Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Aquele homem perguntou, pois, a si próprio em que ponto estava. Interrogou-se sobre aquela «resolução tomada». Confessou a si mesmo que tudo o que ele acabava de dispor no seu espírito era monstruoso, que «deixar correr as coisas e não se opor à vontade de Deus», era nem mais nem menos do que uma coisa horrível. Consentir que se consumasse aquele engano do destino e dos homens, não o impedir, antes favorecê-lo com o seu silêncio, nada fazer enfim, era fazer tudo, era o último grau da indignidade hipócrita, era um crime baixo, cobarde, dissimulado, hediondo, abjeto!

Pela primeira vez, ao cabo de oito anos, o desgraçado sentia o amargo sabor de um mau pensamento e de uma má ação.

Cheio de desgosto cuspiu-a de si e continuou a interrogar-se. Perguntou a si mesmo severamente o que entendera por: «Alcancei o meu fim!» Declarou que tinha, com efeito, um fim na vida. Mas qual era esse fim? Ocultar o seu nome? Iludir a polícia? Era por uma coisa tão pequena, que fizera quanto tinha feito? Porventura não tinha outro fim, que fosse o grande, o verdadeiro fim? Salvar, não a sua pessoa, mas a sua alma, tornar a ser honrado e bom, ser um justo! Não era isto o que ele sobretudo, o que ele unicamente desejara sempre e o que o bispo lhe ordenara: Fechar a porta ao seu passado? Mas é que ele não a fechava, grande Deus, abria-a, praticando uma ação infame; tornava-se um ladrão e o mais odioso dos ladrões: roubava a outro a sua existência, a vida, a paz, o seu lugar ao sol que nos alumia; tornava-se um assassino, matava moralmente um mísero homem, infligindo-lhe a medonha morte lenta, a morte a céu descoberto, que se chama galés!

Pelo contrário, salvar esse homem, vítima de um erro tão lúgubre, tornar a ser por dever o forçado Jean Valjean, era completar verdadeiramente a sua ressurreição e fechar para sempre o inferno de onde saíra!

Tornando a cair nele aparentemente, deixava-o na realidade! Era necessário fazer isto! Se o não fizesse, perderia quanto já fizera! Toda a sua vida teria sido estéril, toda a sua penitência se tornaria inútil! Bastava que dissesse: Para que fim? Sentia que o bispo estava ali, que se encontrava muito mais presente por já não existir, que não afastava dele os olhos, que dali em diante o maire Madelaine, mesmo com todas as suas virtudes, lhe parecia abominável e acharia puro e admirável o forçado Jean Valjean; que os homens só lhe viam a máscara, mas que o bispo lhe via o rosto; que os homens lhe viam a vida, mas que o bispo lhe via a consciência. Era indispensável, pois, ir a Arras libertar o suposto Jean Valjean e denunciar o verdadeiro! Ah, era este o maior dos sacrifícios, a mais pungente vitória, o último passo a dar, mas era indispensável! Doloroso destino! Não seria justo aos olhos de Deus sem tornar a ser infame aos olhos dos homens!

— Bem — disse ele —, adaptemos esta resolução, façamos o nosso dever, salvemos o homem.

Pronunciou estas palavras em voz alta, sem dar por tal.

Pegou nos livros, verificou-os e pô-los em ordem. Em seguida deitou fogo a um maço de obrigações de dívidas de que lhe eram devedores alguns comerciantes em más circunstâncias. Escreveu e fechou uma carta em cujo sobrescrito teria podido ler-se, se no quarto estivesse mais alguém naquela ocasião: «Ao senhor Laffite, banqueiro, rua d’Artois, Paris».

Em seguida tirou da secretária uma carteira que continha algumas notas de Banco e o passaporte de que naquele mesmo ano se servira para ir às eleições.

Quem o tivesse visto procedendo àquelas diversas operações a que ligava tão grande meditação, nem mesmo suspeitaria o que lhe ia na alma. O que fazia por vezes era mover os lábios, noutros momentos erguia a cabeça e fitava os olhos num ponto qualquer da parede, como se ali estivesse precisamente o que ele necessitava esclarecer ou interrogar.

