Mário de Andrade - Mestres da Poesia - Mário de Andrade

Здесь есть возможность читать онлайн «Mário de Andrade - Mestres da Poesia - Mário de Andrade» — ознакомительный отрывок электронной книги совершенно бесплатно, а после прочтения отрывка купить полную версию. В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Жанр: unrecognised, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.

Mestres da Poesia - Mário de Andrade: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Mestres da Poesia - Mário de Andrade»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Bem-vindo à série de livros Mestres da Poesia, uma selecção das melhores obras de autores notáveis. O crítico literário August Nemo seleciona os textos mais importantes de cada autor. A seleção é realizada a partir da obra poética, contos, cartas, ensaios e textos biográficos de cada escritor. Oferecendo assim ao leitor uma visão geral da vida e obra do autor. Esta edição é dedicada a Mário de Andrade, um poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista, ensaísta e fotógrafo brasileiro. Foi um dos pioneiros da poesia moderna brasileira com a publicação de seu livro Pauliceia Desvairada em 1922. Mario exerceu uma grande influência na literatura moderna brasileira e, como ensaísta e estudioso, foi um pioneiro do campo da etnomusicologia. Sua influência transcendeu as fronteiras do Brasil. Este livro contém os seguintes textos: Poesia: Há uma gota de sangue em cada poema; Paulicéia Desvairada; Losango cáqui ou afetos militares de mistura com os porquês de eu saber Alemão; Clã do Jaboti; Lira Paulistana; A costela do Grão Cão. Contos: O Besouro e a Rosa; Conto de Natal; Tempo da Camisolinha; Brasília; O Poço; O Ladrão; Os Sírios. Crônicas: Congresso de Língua Nacional Cantada, A exposição Machado de Assis, Fantasias de um poeta, Será o Benedito! e O homem que se achou.

Mestres da Poesia - Mário de Andrade — читать онлайн ознакомительный отрывок

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Mestres da Poesia - Mário de Andrade», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

É as greis humanas, pela primavera,

quando a terra toda é

florida como uma quimera,

conduzir para a luz, para a alegria,

para tudo que é róseo e que é risonho,

para tudo que é poema ou sinfonia,

para o arrebol, para a esperança, para o sonho!…

Ó doce paz, ó meiga paz!…

Vinde divina geratriz do riso;

estendei vosso manto puro e liso

por sobre a terra que se esfaz!

E novamente os povos sossegados,

mais felizes alfim, menos incréus,

envolvereis, ó paz imensa!

– De novo os cantos rolarão nos prados;

e os homens todos rezarão aos céus,

numa ressurreição da esperança e da crença!

Inverno

O vento reza um cantochão…

Meio-dia. Um crepúsculo indeciso

gira, desde manhã, na paisagem funesta…

De noite tempestuou

chuva de neve e de granizo…

Agora, calma e paz. Somente o vento

continua com seu oou…

Destacando-se na brancura,

os últimos pinheiros da floresta,

ao vendaval pesado e lasso,

como que vão partir em debandada:

parece cada qual, com a cabeça dobrada,

uma interrogação arrojada no espaço.

O vento rosna um fabordão…

Qual um mármore plano de moimento,

silenciou o caminho. É a sepultura,

profana, sem unção,

onde, com a última violeta,

jaz a franca alegria do verão…

Há ventania, mas

há solidão e paz.

Ninguém. Os derradeiros pios

voaram de manhãzinha; mas em breve

sepultaram-se sob a neve,

mudos e frios.

Tudo alvo… apenas a tristeza preta,

e o vento com seus roncos…

Ninguém.

– Alguém!

Olha, junto dos troncos,

um reflexo de baioneta!…

Epitalâmio

É sempre assim. De manhãzinha, braço dado,

nos jardins claros do hospital,

ele mancando, a ela apoiado,

silenciosos, lado a lado,

dão o passeio matinal.

E, vagarosamente, se entranhando

no perfume vermelho da manhã,

ela vem triste, como que sonhando,

– ela, que é sã –

e ele, – o ferido – traz sorrisos francos,

vem assobiando entre seus lábios brancos

uma valsa alemã…

E no fundo do parque redolente,

onde tudo é perfume e som,

sentam-se e dizem, já maquinalmente:

“Êtes-vous las?” – “Oh! non!”

Então ele, com sua voz quebrada,

vendo o sol que no longe aponta,

entrando sorrateiro sob a touca,

brincar entre os cabelos brunos dela,

pela décima vez conta e reconta

como o prenderam e feriram pela

tardinha, ao proteger a retirada

dos seus soldados.

Ela, dedos febris entrelaçados,

bebe o reconto que lhe sai da boca.

E ele lembrando, sem vanglória, o heroísmo

que praticou, a vê chorar…

Então se arrasta para junto dela,

pergunta-lhe a razão do seu mutismo,

pede-lhe as mãos para beijar…

– “Porquoi pleures tu?” – “Moi!” – “Mais oui!…”

E no seu colo se debruça,

cola-lhe a boca às mãos; e enquanto ele soluça,

agora, ela sorri.

