Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Eis o que se passava no quarto de Madelaine.

III — Tempestade num crânio

Sem dúvida o leitor já adivinhou que Madelaine não era outro senão Jean Valjean.

Já deitámos um olhar para as profundidades desta consciência; é, todavia, chegada nova ocasião de lançar-lhes outro olhar. Não o fazemos, porém, sem emoção e estremecimento, porque não há nada mais aterrador do que esta espécie de contemplação. Os olhos do espírito não podem encontrar em parte alguma mais deslumbramentos nem mais trevas do que no homem, nem fixar-se em coisa nenhuma, que seja mais temível, complicada, misteriosa e infinita. Há um espetáculo mais grandioso ainda do que o céu, é o íntimo da alma.

Fazer o poema da consciência humana, ainda que não fosse senão em relação a um só homem, mesmo ao mais ínfimo dos homens, seria fundir todas as epopeias em uma só epopeia superior e definitiva. A consciência é o caos das quimeras, das ambições e das tentativas, é a fornalha dos sonhos, o antro das ideias vergonhosas: é o pandemónio dos sofismas, o campo de batalha das paixões. Penetrai, em certos momentos, através da face« lívida de um ente humano absorvido pela reflexão e olhai para além, observai-lhe a alma, contemplai-lhe a escuridão. Há ali, sob a superfície límpida do silêncio exterior, combates de gigantes como em Homero, brigas de dragões, de hidras, e nuvens de fantasmas, como em Milton, espirais visionárias como em Dante. Sombria coisa é o infinito que todo o homem contém em si e pelo qual ele regula desesperado as vontades do seu cérebro e as ações da sua vida!

Alighieri encontrou um dia uma porta sinistra, em frente da qual estacou vacilante. Eis-nos também em frente de uma, em cujo limiar do mesmo modo hesitamos. Contudo, entremos.

Pouco temos que acrescentar ao que o leitor já conhece do que sucedera a Jean Valjean, após o seu encontro com o pequenito Gervásio. Desde esse momento, tornara-se outro homem. Executou cabalmente os desejos do bispo. Foi mais do que uma transformação, foi uma transfiguração.

Conseguiu desaparecer, vendeu as pratas do bispo, conservando apenas os castiçais como recordação, andou de cidade em cidade, atravessou a França, veio para Montreuil-sur-mer, concebeu e efetuou a ideia que já conhecemos, chegou a tornar-se inacessível a qualquer perseguição, e depois de tudo isto, estabelecido em Montreuil-sur-mer, feliz por sentir a consciência contristada pela recordação do seu passado e a primeira parte da sua vida desmentida pela segunda, passou a viver tranquilo, pacífico e cheio de esperanças, dominado apenas por dois pensamentos: ocultar o seu nome e santificar a vida; escapar aos homens e restituir-se a Deus.

Estes dois pensamentos tinha-os ele tão estreitamente ligados no espírito, que quase formavam um só; ambos igualmente absorventes e imperiosos, dominavam-lhe as mínimas ações. De ordinário, achavam-se sempre de acordo para regular os procedimentos da sua vida; faziam-no encarar incessantemente as sombras, tornavam-no benévolo e simples, davam-lhe ambos os mesmos conselhos. Todavia, davam-se algumas vezes conflitos entre eles. Em tais circunstâncias, todos se recordam, o homem a que toda a gente de Montreuil-sur-mer chamava de senhor Madelaine não hesitava nunca em sacrificar o primeiro ao segundo; a segurança à virtude. Deste modo, a despeito de toda a reserva e prudência, conservara os castiçais do bispo, cobrira-se de luto pela sua morte, chamava e interrogava todos os rapazinhos saboianos que passavam pela cidade, diligenciava obter informações sobre as famílias de Faverolles e salvara a vida ao velho Fauchelevent, apesar das inquietadoras insinuações de Javert. Parecia julgar, como já notámos, a exemplo de todos os que têm sido sábios, santos e justos, que os seus primeiros cuidados não deviam ser nunca em proveito próprio.

