava com insistência e se esforçava por encontrar nas minhas palavras um pretexto para qualquer esperança, sentia quase a tentação de lhe mentir para lhe deixar esta ilusão que ele tanto ambicionava. Reparei que nessa noite estava mais melancólico e mais desencorajado do que habitualmente. Parecia querer suscitar em mim, por gestos e por atitudes, o amor que o meu coração lhe recusava. Lembro-me de que a certa altura mandou-me sentar, toda nua, num sofá. Ajoelhou-se na minha frente, meteu a cabeça entre os meus joelhos e apertou a cara contra a minha barriga, ficando muito tempo imóvel, enquanto eu lhe devia repassar a mão pela cabeça numa carícia incessante e leve. Não era a primeira vez que me obrigava a esta espécie de pantomima de amor; mas nesse dia pareceu-me mais desesperado que de costume; apoiava com força a cara no meu colo como se quisesse lá entrar e gemia. Nestes momentos não me fazia o efeito de um amante, mas de uma criança procurando a escuridão e o calor das entranhas maternais. Pensava que muitos homens desejariam não ter nascido, e que esse gesto, talvez inconsciente, exprimia o obscuro desejo de voltar ao ventre do qual tão dolorosamente tinham brotado para a luz.

Nessa noite essa sua atitude levou tanto tempo que adormeci, com a cabeça descaída para trás e a mão pousada na sua cabeça. Dormitei não sei quanto tempo. A certa altura julguei acordar e vi Astárito sentado na minha frente todo vestido e olhando-me com os seus olhos biliosos e melancólicos. Mas talvez tivesse sido um sonho, porque depois acordei completamente e vi que Astárito já lá não estava. Tinha deixado no sítio onde pousara a cabeça a sua soma habitual de dinheiro.

Em seguida passaram os quinze dias que eu considero os mais felizes da minha vida.

Via Jaime quase todos os dias e, se bem que as nossas relações não tivessem mudado, contentava-me com esta espécie de hábito, na qual parecia termos encontrado um ponto de acordo. Tacitamente estava bem claro entre nós que ele não me tinha amor, nunca me amaria e de qualquer maneira preferia sempre a castidade ao amor. Também estava tacitamente estabelecido que eu o amava, o amaria sempre a despeito da sua indiferença e que de qualquer maneira preferia um amor incompleto e vacilante como aquele que ausência de amor. Mas eu não era feita como Astárito; não me resignando a não ser amada, não encontrava menos prazer em amar; juraria que no fundo do meu coração não perdera a esperança de ser amada por Jaime à força de submissão, de paciência e de afeição. Mas não acalentava esta aspiração; ela era, bem mais que outra coisa, o tempero levemente amargo de deliciosas incertezas duramente ganhas.

Entretanto, como quem não quer a coisa, procurei penetrar na sua vida. Já que não podia entrar pela porta principal procurei esgueirar-me pela de serviço. A despeito deste ódio pelos homens que ele proclamava, e que creio que sentia, experimentava, por uma curiosa contradição, um impulso indomável para pregar e esforçar-se por fazer o que ele considerava o bem do povo. Quase sempre intercalado por bruscos acessos de sarcasmo e de aborrecimento não era menos sincero quando o fazia.

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