Bernardo Guimarães - A escrava Isaura
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— É verdade, meu pai; o meu carrasco dá-me a escolha entre dois jugos; mas eu ainda não sei qual dos dois será mais odioso e insuportável. Eu sou linda, dizem; fui educada como uma rica herdeira; inspiraram-me uma alta estima de mim mesma com o sentimento do pudor e da dignidade da mulher; sou uma escrava, que faz muita moça formosa morder-se de inveja; tenho dotes incomparáveis do corpo e do espírito; e tudo isto para quê, meu Deus!?... para ser dada de mimo a um mísero idiota!... Pode-se dar mais cruel e pungente escárnio?!...
E uma risada convulsiva e sinistra desprendeu-se dos lábios descorados de Isaura, e reboou pelo lúgubre aposento, como o estrídulo ulular do mocho entre os sepulcros.
— Não é tanto como se te afigura na imaginação abalada pelos sofrimentos. O tempo pode muito, e com paciência e resignação hás de te acostumar a esse novo viver, sem dúvida muito mais suave do que este inferno de martírios, e poderemos ainda gozar dias se não felizes, ao menos mais tranqüilos e serenos.
— Para mim a tranqüilidade não pode existir senão na sepultura, meu pai. Entre os dois suplícios que me deixam escolher, eu vejo ainda alguma coisa, que me sorri como uma idéia consoladora, um recurso extremo, que Deus reserva para os desgraçados, cujos males são sem remédio.
— É da resignação sem dúvida, que queres falar, não é, minha filha?... Ah! meu pai, quando a resignação não é possível, só a morte...
— Cala-te, filha!... não digas blasfêmias e palavras loucas. Eu quero, eu preciso, que tu vivas. Terás ânimo de deixar teu pai neste mundo sozinho, velho e entregue à miséria e ao desamparo? Se me faltares, o que será de mim nas tristes conjunturas em que me deixas?...
— Perdoe-me, meu bom, meu querido pai; só em um caso extremo eu me lembraria de morrer. Eu sei que devo viver para meu pai, e é isso que eu quero; mas para isso será preciso que eu me case com um disforme?... oh! isto é escárnio e opróbrio demais! Tenham-me debaixo do mais rigoroso cativeiro, ponham-me na roça de enxada na mão, descalça e vestida de algodão, castiguem-me, tratem-me enfim como a mais vil das escravas, mas por caridade poupem-me este ignominioso sacrifício!...
— Belchior não é tão disforme como te parece; e demais o tempo e o costume te farão familiarizar com ele. Há muito tempo não o vês; com a idade ele vai-se endireitando, que é ele ainda muito criança. Agora o desconhecerás; já não tem aquele exterior tão grosseiro e desagradável, e tem tomado outras maneiras menos toscas. Toma ânimo, minha filha; quando saíres deste triste calabouço, o ar da liberdade te restituirá a alegria e a tranqüilidade, e mesmo com o marido que te dão poderás viver feliz...
— Feliz! — exclamou Isaura com amargo sorriso: — nao me fale em felicidade, meu pai. Se ao menos eu tivesse o coraçáo livre como outrora... se não amasse a ninguém. Oh!... não era preciso que ele me amasse, não; bastava que me quisesse para escrava, aquele anjo de bondade, que em vão empregou seus generosos esforços para arrancar-me deste abismo. Quanto eu seria mais feliz do que sendo mulher desse pobre homem, com quem me querem casar! Mas ai de mim! devo eu pensar mais nele? pode ele, nobre e rico cavalheiro, lembrar-se ainda da pobre e infeliz cativa!...
— Sim, minha filha, não penses mais nesse homem; varre da tua idéia esse amor tresloucado; sou eu quem te peço e te aconselho.
— Por que, meu pai?... como poderei ser ingrata a esse moço?...
— Mas não deves contar mais com ele, e muito menos com o seu amor.
— Por que motivo? porventura se terá ele esquecido de mim?...
— Tua humilde condição não permite que olhes com amor para tão alto personagem; um abismo te separa dele. O amor que lhe inspiraste, não passou de um capricho de momento, de uma fantasia de fidalgo. Bem me pesa dizer-te isto, Isaura; mas é a pura verdade.
— Ah! meu pai! que está dizendo!... se soubesse que mal me fazem essas terríveis palavras!... deixe-me ao menos a consolação de acreditar que ele me amava, que me ama ainda. Que interesse tinha ele em iludir uma pobre escrava?...
