Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Venha o nosso pai de Gand.

Venha, venha o nosso pai.

Grupos de habitantes dos arrabaldes em trajos domingueiros e alguns até com as suas flores de lis como os burgueses, espalhavam-se pelo grande jardim e pelo jardim de Marigny, jogavam as argolas e giravam nos cavalos de madeira; uns bebiam, outros, aprendizes de impressor, traziam barretes de papel; era uma multidão compacta, cujas risadas se ouviam ao longe.

Todos se mostravam satisfeitos. Era um tempo de incontestável paz e de profunda tranquilidade realista; era a época em que um relatório confidencial e especial do prefeito da polícia Anglès ao rei, a respeito dos arrabaldes de Paris, terminava por estas linhas: «Considerando bem, senhor, não há nada a recear da parte desta gente. São criaturas descuidosas e indolentes como gatos. O povo miúdo das províncias é desinquieto, o de Paris não. Compõem-se de homens pequenos. Seriam necessários dois para fazer um granadeiro de Vossa Majestade. Da parte do povo miúdo de Paris não há que recear. É notável como a estatura desta gente tem diminuído há cinquenta anos a esta parte; o povo dos arrabaldes está mais pequeno do que antes da Revolução: Não é gente perigosa. Enfim, é canalha inofensiva».

Os prefeitos da polícia não julgam possível que um gato se transforme em leão; todavia, é este o milagre do povo de Paris. Além disso, o gato, tão desprezado pelo conde de Anglès, tinha a estima das repúblicas antigas; incarnava a seus olhos a liberdade, e, como para servir de confronto com a Minerva sem braços do Pireu, havia na praça pública de Corinto o colosso de bronze de um gato.

A ingénua polícia da Restauração encarava o povo de Paris por um lado muito favorável. Não é tão inofensiva canalha como parece. O parisiense é para o francês o que o ateniense é para o grego; ninguém dorme melhor; ninguém é mais francamente frívolo e preguiçoso; ninguém melhor do que ele dá mostras de ser esquecido; porém, não se fiem nas aparências. É propenso a toda a espécie de indolência, mas quando daí pode resultar glória, é incrível como ele se entrega a toda a qualidade de furor. Dai-lhe um chuço e vereis o 10 de agosto; dai-lhe uma espingarda, tereis Austerlitz. O povo de Paris é o ponto de apoio de Napoleão e o recurso de Danton. Tratando-se da pátria, alista-se; tratando-se da liberdade, levanta barricadas. Cuidado! Os seus cabelos irados tornam-se épicos; a sua blusa transforma-se em clâmide. Acautelai-vos. Da primeira rua Grenetat que vir, fará forcas caudinas. Em soando a hora, o habitante dos arrabaldes cresce, o homem pequeno levanta-se e o seu olhar será terrível, o seu hálito torna-se tempestade, e daquele débil peito saem rajadas capazes de derrubar as eminências dos Alpes. É ajudada por esses habitantes dos arrabaldes de Paris que a revolução conquista a Europa. Esses homens cantam; é a sua alegria. Proporcionai-lhe a canção à sua natureza e vereis! Quando só têm por estribilho a Carmagnole, derrubam Luís XVI; fazei-o cantar a Marselhesa e libertarão o mundo!

Escrita esta nota à margem do relatório de Anglès, voltemos aos nossos quatro pares, que acabavam de jantar.

VI—Capítulo consagrado ao amor

Conversas de mesa, conversas de amor, são tão impalpáveis umas como outras; as conversas de amor são nuvens, as conversas de mesa são fumo.

Fameuil e Dália cantarolavam; Tholomyés bebia, Zefina ria, Fantine sorria. Listolier soprava numa gaitinha de madeira comprada em Saint-Cloud. Favorita fitava Blachevelle com ternura e dizia-lhe:

— Adoro-te, Blachevelle!

Isto deu lugar a uma pergunta feita por Blachevelle:

— Que farias tu, Favorita, se eu deixasse de te amar?

— O que fazia? — exclamou Favorita. — Não digas isso nem a brincar! Se deixasses de amar-me, atirava-me a ti, arranhava-te, esmurrava-te, deitava-te água e mandava-te prender!

Blachevelle sorriu com a voluptuosa fatuidade de quem se vê acariciado no seu amor próprio e Favorita prosseguiu:

— É o que te digo, chamava pela guarda para te prender! Ora experimenta!

Blachevelle, extasiado, recostou-se no espaldar da cadeira e fechou os olhos.

Dália, sem deixar de comer, disse em voz baixa a Favorita, no meio da confusão geral:

— Pelo que vejo, idolatras o teu Blachevelle?

