Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Favorita escutava com profunda atenção.

— Félix — disse ela — é um nome muito bonito! Em latim quer dizer Próspero.

Tholomyés prosseguiu:

Quirites, gentlemen, caballeros , amigos! Querem deixar de ser aguilhoados pelos desejos, passar sem leito nupcial e zombar do amor? Nada mais simples. Eis a receita: limonada, exercício violento, trabalho forçado, pegar em grandes pesos, levantar pedras, não dormir, velar; tomar beberagens nitrosas e tisanas nínfeas, saborear emulsões de papoilas e de agnus-castus, acompanhar isto com dieta rigorosa, até estalar de fome e juntar-lhe banhos frios, cintos de ervas, aplicação de uma chapa de chumbo, lavagens com licor de Saturno e fermentações de oxicrato.

— Gosto mais duma mulher! — disse Listolier.

— A mulher! — continuou Tholomyés. — Desconfiem delas! Desventurado do que se entrega ao volúvel coração de uma mulher. A mulher é pérfida e tortuosa. Detesta a serpente por rivalidade de ofício. A serpente é a loja fronteira!

— Estás bêbedo, Tholomyés? — gritou Blachevelle.

— Eu, bêbedo? — retorquiu Tholomyés.

— Então estás alegre! — tornou Blachevelle.

— Concedo! — respondeu Tholomyés. E, levantando-se de copo cheio em punho, exclamou: — Glória ao vinho! Nunc te, Bacche, canam! Desculpem, meninas, isto é espanhol. E a prova, senhoritas, ei-la: tal povo, tal vasilha. A arroba de Castela contém dezasseis litros, o cântaro de Alicante doze, o almude das Canárias vinte e cinco, o quartin das Baleares vinte e seis, a bota do czar Pedro trinta. Viva o czar, que era grande, e viva a sua bota, que ainda era maior! Minhas senhoras, um conselho de amigo: se lhes não desagrada, façam que se enganam e mudem de parceiro. O erro é próprio do amor. A namorada deve servir para mais alguma coisa do que para estar acocorada e embrutecer-se como criada inglesa que tem calos nos joelhos. O doce namoro deve ser alegremente errante! Dizem que o erro é próprio do homem, eu digo que errar é próprio dos amantes. Minhas senhoras, adoro-as a todas! Ó Zefina, ó Josefina, cara mais que amarrotada, serias encantadora se não andasses de esguelha! A tua cara parece um formoso rosto em cima do qual alguém se sentou por engano! Quanto a Favorita, ó ninfas e musas! Um dia que Blachevelle ia a saltar a enxurrada da rua de Guérin Boisseau, viu uma bonita rapariga de meias brancas muito justas, que deixava ver as pernas. Agradou-lhe este prólogo e eis Blachevelle namorado. A escolhida do seu coração era Favorita. Ó Favorita, tens uns lábios jónios! Havia um pintor grego chamado Euforion, a quem puseram o nome de pintor de lábios. Só esse grego seria capaz de pintar a tua boca! Antes de ti, não existia criatura digna deste nome. Tu nasceste para aceitar o pomo como Vénus ou para o comer como Eva. A beleza teve princípio em ti! Falei agora em Eva: foste tu que a criaste. Mereces privilégio de invenção das formosas! Favorita, deixo de tratar-te por tu, porque passo da poesia para a prosa. Há um bocado, falava do meu nome. Enterneceu-me isso; porém, a todos digo, sejam quem forem, que se não deixem levar dos nomes, porque podem achar-se enganados. Eu chamo-me Félix e não sou feliz. As palavras são mentirosas. Não aceitemos cegamente as indicações que elas nos dão. Seria um erro escrever para Liége2, pedindo rolhas, ou para Pau3 mandando vir luvas. Miss Dália, no seu lugar, tomava o nome de Rosa. A flor deve cheirar bem e a mulher ser espirituosa. Em Fantine não falarei; é uma abstrata, uma sonhadora, uma melancólica, uma pensativa, uma sensitiva; é um fantasma com forma de ninfa e pudor de freira, que vive extraviada da vida de costureira, que se refugia nas ilusões, que canta e reza e fita a vista no céu sem bem saber o que vê nem o que faz, e que, de olhos fitos no ar, vagueia por um jardim onde há todos os pássaros que não existem. Ó Fantine, deves saber uma coisa: eu, Tholomyés, sou uma ilusão; mas querem ver que ela nem me escuta, a loira filha das quimeras? Não obstante, tudo nela é frescura, suavidade, juventude, fagueira claridade matutina. Ó Fantine, rapariga digna de ser Margarita ou Pérola, és a mulher mais belamente oriental que eu conheço! Outro conselho, minhas senhoras: não casem. O casamento é um enxerto, que ora pega, ora não; evitem semelhante risco... Mas para que estou aqui a perder tempo com as minhas pregações? As raparigas são incuráveis no assunto casamento; tudo o que nós dissermos, nós, os prudentes, não impedirá que essas costureiras e debruadeiras de botinhas, deixem de sonhar com maridos cobertos de diamantes! Enfim, seja assim; mas reparem bem, minhas belas, comem demasiado açúcar. Reparem no que lhes vou dizer: as mulheres não têm senão um defeito, é a gulodice. Ó amável sexo roedor, os vossos dentinhos alvos morrem de amor pelo açúcar! O açúcar é um sal. Todo o sal é dissecante. O açúcar é o mais dissecante de todos os sais. Suga os líquidos do sangue através das veias; daqui a coagulação, em seguida a solidificação do sangue; daqui os tubérculos do pulmão; depois a morte. É por isso que a diabetes confina com a tísica. Portanto, não comam açúcar e viverão! Volto-me agora para os homens. Senhores, façam conquistas! Roubem as amantes uns aos outros sem remorsos! Revezem-se. Em amor não há amigos! Onde houver uma mulher bonita estão abertas as hostilidades! Nada de quartel, guerra e mais guerra! Uma mulher bonita é um casus belli, é um flagrante delito. Todas as invasões de que reza e história foram causadas por saias. Rómulo roubou as Sabinas, Guilherme as Saxónias, César as Romanas. O homem que não é amado paira como abutre sobre as amantes dos outros. Da minha parte, a esses infelizes que se veem viúvos, lanço a sublime proclamação de Bonaparte ao exército da Itália: «Soldados, falta-vos tudo, mas o inimigo está bem provido».

