Jorge Amado - Capitães da Areia
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- Название:Capitães da Areia
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Continuou de olhos fechados. Ela disse baixinho:
- Tu é meu noivo.
Mesmo não sabendo que era amor, sentiam que era bom.
Quando Sem-Pernas e João Grande chegaram, Pedro Bala se levantou da areia e reuniu os chefes. Foram para junto da vela do Professor. Dora veio também e sentou entre João Grande e Boa-Vida.
O malandro acendeu um cigarro, falou para Dora:
- Tou aprendendo tocar uma samba porreta. E tou cavando um violão, irmã.
- Tu tá tocando batuta mesmo, mano.
- É um tal de sucesso nas festa...
Pedro Bala interrompeu a conversa. Olhavam para o lábio dele, o olho inchado. Ele narrou o caso:
- Quatro contra um...
- Precisa duma lição - falou Sem-Pernas rindo. - Eu não vou com aquele cara.
Formaram um plano de batalha. E pelo meio da noite saíram uns trinta. O grupo de Ezequiel dormia para as bandas do Porto da Lenha, nuns barcos virados e na ponte.Dora foi junto a Pedro Bala e levava uma navalha também. Sem-Pernas disse:
- Até parece Rosa Palmeirão.
Nunca houvera mulher tão valente como Rosa Palmeirão. Dera em seis soldados de uma vez. Todo marítimo sabe o seu ABC no cais da Bahia. Por isso Dora gosta da comparação e sorri:
- Obrigado, mano.
Irmão... É uma palavra boa e amiga. Se acostumaram a chamá-la de irmã. Ela também os trata de mano, de irmão. Para os menores é como uma mãezinha, igual a uma mãezinha. Cuida deles. Para os mais velhos é como uma irmã que diz palavras boas e brinca inocentemente com eles e com eles passa os perigos da vida aventurosa que levam. Mas nenhum sabe que para Pedro Bala ela é a noiva. Nem mesmo o Professor sabe. E dentro do seu coração Professor também a chama de noiva.
O cachorro que o Sem-Pernas arranjou vai latindo. Volta Seca imita o latir de um cachorro, todos riem. João Grande assovia um samba. Boa-Vida começa a cantá-lo em voz alta:
"A mulata me abandonou..."
Vão alegres. Levam navalhas e punhais nas calças. Mas só o sacarão se os outros puxarem. Porque os meninos abandonado também têm uma lei e uma moral, um sentido de dignidade humana.
De repente João Grande grita:
- É ali.
Com a algazarra que fazem, Ezequiel sai de sob um barco:
- Quem vem lá?
- Os Capitães da Areia, que não engole desaforo... respondeu Pedro Bala.
E arrancaram para cima dos outros.
A volta foi um triunfo. Apesar do Sem-Pernas ter um talho e Barandão vir quase nos braços de tanta pancada um grandão do grupo de Ezequiel o surrara até que Volta Seca o rebentou, voltavam todo alegres, comentando a vitória. Os que tinham ficado no trapiche deram vivas. Ainda demoraram muito conversando, comentando. Falavam na coragem de Dora, que brigara igual a um menino. Igual a um homem, dizia João Grande. Era como uma irmã, exatamente igual a uma irmã...
Igual a uma noiva, exatamente igual a uma noiva, pensava Pedro Bala, estendido na areia. A lua amarelava o areal, as estrelas se refletiam no mar azul da Bahia.Ela veio, deitou ao lado dele. E começaram a falar de coisas tolas. Igual a uma noiva. Não se beijaram, não se abraçaram, o sexo não os chamava naquele momento.Só de leve o loiro cabelo dela tocava em Pedro Bala.
- Tu tem um cabelo bonito... - disse ele.
Ela riu, olhou o cabelo dele:
- O teu também.
Riram os dois e logo foi uma gargalhada. Era um hábito dos Capitães da Areia. Ela começou a contar coisas do morro, histórias dos vizinhos, ele relembrava fatos da vida agitada do grupo:
- Vim pra rua com cinco anos. Menor que teu irmão...
Riam inocentemente, felizes de estarem um ao lado do outro. Depois o sono veio. Estavam separados, Pedro tomou a mão dela, segurou. Dormiram como dois irmãos.
