Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Os traidores mostravam-se descaradamente; os homens que se tinham passado para o inimigo na véspera de uma batalha não escondiam a recompensa e caminhavam impudicamente em pleno dia, no cinismo das riquezas e das dignidades; os desertores de Ligny e de Quatre-Bras, em toda a indecência da sua vil torpeza, ostentavam claramente a sua dedicação à monarquia, esquecendo o que em Inglaterra se encontra escrito na parede interior dos water-closets públicos: Please adjust your dress before leaving 1.

Eis desordenada e confusamente o que sobrenada do ano de 1817, hoje esquecido. A história desdenha quase sempre estas minuciosidades e não pode deixar de o fazer, aliás tornar-se-ia infinita. Todavia, estes pormenores que são apelidados de insignificantes não há nem pequenos factos na humanidade, nem pequenas folhas na vegetação são úteis. É das feições dos anos que se compõe o caráter dos séculos.

II — Quatro pares

Estes parisienses eram naturais um de Toulon, outro de Limoges, o terceiro de Cahors e o quarto de Montauban; mas eram estudantes, e quem diz estudante diz parisiense. Estudar em Paris é nascer em Paris.

Eram quatro moços vulgares; não há ninguém que não tenha visto figuras semelhantes; imaginem-se quatro estudantes desses que por aí se encontram com frequência; nem bons nem maus, nem instruídos nem ignorantes, nem génios nem imbecis, e dotados da beleza do encantador abril que se chama vinte anos. Eram quatro Óscares quaisquer; nesta época ainda não existiam os Artures. Queimai diante dele os perfumes da Arábia , dizia a canção. Óscar avança, vou vê-lo! Estava em moda Ossian; a elegância era escandinava e caledónia; a moda inglesa pura só mais tarde tinha de dominar; e o primeiro dos Artures, Wellington, acabava apenas de ganhar a batalha de Waterloo.

Chamavam-se estes Óscares, um Félix Tholomyés, de Toulouse; outro Listolier, de Cahors; outro Fameuil, de Limoges; o último Blachevelle, de Montauban. Como é natural, cada qual tinha a sua amante.

Blachevelle amava Favorita, assim apelidada porque tinha estado em Inglaterra; Listolier adorava Dália, que tomara por nome de guerra um nome de flor; Fameuil idolatrava defina, abreviatura de Josefina; a Tholomyés pertencia Fantine, chamada a Loira em consequência dos seus belos cabelos cor de sol.

Favorita, Dália, Zefina e Fantine eram quatro encantadoras raparigas, perfumadas e joviais, ainda um tanto costureiras, não tendo de todo abandonado a agulha, desarranjadas por causa dos namoros, mas conservando no semblante um resto da serenidade do trabalho e na alma essa flor de honestidade que na mulher sobrevive à primeira queda.

Entre as quatro havia uma a quem chamavam a Pequena, por ser a mais nova e outra a quem denominavam a Velha, que tinha vinte e três anos.

Para nada ocultar, as três primeiras eram mais experientes, descuidosas e amigas do bulício da vida do que Fantine, a Loira, que se achava na sua primeira ilusão. O mesmo não poderiam dizer Dália, Zefina e, especialmente, Favorita. Mais de um episódio havia já no seu romance, apenas em princípio; o amante, que no primeiro capítulo se chamava Adolfo, no segundo chamava-se Afonso e no terceiro Gustavo. A pobreza e o luxo são dois conselheiros fatais; um recrimina, outro lisonjeia, e as bonitas raparigas do povo todas os ouvem falando-lhes aos ouvidos, cada um de seu lado. Estas almas mal guardadas, dão-lhes atenção, e daí as suas quedas e as pedras que lhes atiram. Oprimem-nas com o esplendor de tudo o que é imaculado e inacessível. Oh, se a Jungfrau tivesse fome?!

Favorita, tendo estado em Inglaterra, tinha por admiradoras Zefina e Dália. Começara muito cedo a sua vida independente. Seu pai era um idoso professor de matemática, brutal e fanfarrão; não era casado e, apesar da avançada idade, amigo ainda de se divertir. Uma ocasião, sendo ainda rapaz, vira pegar-se a um guarda-cinza o vestido de uma criada e apaixonou-se pelo incidente. Resultou daí Favorita. De tempos a tempos, a rapariga encontrava o pai, o qual nunca deixava de a cumprimentar. Um dia, uma velha com cara de beata entrara-lhe pela casa dentro, dizendo-lhe:

— Não me conheces, menina?

