Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Ao meio-dia voltou o médico, receitou, perguntou se tinha aparecido o senhor Madelaine, e abanou a cabeça.

Madelaine costumava visitar Fantine pelas três horas. Como a pontualidade provém da bondade, era pontual.

Pelas duas e meia, Fantine começou a agitar-se. No espaço de vinte minutos perguntou mais de dez vezes à religiosa:

— Que horas são, minha irmã?

Deram afinal três horas. Apenas soou a terceira martelada do relógio, Fantine, que apenas se podia mover, sentou-se de repente na cama: juntou com uma espécie de impulso convulsivo as duas mãos descarnadas e amarelas, e a religiosa ouviu sair-lhe do peito um suspiro profundo, dos que parece aliviarem de um grande peso Fantine olhou em seguida para a porta. Não entrou ninguém; a porta nem mesmo se abriu.

Por um quarto de hora conservou-se na mesma posição, com os olhos fitos na porta, imóvel, e como contendo a respiração. A irmã não ousava dizer-lhe coisa alguma. O relógio da igreja deu um quarto depois das três. Fantine deixou cair novamente a cabeça no travesseiro. Não proferiu uma palavra e recomeçou a fazer dobras no lençol.

Passou a meia hora, a hora, e não apareceu ninguém. De cada vez que se ouvia o som do relógio, Fantine erguia-se um pouco, olhava para a porta e tornava logo a deixar-se cair.

Sem que pronunciasse nome nenhum, sem que se queixasse, sem que acusasse ninguém, via-se-lhe claramente o pensamento. A tosse é que era cada vez mais lúgubre. Parecia que baixara sobre ela o que quer que era de obscuro. Estava lívida e tinha os lábios azulados. Por momentos sorria-se.

Soaram cinco horas; a irmã ouviu-a dizer suavemente em voz baixa:

— Mas visto que eu me vou embora amanhã, ele faz mal em não vir cá hoje!

A própria irmã se sentia surpreendida pela demora do senhor Madelaine.

Entretanto, Fantine olhava para o dossel do leito; parecia diligenciar recordar-se de alguma coisa. De repente, pôs-se a cantar com voz fraquíssima. A religiosa apurou o ouvido. Eis o que Fantine cantava:

Havemos de ir à cidade

Comprar mil coisas formosas;

Encarnadas são as rosas,

Roxo o lírio amo-te, amor!

Veio ontem visitar-me.

Lá do céu, a virgem pura;

Nos ombros trazia um manto

De bordada cercadura.

Entrou, sentou-se-me ao lado.

Pôs-se comigo a falar:

Aqui te trago, disse ela,

Envolto neste meu véu,

O menino que me pediste

Duma vez, toma-o, é teu.

Parte à cidade, traz pano,

Compra linhas e dedal.»

Havemos de ir à cidade

Comprar mil coisas formosas.

Virgem santa, um lindo berço,

Que de fitas enfeitei,

Para o meu querido menino.

Ao pé do lar coloquei.

Não trocara o lindo infante

Pela estrela mais brilhante,

Que Deus faz luzir no céu.

Dizei-me, agora, senhora.

Deste pano que farei?

Faz um lindo enxovalzinho

Para o menino que te dei.

Encarnadas são as rosas,

Roxo o lírio amo-te, amor!

Lava-o primeiro no rio,

Bem lavado, com sabão,

E faz dele um roupãozinho,

Que eu, por minha própria mão,

De mil flores bordarei.

Mas, senhora, que farei,

Pois não vejo o meu menino?

Que farei, ó virgem pura?

Faz-me de pano um lençol,

Para ir nele a sepultura.

Havemos de ir à cidade

Comprar mil coisas formosas;

Encarnadas são as rosas,

Roxo o lírio amo-te, amor!

Esta canção era uma velha romanza de embalar crianças, com que outrora ela adormecia a sua Cosette, e que não se lhe tornara a apresentar ao espírito desde que deixara de a ter consigo. Cantava-a, pois, com uma voz tão triste e numa toada tão suave, que fazia chorar até uma religiosa. A irmã de caridade, habituada às coisas austeras, sentiu lágrimas nos olhos.

O relógio deu seis horas. Fantine decerto não as ouviu. Parecia não dar atenção a coisa alguma das que a rodeavam.

A irmã Simplícia mandou uma servente perguntar à porteira da fábrica se o senhor maire já tinha entrado, e se iria sem demora à enfermaria. A servente voltou passados poucos minutos. Fantine conservava-se imóvel e parecia pouco atenta às ideias que a dominavam. A servente contou em voz baixa, à irmã Simplícia, que o senhor maire saíra antes das seis horas da manhã num pequeno tilbury, apesar do frio que fazia, que tinha ido só, sem ao menos levar cocheiro; que não sabia o caminho que seguira; que algumas pessoas diziam tê-lo visto tomar pela estrada de Arras, e que outras asseguravam tê-lo encontrado na estrada de Paris; que quando partira se mostrara bondoso como de costume, e que apenas dissera à porteira que o não esperasse naquela noite.

