Aníbal Alves - Nakba

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O Holocausto de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial é um dos episódios históricos que mais impressionou o Mundo nos últimos cem anos. 'Nakba: Holocausto na Palestina' apresenta-nos um segundo olhar sobre essa realidade. Aníbal Alves levanta importantes questões em torno da formação do Estado de Israel, reservado pelas Nações Unidas ao povo judeu, no pós Segunda Grande Guerra. Através do encontro e desencontro de personagens densas, o autor descortina a realidade da ocupação do território da Palestina e das suas vítimas. Terá um primeiro holocausto levado a outro, tão cruel quanto o primeiro, de um povo inocente e igualmente massacrado? Num cenário de guerra em que vítimas se tornam algozes, quem são os culpados? E, no meio disso, pode brotar o Amor, através das suas formas mais diversas e surpreendentes? Talvez este livro não responda de forma direta a essas perguntas, mas mexe com pensamentos estanques sobre a História e as suas estórias. 'Nakba: Holocausto na Palestina' é um romance histórico que promete absorver os seus leitores.

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A história do povo judeu é demasiado rica para se rever nos atos sórdidos e cobardes dos sionistas e ainda hoje se pergunta como tais bandidos conseguiram acabar com a amizade e fraternidade para com os povos árabes, que vem desde os primórdios da história. Aqui está um episódio dessa amizade: crianças judaicas e muçulmanas nascidas no mesmo bairro e na mesma semana eram tratadas pelas suas famílias como irmãos de leite: o bebé muçulmano era amamentado pela mãe judia e o bebé judeu era alimentado pela mãe muçulmana. Este costume estabelecia uma relação íntima e duradoura entre as duas comunidades.

Os judeus sempre foram bem-vindos pelos árabes durante os períodos de adversidade. Veja-se o notável exemplo de desenvolvimento da comunidade judaica em Portugal e Espanha durante a época do domínio árabe. Quando expulsos pelos reis católicos em 1442, foram recebidos de braços abertos no Califado Otomano. Então, o porquê das afirmações do líder sionista Vladimir Jabotinsky, que declarou que «é inadmissível num futuro previsível uma reconciliação entre judeus e árabes»?

O sionismo tornou-se uma vergonha para o Movimento Judeu no mundo. Os verdadeiros judeus nada têm a ver com os bandidos sionistas que praticaram o terrorismo para assassinar e expulsar da Palestina os seus naturais. Eles fundaram Israel sobre os cadáveres dos palestinos. Para se aquilatar da bárbara limpeza étnica, basta olhar os números: foram expulsos ou assassinados 7,5 milhões de palestinos, 500 cidades e aldeias destruídas. As melhores casas de Jerusalém foram ocupadas por líderes terroristas, militares e políticos depois de enxotados os seus proprietários.

Como pode o mundo esquecer esta frase de Menachem Begin, líder terrorista que foi primeiro ministro, após o massacre de Deir Yassim: «esplêndido ato de conquista»? E acrescentou:

— Em Deir Yassim como em toda a parte vamos atacar e massacrar o inimigo; Deus, Deus o Senhor, nos escolheu para a conquista!

O sionismo é o último baluarte racista que ainda sobrevive e o estado de Israel é o último posto avançado do apartheid no mundo.

Tem razão o rabino Joshe Freund que, horrorizado com os massacres perpetrados pelas organizações terroristas da Arganah, Irgun e Stern, desabafou: «Não é porque eles são sionistas que eles são malfeitores. É porque eles são malfeitores que eles são sionistas!»

Capítulo 1

Aquela frase postada num grande quadro pregado à entrada de Auschwitz I, Arbeitnacht frei, era elucidativa de uma filosofia redentora da mente para um povo que sempre se pautara por disciplina e trabalho desde a fundação da Grande Alemanha. Mais se justificava a frase quando, no presente, a sua sociedade se deixava embalar no engano de um conceito político que distorcia a verdade desse mesmo povo, que sempre tinha cultivado o humanitarismo e agora via esse juízo sagrado transformado em fomentador de desigualdade, de injustiça e sinónimo de prepotência, por um regime totalitário que apagava as consciências com mentiras e regulava minuciosamente a vida dos seus concidadãos com um sistema policial de espionagem entre amigos, vizinhos, instituições e até na intimidade das famílias. Transformava a sociedade em duas classes — os espiados e os espies — assim só o trabalho era capaz de fazer esquecer a tragédia que se abatera sobre todos. Arbeit nacht frei! Enquanto trabalhava, o povo adormecia a consciência e não torturava a mente com o conceito de dúvida sobre: igualdade, justiça e fraternidade, máximas humanas desejadas pelos homens de bem em todas as épocas e em todos os tempos. O inverno de 1944 foi rigoroso para todos e impiedoso para os prisioneiros dos campos de Auschwitz. Além do frio, começava a notar-se a falta de víveres, em virtude dos ataques e bombardeamentos aliados, que eliminavam os transportes de abastecimento. No campo de Birkenau já se havia dado início ao desmantelar do equipamento de geração elétrica, do sistema de co-incineração e dos fornos de cremação onde eram incinerados os cadáveres sem identificação, de prisioneiros mortos por doença, epidemias ou exaustão — tudo o que não devia beneficiar o inimigo ou comprometer os militares alemães que ali cumpriam serviço. Também os valores aproveitados dos cadáveres: cabelos, dentes de ouro, assim como dinheiro e jóias não entregues à entrada do campo. Havia o receio do avanço do exército soviético, que já se acercava da fronteira com a Polónia.

