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Ursula Le Guin: A Mão Esquerda da Escuridão

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Ursula Le Guin A Mão Esquerda da Escuridão

A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Não sei descrever esses últimos dias de nossa jornada muito bem porque, realmente, não consigo me lembrar deles com nitidez. A fome pode aguçar a percepção, mas não quando combinada com uma fadiga extrema; suponho que meus sentidos tenham ficado embotados. Lembro-me de ter tido câimbras de fome, mas não me lembro do sofrimento que sentia com elas. Sentia, sim, todo o tempo, um vago sentimento de liberação por haver ultrapassado um limite, e de alegria, além de uma terrível sonolência. Chegamos à terra firme no décimo segundo dia, posthe anner, e subimos com dificuldade para uma praia gelada e para dentro da desolação rochosa da costa de Guthen. Estávamos em Karhi­de. Tínhamos atingido nossa meta. Nossos estoques tinham acabado por completo. Fizemos um festival de água quente para comemorar a chegada. Na manhã seguinte, levantamo- nos para descobrir uma estrada qualquer, algum indício de habitação humana. Se havia alguma estrada, ela estava debaixo de uns dez pés de neve e talvez a tivéssemos cruzado várias vezes sem o saber. Não havia nenhum sinal de terra lavrada. Andamos vagueando de sul a oeste naquele dia e no dia seguinte. Ao entardecer deste, vimos uma luz bri­lhando numa colina distante através do escurecer quando caía uma neve fina. Calamo-nos por alguns instantes. Fi­camos parados, olhando. Afinal, meu companheiro falou, rouco:

— É uma luz?

Já era muito tarde da noite quando chegamos, camba­leando, a um vilarejo karhideano, uma rua só entre casas escuras, de tetos pontudos, a neve amontoada até a altura das suas portas de inverno. Paramos numa que parecia uma estalagem, e através de estreitas fendas das janelas filtra­va-se uma luz amarelada, a mesma que tínhamos visto da colina. Abrimos a porta e entramos.

Era odsordny anner, o octagésimo primeiro dia de nos­sa viagem; tínhamos gasto onze dias a mais do que o pre­visto por Estraven. Ele calculara com exatidão nosso supri­mento de alimentação: setenta e oito dias. Tínhamos feito oitocentas e quarenta milhas pelo marcador do trenó, mais um tanto por cálculo estimativo, dos últimos dias. Muitas dessas milhas tinham sido desperdiçadas em retrocessos, e se tivéssemos mesmo um percurso de oitocentas milhas a cobrir, talvez nunca pudéssemos levá-lo a termo; quando conseguimos um bom mapa vimos que a distância entre Pulefen e essa aldeia era de menos de setecentas e trinta milhas e todas essas milhas e dias gastos em percorrê-los tinham sido através de uma desolação inenarrável: rochas, gelo, céu e silêncio — nada mesmo, por oitenta e um dias, exceto nós dois.

Entramos numa sala grande, quente como uma estufa, iluminada fartamente e também cheia de comida e cheiro de comida, gente e vozes de gente. Segurei Estraven pelos ombros. Rostos estranhos se voltaram para nós, olhos estranhos. Eu me esquecera da existência de gente que não se parecia com Estraven. Fiquei horrorizado; na realidade era um cômodo bastante pequeno e a multidão era apenas de sete ou oito pessoas, que certamente ficaram tão surpresas quanto eu por uns instantes. Ninguém chega a Kurkurast em pleno inverno, vindo do norte, à noite. Contemplavam-nos interrogativamente e as vozes se calaram. Estraven falou, numa voz fracamente audível:

— Pedimos a hospitalidade do domínio.

Barulho, confusão, zunzum, alarme, boas-vindas.

— Viemos pelos gelos eternos do Gobrin.

Mais barulho, vozes, perguntas nos rodearam.

— Querem cuidar do meu amigo?

Pensei ter dito isso, mas foi Estraven que falou. Al­guém me fez sentar. Trouxeram-nos alimento; cuidaram de nós, aceitaram-nos, fizeram-nos sentir em casa.

Almas incultas, apaixonadas, rixentas, ignorantes — camponeses de uma terra pobre, sua generosidade trouxe um final nobre àquela áspera jornada. Davam com ambas as mãos. Nenhuma mesquinharia, nenhuma avareza. Sendo assim, Estraven recebia o que eles nos davam como um senhor entre senhores, ou um mendigo entre mendigos, um homem no meio de sua própria gente.

