Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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O acusado tinha-se sentado, mas quando o delegado acabou de falar, levantou-se arrebatadamente e exclamou:

— Você é que é muito mau homem! Aqui está o que eu queria dizer, mas não dava ao princípio com a palavra. Eu não roubei nada a ninguém, eu sou um homem que muitas vezes passo sem comer, porque o não tenho. Vinha de Ailly, e como havia pouco tempo que tinha desabado uma grande trovoada de água, que pôs os campos todos amarelos, de modo que os pântanos iam cobertos de água a mais não poder ser e não se viam senão as pontinhas da erva a sair das areias da margem da estrada achei um ramo quebrado no chão, ainda com maçãs, e apanhei-o, muito longe de suspeitar que me havia de ser causa de tantos trabalhos. Há três meses que estou preso e que andam comigo às voltas. Ora agora, que hei de eu dizer? Falam contra mim, dizem-me: «Responda!» O gendarme , que é bom rapaz, dá-me sinal com o cotovelo e diz-me em voz baixa: «Anda, responde»; mas eu não me sei explicar. Eu sou um pobre homem; disto não entendo, porque nunca tive estudos. Aí está o que fizeram mal em não ver. Eu não roubei nada, apanhei o que estava no chão. Os senhores falam de Jean Valjean, Jean Mathieu! Eu não conheço esses homens, que são da aldeia, e eu trabalhei no boulevard do Hospital em casa do senhor Baloup, e chamo-me Champmathieu. Tem graça dizerem-me onde eu nasci! Eu não o sei. Nem toda a gente tem uma casa para vir ao mundo; se assim fosse, era um regalo. Eu julgo que meu pai e minha mãe era gente que andavam por essas estradas; não sei mais do que isto. Quando era criança chamavam-me pequeno, agora chamam-me velho. São esses os meus nomes de batismo. Entendam lá isto como quiserem. Estive em Auvergne, estive em Faverolles. O que tem lá isso? Então não se pode ter estado em Auvergne, nem em Faverolles, sem ter estado nas galés? Torno a dizer: eu sou Champmathieu, e não roubei nada a ninguém. Estive em casa do senhor Baloup, e aí era o meu domicílio. Os senhores, afinal de contas, já me aborrecem com os seus disparates Porque é que andam tão encarniçados atrás de mim?

O delegado do ministério público, que permanecia de pé, dirigiu-se ao presidente:

— Senhor presidente, em vista das negativas confusas, mas extremamente hábeis do réu, que ainda que quisesse passar por idiota não seria capaz de o conseguir, desde já o prevenimos, requeremos que tenha a bondade, bem como os senhores jurados, de chamar a este recinto os condenados Brevet, Cochepaille e Chenildieu, e o inspetor de polícia Javert, e ainda outra vez interrogá-los sobre a identidade do réu com o forçado Jean Valjean.

— Devo observar ao senhor delegado — disse o presidente —, que o inspetor de polícia Javert, chamado no exercício das suas funções, à capital do vizinho distrito, apenas fez o seu depoimento saiu, não só da audiência, mas da cidade. Concedemos-lhe a autorização para se retirar, com o assentimento do senhor delegado e do senhor advogado de defesa.

— É exato, senhor presidente — tornou o delegado. — Mas, em vista da ausência do senhor Javert, julgo dever recordar aos senhores jurados o que ele há poucas horas disse neste mesmo lugar. Javert é um homem geralmente estimado, e que honra pela sua rigorosa e estrita probidade as funções subalternas, mas importantes. Eis o seu depoimento:

Não necessito de presunções morais e provas materiais que desmintam as negativas do acusado. Reconheço perfeitamente. Esse homem não se chama Champmathieu; é um ex-forçado de péssimas qualidades e muito temido chamado Jean Valjean. Houve até grande pena de o soltarem, apesar de haver concluído o tempo de castigo. Sofreu dezanove anos de trabalhos forçados por um roubo qualificado. Além do roubo de Gervásio, e desse de Pierron, tenho ainda suspeitas de outro cometido em casa de sua grandeza o defunto bispo de Digne. Quando fui guarda ajudante da chusma nas galés de Toulon, vi-o muitas vezes. Repito que o reconheço perfeitamente.