Tholomyés interrompeu-se:

— Toma fôlego, Tholomyés! — disse Blachevelle.

E, dizendo isto, Blachevelle, acompanhado por Listolier e Fameuil, em tom de queixume entoou uma dessas canções de oficina, compostas das primeiras palavras que ocorrem, rimadas a torto e a direito e vazias de sentido como o vergar de uma árvore e o sussurro do vento, nascidas do fumo dos cachimbos e dissipando-se com ele. Eis o que o grupo respondeu à arenga de Tholomyés:

Uns pobres patetas deram

A certo agente dinheiro.

Impondo como condição

Clermont-Tonerre fazer

Papa eleito em S. Jean

Mas ele por não ser padre,

Não pôde a Papa chegar

E o agente com tristeza

Foi o dinheiro entregar.

Pouco próprio era isto para acalmar o improviso de Tholomyés. O rapaz, contudo, esvaziou o copo, tornou a enchê-lo e continuou:

— Abaixo a sabedoria! Façam de conta que não ouviram nada do que eu disse. Não sejamos nem graves, nem prudentes, nem práticos. Proponho um brinde à alegria, sejamos alegres! Completemos o nosso curso de Direito, comendo e fazendo loucuras. Indigestão e digesto! Seja Justiniano o varão e Ripaille a fêmea! Haja alegria até às profundidades! O mundo é um grande diamante. Sinto-me feliz. Os pássaros são admiráveis. Que festa por toda a parte! O rouxinol é um Elleviou grátis. Eu te saúdo, ó verão! ó Luxemburgo, ó geórgicas da rua da Madame e da álea do Observatório! Ó graciosas criadinhas que olhais para as crianças que trazeis a passeio e vos entreteis a dar-lhes princípio! Gostaria dos pampas da América, se não tivesse as arcadas do Odéon. A minha alma voa para as savanas e para as florestas virgens! É tudo belo! As moscas zumbem no meio da luz. O sol espirrou o beija-flor. Dá-me um beijo, Fantine!

Mas enganou-se e beijou Favorita.

VIII—Morte dum cavalo

— Janta-se muito melhor no Édon do que no bombarda! — exclamou Zefina.

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