Era um dia especial. Uma grande expetativa reinava em todos os campos porque, embora tivessem terminado as levas de prisioneiros com destino a Auschwitz em virtude da derrota alemã na Rússia, era esperado um comboio oriundo da Hungria com 3000 ciganos. Esta leva especial se tornava necessária para suprir a mão de obra vítima do tifo e do esgotamento. Também havia que afastar dos campos de trabalho escravo os 850 prisioneiros russos e polacos que, de maneira alguma, convinha que caíssem em mãos soviéticas, a ameaça que pairava como um sinal da derrota iminente.

Para Birkenau seriam enviados 300 desses prisioneiros ciganos húngaros, assim como 50 mulheres da mesma etnia que se destinavam a prover o comando e a refrescar o prostíbulo do campo, que tinha sido depauperado pelo tifo e por doenças venéreas. Aquele centro de prazer era um incentivo aos trabalhadores e soldados cujo comportamento fosse considerado exemplar.

O kapo judeu Abner Abramowicz, depois de informado que seria o responsável pelo alojamento provisório e pela seleção das ciganas a distribuir pelo comando e pelo bordel, rejubilava de contentamento. Até já tinha feito negócio com o outro kapo judeu, Berger Stein:

— Camarada Berger, vai preparando umas garrafas de conhaque, porque amanhã à noite vamos fazer uma farra com as ciganas. Eu tenho ordem de as ter aqui até fazer a escolha das mulheres para o comando e do gado com destino à casa de putas. O sargento vago mestre já mandou trazer queijo e salsichas para as contentar e agora vou dar ordem para que limpem e desinfestem o barracão de oeste que por estar mais afastado se torna o mais seguro para alojar as mulheres. Ainda tenho que falar com a responsável da zona das mulheres para prover de vestidos e artigos femininos as nossas convidadas. Temos que as abonecar para fazer uma escolha eficaz de maneira a contentar esses filhos da puta dos boches do commando.

Ambos se riram da picardia e ao mesmo tempo rogaram pragas em surdina.

— Amigo Berger, adoro comer estas putas, que têm fama de ser sempre fiéis aos seus homens!

O companheiro olhou-o com ar de sorna e desabafou:

— Pois eu anseio estuprar estas cabras ciganas e ouvir os seus guinchos histéricos, principalmente aquelas que ainda são virgens e prometidas, de tenra idade; essas, para poupar o hímen, consentem em tudo, desde que não tentemos derrubar o seu ego virginal. Que grandes pegas! Vamos, amigo. Já ouvi uns zunzuns acerca dos azares da guerra, isto soa-me ao fim da nossa clausura e é tempo de pensar um plano de sobrevivência para não desenterrar o passado.

Abramowicz olhou sério para o companheiro e murmurou com gravidade:

— Sim, os boches tinham um mas estão à beira de naufragar. Nós temos que saber ultrapassar isso com vantagem!

Estes kapos eram tratados como soldados alemães pelos superiores, em virtude da sua baixeza de caráter e do seu servilismo. Chegavam ao ponto de executarem as tarefas mais sujas e degradantes do género humano: aqueles serviços que até os mais rudes soldados tinham pejo em realizar nos condenados aos campos de trabalho forçado. O prisioneiro B76324, agora merecedor de ampla confiança do comandante do campo, antes tinha sido um dos bonifrates ao serviço do Dr. Mengele, mais conhecido por anjo da morte. Este tratamento de favor os tornava respeitados até pelos soldados de serviço naquele campo, o que não evitava os seus pensamentos na mais restrita intimidade: o ódio que latia no seu subconsciente por aqueles porcos que os tinham desumanizado. Era por isso que lançavam figas e palavras de anátema aos oficiais das SS que se serviam deles. Estes dois judeus, odiados até pelos irmãos de raça, sabiam bem que a natureza do homem não é boa nem piedosa. Nem é justa, porque cada ser luta por sobreviver e eles tinham vencido: optaram pela lei do mais forte. Moralmente eram uns farrapos, porque essa conduta impõe quase sempre o sacrifício do lado bom que está no ser humano, esse instinto de abnegação em favor dos semelhantes mais fracos. Eles preferiram adotar a máscara da conveniência para manter os privilégios. Eram como a maioria dos católicos que escolhem a pompa do mundo, mas servem-se da cruz para camuflar a conduta ignóbil. Sentiam-se satisfeitos por terem sobrevivido ao tormento de Auschwitz, mas não conseguiam evitar a acusação da sua alma — o mal que tinham feito já não podia ser superado e o remorso estava ligado às canalhices do passado. Esse sentimento torna-se mais latente e cruel à medida que o tempo passa. O remorso é implacável, exige expiação e impunha-lhes um outro modo de agir que eles nem conheciam.

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