Terminada a carta para Laffite, metera-a no bolso, assim como a carteira e continuou a passear no quarto.

A preocupação que o dominava não tivera o mínimo desvio. Continuava a distinguir claramente o seu dever, escrito em letras luminosas, que lhe fulguravam diante dos olhos e que via sempre para onde quer que olhasse: «Diz quem és! Denuncia-te!”

Via mesmo, e como se acaso se movessem diante dele com formas sensíveis, as duas ideias que tinham constituído até então a dupla regra da sua vida: ocultar o nome e santificar a alma. Pela primeira vez se lhe mostravam absolutamente distintas, podendo apreciar a diferença que as separava. Reconhecia que uma daquelas ideias era necessariamente boa, enquanto a outra podia tornar-se má; que aquela representava a dedicação e esta a personalidade; que uma dizia « o próximo » e a outra « eu »; que uma brotava da luz e a outra provinha das trevas. Estas duas ideias combatiam-se e ele assistia ao combate.

À proporção que meditava, iam-se-lhe elas tornando grandes aos olhos do espírito; atingiam já estaturas colossais; parecia-lhe que via lucrar em si mesmo, no infinito de que há pouco falámos, no meio de sombras e relâmpagos, uma deusa e um gigante.

Achava-se cheio de espanto, mas parecia-lhe que sentia vencer o pensamento bom. Conhecia que chegara a outro momento decisivo para a sua consciência e para o seu destino; que o bispo marcara a primeira fase da sua nova vida e que aquele Champmathieu lhe marcava a segunda. Após a grande crise, a grande prova.

Entretanto, a febre, por um momento acalmada, foi-lhe voltando a pouco e pouco. Mil pensamentos lhe atravessavam o cérebro, mas todos continuavam a fortificar-lhe a resolução.

Por um momento dissera para consigo que tomara o caso talvez muito a sério porque, afinal de contas, esse Champmathieu era um ladrão, e por isso não merecia que se interessasse por ele.

Mas a este pensamento retorquiu ele: se este homem roubou, com efeito, alguma fruta, sofrerá apenas um mês de prisão. Daqui às galés vai muita distância. E quem sabe se roubou? Está isso porventura provado? O nome de Jean Valjean pesando sobre ele parece dispensar as provas. Não é deste modo que costumam proceder os procuradores-régios? Julgam-no ladrão, porque o supõem forçado.

De outra veio-lhe à lembrança que lhe perdoariam, quando ele se denunciasse a si próprio, tomando em consideração o heroísmo do seu ato, a sua vida limpa de máculas há sete anos para cá e os serviços que prestara àquela terra.

Mas esta suposição desvaneceu-se logo, e ele sorriu-se amargamente, lembrando-se de que o roubo dos quarenta soldos feito ao rapazinho Gervásio o fazia reincidente, que esse processo reapareceria sem dúvida e que, nos termos da lei, o tornava réu de trabalhos forçados por toda a vida.

Afastou-se de toda a ilusão possível, desligou-se cada vez mais da terra, procurando consolação e força noutra parte, dizendo que era preciso cumprir o seu dever; que talvez depois de o ter cumprido não fosse mais desgraçado do que depois de o ter iludido; que se deixasse correr as coisas, se ficasse em Montreuil-sur-mer, a consideração de que gozava, a sua boa reputação, as suas boas obras, a deferência e veneração com que o tratavam, a sua riqueza, popularidade e virtude, seriam temperadas com um crime. Que sabor poderiam ter estas coisas tão santas, ligadas a tal hediondez? Enquanto que se ele preenchesse o seu sacrifício, na prisão, no pelourinho, na golilha, no barrete verde, no trabalho incessante, na vergonha sem piedade, haveria em tudo aquilo um como sabor celeste!

Finalmente disse que havia necessidade disto, que assim estava decretado o seu destino, que não tinha direito de contrariar o que Deus dispunha, que em todo o caso era preciso escolher: ou a virtude fora e a abominação dentro, ou a santidade dentro e a infâmia fora.

Não lhe desfalecia o ânimo a revolver ideias tão lúgubres, mas fatigava-se-lhe o cérebro, de modo que já principiava, mau grado seu, a pensar em outras coisas, em coisas indiferentes.

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