Fiódor Dostoievski - Fiódor Dostoiévski - Os Irmãos Karamazov

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Fiódor Dostoiévski: Os Irmãos Karamazov: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Irmãos Karamazov é um romance de Fiódor Dostoiévski, escrito em 1879, uma das mais importantes obras das literaturas russa e mundial, ou, conforme afirmou Freud: «a maior obra da história». A narrativa trata da história de uma conturbada família em uma cidade na Rússia. O patriarca da família é Fiódor Pavlovitch Karamázov, um palhaço devasso que subiu na vida principalmente devido aos dotes de suas duas mulheres, ambas mortas de forma precoce, e à sua mesquinharia. Com a primeira mulher tem um filho, Dmitri Fiodorovitch Karamázov, que é criado primeiramente pelo criado que mora na isbá ao lado de sua casa e depois por Miússov, parente de sua falecida mãe. Com a segunda mulher tem mais 2 filhos: Ivan e Aliêksei Fiodorovitch Karamázov, que são criados também por um parente da segunda mulher do pai de ambos. Ao passo que Ivan se torna um intelectual, atormentado justamente por sua inteligência, Aliêksei se torna uma pessoa mística e pura, entrando para um mosteiro na cidade.

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— Bem se vê! Estás fazendo o mesmo agora — murmurou, aborrecido, Miusov.

— Agora mesmo? Pois acredita que o sabia, Pyotr Alexandrovitch, e deixa-me dizer-te que quando comecei o temia. Imagina que também me parecia que serias tu o primeiro a dar por isso. Quando estou um minuto sem brincar, Reverendo Padre, sinto no rosto como se me arrancassem a mandíbula inferior e pinta-se-me no rosto uma expressão de pasmo. Isto sucede-me desde a juventude, quando comecei a correr de casa em casa, divertindo todos para conseguir ganhar a vida. Tenho sido um farsista incorrigível; vem-me do berço, reverência; é uma mania como outra qualquer. Estou em dizer que há em mim um diabo; bom, pelo menos um diabrete, porque um diabo sério preferiria outra morada. Mas não a tua alma. Pyotr Alexandrovitch; não tens posto digno de um nem de outro. Eu creio em Deus e se tive alguma dúvida acerca da sua existência, aqui me tendes disposto a escutar palavras de sabedoria. Nisto faço como Diderot. Não sabíeis, Santíssimo Padre, que Diderot foi ver o metropolitano Platão, nos tempos da imperatriz Catarina? Pois foi. Chegou e disse de repente: «Não existe Deus.» Ao que o grande bispo respondeu, alçando as mãos: «O néscio diz no seu coração que não existe Deus.» Imediatamente caiu o outro a seus pés, exclamando: «Creio e peço o batismo!» Foi batizado, tendo por padrinhos a princesa Dachkov e Ptyomkin.

— Fedor Pavlovitch, isto passa já de brincadeira! Bem sabes que dizes mentiras e que essa anedota grosseira não está certa. Porque te armas em tonto? — admoestou Miusov com voz trémula.

— Sempre suspeitei de que não fosse certa — gritou aquele, convencido — e quero que saibam toda a verdade, senhores. Venerável ancião, perdoai o que acabo de vos contar referente ao batismo de Diderot. Nada estava mais longe do meu pensamento, até agora, que me ocorreu para amenizar a conversa. Se faço de tonto, Pyotr Alexandrovitch, é para agradar, embora muitas vezes não saiba eu próprio para que o faço. Quanto a Diderot, ouvi cem vezes na minha juventude, a pessoas instruídas, aquela frase «o néscio diz no seu coração» e, sem ir mais longe, tua tia foi quem me contou a história. Toda a tua família estava persuadida de que o infiel Diderot discutiu Deus com o metropolitano Platão...

Miusov deu um salto na cadeira, esquecendo a moderação, furioso por ser posto em ridículo.

Era verdadeiramente incrível o que estava a suceder naquela cela que durante anos e anos, desde os primeiros Presbíteros, só sentimentos de profundo respeito havia inspirado a quantos a visitavam. Quase todos os que ali eram admitidos se mostravam orgulhosos do favor especial que lhes era concedido e muitos permaneciam ali durante todo o tempo da receção, de joelhos. Nobres, sábios e alguns livres pensadores, atraídos pela curiosidade, todos se mostravam igualmente respeitosos e recolhidos, como é próprio de um local onde não se tratam questões de interesse, mas pelo contrário onde brota o colóquio do amor e da bondade, onde se procura a penitência ou se resolve um problema de crise espiritual. Era forçoso que semelhante bobice sobressaltasse desconcertadamente a maioria dos presentes. Os monges ainda que parecessem a ponto de se levantar, indignados, como Miusov, esperaram, imóveis, que falasse o ancião. Aliocha permanecia cabisbaixo, com os olhos cheios de lágrimas, afligido especialmente por Ivan, a sua única esperança naquele transe, e capaz como ninguém de pôr cobro àquela maluqueira de seu pai, se manter quieto com o olhar no chão, como quem aguarda com interesse que acabe um incidente que não provocou. Aliocha não ousava olhar Rakitin, o estudante amigo, cujas ideias conhecia melhor que a ninguém do mosteiro.

— Perdoai — começou Miusov, dirigindo-se ao Padre Zossima — se vos fiz pensar que tomava parte nesta comédia absurda. Enganei-me ao crer que um homem como Fedor Pavlovitch pudesse chegar a portar-se com a correção que impõe uma visita a uma pessoa tão digna e suponho que não necessito desculpar-me pelo mero feito de haver vindo com ele.