Enquanto as duas mulheres segredavam, com as costas voltadas para a cama da doente, a irmã fazendo perguntas, e a servente conjeturas, Fantine, com a vivacidade febril de certas doenças orgânicas, que confunde os movimentos livres da saúde com a medonha magreza da morte, ajoelhara na cama, com ambos os punhos cerrados e apoiados no travesseiro, e dali passando a cabeça pela abertura das cortinas, pusera-se a escutar.

De repente, exclamou:

— Estão a falar do senhor Madelaine! Mas porque falam tão baixo. O que fez ele? Porque é que não vem?

A sua voz era tão áspera e rouca que as duas mulheres, julgando ouvir uma voz de homem, voltaram-se muito assustadas.

— Respondam! — gritou Fantine.

A criada balbuciou:

— A porteira disse-me que o senhor Madelaine não podia vir hoje.

— Deite-se, minha filha — disse-lhe a irmã —, sossegue.

Fantine, porém, sem mudar de atitude, tornou em voz alta e com um acento ao mesmo tempo imperioso e dilacerante:

— Não pode vir? Porquê? Conhecem a razão, porque a diziam há pouco uma à outra. Também eu a quero saber.

A criada disse apressadamente ao ouvido da religiosa:

— Diga-lhe que está ocupado no conselho municipal.

A irmã Simplícia corou ligeiramente: era uma mentira o que a criada lhe aconselhara. Por outro lado bem sabia que dizer a verdade à doente seria decerto descarregar sobre ela um golpe terrível, coisa extremamente grave no estado em que se achava Fantine.

Este rubor durou pouco. A irmã ergueu para Fantine os olhos tranquilos e tristes e disse-lhe:

— O senhor maire ausentou-se da cidade.

Fantine endireitou-se e sentou-se sobre os calcanhares. Os olhos apresentaram de repente extraordinário brilho; na dolorosa fisionomia resplandeceu-lhe a mais inesperada alegria.

— Partiu! — exclamou ela. — Foi buscar a minha Cosette!

Depois ergueu ambas as mãos ao céu, patenteando em todas as feições a mais inefável expressão. Movia os lábios: orava em voz baixa. Quando terminou a oração, continuou:

— Minha irmã, vou tornar a deitar-me; vou fazer tudo que me mandarem. Ainda agora fui muito má, peço-lhe que me perdoe por ter falado tão alto; bem sei que não se deve falar alto, minha querida irmã, mas bem vê, agora estou satisfeita. Deus é de muita bondade e o senhor Madelaine é muito boa pessoa. Imagine que foi a Montfermeil, só para trazer a minha Cosette.

E tornou a deitar-se, ajudou a religiosa a acomodar o travesseiro, e beijou uma cruzinha de prata que trazia ao pescoço e que lhe fora dada pela irmã Simplícia.

— Veja se sossega, minha filha — disse a irmã —, não fale mais.

Fantine tomou entre as suas a mão da irmã Simplícia, a qual sofria extraordinariamente por lhe sentir aquele suor e prosseguiu:

— Foi esta manhã para Paris. Nem mesmo tem precisão de passar por lá. Vindo de lá, Montfermeil fica um pouco à esquerda. Lembra-se como ele me dizia: Não tarda, não tarda? quando eu ontem lhe falava de Cosette? É uma surpresa que me quer fazer. Olhe, não sabe? Ontem fez-me assinar uma carta, dando ordem aos Thenardier para a entregarem. Eles não podem negá-la, entregá-la-ão, não é verdade? Não se lhes deve nada. As autoridades não consentirão que neguem uma criança, tendo-se-lhes pago tudo. Minha irmã, não me faça sinais para que não fale! Sinto-me muito satisfeita, estou muito melhor, estou até já boa, porque vou tornar a ver Cosette; até sinto vontade de comer. Há quase cinco anos que não a vejo. As religiosas como a minha irmã não imaginam o apego que se tem aos filhos! E depois, como ela deve estar bonita, verá! Tem uns dedinhos tão rosados há de ter umas mãos muito bonitas: quando tinha um ano eram ridículas. Agora já está muito crescida; tem sete anos, é uma senhora. Eu chamo-lhe Cosette, mas o seu nome é Eufrásia. Olhe, esta manhã, estava eu olhando para a poeira que está sobre o fogão, e não sei porque me veio à ideia que veria muito breve a minha Cosette. Meu Deus! Que coisa tão má que é estar assim anos sem ver os filhos! A gente devia lembrar-se de que a vida não é eterna! Mas que bondade a do senhor maire, em se ter posto a caminho! É verdade que faz muito frio, não é? Levaria ele ao menos o seu capote? Amanhã deve estar de volta, não é assim? há de ser dia de festa. Amanhã pela manhã, minha irmã, há de lembrar-me que ponha a minha touca de rendas. Montfermeil é uma terra pequena. Noutro tempo andei aquele caminho a pé; para mim era muito longe, mas as diligências andam depressa! Amanhã estará aqui com a minha Cosette. Quantas léguas são daqui a Montfermeil?

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