Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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O céu se encobriu de tarde e a temperatura começou a cair. Mesmo naquela toca, estava muito frio para se ficar imóvel. Tínhamos que marchar em volta e mesmo assim, ao escurecer, fui tomado de uma crise de tremores como a que sentira no caminhão-prisão a caminho de Pulefen. A escuri­dão parecia levar séculos para chegar. No tardio crepúsculo azulado abandonamos a valeta e rastejamos atrás de árvores e moitas até podermos distinguir a cerca da fronteira, uns pá­lidos pingos avermelhados salpicando a neve. Nenhuma luz, nem som ou movimento. Da direção sul, bem distante, vinha o difuso clarão de uma cidadezinha, alguma minúscula vila de Orgoreyn para onde Estraven poderia se dirigir com seus documentos de identificação quase inaceitáveis e ter assegurada pelo menos uma noite na prisão da comensalidade ou talvez na próxima fazenda voluntária. De repente, só neste último instante, vi o que meu egoísmo e o silêncio de Estraven tinham me ocultado: para onde ele estava indo e o que o aguardava. — Therem, espere!

Mas ele já se despencara, voando colina abaixo: um es­quiador esplêndido e veloz e desta vez sem me ter como em­pecilho. Disparou numa longa e rápida descida encurvada, fugia de mim e ia direto para os guardas armados da fron­teira. Creio ter ouvido gritos de aviso ou ordens de parar, e uma luz se acendeu em algum lugar, não estou certo; de qualquer forma, ele não parou e partiu como um raio em direção à cerca, e eles o derrubaram quando a atingiu! Não usavam a pistola sônica, mas as espingardas de caça, antiga arma que explode fragmentos de metal num disparo. Atira­ram para matar. Estava morrendo quando o alcancei, espar­ramado no chão e sem os esquis, fincados na neve, o peito estraçalhado pelos tiros. Segurei-lhe a cabeça e chamei por ele, mas não me respondeu; apenas saindo do tumulto e da desagregação de sua mente, quando penetrava na inconsciên­cia, emitiu claramente e uma só vez: “Arek!” Dessa forma, fundiu-nos ambos no mesmo amor. Então silenciou para sempre. Continuei segurando-o, ajoelhado ali na neve, en­quanto morria. Deixaram-me ficar ali com ele. Depois me ergueram, levaram-me numa direção, ele em outra, eu para a prisão, ele para as trevas.

XX

Missão sentimental

Em alguma parte do diário que Estraven escrevera du­rante nossa jornada através dos gelos de Gobrin, ele se inter­rogara por que seu companheiro tinha vergonha de chorar. Poderia ter lhe dito então que não era vergonha, e sim te­mor. Agora eu atravessava o vale do Sinoth, nesta noite da sua morte, através desse país gelado que está além do medo. Lá descobri que se pode chorar o quanto se queira, mas não adianta nada.

Fui levado de volta a Sassinoth e feito prisioneiro, por­que estivera na companhia de um banido e mais provavel­mente porque não sabiam o que fazer comigo. Desde o co­meço, mesmo antes da chegada das instruções oficiais de Erhenrang, trataram-me bem. Minha cela da prisão era um quarto na Torre dos Senhores em Sassinoth; tinha uma la­reira, um rádio e eram servidas cinco fartas refeições diárias. Não era confortável: a cama dura, as cobertas leves, o piso sem tapetes e o ar frio — como em qualquer quarto em Karhide. Mas me enviaram um médico em cujas mãos e voz encontrei mais conforto e bem-estar do que jamais obtivera em Orgoreyn. Após ele ter-me feito uma primeira visita, a porta ficou destrancada. Lembro-me dela aberta e eu dese­jando que estivesse fechada por causa da fria correnteza que vinha do corredor. Mas não tinha nem força nem ânimo de me levantar e ir lá fechá-la. O médico, um jovem grave e com atitudes maternais, disse com ar de pacífica certeza: “O senhor tem sido subalimentado e se esforçou demais por uns cinco ou seis meses. Está no limite da exaustão. Não há mais nada a ser feito. Fique deitado e repouse. Como os rios gela­dos nos vales, no inverno. Fique quieto. Tenha paciência”.