Miusov perturbou-se de confusão e vergonha e, sem mais, quis ir-se embora. Mas o velho foi atrás dele, caminhando com dificuldade e, pegando-lhe em ambas as mãos, deteve-o.

— Não se aflija, por Deus! Não se aflija e olhe-me como se eu fosse um amigo especial. Sou eu que lho peço... — E inclinando-se perante o ofendido voltou a ocupar a sua cadeira.

— Falai, grande Presbítero! Ou estais enojado da minha cantilena? — interrompeu Fedor, agarrando-se a ambos os braços da cadeira como que disposto a fugir se a resposta não o satisfizesse.

— Também lhe hei de pedir que não se incomode nem se desgoste por nada — disse o velho afetuosamente. — Esteja como em sua casa e perfeitamente à vontade. O pior de tudo é que uma pessoa tenha vergonha de si própria.

— Como em casa? Com naturalidade? Oh! Isso é já um excesso de bondade. Agradeço-vos profundamente, mas mais valera, Santo Padre, não me convidar a uma manifestação singela e expansiva do meu caráter. Não arrisqueis tanto... Por esta vez quero desobedecer pelo respeito que vos devo. Bem, aí tendes os outros, embrenhados ainda nas névoas da incerteza; e aposto que não falta quem gostasse e tivesse um vivo prazer em retratar-me ao vivo. Por ti o digo, Pyotr Alexandrovitch. Quanto a vós, santa criatura, tenho de vos confessar que me deixais extasiado.

Levantou-se bruscamente e, elevando as mãos ao alto, exclamou:

— Bendito seja o ventre que vos gerou e os peitos que vos criaram!... especialmente os peitos. Quando há pouco dizíeis que «o pior é uma pessoa ter vergonha de si mesma», penetráveis no meu íntimo e líeis no meu coração. Numa reunião sinto-me sempre o mais trivial e creio que todos me tomam por um palhaço, e é nessas alturas que digo a mim mesmo: «Pois façamos palhaçadas a sério sem temer o que dirão, já que sou um palhaço eles ultrapassam-me em maldade». Por isto, nem mais nem menos, sou um bobo; por vergonha, bom velho, por vergonha. Apenas um excesso de sensibilidade me torna tão buliçoso. Se tivesse a certeza de que me tomavam pelo melhor e pelo mais prudente dos homens, ah, senhor, que santo eu não seria!... Mestre — continuou, caindo de joelhos —, que devo fazer para ganhar a vida eterna?

Era muito difícil adivinhar se estava a fantasiar ou se se encontrava realmente comovido.

O Padre Zossima olhou-o e disse, sorrindo:

— Por que faz essa pergunta, se já sabe a resposta há tanto tempo? Tem bastante discernimento: não se entregue à bebida e corrija a língua; ame a continência e não demasiadamente a riqueza. Feche as tabernas; se não puder fechá-las todas, duas ou três, pelo menos. Sobretudo... não minta.

— Dizeis isso por causa de Diderot?

— Não por isso, mas porque apenas se enganará a si próprio, e o homem que escuta como certas as próprias mentiras chega a não poder discernir a verdade do que pensam dele e perde o respeito que deve a si mesmo e ao próximo. Com o respeito desaparece o amor, e então em nada poderá gozar a não ser que se deixe arrastar pelos mais grosseiros prazeres, que acabam por bestializá-lo completamente. E tudo isso pelo vício da mentira. O embusteiro, além disso, expõe-se mais do que ninguém a receber uma ofensa. Crê o senhor, talvez, que por vezes é agradável ofender alguém, não? O homem enganoso sabe que ninguém o insultou, mas como há que ser gracioso e divertido, ele próprio toma uma palavra, faz uma montanha de um grão de areia e a atira contra si para se dar ao gosto de manifestar enfado por uma ofensa por si inventada; e disto ao verdadeiro rancor não vai mais do que um passo. Mas agora levante-se e volte para o seu lugar. Não é franca essa atitude...

— Santo varão, dai-me a vossa mão para que a beije! — E Fedor Pavlovitch saltou, deixando um beijo na mão nodosa do velho. — É muito, muito agradável dar-se uma pessoa por ofendida. Haveis expressado a ideia como nunca a ouvi. Sim, passei toda a vida a fazer-me de ofendido para me divertir e por uma razão de estética, já que não é tão agradável e distinto ser o objeto de insultos... haveis esquecido, grande senhor, que não é tão distinto. Se fosse a vós, apontaria isso. Mas claro que estive a mentir, o que se diz mentir de verdade, durante a minha vida inteira sem perder um dia ou uma hora. Na realidade, eu sou a própria mentira, o pai da mentira, embora não acredite nisso. Sou um solene charlatão. Dizei talvez o filho da mentira e será bastante. Apenas que... anjo meu!... posso por vezes falar de Diderot e não preciso ter cuidado. Diderot é inofensivo: são certas palavras apenas as que ofendem. E a propósito, Grande Presbítero, agora recordo que vivi dois anos com a intenção de vir consultar-vos sobre certas dúvidas. Mas dizei a Pyotr Alexandrovitch que não me interrompa. A questão reduz-se ao seguinte: é verdade, insigne Padre, que a Martirologia fala de um santo que quando o decapitaram se levantou e, pegando na cabeça do chão, a «beijou devotamente» e caminhou durante um grande bocado levando-a nas mãos? É certo isso ou não, venerável Padre?

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