Contudo, é necessário dizê-lo, ainda se não tinha apresentado nada de semelhante como o presente caso. Jamais as duas ideias que governavam o homem infeliz, cujos sofrimentos aqui narramos, haviam travado tão séria luta. Compreendeu-o ele confusa, mas profundamente, às primeiras palavras que Javert pronunciara quando entrou no seu gabinete.

No momento em que, de modo tão abrupto, ouviu articular aquele nome, que ocultava sob tão grandes espessuras, sentiu-se atacado de paralisia, embriagado pelo sinistro capricho do seu destino, invadido pelo estremecimento que precede os grandes abalos; curvou-se como o carvalho à aproximação da tormenta, como o soldado chegado o momento do assalto; sentiu descerem-lhe sobre a cabeça terríveis sombras, pejadas de raios e de relâmpagos sinistros. Ao escutar Javert, o primeiro pensamento que o assaltara, fora correr a denunciar-se, livrar Champmathieu da prisão e colocar-se em seu lugar; esta ideia, porém, foi-lhe tão dolorosa e pungente como uma incisão na carne viva; depois passou e ele disse consigo: «Veremos! Veremos». Reprimindo o primeiro impulso generoso e recuando ante o heroísmo.

Seria belo, sem dúvida, depois das santas palavras do bispo, ao cabo de tantos anos de arrependimento e abnegação, no meio de uma penitência tão admiravelmente principiada, que este homem, mesmo em presença de tão terrível conjuntura, não tivesse hesitado um instante e continuasse a caminhar com o mesmo passo para o precipício aberto diante de si, no fundo do qual estava o céu; teria sido belo, mas não foi assim. Devemos dar conta das coisas que se passavam naquela alma e não podemos dizer senão o que lá se encontrava. O que primeiro o dominou foi o instinto da conservação; reatou à pressa o fio das suas ideias, sufocou as emoções que sentia, considerou a presença de Javert, perigo enorme, desviou, com a firmeza do terror, qualquer resolução que pudesse tomar, fez por olvidar o que devia fazer e tomou de novo o seu ar sossegado, como um lutador levantando o escudo

Passou o resto do dia neste estado um turbilhão lá dentro, uma tranquilidade profunda cá fora, tomando apenas o que se poderia chamar «medidas de conservação». No cérebro tudo se lhe debatia ainda em confusão; a perturbação ali era tal, que não lhe deixava ver distintamente a forma de nenhuma ideia; ele próprio não poderia dizer de si mesmo senão que recebera um grande golpe. Transportou-se, como de costume, para junto do leito de Fantine, e prolongou a sua visita, por um instinto de bondade, dizendo a si mesmo que era necessário proceder assim e recomendá-la bem às irmãs, para o caso em que acontecesse ele ter de ausentar-se. Conhecia vagamente que teria talvez de ir a Arras; e sem de nenhum modo se haver resolvido a semelhante Viagem, disse consigo que, estando ao abrigo de qualquer suspeita, como ele o estava, não havia inconveniente em ser testemunha do que se passasse; e alugou o tilbury a Scaufflaire, a fim de estar preparado para o que pudesse acontecer.

Jantou com bastante apetite, e apenas entrou para o quarto, pôs-se a meditar.

Examinou a situação e achou-a inaudita; de tal modo inaudita, que no meio das suas cogitações, levado por um impulso de ansiedade, quase inexplicável, ergueu-se da cadeira em que estava sentado e foi correr os ferrolhos da porta. Receou que entrasse ainda mais alguma coisa. Fortificou-se contra o possível.

Pouco depois apagou a vela. A luz incomodava-o.

Parecia-lhe que podiam vê-lo. Mas quem?

Quem ele queria evitar que entrasse, entrara já; quem ele queria cegar, fitava-o. Era a sua consciência.

A sua consciência, isto é, Deus.

Todavia, no primeiro momento, chegou a iludir-se; teve certo sentimento de segurança e de solidão; corridos os fechos da porta, tornou-se inexpugnável; extinta a luz sentiu-se invisível. Tornou-se então senhor de si, fincou os cotovelos na mesa, apoiou a cabeça nas mãos e pôs-se a meditar nas trevas.

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