Jorge Amado - Capitães da Areia

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Capitães da Areia: краткое содержание, описание и аннотация

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"Capitães da Areia" é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, chamados de "Capitães da Areia", ambientado na cidade de Salvador dos anos 1930.

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- Me deixa, que eu sou virgem. Tu pode ser bom, não me querer.

Depois tu encontra outra. Eu sou donzela, tu vai me fazer mal.

Ele olhou, ela estava chorando de medo e também porque sua vontade estava enfraquecendo, seus peitos estavam intumescidos.

- Tu é donzela mesmo?

- Juro por Deus Nosso Senhor, pela Virgem - beijava os dedos postos em cruz.

Pedro Bala vacilava. Os seios da negrinha intumescidos sob seus dedos. As coxas duras, a carapinha do sexo.

- Tu tá falando a verdade? - e não deixava de acariciá-la.

- Tou, juro. Deixa eu ir embora, minha mãe tá me esperando.

Chorava, e Pedro Bala tinha pena, mas o desejo estava solto dentro dele. Então propôs ao ouvido da negra e fazia cócegas a língua dele:

- Só boto atrás.

- Não. Não.

- Tu fica virgem igual. Não tem nada.

- Não. Não, que dói.

Mas ele a acarinhava, uma cócega subiu pelo corpo dela. Começou a compreender que se não o satisfizesse como ele queria, sua virgindade ficaria ali. E quando ele prometeu novamente sua língua a excitava no ouvido se doer eu tiro... ela consentiu.

- Tu jura que não vai na frente?

- Juro.

Mas depois que tinha se satisfeito pela primeira vez e ela gritara e mordera as mãos, vendo que ela ainda estava possuída pelo desejo, tentou desvirginá-la.Mas ela sentiu e saltou como uma louca:

- Tu não te contenta, desgraçado, com o que me fez? Tu quer me desgraçar?

E soluçava alto, e levantava os braços, estava como uma louca, toda sua defesa eram seus gritos, suas lágrimas, suas imprecações contra o chefe dos Capitães da Areia. Mas para Pedro a maior defesa da negrinha eram os olhos cheios de pavor, olhos de animal mais fraco que não tem forças para se defender. E como seu maior desejo fosse satisfizera, e como aquela angústia do princípio da noite voltava a dominá-lo, ele falou:

- Se eu te deixar, tu volta amanhã?

- Volto, sim.

- Sô faço o que fiz hoje. Te deixo donzela...

Ela fez que sim com a cabeça. Seus olhos estavam iguais aos de um doido e naquele momento só sentia dor e pavor, vontade de fugir. Agora que as mãos dele, os lábios dele, o sexo de Pedro, não tocavam mais nas carnes dela, seu desejo desaparecera e pensava unicamente em defender sua virgindade. Respirou quando ele disse:

- Então tu pode ir. Mas se tu não voltar amanhã... Quando eu te pegar tu vai ver com quantos paus se faz uma cangalha...

Ela começou a andar sem nada responder. Mas o menino a acompanhou:

- Vou te levar para um malandro não lhe pegar.

Foram os dois e ela chorava. Ele quis pegar na mão dela, ela não deixou e se afastou dele. Ele tentou novamente, novamente ela retirou a mão. Então ele disse:

- Que diabo é isso?

E foram de mãos dadas. Ela chorava e aquele choro foi angustiando Pedro Bala, foi fazendo com que voltasse sua inquietação do começo da noite, a visão de seu pai morrendo na luta, a visão de Omolu anunciando vingança. Começou a maldizer intimamente o encontro da cabrocha e apressou o passo para chegar quanto antes ao começo da rua. Ela soluçava e ele falou com raiva:

- Que foi que tu teve? Tu não teve nada...

Ela apenas o olhou e seus olhos apesar de ainda ir com ele e ainda estar apavorada estavam cheios de ódio e desprezo. Pedro baixou a cabeça, não sabia o que dizer, não tinha mais desejo nem raiva, só tristeza no seu coração. Ouviram a música de um samba que um homem cantava na rua. Ela soluçou mais alto, ele foi chutando a areia. Agora se sentia mais fraco que ela, a mão da negrinha pesava na sua como se fosse chumbo. Largou a mão, ela se afastou dele. Pedro não protestou. Queria não a ter encontrado, não ter também João de Adão nem ter ido ao Gantois. Chegaram na rua, ele disse:

- Agora tu pode ir, ninguém te faz mal.

