Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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— Ele diz que vai ter que começar a devolver cheques e a BBC me disse que vai enviar o dinheiro correspondente aos lançamentos dos shows antigos em DVD. Esse dinheiro não foi investido, né?

— Foi o que a BBC disse? Para falar a verdade, nós estamos atrás deles para que nos paguem. Mas eu não quero colocar toda a culpa na BBC. A nossa contadora está grávida, e as coisas por aqui estão bem confusas. E Charles Nancy, com quem você conversou, está um tanto abalado. O pai dele morreu, ele tem viajado muito para fora do país...

— Da última vez que nos falamos — interrompeu ela —, você disse que tinha problemas porque estava instalando computadores novos aí.

— E de fato estávamos. Por favor, nem me faça falar nesses malditos programas de contabilidade. Como é mesmo que dizem? Errar é humano, mas... ahm... para atrapalhar tudo mesmo, você só precisa de um computador. Algo do tipo. Vou investigar o caso a fundo, à mão se necessário, do jeito mais tradicional, e o seu dinheiro voltará para você. E o desejo de Morris.

— O meu gerente diz que eu preciso de 10 mil libras imediatamente só para os cheques pararem de voltar.

— E você terá 10 mil libras. Estou fazendo um cheque para você neste exato momento. — Ele desenhou um círculo em seu bloco de anotações, com uma linha saindo do topo. Parecia mais ou menos uma maçã.

— Fico muito grata — respondeu Maeve, e Grahame ficou todo orgulhoso. — Espero não estar atrapalhando você.

— Imagina, você nunca atrapalha — disse Grahame Coats. — De forma nenhuma.

Desligou o telefone. “A parte mais engraçada”, pensou Grahame Coats, “é que os personagens cômicos de Morris sempre foram uma paródia do típico homem teimoso de Yorkshire, orgulhoso por saber o paradeiro de cada centavo que tinha.”

“Foi uma bela jogada”, pensou Grahame Coats, e acrescentou dois olhos e duas orelhas à maçã. Agora o desenho se parecia, ele decidiu, mais ou menos com um gato. Logo seria a época de trocar toda uma vida dedicada ao roubo de celebridades mimadas por uma vida com muito sol, piscinas, excelentes refeições, bons vinhos e, se possível, muito sexo oral. Grahame Coats estava convencido de que as melhores coisas da vida poderiam sempre ser trocadas por dinheiro.

Desenhou uma boca no gato e a encheu de dentes afiados, de modo que agora o desenho parecia um pequeno leão da montanha. Enquanto desenhava, começou a cantar numa voz sibilante de tenor.

When I were a young man my father would say
It’s lovely outside, you should go out and play
But now that I m older, the ladies all say
It’s nice out, but put it away. [2] “Quando eu era mais jovem, meu pai me dizia Está um dia tão lindo, vá brincar lá fora Mas, agora que estou mais velho, todas as moças dizem É legal pra fora, mas ponha já pra dentro.” (N. T.)

Morris Livingstone, já morto, pagara pelo duplex em Copacabana e pela instalação da piscina na ilha de Saint Andrews, e ninguém deveria pensar que Grahame Coats não se sentia grato a ele.

It’s nice out, but put it awaaaaaaay

Spider sentia-se estranho.

Alguma coisa estava acontecendo: uma sensação esquisita alastrava-se como uma névoa, e aquilo arruinava o seu dia. Ele não conseguia identificar o que era e não gostava nada daquilo.

Se havia uma coisa que ele definitivamente não sentia, essa coisa era culpa. Simplesmente não era o tipo de sentimento que ele costumava ter. Sempre se sentiu o máximo. Sempre se sentiu no controle. Não se sentia culpado. Não se sentiria culpado nem se fosse pego em flagrante roubando um banco.

E lá estava, pairando sobre ele, uma nuvem de desconforto.

Até aquele momento, Spider acreditara que deuses eram diferentes: eles não tinham consciência, nem precisavam ter. A relação de um deus com o mundo, mesmo um mundo no qual vivia, tinha tanta ligação emocional quanto a ligação emocional existente no caso de alguém que conhece a estrutura geral de jogo de computador e se arma com vários códigos para burlar o jogo.