— Não

— Sou tua mãe.

Após isto, foi ao armário, comeu e bebeu, mandou trazer um colchão que tinha e instalou-se em casa da rapariga. Rabugenta e devota, não dirigia palavra a Favorita; almoçava, jantava e ceava por quatro e fazia sala em casa da porteira, dizendo mal da filha.

O que arrastara Dália para Listolier, para outros talvez, para a ociosidade, era ter umas bonitas unhas rosadas muito para se verem. Não seria uma barbaridade obrigar tão bonitas unhas a trabalhar? Quem quer conservar-se virtuosa não deve ter dó das mãos.

Quanto a Zefina, conquistara Fameuil pelo modo ao mesmo tempo traquinas e acariciador, com que costumava dizer:

— Sim, meu senhor.

Como os rapazes eram companheiros, as jovens eram amigas. Estes amores costumam andar sempre acompanhados destas amizades.

Honestidade e filosofia são duas coisas diferentes, e a prova é que, feitas todas as reservas respetivas a cada um destes diversos pares, Favorita, Zefina e Dália eram raparigas filósofas, e Fantine uma rapariga honesta.

— Honesta? — dir-nos-ão decerto. — Então Tholomyés?

Salomão responderia que o amor faz parte da honestidade. Limitamo-nos a dizer que o amor de Fantine era um primeiro amor, amor único, amor fiel. Era das quatro a que não tinha sido ainda tratada por tu senão por um único homem.

Fantine era uma dessas criaturas que desabrocham, para assim dizer, do seio do povo. Saída das mais insondáveis regiões das trevas sociais, trazia na fronte o sinal do anónimo e do incógnito. Nascera em Montreuil-sur-mer. Quem eram seus pais? Quem o poderia dizer? Ninguém lhe conhecera nunca nem pai nem mãe. Chamava-se Fantine. Porque se chamava assim? Nunca ninguém lhe conheceu outro nome. Por ocasião do seu nascimento existia ainda o diretório. Nem o mais pequeno nome de família, porque não tinha família; nem um simples nome de batismo, porque não havia igreja.

O seu nome deu-lho a bel-prazer o primeiro transeunte que a encontrou na rua, muito pequenina e de pé descalço. Recebeu um nome, como na fronte recebia a água das nuvens, quando chovia. Chamavam-lhe Fantine e era quanto bastava. Esta criatura humana viera assim ao mundo. Aos dez anos, Fantine deixou a cidade e foi servir para casa de uns rendeiros dos arrabaldes. Aos quinze anos foi para Paris, em busca de fortuna. Fantine era formosa e conservou-se pura o maior espaço de tempo que lhe foi possível. Era uma linda rapariga loira e com bonitos dentes. Ouro e pérolas eram o seu dote, mas o ouro tinha-o na cabeça e as pérolas na boca.

Trabalhou para viver; depois, ainda para viver, porque o coração também necessita de alimento, amou.

Amou Tholomyés.

Para ele era apenas um passatempo, para ela era uma paixão. As ruas do bairro Latino, em que formigam continuamente estudantes e costureiras, presenciaram o princípio deste sonho.

Fantine, nesses dédalos da colina do Panteon, onde começam e desfazem tantas aventuras, esquivara-se por muito tempo a Tholomyés, porém de modo a encontrar-se sempre com ele. Há um modo de fugir que se assemelha a procurar. A écloga realizou-se. Blachevelle, Listolier e Fameuil formavam uma espécie de corpo de que Tholomyés era a cabeça. Quem tinha o espírito era ele.

Tholomyés era antigo estudante veterano; era rico, possuía quatro mil francos de rendimento, o que na montanha de Santa Genoveva era um esplêndido escândalo. Era um pândego de trinta anos, mal conservado. Tinha a pele encarquilhada, faltavam-lhe dentes e começava já a aparecer-lhe uma calva, de que ele próprio dizia sem tristeza: «Calva aos trinta, gota aos quarenta». Digeria mal e sofria de uma inflamação na vista.

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