— Eu bem quisera poupar-te ainda este desgosto; mas é preciso que saibas tudo. Esse moço... ah! minha filha, prepara teu coração para mais um golpe bem cruel.
— Que tem esse moço?... perguntou Isaura trêmula e agitada. Fale, meu pai; acaso morreu?...
— Não, minha filha, mas... está casado.
— Casado!... Álvaro casado!... oh! não; não é possível!... quem lhe disse, meu pai?...
— Ele mesmo, Isaura; lê esta carta.
Isaura tomou a carta com mão trêmula e convulsa, e a percorreu com olhos desvairados. Lida a carta, não articulou uma queixa, não soltou um soluço, não derramou uma lágrima, e ela, pálida como um cadáver, os olhos estatelados, a boca entreaberta, muda, imóvel, hirta, ali ficou por largo tempo na mesma posição; dir-se-ia que fora petrificada como a mulher de Ló, ao encarar as chamas em que ardia a cidade maldita. Enfim por um movimento rápido e convulso atirou-se ao seio de seu pai, e inundou-o de uma torrente de lágrimas.
Este pranto copioso aliviou-a; ergueu a cabeça, enxugou as lágrimas, e pareceu ter recobrado a tranqüilidade, mas uma tranqüilidade gélida, sinistra, sepulcral. Parecia que sua alma se tinha aniquilado sob a violência daquele golpe esmagador, e que de Isaura só restava o fantasma.
— Estou morta, meu pai!... não sou mais que um cadáver... façam de mim o que quiserem...
Foram estas as últimas palavras que com voz fúnebre e sumida proferiu naquele lôbrego recinto.
— Vamos, minha filha, disse Miguel beijando-a na fronte. Não te entregues assim ao desalento; tenho esperança de que hás de viver e ser feliz.
Miguel, espírito acanhado e rasteiro, coração bom e sensível, mas inteiramente estranho às grandes paixões, não podia compreender todo o alcance do sacrifício que impunha à sua filha. Encarando a felicidade mais pelo lado dos interesses da vida positiva e material, não pelos gozos e exigências do coração, ousava conceber sinceras esperanças de mais felizes e tranqüilos dias para sua filha, e não via que, sujeitando-a a semelhante opróbrio, aviltando-lhe a alma, ia esmagar-lhe o coração. Queria que ela vivesse, e não via que aquele ignominioso consórcio, depois de tantas e tão acerbas torturas por que passara, era o golpe de compaixão, que, terminando-lhe a existência, vinha abreviar-lhe os sofrimentos.
Malvina achava-se no salão, e ali esperava o resultado da conferência que Miguel fora ter com sua filha. Rosa e André, de braços cruzados junto à porta da entrada, também ali se achavam às suas ordens.
Malvina sentiu um doloroso aperto de coração ao ver assomar na porta o vulto de Isaura, arrimada ao braço de Miguel, lívida e desfigurada como enferma em agonia, os cabelos em desalinho, e com passos mal seguros penetrar, como um duende evocado do sepulcro, naquele salão, onde não há muito tempo a vira tão radiante de beleza e mocidade, naquele salão, que parecia ainda repetir os últimos acentos de sua voz suave e melodiosa.
Mesmo assim ainda era bela a mísera cativa. A magreza fazendo sobressaírem os contornos e ângulos faciais, realçava a pureza ideal e a severa energia daquele tipo antigo.
Os grandes olhos pretos cobertos de luz baça e melancólica eram como cirios funéreos sob a arcada sombria de uma capela tumular. Os cabelos entornados em volta do colo, faziam ondular por eles leves sombras de maravilhoso efeito, como festões de hera a se debruçarem pelo mármore vetusto de estátua empalidecida pelo tempo. Naquela miseranda situação, Isaura oferecia ao escultor um formoso modelo da Níobe antiga.
— Aquela é Isaura!... oh!... meu Deus! coitada! — murmurou Malvina ao vê-la, e foi-lhe mister enxugar duas lágrimas, que a seu pesar umedeceram-lhe as pálpebras. Esteve a ponto de ir implorar clemência a seu esposo em favor da pobrezinha, mas lembrou-se das perversas inclinações e mau comportamento, que Leôncio aleivosamente atribuíra a Isaura, e assentou de revestir-se de toda a impassibilidade que lhe fosse possível.
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