Capítulo 15 - Reformatório
O Jornal da Tarde trouxe a notícia em grandes títulos.
Uma manchete ia de lado a lado na primeira página:
Preso o chefe dos "Capitães da Areia"
Depois vinham os títulos que estavam em cima de um clichê, onde se viam Pedro Bala, Dora, João Grande, Sem-Pernas e Gato cercados de guardas e investigadores:
Uma menina no grupo - A sua história - Recolhida a um orfanato - O chefe dos "Capitães da Areia" é filho de um grevista - Os outros conseguem fugir - "O reformatório o endireitará", nos afirma o diretor.
Sob o clichê vinha esta legenda: Após ser batida esta chapa o chefe dos peraltas armou uma discussão e um barulho que deu lugar a que os demais moleques presos pudessem fugir. O chefe é o que está marcado contra cruz e ao seu lado vê-se Dora, a nova gigolete dos moleques baianos.
Vinha a notícia:
Ontem a polícia baiana lavrou um tento. Conseguiu prender o chefe do grupo de menores delinquentes conhecidos pelo nome de "Capitães da Areia". Por mais de uma vez este jornal tratou do problema dos menores que viviam nas ruas e da cidade dedicados ao furto.
Por várias vezes também noticiamos os assaltos levados a efeito por este mesmo grupo. Realmente a cidade vivia sob o temor constante destes meninos, que ninguém sabia onde moravam, cujo chefe ninguém conhecia. Há alguns meses tivemos ocasião de publicar cartas do doutor Chefe de Polícia, do doutor Juiz de Menores e do diretor do Reformatório Baiano sobre este problema. Todos eles prometiam incentivar a campanha contra os menores delinquentes e em particular contra os "Capitães da Areia".
Esta campanha tão meritória deu os seus primeiros frutos ontem com a prisão do chefe desta malta e de vários do grupo, inclusive uma menina. Infelizmente, devido a uma sagaz burla de Pedro Bala, o chefe, os demais conseguiram escapar de entre as mãos dos guardas. Em todo caso, a polícia já conseguiu muito prendendo o chefe e a romântica inspiradora dos roubos: Dora, uma figura interessantíssima de menor delinquente. Feitos estes comentários, narremos os fatos:
A tentativa de furto
Ontem, às últimas horas da tarde, cinco meninos e uma menina penetraram no palacete do doutor Alcebíades Menezes, na ladeira de São Bento. Foram porém pressentidos pelo filho do dono da casa, estudante de medicina, que deixou que eles penetrassem num quarto, onde os trancou. Chamou então os guardas e investigadores, a quem os entregou.
A reportagem do " Jornal da Tarde ", informada do fato, partiu para a casa do doutor Alcebíades. Lá chegando, encontrou os menores que eram levados à chefia de polícia.Pedimos então para tirar um retrato do grupo· A polícia muito gentilmente consentiu. Pois no momento em que o fotógrafo acabava de fazer funcionar o magnésio e batera chapa, Pedro Bala, o temível chefe dos "Capitães da Areia", facilitou a evasão.
Evasão
Pondo em prática uma agilidade incomum Pedro Bala se livrou dos braços do investigador que o segurava e com um golpe de capoeira o derrubou. No entanto não fugiu.É claro que os demais guardas e investigadores se precipitaram em cima dele para impedir a sua fuga. Só então foi possível compreender o plano do chefe dos "Capitães da Areia" pois este gritou para os companheiros presos.
- Arriba, pessoal.
Um único guarda ficara a tomar conta dos outros, e um deles, muito ágil, o derrubou também com um golpe de capoeira. E desabaram para a ladeira da Montanha.
Na polícia
Na chefia de polícia quisemos ouvir Pedro Bala. Mas ele nada nos disse, como tampouco quis declarar às autoridades o lugar onde dormiam e guardavam seus furtos os "Capitães da Areia". Só declarou seu nome, disse que era filho de um antigo grevista que foi morto num "meeting" na célebre greve das docas de 191... que não tinha ninguém no mundo. Quanto a Dora, é filha de uma lavadeira que morreu de varíola quando da epidemia que alastrou a cidade. Não faz senão quatro meses que está entre os "Capitães da Areia", mas já tomou parte em muitos assaltos. E parece ter uma grande honra nisso.
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