Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Batiam-lhe violentas as artérias nas fontes, e ele ia e vinha sempre Soou meia-noite, primeiro no relógio da freguesia, depois na casa da câmara. Contou as doze badaladas, nos dois relógios, comparando o som dos dois sinos e lembrou-se nesta ocasião que alguns dias antes tinha visto em casa de um negociante de ferros velhos um sino que ali estava à venda, no qual se via gravado este nome: António Albino de Romainville.

Sentiu frio. Acendeu o fogão, mas não se lembrou de fechar a janela.

Em seguida tornou a cair em meditação. Foi-lhe necessário grande esforço para se recordar do que estava passando antes de ouvir bater a meia-noite. Por fim, sempre o conseguiu.

— Ah, sim! — murmurou ele. — Tinha resolvido denunciar-me. — De repente, lembrou-se de Fantine. — É verdade! E esta pobre mulher?

Aqui declarou-se nova crise.

Fantine, surgindo inopinadamente no meio da sua meditação, causava nele o efeito de inesperado raio de luz. Pareceu-lhe que tudo em volta de si mudava de aspeto e continuou a falar consigo próprio:

— Ainda não pensei senão em mim, não atendi senão a minha conveniência! Calar-me ou denunciar-me, ocultar a minha pessoa ou salvar a minha alma, ser um magistrado venerável e respeitado, ou um forçado infame e desprezível, são coisas que só a mim respeitam; é o eu, unicamente o eu! Mas, meu Deus! Isto é ser egoísta! São expressões diversas do egoísmo, mas sempre é egoísmo! Se eu pensasse um pouco nos outros? Ó primeiro dos mais santos deveres é pensar no próximo. Vejamos, examinemos! Posto eu de parte, desaparecendo, sendo esquecido, o que poderá suceder? Se me denuncio, prendem-me, soltam Champmathieu e tornam a mandar-me para as galés; muito bem e depois? O que se passa aqui? Aqui há um distrito inteiro, uma cidade cheia de fábricas, uma indústria, operários, homens, mulheres, velhos e crianças, uma multidão de pobre gente! Criei tudo isto, dei vida a tudo, em tudo, em todas as chaminés que deitam fumo foi o lume aceso por mim, fui eu quem meti na panela a carne para o jantar da família; produzi o bem-estar, estabeleci a circulação e o crédito; antes de mim não havia nada disto; animei, verifiquei, fecundei, estimulei e enriqueci todo o país, separando-me dele tiro-lhe a alma. Ausentando-me daqui, morre tudo. E esta mulher que tem padecido tanto, em cuja perdição há tantos motivos de estima e de quem eu, involuntariamente, ocasionei a última desgraça! E a criança que eu queria ir buscar, que prometi a sua mãe! Porventura não devo alguma coisa a essa mulher, em compensação do mal que lhe fiz? Se eu desapareço, que sucede? A mãe morre, a criança perde-se. Eis o que acontece se me denuncio. E se o não faço? Vejamos, se não me denuncio?

Depois de ter dirigido a si mesmo esta pergunta, parou; teve um momento de hesitação e de abalo, mas este momento foi rápido e respondeu com severidade:

