Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Dissemos que Fantine era a personificação da alegria, mas era igualmente a personificação do pudor.

Para um observador que a estudasse atentamente, o que transpirava dela, por entre toda aquela embriaguez da idade, da estação e dos amores, era uma irresistível expressão de comedimento e modéstia. Tudo lhe causava admiração, e esta casta simplicidade é a diferença que separa Psyché de Vénus. Fantine tinha os compridos, alvos e delgados dedos da vestal que revolve as cinzas do fogo sagrado com um alfinete de ouro.

Conquanto nada tivesse recusado a Tholomyés, como em breve se verá, o seu rosto, em repouso, era soberanamente virginal; uma espécie de grave e quase austera dignidade a acometia de repente, em certas ocasiões, e não havia coisa mais singular e embaraçosa do que ver extinguir-se nela tão rapidamente a alegria e suceder-se sem transição o recolhimento à expansão. Esta súbita gravidade, às vezes severamente acentuada, parecia o desdém de uma deusa.

A fronte, o nariz e o queixo ofereciam esse equilíbrio de linhas, demasiadamente distinto do equilíbrio de proporção, do qual resulta a harmonia do rosto; no intervalo tão característico que separa a base do nariz do lábio superior, tinha essa impercetível e graciosa ruga, misterioso sinal da castidade que fez que Barbaroxa se apaixonasse de uma Diana encontrada nas escavações de ícone.

Se o amor é uma falta, Fantine era a inocência sobrenadando nela.

IV—A alegria de Tholomyés é tão grande que até canta uma canção espanhola

Aquele dia foi uma permanente aurora. Toda a natureza parecia repousar e sorrir. Os jardins de Saint-Cloud exalavam doces perfumes; a viração do Sena agitava brandamente as folhas; os ramos gesticulavam no ar; as abelhas saqueavam os jasmins; as borboletas pousavam continuamente nas flores; e no augusto parque do rei de França via-se um bando de vagabundos: os pássaros.

Os quatro alegres pares resplandeciam confundidos com o sol, os campos, as flores e as árvores.

E, no meio desta comunhão de paraíso, falando, cantando, correndo, dançando, caçando borboletas, colhendo flores, molhando os rosados braços no orvalho das plantas, todas recebiam, de quando em quando, beijos de todos, exceto Fantine, encerrada na sua vaga resistência pensativa e arisca, porque amava.

— O que tens, Fantine? Estás hoje com um ar tão esquisito! — dizia-lhe Favorita.

Eis como é o prazer. Estas passagens de pares venturosos são um profundo apelo à vida e a natureza, fazendo desabrochar de tudo carícias e luz

Houve uma fada que fez os prados e as árvores expressamente para os namorados. Daí provém a eterna escola campesina dos amantes, que sem cessar recomeça e que há de durar enquanto houver campos e estudantes. Daí a popularidade da primavera entre os pensadores. O patrício e o plebeu, o duque, o par e o pobre, as pessoas da corte e as da cidade, como noutro tempo se dizia, são todos súbditos desta festa. Todos riem, todos se procuram, há uma claridade de apoteose iluminando a atmosfera. Que transfiguração produz o amor! No campo até os escreventes de tabelião parecem deuses. E os gritinhos, as lutas na relva, os abraços furtivos, a linguagem enigmática que se assemelha a uma melodia, as adorações que se mostram no modo de pronunciar uma sílaba, as cerejas arrancadas por uma boca à outra, tudo isto flameja e passa no meio de resplendores celestes.

As raparigas bonitas tornam-se graciosamente pródigas de si mesmas. Parece que aquilo jamais acabará. Os filósofos, os poetas, os pintores, contemplam estes êxtases e não sabem o que hão de fazer deles, tal é o seu deslumbramento. — A partida para Cythera! — exclama Wateatr, Lancret, o pintor da plebe, contempla os burgueses arrebatados para o espaço; Diderot estende os braços a todos estes amores de um dia e d’Urfe mistura-lhes druidas.

Depois do almoço, os quatro pares foram ver o que então se chamava o «Canteiro do Rei», uma planta há pouco chegada da Índia, cujo nome nos não lembra agora, e que naquela ocasião atraía Paris inteiro a Saint-Cloud. Era um esquisito e gracioso arbusto de haste elevada, cujos inumeráveis ramos, delgados como fios, sem folhas, eram cobertos de prodigiosa quantidade de pequeninas rosas brancas, o que dava ao arbusto o aspeto de uma cabeleira coberta de flores. Havia sempre grande multidão a admirá-lo.