Mas assim que adormecia, parecia que estava entrando naquele caminhão com os outros, todos fedendo, tremendo, nus, comprimidos uns contra os outros para aquecer. Todos menos um, que estava contra a porta de grades, com a boca repleta de sangue coagulado. Ele era o traidor. Ele tinha fugido, desertando-nos, abandonando-nos. Acordava com raiva, uma débil raiva que me fazia tremer e se transformava em lágrimas frágeis.

Devo ter estado bem doente, pois me recordo dos efei­tos da febre alta e de que o médico ficara comigo por mais de uma noite. Não consigo relembrar o que se passou, apenas de ter dito a ele e sentido minha voz lamurienta:

— Ele poderia ter parado. Ele viu os guardas. Ele foi direto em direção às balas.

O jovem médico não retrucou logo.

— Não está dizendo que ele se matou?

— Talvez.

— Isto é uma coisa cruel de se dizer de um amigo. Não acredito que Harth rem ir Estraven fosse capaz disto.

Não me lembrara, quando falei, do desprezo que essa gente tem pelo suicídio. Não é para eles, como para nós, uma opção. É a abdicação da opção, um ato de deslealdade, a pró­pria traição. Para os karhideanos, segundo nossos padrões, o crime de Judas não está na sua traição a Cristo, mas na­quele gesto que, selando o desespero, nega a chance de per­dão, mudança, vida — seu suicídio.

— Então vocês não o chamam Estraven, o Traidor?

— Nunca o fiz. Há muitos que nunca levaram em consideração a acusação contra ele, Sr. Ai.

Mas eu estava incapaz de ver qualquer consolo nisto, e exclamei, atormentado:

—- Então, por que eles atiraram nele? Por que está morto?

Para isto não encontrou resposta, pois não havia ne­nhuma.

Eu nunca fui interrogado de maneira formal. Só me perguntaram como saíra de Pulefen e entrara em Karhide e qual o destino e o objetivo da mensagem em código que enviara pelo rádio. Disse-lhes:

— Essa informação foi enviada diretamente a Erhenrang, ao rei.

O assunto da nave foi mantido secreto, mas as notícias da minha fuga de uma prisão orgota, minha viagem através dos gelos eternos em pleno inverno, minha presença em Sassinoth, tudo era noticiado e comentado livremente. O papel desempenhado por Estraven não era mencionado, nem sua morte. E no entanto eram fatos conhecidos. Segredo em

Karhide é em grande parte uma questão de discrição — de um silêncio tácito e reconhecido —, uma omissão de per­guntas, e não uma omissão de respostas. Os boletins fala­vam apenas do Enviado Sr. Ai, mas todos sabiam que era Harth rem ir Estraven que tinha ido me arrancar das mãos orgotas e me trouxera através dos gelos até Karhide, para dar um desmentido completo da história dos comensais sobre minha súbita morte de febre de horm no último outono em Mishnory.

Estraven tinha previsto quase com precisão os efeitos da minha volta; só errou quando subestimou esses efeitos. Por causa daquele estrangeiro que estava doente numa cama, sem agir, sem ligar a nada num quarto em Sassinoth, dois governos caíram no espaço de dez dias.

Dizer que o governo orgota caiu é dizer, naturalmente, que um grupo de comensais substituiu outro no controle do governo dos Trinta e Três. O Sarf, que tinha me enviado a Pulefen, conseguiu se manter, apesar do vexame sem precedentes de ser apanhado mentindo, até o anúncio público feito por Argaven da chegada iminente da nave espacial em Karhide. Naquele momento, o grupo liderado por Obsle, a facção do Mercado Livre, tomou a liderança da comensalidade. Afinal, prestaram certo serviço a eles. Em Karhide, a queda de um governo significa a queda e substituição do primeiro-ministro, juntamente com uma reorganização do ga­binete, da Kyorremy, embora assassinato, abdicação e insur­reição sejam alternativas freqüentes. Tibe não lutou por se manter no poder. Meu valor atual no jogo de prestígio inter­nacional mais minha vindicação (por implicação) de Estraven deram-me uma tal força que ultrapassava a sua de muito, e assim ele se demitiu, como soube mais tarde, mesmo antes de o governo de Erhenrang ter sabido que eu emitira a men­sagem para a nave. Ele agiu após o aviso secreto de Thessicher, esperou apenas saber da notícia da morte de Estraven e então se aquietou. De uma só vez, teve sua punição e sua vingança.

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