Esta declaração tão categórica, pareceu produzir profunda impressão tanto no público como no júri. O delegado terminou insistindo para que, na falta de Javert, fossem ouvidas de novo e interpeladas solenemente as três testemunhas, Brevet, Cheneldieu e Cochepaille.

O presidente deu uma ordem a um oficial de diligências, e um momento depois abriu-se a porta da sala em que estavam as testemunhas. O oficial de diligências, acompanhado de um gendarme, pronto a prestar-lhe auxílio, introduziu na sala o condenado Brevet. O auditório estava como suspenso, todos os peitos palpitavam como se fossem animados por uma só alma.

O antigo forçado Brevet trazia o vestuário preto e pardo das casas centrais. Brevet era um homem de uns sessenta anos, com uma espécie de figura de procurador de causas e o ar de um velhaco. Encontram-se por vezes juntas estas qualidades. Na prisão, aonde novas proezas o tinham reconduzido, tornara-se o que quer que era como guarda-chaves. Era um homem de quem os chefes diziam: diligencia tornar-se útil; e de quem os capelães testemunhavam os bons hábitos religiosos. É necessário não esquecer que tudo isto ocorria no tempo da restauração.

— Brevet — disse o presidente — não pode prestar juramento porque sofreu uma sentença infamante.

Brevet baixou os olhos.

— Todavia — continuou o presidente — mesmo no homem que a lei degradou pode conservar-se, quando a piedade divina o permite, um sentimento de honra e de piedade. É para este sentimento que eu apelo neste momento decisivo. Se, como julgo, ele existe ainda no seu íntimo, reflita antes de me responder; considere de um lado esse homem que uma palavra só pode perder, e do outro a justiça a quem pode esclarecer. O momento é solene; se julga ter-se enganado, é ainda tempo de se retratar. Acusado, levante-se. Brevet, observe-o bem, concentre as suas recordações e diga-nos, com a alma e a consciência, se persiste em reconhecer esse homem por Jean Valjean, outrora seu camarada nas galés.

Brevet olhou para o acusado e voltou-se para a mesa.

— Sim, senhor presidente. Fui eu o primeiro que o reconheci e persisto em que é o mesmo. Este homem é o Jean Valjean, que foi para Toulon em 1796, e que saiu de lá em 1815. Eu saí passado um ano. Agora parece ter assim o ar de um bruto: é talvez da idade, nas galés era ele triste e dissimulado. Reconheço-o positivamente.

— Sente-se — disse o presidente. — Acusado, conserve-se de pé.

Trouxeram em seguida Cheneldieu, condenado a trabalhos forçados por toda a vida, como o indicavam a roupeta vermelha e o barrete verde. Estava cumprindo a sentença em Toulon de onde fora trazido a Arras para ser testemunha neste processo. Era um homem baixo, com cinquenta anos, pouco mais ou menos, vivo, encarquilhado, raquítico, amarelo, descarado, febril, que apresentava em todo o seu físico extrema fraqueza e no olhar uma força imensa. Os seus companheiros das galés tinham-no apelidado de Nega-a-Deus. O presidente dirigiu-lhe quase as mesmas perguntas que fizera a Brevet. No momento em que o presidente lhe recordava que a sua infâmia lhe tirava o direito de prestar juramento, Cheneldieu levantou a cabeça e encarou a multidão. O presidente convidou-o a recolher as recordações e perguntou-lhe, como a Brevet, se persistia em reconhecer o acusado.

Cheneldieu soltou uma gargalhada.

— Ora essa! Se o reconheço! Andámos cinco anos presos à mesma grilheta. Não te faças amarelo, meu velho!

— Pode sentar-se — disse o presidente.

O oficial de diligências conduziu Cochepaille. Este outro condenado por toda a vida, vindo de Toulon e vestido de vermelho como Cheneldieu, era um camponês de Lourdes, um semiurso dos Pirinéus. Guardara, rebanhos na montanha, e de pastor transformara-se em salteador. Cochepaille não era menos selvagem nem parecia menos estúpido do que o acusado. Era um desgraçado dos que a natureza esboça para animais bravios, e que a sociedade completa em forçados. O presidente tentou movê-lo com algumas palavras patéticas e graves, e perguntou-lhe como aos outros, se persistia, sem hesitação ou dúvida, em reconhecer o homem que tinha diante de si.

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