— Esse homem vai para as galés, é verdade, mas que diabo! Para que roubou? Por mais que repita a mim mesmo o contrário, é um facto que roubou! Eu fico aqui, continuo como até agora. Em dez anos terei ganho dez milhões, espalho-os pelo país, não terei nada de meu, mas que me importa? Não é por mim que faço tudo isto! A prosperidade geral vai crescendo, as indústrias nascem e excitam-se mutuamente, a manufatura aumenta, as fábricas multiplicam-se e as famílias, cem mil famílias, vivem felizes; o território povoa-se; nascem aldeias onde não havia senão herdades, e nascem herdades onde não havia nada; a miséria desaparece e com ela os maus costumes, a prostituição, o roubo, o assassínio, todos os vícios, todos os crimes. Essa pobre mãe educa sua filha, e a par disto tudo, o país rico e honesto! Estava louco! Que absurdo, pensar em denunciar-me! Realmente, é preciso meditar muito e não ser precipitado. O quê! Porque me agradaria representar de magnânimo a generoso; no fim de tudo era um melodrama! porque não pensara senão em mim; porque quis salvar de uma punição, talvez um tanto exagerada, mas afinal justa, não sei quem, um ladrão, evidentemente um velhaco, deve perecer uma população inteira; deve uma pobre mulher morrer no hospital e uma infeliz criança ficar abandonada no meio da rua, como se fosse um cão? É abominável! Sem que mesmo a mãe tenha tornado a ver sua filha, sem que a criancinha quase conheça sua mãe. E tudo isto por causa de um sórdido ladrão de fruta que, com certeza, se não merece as galés por este roubo, merece-as sem a mínima dúvida, por outra coisa. Belos escrúpulos que salvam um culpado sacrificando muitos inocentes: que salvam o velho vagabundo, que poucos anos poderá viver, que no fim de contas não será mais infeliz nas galés do que no seu casebre, e que sacrificam uma população inteira, homens, mulheres e crianças! E a pobre pequenita Cosette, que só me tem a mim neste mundo e que está a estas horas roxa de frio, na pocilga dos tais Thenardier que são também uns canalhas! Pois hei de faltar aos meus deveres para com toda esta pobre gente? hei de ir denunciar-me? hei de cometer semelhante inépcia? Calculemos tudo pelo pior. Suponhamos que há em tudo isto mau procedimento da minha parte e que mais para diante a consciência mo exprobra; no aceitar em proveito dos outros essas exprobrações que só a mim respeitam, essa má ação que não prejudica senão a minha alma, é que consiste a dedicação, é nisto que está a virtude.

Em seguida levantou-se e continuou a passear. Desta vez pareceu-lhe que se sentia mais satisfeito.

Não se encontram os diamantes senão nas tenebrosas entranhas da terra; só se encontram as verdades nas profundidades do pensamento. Pareceu-lhe que depois de ter descido a estas profundidades, depois de ter andado às apalpadelas na maior densidade destas trevas, achara um desses diamantes, uma dessas verdades, que a tinha enfim na mão; contemplava-a portanto como deslumbrado.

— Sim, é isto mesmo! Cheguei à verdade, encontrei a solução. É necessário concluir alguma coisa. A minha resolução está tomada, deixemos caminhar as coisas! Não vacilemos, não recuemos. É o interesse de todos e não meu. Sou Madelaine, ficarei Madelaine. Desgraçado do que é Jean Valjean! Não sou eu, não conheço esse homem, não sei de quem se trata; se sucede haver neste momento alguém que seja Jean Valjean, avenha-se como puder! Não tenho nada com isso. É um nome fatal que paira no meio das sombras; se pousou sobre alguma cabeça, o mal é para ela.

E, olhando para um espelho que estava sobre o fogão, acrescentou:

— E então! Como alivia assentar numa resolução! Sinto-me outro.

Deu ainda alguns passos e parou de repente.

— Vamos! — disse ele. — É necessário não hesitar ante nenhuma das consequências do que resolvi. Há ainda alguns fios que me ligam a esse tal Jean Valjean! É necessário quebrá-los. Neste mesmo quarto há objetos que me acusam, objetos mudos que serviriam de testemunha; está decidido, é necessário que desapareça tudo.

E, tirando a bolsa da algibeira, abriu-a e procurou nela uma chavinha. Em seguida introduziu-a numa fechadura, cujo pequeno buraco mal se distinguia, perdida nas sombras mais carregadas da pintura do papel com que eram forradas as paredes e abriu um esconderijo, espécie de armário praticado entre o ângulo da parede e o pano da chaminé. Não havia neste esconderijo senão alguns farrapos; uma camisola de algodão azul, umas calças, uma mochila, tudo muito velho, e um cajado de espinheiro, emponteirado em ambas as extremidades.

Os que tinham visto Jean Valjean na época em que atravessara Digne em outubro de 1815, teriam facilmente reconhecido todas as peças daquele miserável vestuário. Conservara-as como conservara os castiçais de prata, para se recordar sempre do seu ponto de partida. Só ocultava os andrajos que provinham das galés; os castiçais, que provinham do bispo, conservava-os patentes. Olhou depois furtivamente para a porta, como se receasse que ela se abrisse apesar do ferrolho que a fechava; em seguida, com um movimento rápido, inesperado, e de uma só braçada, sem mesmo olhar uma única vez para os objetos que tinha tão religiosa e perigosamente guardado durante tantos anos, pegou nos farrapos, no cajado, na mochila, e lançou tudo no fogão.

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