Visto o arbusto, Tholomyés exclamara:

— Ofereço jumentos!

E, ajustando o preço com um burriqueiro, tinham voltado por Vanves e Issy, onde houve incidente.

O parque, propriedade nacional, possuído nesta época pelo fornecedor Bourguin, estava aberto. Entraram e visitaram na sua gruta o anacoreta autómato, experimentaram os efeitos misteriosos do famoso gabinete dos espelhos, lasciva armadilha digna de um sátiro transformado em milionário, ou de Turcaret metamorfoseado em Priapo. Baloiçaram robustamente o grande balanço preso aos dois castanheiros celebrados pelo abade de Bernis.

Enquanto as raparigas se baloiçavam uma após outra, o que fazia esvoaçar as saias entre risadas universais, o toulousiano Tholomyés, meio espanhol, visto Toulouse ser prima de Tolosa, pôs-se a cantar numa melancólica melopeia a antiga canção galega, provavelmente inspirada por alguma bonita rapariga, voando em toda a força sobre uma corda presa a duas árvores:

Soy de Badajoz,

Amor me llama

Toda mi alma

Es en mis ojos

Porque enseñas

A tus piernas.

Só Fantine recusou baloiçar-se.

— Gosto pouco de quem se faz assim importante! — murmurou Favorita agastada.

Abandonados os jumentos, novo prazer: passaram o Sena num barco, e de Passy dirigiram-se a pé para a barreira da Estrela. Aquelas alegres criaturas estavam a pé desde as cinco horas da manhã. «Quem sente cansaço ao domingo?» dizia Favorita. «Ao domingo não trabalha a fadiga.»

As três horas, os quatro pares, arquejantes de prazer, trepavam pelas montanhas russas, edifício singular que ocupava então as alturas de Beaujon e cujo tortuoso lineamento se avistava por cima das árvores dos Campos Elíseos.

De vez em quando, Favorita exclamava:

— E a surpresa? Queremos essa surpresa!

— Tenham paciência — respondia Tholomyés.

V—Em casa de Bombarda

Terminado o divertimento das montanhas russas, trataram de ir jantar. Assim, o alegre grupo, já um tanto fatigado, fundeara na casa de pasto de Bombarda, sucursal estabelecida nos Campos Elíseos pelo célebre restaurante de Bombarda, cuja tabuleta se ostentava então na rua de Rivolli, próximo à travessa Delorme.

Uma sala grande, mas feia, com uma cama ao fundo (em vista da grande afluência na casa de pasto aos domingos, os jovens tiveram de contentar-se com este aposento); duas janelas, de onde se podia contemplar por entre os olmos o cais e o rio; duas mesas: numa, uma triunfante pilha de ramos misturados com chapéus de homem e de mulher; na outra, os quatro pares sentados em volta de um risonho amontoamento de pratos, travessas, copos, garrafas de vinho e de canjirões de cerveja à mistura; pouca ordem sobre a mesa, alguma desordem por baixo dela:

Faziam sob a mesa

Um tal motim c’os pés que ensurdeciam.

diz Molière.

Eis aqui onde acabava, às quatro horas da tarde, a peregrinação pastoril principiada às cinco da manhã . O sol declinava e o apetite extinguia-se.

Os Campos Elíseos, cheios de sol e de gente , cobriam-se de luz e de poeira, duas coisas de que se compõem a glória Os cavalos de Marly, mármores relinchantes, empinavam-se no meio de uma nuvem dourada. Os carros iam e vinham. Pela avenida de Neuilly descia um esquadrão de magníficos guardas de corpo, de clarim na frente; a bandeira branca, ligeiramente rosada pelos últimos raios de sol, flutuava na cúpula das Tulherias. A Praça da Concórdia, então praça de Luís XV, regurgitava de passeantes satisfeitos Muitos traziam a flor de lis de prata pendente da fita branca, que em 1817 ainda não tinha inteiramente desaparecido das casacas. Aqui e além, no meio dos passeantes que as cercavam e aplaudiam, viam-se grupos de raparigas dançando e lançando ao vento uma cantiga bourboniana, então célebre, destinada a fulminar os Cem Dias, cujo estribilho era o seguinte:

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