— Detesto-o! — respondeu Favorita no mesmo tom e tornando a pegar no garfo. — É um avarento! De quem eu gosto é de um rapaz que mora defronte de mim. Aquilo é que é um rapaz a quem dá gosto amar! Conhece-lo? Parece-me que é ator. Eu gosto dos atores Apenas ele entra em casa, a mãe diz logo: «Ah, meu Deus! Estava tudo tão sossegado e aí vai ele pôr-se a quebrar a cabeça da gente com as suas cantorias!» Porque, apenas ele põe o pé em casa, vai para as águas-furtadas, para o telhado, para o lugar mais alto que pode e principia a cantar, a declamar, nem eu te sei dizer o que é, a ponto de se ouvir cá de baixo. Já ganha vinte soldos por dia, em casa de um tabelião, a rabiscar sentenças. É filho de um ex-cantor de S. Jacques do Haut-Pas. Oh, é um rapaz muito interessante! Gosta tanto de mim, que, um dia, vendo-me estar a fazer massa para as filhós, disse-me: «Ó menina, faça sonhos das suas luvas e verá como eu as como». Só os artistas é que sabem dizer destas coisas Estou quase enfeitiçada por ele! Mas isso não quer dizer nada, porque vou dizendo a Blachevelle que o adoro Que tal, sei ou não mentir?

Após uma pausa, Favorita prosseguiu:

— Mas olha, Dália, estou triste! Todo o verão tem chovido, o vento não abranda, Blachevelle é um sovina, na praça só se encontram ervilhas, a gente não sabe o que há de comer, tenho spleen, como dizem os ingleses, a manteiga está caríssima! E, por fim, ainda isto: estar a jantar numa sala que tem uma cama, vê lá tu se não tenho razão de estar desgostosa da vida!

VII—Prudência de Tholomyés

Ao mesmo tempo que uns cantavam, outros falavam tumultuosamente, era uma verdadeira confusão. Por fim, Tholomyés interveio:

— Não falemos ao acaso nem precipitadamente. Se queremos ser deslumbrantes, meditemos. O muito improvisar cansa e embrutece o espírito. Senhores, nada de pressas. Aliemos a majestade ao regabofe, comamos com comedimento, prolonguemos o banquete, não nos apressemos. Vejam a primavera; se se adianta demais, cresta-se, isto é, gela-se. O excesso de zelo perde os pessegueiros e abrunheiros, anula a graça e o prazer dos bons jantares. Nada de zelo, senhores! Grimold de Ia Reynière é da opinião de Talleyrand.

No grupo manifestou-se surda rebelião.

— Tholomyés, deixa-nos tranquilos! — disse Blachevelle.

— Abaixo o tirano! —exclamou Fameuil.

— Bombarda, Bombance e Bamboche! — gritou Listolier.

— Tholomyés, contempla «o meu sossego» (mon calme) — atalhou Blachevelle.

— Mas tu és o marquês deste título — respondeu Tholomyés.

Este insignificante jogo de palavras fez o efeito de uma pedra atirada a um charco: todas as rãs se calaram. O marquês de Montcalm era então um realista célebre.

— Amigos — exclamou Tholomyés, no tom de quem reassumiu a perdida autoridade — tranquilizem-se! Não recebam com tamanha admiração um calemburgo caído das nuvens. Nem tudo o que aparece de semelhante modo é verdadeiramente digno de entusiasmo e respeito. O calemburgo é a imundície do espírito que voa. O epigrama cai seja onde for e o espírito, depois de uma tolice, volatiliza-se. A nódoa esbranquiçada que se alastra num rochedo não impede o condor de pairar. Longe de mim insultar o calemburgo! Honro-o unicamente na proporção do seu mérito. Quanto tem havido de mais augusto, sublime e gracioso, tudo tem feito trocadilhos de palavras. Jesus Cristo fez um calemburgo a respeito de S. Pedro; Moisés, a respeito de Isaac; Ésquilo, a respeito de Polynice; Cleópatra, a respeito de Octávio. E notem que o calemburgo de Cleópatra precedeu a batalha de Accio e que, a não ser ele, ninguém hoje se lembraria da cidade de Torino, nome grego que quer dizer colher de caldo. Posto isto, volto à minha exortação. Repito, meus irmãos, nada de zelo, nada de excessos, nem gracejos, nem trocadilhos de palavras. Prestem-me atenção, porque eu possuo a prudência de Anfiarao e a calvície de César. É necessário um limite, mesmo nos enigmas. Est modus in rebus. Repito, tudo tem um termo, até os bons jantares. As meninas gostam de pastéis de fruta, mas não abusem. Até para comer é preciso arte e bom senso. A gulodice castiga o glutão. Gula punit Gulax . As indigestões são encarregadas por Deus de moralizar os estômagos. E, tomem sentido, cada uma das nossas paixões, mesmo o amor, tem um estômago, que não devemos encher de mais. Em todas as coisas é preciso escrever a tempo a palavra finis; quando isso se torna urgente é forçoso que cada um se contenha, que corramos os ferrolhos sobre o nosso apetite, que encarceremos a fantasia e que se prenda a si mesmo. O mais prudente é aquele que sabe num dado momento efetuar a sua própria prisão. Tenham confiança em mim. Eu conheço um poucochinho de Direito, segundo dizem as minhas certidões, porque sei a diferença que existe entre questão movida e questão pendente, porque sustentei uma tese em latim sobre o modo como eram torturados os delinquentes em Roma no tempo em que Munacio Demens era questor do Parricídio, porque estou em vésperas de ser doutor, não se segue necessariamente, no meu entender, que eu seja um parvo. Recomendo-lhes moderação nos seus apetites e, tão certo como eu chamar-me Félix Tholomyés, digo uma coisa acertada. Feliz aquele que, chegada a hora, toma uma resolução heroica, abdicando como Sylla ou Orígenes.

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