Para esses pescadores — aldeões, que vivem no extre­mo limite do que pode ser habitado, num continente quase no limite do habitável —, honestidade é tão importante quanto alimento. Têm que jogar limpo uns com os outros; não há o suficiente para permitir trapaças. Estraven sabia disto e quando, após dois dias, eles começaram a perguntar, discreta e indiretamente, com o devido respeito ao seu amor-próprio, por que nós escolhemos o inverno para ir aos gelos de Gobrin, ele replicou imediatamente.

— Silêncio não é o que eu gostaria de escolher e, no entanto, ele é melhor do que uma mentira.

— É bem sabido que homens respeitáveis podem ser postos fora da lei e, no entanto sua sombra não precisa se amesquinhar por esta razão — disse o cozinheiro da estalagem, que era o segundo em importância na aldeia, logo depois do chefe, e sua sala de refeições era uma espécie de salão de recepção para todos do domínio, na época do inverno.

— Uma pessoa pode ser um fora-da-lei em Karhide e a outra em Orgoreyn — disse Estraven.

— Certo, uma por seu clã e outra pelo rei em Erhenrang.

— O rei não pode reduzir o tamanho da sombra de um homem, embora possa tentar — retrucou Estraven, e o cozinheiro ficou satisfeito com a resposta. Se o próprio clã de Estraven o tivesse expulsado, ele seria considerado uma pessoa suspeita, mas as censuras reais tinham pouca impor­tância. Quanto a mim, evidentemente um estrangeiro, e sendo assim aquele que fora renegado por Orgoreyn, isto só pesava a meu favor.

Nunca dissemos nossos nomes aos hospedeiros em Kurkurast. Estraven tinha muita relutância em usar um nome falso, e nossos verdadeiros não podiam ser revelados. Era, afinal de contas, um crime dirigir a palavra a Estraven, quan­to mais abrigá-lo, vesti-lo e alimentá-lo como o estavam fazendo. Mesmo um vilarejo remoto do litoral de Guthen tem rádio e eles não podiam invocar ignorância da ordem de exílio; apenas a ignorância verdadeira da identidade do hóspede serviria, à guisa de desculpa. A sua vulnerabilidade pesava sobre a consciência de Estraven mesmo antes que ele pudesse considerá-la. Na nossa terceira noite, ele entrou no meu quarto para combinarmos a nossa próxima decisão.

Um vilarejo de Karhide é como um antigo castelo feu­dal na Terra; não possui moradias separadas. No entanto, nesses velhos edifícios dos lares, do comércio e dos codomínios (não havia um senhor de Kurkurast) e na casa dos estrangeiros, cada habitante dos quinhentos do local poderia ter privacidade e mesmo isolamento em quartos ao longo desses antigos corredores com paredes muito espessas. Cada um de nós recebera um quarto, no andar mais alto do lar. Eu estava sentado no meu, ao lado da lareira acesa, quei­mando uma turfa proveniente dos pântanos de Shenshey, turfa pequena e de aroma muito forte, quando Estraven entrou:

— Muito breve devemos sair daqui, Genry.

Lembro-me dele, lá em pé, nas sombras daquele quarto

iluminado apenas pelo fogo, pés descalços e usando apenas os calções que o chefe lhe dera. Na intimidade do seu lar, os karhideanos andam semi-vestidos ou mesmo nus. Na nossa viagem Estraven perdera toda aquela solidez compacta, ma­cia, que caracteriza fisicamente todos os gethenianos; estava macilento e cheio de cicatrizes, o rosto queimado pelo frio como se fosse por fogo. Ele era uma figura escura, áspera, e no entanto esquiva na luz fugaz e bruxuleante.

— Para onde?

— Sul e leste, acho melhor. Em direção à fronteira. Nossa primeira tarefa é descobrir um transmissor de rádio com potência bastante para alcançar sua nave. Após isto, tenho que descobrir um esconderijo ou então voltar para Orgoreyn por uns tempos, para evitar que qualquer punição caia sobre os que nos ajudaram aqui.

— Como você voltaria para Orgoreyn?

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