Spider sempre se divertia. Era o que sabia fazer. Essa era a parte importante. Não reconheceria o que é a culpa nem se alguém desse a ele um guia ilustrado com todas as partes explicadas num diagrama. Não que fosse irresponsável. Ele não estava presente no dia em que distribuíram o tal sentido de responsabilidade. Mas algo havia mudado dentro ou fora dele, não sabia ao certo, e isso o perturbava. Serviu-se de mais um drink. Fez um gesto com a mão, e a música ficou mais alta. Mudou o CD, de Miles Davis para James Brown. Ainda assim, não adiantou.

Deitou-se na rede, sob o sol tropical, ouvindo a música, divertindo-se com o fato de que era maravilhoso ser ele mesmo. Pela primeira vez, aquilo de alguma maneira não lhe bastava.

Levantou-se da rede e foi até a porta.

— Fat Charlie?

Não houve resposta. O apartamento parecia vazio. Do lado de fora havia um dia cinzento acompanhado de chuva. Spider gostava da chuva. Parecia adequada à situação.

Com um trilado suave, o telefone tocou. Spider atendeu.

Era a voz de Rosie.

— É você?

— Oi, Rosie.

— Ontem à noite — começou ela. E depois não disse nada. Mas retomou: — Foi tão maravilhoso para você como foi para mim?

— Eu não sei. Para mim foi maravilhoso. Então imagino que a resposta seja “sim”.

— Humm. — Ficaram calados. — Charlie?

— Humm?

— Eu até gosto de ficar calada, sem falar nada. Só de saber que você está aí do outro lado da linha.

— Eu também.

Saborearam a sensação de não falar nada por mais alguns instantes, fazendo-a durar mais.

— Você quer vir me visitar hoje à noite aqui em casa? — perguntou Rosie. — Minhas colegas foram para as montanhas Cairngorms.

— Essa — começou Spider — talvez seja a frase mais bela jamais dita. Minhas colegas foram para as montanhas Cairngorms. Pura poesia. Ela riu.

— Seu bobo. Você traz... sua escova de dentes?

— Ah. Aaaah. Claro.

Depois de vários minutos de “você desliga o telefone” e “não, você desliga primeiro”, dignos da conversa de um casal de 15 anos de idade cheio de hormônios, o telefone finalmente foi desligado.

Spider sorriu como um santo. O mundo, desde que Rosie estivesse nele, era o melhor mundo que qualquer mundo poderia ser. A névoa passou, e o mundo voltou a ser alegre.

Nem mesmo ocorreu a Spider imaginar onde estaria Fat Charlie. Por que deveria se preocupar com coisinhas insignificantes? As moças que moravam com Rosie foram para as montanhas Cairngorms, e esta noite... Bem, esta noite ele levaria sua escova de dentes.

O corpo de Fat Charlie estava num aviáo a caminho da Flórida, dormindo espremido num assento no meio de uma fileira de cinco pessoas. Isso era bom — os banheiros do fim do corredor apresentaram um problema no funcionamento assim que o avião decolou. Embora os atendentes tivessem colocado avisos dizendo “enguiçado” nas portas, isso de nada adiantou para melhorar o cheiro, que se espalhava lentamente pelo fundo do avião como uma névoa química. Havia bebês berrando, adultos resmungando e crianças choramingando. Um grupo de passageiros a caminho do Walt Disney World, achando que o passeio já começava no avião, começou a cantar. Cantaram “Bibbidi-Bobbidi-Boo”, “The Wonderful Thing About Tigers”, “Under the Sea” e “Heigh, Ho, Heigh Ho, It’s Off To Work We Go” e até, pensando que também era uma canção da Disney, “Were Off to See the Wizard”.

Logo que o avião decolou, descobriu-se que, devido a uma confusão com o pessoal que cuidava da comida, nenhuma refeição para a classe econômica fora colocada a bordo. Em vez disso, só havia embalagens de café-da-manhã, o que significava que haveria pacotes individuais de cereal e banana para todos os passageiros, e eles teriam que comer com garfos e facas de plástico, porque infelizmente não havia colheres. Isso, por sua vez, até que era bom, já que logo não haveria leite para colocar no cereal.

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