Ela olhou novamente com ódio deitou a correr. Mas na esquina mais próxima parou, virou para ele que ainda olhava e rogou praga com uma voz que o encheu de medo:

- Peste, fome e guerra te acompanha, desgraçado. Deus te castiga, desgraçado. Filho de uma mãe, desgraçado, desgraçado - sua voz solitária atravessa a rua, abalava Pedro Bala.

Ela, antes de desaparecer na esquina, cuspiu no chão num supremo desprezo e ainda repetiu:

- Desgraçado... Desgraçado Primeiro ele ficou parado, depois deitou a correr no areal ia como se os ventos o açoitassem, como se fugisse das pragas da negrinha. E tinha vontade de se jogar no mar para se lavar de toda aquela inquietação, a vontade de se vingar dos homens que tinham matado seu pai, o ódio que sentia contra a cidade rica que se estendia do outro lado do mar, na Barra, na Vitória, na Graça, o desespero da sua vida de criança abandonada e perseguida, a pena que sentia pela pobre negrinha, uma criança também.

"Uma criança também" - ouvia na voz do vento, no samba que cantavam, uma voz dizia dentro dele.

Capítulo 6 - Aventura de Ogum

Outra noite, uma noite de inverno, na qual os saveiros não se aventuraram no mar, noite da cólera de Yemanjá e Xangô, quando os relâmpagos eram o único brilho no céu carregado de nuvens negras e pesadas, Pedro Bala, o Sem-Pernas e João Grande foram levar a mãe de santo, Don ' Aninha, até sua casa distante. Ela viera ao trapiche pela tarde, precisava de um favor deles, e enquanto explicava, a noite caiu espantosa e terrível.

- Ogum esta zangado... - explicou a mãe de santo Don ' Aninha.

Fora este assunto que trouxera ali. Numa batida num candomblé que se bem não fosse o seu, porque nenhum polícia se aventurava a dar batida no candomblé de Aninha, estava sob a sua proteção, a polícia tinha carregado com Ogum, que repousava no seu altar. Don ' Aninha tinha usado da sua força junto a um guarda para conseguir a volta do santo fora mesmo à casa de um professor da Faculdade de Medicina, seu amigo, que vinha estudar a religião negra no seu candomblé, pedir que ele conseguisse a restituição do deus. O professor realmente pensava em conseguir que a policia lhe entregasse a imagem. Mas para juntar à sua coleção de ídolos negros e não para reintegrá-la no seu altar no candomblé distante. Por isso, por estar Ogum numa sala de detidos na polícia, Xangô descarrega os raios nessa noite.

Por último Don ' Aninha veio aonde estavam os Capitães da Areia, seus amigos de há muito, porque são amigos da grande mãe de santo todos os negros e todos os pobres da Bahia. Para cada um ela tem uma palavra amiga e materna. Cura doenças, junta amantes, seus feitiços matam homens ruins. Explicou que tinha acontecido a Pedro Bala. O chefe dos Capitães da Areia ia pouco aos candomblés, como pouco ouvia as lições do padre José Pedro. Mas era amigo tanto do padre como da mãe de santo, e entre os Capitães da Areia quando se é amigo se serve ao amigo.

Agora levavam Aninha para sua casa. A noite em torno era tormentosa e colérica. A chuva os curvava sob o grande guarda-chuva branco da mãe de santo. Os candomblés batiam em desagravo a Ogum e talvez num deles ou em muitos deles Omolu anunciasse a vingança do povo pobre. Don ' Aninha disse aos meninos com uma voz amarga:

- Não deixam os pobres viver... Não deixam nem o deus dos pobres em paz. Pobre não pode dançar, não pode cantar pra seu deus, não pode pedir uma graça a seu deus sua voz era amarga, uma voz que não parecia da mãe de santo Don ' Aninha. - Não se contentam de matar os pobres a fome... Agora tiram os santos dos pobres... - alçava os punhos.

Pedro Bala sentiu uma onda dentro de si. Os pobres não tinham nada. O padre José Pedro dizia que os pobres um dia iriam para o reino dos céus, onde Deus seria igual para todos. Mas a razão jovem de Pedro Bala não achava justiça naquilo. No reino do céu seriam iguais.

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