É sempre assim…

Mas ao voltar, vem resplendendo

nela o beijo nas mãos, nele a esperança…

Voltam pelos meandros do jardim,

e ela vem rubra, que ele vem dizendo

quanto acha lindas as manhãs de França…

Refrão de Obus

Partir pelo ar, atravessar girando

o ambiente perfumado do verão.

Sentir o vento novo e brando;

no ímpeto da carreira,

perfumar-se e abrandar-se à viração!…

Partir, com o íntimo esforço, velozmente:

ver na campina a última leira,

rasgada pelo último arado,

aberta a boca mansa, esperar a semente!…

Partir, ouvindo os passarinhos,

que despertara a cotovia,

musicar, lado a lado,

o êxtase florescido dos caminhos!…

Ó! como é bom partir, subindo!…

Sob a palpitação da madrugada fria,

à ovação triunfal do dia infante e lindo

ó! como é bom partir subindo!…

Partir, alimentando um desejo de escol;

partir, subindo pelo espaço para o sol!…

Mas na suprema glória de subir,

sentir

que as forças vão faltar:

e retornar de novo para a terra;

e servir de instrumento numa guerra;

e rebentar,

e assassinar!…

Primavera

Fora desmantelado,

quando, golfando pela fauce aberta

o atestado dos órfãos e das viúvas,

um grande obus lhe rebentara ao lado…

No modesto recanto do jardim

da aldeia miserável e deserta,

na sua herança má de mudo e eterno,

estático e sem fim,

viu, no outono, morrer o sol das chuvas,

entrajou-se de neve em pleno inverno;

e agora, à sussurrante primavera

mostra no beiço o riso do jasmim…

Converteu-se. Sorriu à natureza;

perdoou a rabugice ao vento sul;

e, no êxtase imortal – Santa Teresa

da primavera – ele olha esperançosamente,

essa visão seráfica e esplendente,

a claridade mágica do azul…

Na culatra soaberta, onde altos estampidos

gerara a bala estrepitosa e fera,

fizeram ninho as andorinhas…

Culatra! – geradora de gemidos,

geradora de implumes avezinhas!…

Cobre-lhe uma roseira o desnudo cinismo.

Tem a benção do luar, nas noites perfumosas.

Vem ungi-lo às manhãs o sol de abril.

E o canhão convertido, odorante e gentil,

na imota unção de seu catolicismo,

ouve o Te Deum das abelhas sobre as rosas…

Espasmo

Ele morre. E tam só! Move-se e chama.

Quer chamar: sai-lhe a voz quase sumida;

e pelo esforço, sobre o chão de grama

jorra mais sangue da ferida…

Vai morrer… Angustiado, a noite inteira,

– noite encantada dum estio morno –

viu o tempo seguir entre as horas caladas;

nem percebeu a Lua cálida e trigueira,

com mil clarões afuzilando em torno;

e o broche colossal das estrelas douradas!

Olha agora. A alvorada

começa de brilhar nos longes glabros.

Perto, galhos de arbustos sonolentos,

onde a luz se dissolve na orvalhada,

são como verdes candelabros,

confortando-lhe os últimos momentos…

Estira os braços… Os odores,

em revoada puríssima e louçã,

sobem, cantantes, multicores,

cheios da força nova da manhã…

Ele pudera ouvir, caindo,

quando o estilhaço lhe rasgara o abdômen,

as joviais ovações dos seus soldados,

e, na fugida, os inimigos dizimados,

e os seus, em fúria, os perseguindo…

– E não restara um homem.

Depois, reviu os seus, a procurá-lo,

– altos lamentos pela noite clara…

Por pouco o não pisara

a pata dum cavalo!

Quis gritar, mas não pôde. E, único gesto

que abriu, foi um desfiar de lágrimas, silente;

e, olhos febris, rosto congesto,

viu seus ulanos

partirem tristes, tristemente…

E os passarinhos riem desumanos…

Sobem aos ares os primeiros hinos,

num triunfal e transbordante surto;

e em cima dele, com seus pios cristalinos,

libra uma cotovia o vôo curto…

Vai expirar. Já, numa ardência louca,

sente a sede da febre que o acabrunha…

Vai expirar… Mas só o estio o testemunha,

e a abelha matinal que lhe zumbe na boca…

E Gretchen? a rosada companheira

de dez meses apenas! e o filhinho

que está para nascer por esses dias?…

– Tantas quenturas de lareira!

tanto aconchego de seu ninho!

tanto amor! tantas alegrias!…

Principiavam ao longe os roncos e os estouros…

Читать дальше
Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «Mestres da Poesia - Mário de Andrade»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Mestres da Poesia - Mário de Andrade» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.


Отзывы о книге «Mestres da Poesia - Mário de Andrade»

Обсуждение, отзывы о книге «Mestres da Poesia - Mário de Andrade» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.

x