Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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O auditório e os jurados tremeram . Terminada a descrição, continuou o delegado num repto oratório, próprio para no dia seguinte excitar ao mais alto ponto o entusiasmo do jornal da prefeitura:

— E é um tal homem, etc., etc., etc., vagabundo, mendigo, sem meios de subsistência, etc., etc., habituado pela sua vida passada às ações culpáveis, e pouco corrigido pela pena de galés, que sofreu, como o prova o crime cometido para com Gervásio, etc., etc.; é semelhante homem, que encontrado numa estrada em flagrante delito de roubo e escalada, nega tudo, nega o seu nome, a sua identidade! Além de cem outras provas, sobre as quais não insistimos, quatro testemunhas o reconheceram; Javert, o íntegro inspetor de polícia Javert, e três dos seus antigos companheiros de ignomínia, os forçados Brevet, Cheneldieu e Cochepaile! Nega tudo. Que endurecimento! Fareis justiça, senhores jurados, etc., etc.

Enquanto o delegado falara, o acusado escutara-o de boca aberta, com uma espécie de espanto que não era isento de admiração. Achava-se evidentemente surpreendido de que um homem pudesse falar de semelhante modo. De tempos a tempos, nos momentos mais enérgicos da requisitória, nos instantes em que a eloquência, não podendo conter-se, transborda num fluxo de epítetos infamantes e envolve o acusado como uma tempestade, meneara ele lentamente a cabeça da direita para a esquerda, e da esquerda para a direita, espécie de protesto mudo e triste, com que se contentara desde o começo do julgamento.

Duas ou três vezes, os espectadores colocados mais perto dele lhe ouviram dizer a meia voz:

— Aqui está o que eu fiz em não pedir ao senhor Baloup!

O delegado chamou a atenção do júri para aquela atitude estúpida, evidentemente calculada, e que denotava não imbecilidade, mas destreza, astúcia, hábito de iludir a justiça, e que punha completamente a descoberto a profunda perversidade daquele homem. Terminou em seguida mostrando-se reservado para com o caso de Gervásio e reclamando severa punição.

Esta punição como deve lembrar era o trabalho forçado por toda a vida.

O defensor levantou-se, começou por cumprimentar o senhor delegado do procurador-régio, pelas suas admiráveis palavras, e em seguida replicou como pôde, mas com menos firmeza: era claro que o terreno lhe fugia debaixo dos pés.

X — O sistema da negativa

Chegara o momento de terminar o julgamento. O presidente mandou levantar o réu e dirigiu-lhe a pergunta do estilo:

— Tem alguma coisa a acrescentar à sua defesa?

O réu, de pé, enrolando e desenrolando o ensebado barrete, pareceu não ouvir. O presidente repetiu a pergunta.

O homem desta vez ouviu e indicou ter compreendido. Fez um movimento como de quem desperta, olhou à roda de si, encarou o público, os soldados, o seu advogado, os jurados e o presidente, apoiou o monstruoso punho sobre a velha teia que lhe ficava na frente, tornou ainda a olhar para tudo, e de repente, fitando os olhos no advogado, começou a falar. Foi uma erupção.

Pelo modo como as palavras lhe saíam da boca, incoerentes, impetuosas, embatendo-se umas com as outras e em perfeita confusão, parecia que lhe acudiam todas duma vez, para saírem ao mesmo tempo. Disse ele:

— O que eu tenho a dizer é que fui carpinteiro de carros em Paris, e até que estive em casa do senhor Baloup. É uma peste aquele trabalho dos carros, trabalha-se sempre ao ar livre, nos pátios, ou debaixo de telheiros, se o patrão é melhor, mas nunca em oficinas fechadas, porque vossemecês bem sabem que é preciso campo largo. No inverno, tem a gente tanto frio que é preciso esfregar os braços, mas os patrões é que não estão por isso, dizem eles que se perde tempo. É uma coisa que custa muito lidar com ferro, quando as pedras estão cobertas de neve. Isto dá cabo dum homem muito depressa. Envelhece-se em pouco tempo: quando um homem tem quarenta anos está pronto. Eu tinha cinquenta e três e estava muito doente. E depois, os operários são más peças! Quando um homem já não é moço não fazem senão chamar-lhe estafermo! Não ganhava mais que trinta soldos por dia; os mestres aproveitavam-se da minha idade e pagavam-me o mais barato que podiam. Ainda assim tinha a minha filha, que era lavadeira, e que ganhava também alguma coisa; para os dois ia chegando. A rapariga levava também muito má vida. Todo o dia metida numa celha até quase à cintura, à chuva, à neve e ao vento, ainda que caia neve é preciso lavar sem descanso: há gente que tem pouca roupa e que está sempre à espera da lavadeira; se não se lavar com todo o tempo, perdem-se os fregueses. As aduelas são mal juntas e a água cai por toda a parte. Estar para ali uma mulher com as saias todas molhadas por dentro e por fora. Isto é para matar! Ela trabalhava também no lavadouro dos Enfants Rouges, onde a água sai por umas torneiras. Lá não se está na celha. A lavadeira ali lava adiante de si, à torneira, e enxuga do outro lado, no tanque. Como é casa fechada sente-se menos frio no corpo, mas fazem lá uma barrela de água quente que dá cabo da vista. A minha filha vinha para casa às sete horas da tarde, e sempre tão estafada que se deitava logo. O marido batia-lhe e ela morreu. Fomos pouco felizes. Sempre era uma rapariga tão sossegada, que nunca ia a divertimento nenhum. Ainda me lembro dum dia de Entrudo, em que ela às oito horas já estava deitada. Isto que eu digo é verídico, não têm mais do que indagar. Mas, é verdade! Que bruto que eu sou! Indagar o quê? Paris é muito grande, quem é que conhece ali o senhor Champmathieu? Ainda assim, em casa do senhor Baloup. Enquanto ao mais, nem eu sei o que é que me querem.

O homem calou-se e conservou-se de pé. Tinha dito todas estas coisas com uma voz alta, breve, rouca e áspera, com uma espécie de ingenuidade irritada e selvagem. No meio do seu aranzel interrompera-se para cumprimentar alguém que estava entre a multidão.

A espécie de afirmativas que ele parecia lançar ao acaso saíam-lhe como soluços, acompanhando cada uma delas com o gesto de um rachador de lenha, quando descarrega o machado.

Quando ele terminou, rompeu o riso em todo o auditório. Olhando então para o público, e vendo que se ria, sem que compreendesse o motivo, riu-se também.

Era sinistro aquele espetáculo.

O presidente, homem reto e ao mesmo tempo benévolo, elevou a voz. Recordou aos «senhores jurados» que o senhor Baloup, antigo mestre carpinteiro de carros, em casa de quem o acusado dizia ter servido, fora inutilmente citado. Tinha falido, e não fora possível encontrá-lo. Depois, voltando-se para o acusado, convidou-o a escutar o que ia dizer-lhe e acrescentou:

— Você está numa situação em que precisa refletir. Pesam sobre a sua cabeça suspeitas muito graves e que lhe podem produzir consequências capitais. Acusado, em seu interesse interpelo-o ainda uma vez; explique-se claramente sobre estes dois factos: Em primeiro lugar, saltou ou não o quintal de Pierron, partiu o tronco e roubou as maçãs, isto é, cometeu o crime de roubo com escalada? Em segundo lugar, é ou não o forçado liberto Jean Valjean?

O acusado meneou a cabeça com o ar de um homem que compreendeu muito bem e que sabe o que vai responder. Abriu a boca, voltou-se para o presidente e disse:

— Primeiro...

Em seguida olhou para o barrete, depois para o teto, e calou-se.

— Acusado — tornou o delegado do procurador-régio com voz severa —, preste atenção ao que se lhe diz: você não responde a coisa alguma das que se lhe perguntam. A sua perturbação condena-o. É evidente que não se chama Champmathieu, que é o forçado Jean Valjean, que em princípio se ocultou sob o nome de Jean Mathieu, que era o nome de sua mãe; que esteve no Auvergne e que nasceu em Faverolles, onde exercia a profissão de podador. É evidente que roubou, por meio de escalada, algumas maçãs maduras, do quintal de Pierron. Tudo isto será devidamente apreciado pelos senhores jurados.

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