Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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“Therem!”

Bem abaixo de minha mão, ajoelhado, ele respondeu:

— Vamos, dê-me uma ajuda para amarrar a tenda.

Obedeci e jamais toquei naquele minuto de pânico. Não era necessário. Essa tempestade durou dois dias; tínhamos perdido cinco dias e haveria mais. Nimmer e Anner são os meses das grandes nevascas.

— Estamos começando a esgotar a reserva, não? — disse ele uma noite quando eu media nossas rações e as dis­solvia em água quente.

Olhou-me. Seu rosto firme e largo mostrava sinais de perda de peso nas profundas sombras das maçãs do rosto; seus olhos tinham se afundado e a boca estava ferida, com os lábios rachados. Só Deus sabe da minha aparência, se Estraven estava assim!

Ele sorriu:

— Com sorte conseguiremos, mas sem ela nada feito.

Era o que havia dito desde o início. Com todas as mi­nhas ansiedades, minha impressão de estar jogando uma car­tada final desesperada, eu não fora bastante realista para acreditar nele. Mesmo agora, eu pensava: “Certamente, como temos feito esse esforço penoso…” Mas o gelo não sabe o que é esforço penoso. Por que o saberia?

— Como vai a sua sorte, Therem? — disse finalmente.

Ele não sorriu a isto. Nem respondeu. Apenas, após um instante, falou:

— Tenho pensado sobre eles, lá embaixo.

Lá embaixo, para nós, significava o sul, o mundo fora do platô de gelo, região de homens, terras, estradas, cidades, tudo que agora se tornava tão difícil de imaginar como coisa real.

— Você sabe que enviei mensagem para o rei sobre você, no dia em que deixei Mishnory. Narrei-lhe o que Shusgis me contara, que você estava sendo enviado para a fazenda de Pulefen. Naquele momento, minhas intenções não estavam claras, apenas segui meu impulso… Tenho pensado nele, desde então. Algo assim pode acontecer. O rei verá uma oportunidade de pôr em jogo seu orgulho pessoal. Tibe vai aconselhar contra, mas Argaven deve estar ficando um pouco cansado dele agora e pode ignorar seu conselho. Ele vai perguntar: “Onde está o Enviado, o con­vidado de Karhide?” Mishnory vai mentir. Vai dizer que morreu de febre de horm neste outono, o que “lamentam muito”. E continuarão o diálogo mentiroso: “Então, como se explica que tenhamos sido informados pela nossa embai­xada que ele está na fazenda de Pulefen?” “Ele não está lá, vocês podem ir ver.” “Não, não, naturalmente que não; acreditamos na palavra dos comensais de Orgoreyn…” Al­gumas semanas após essa troca de mensagens, o Enviado aparece no Karhide setentrional, tendo escapado de Pulefen. Consternação em Mishnory, indignação em Erhenrang. Os comensais ficam muito vexados, pois foram apanhados men­tindo. Você será um tesouro, um irmão há muito perdido e que volta ao lar, para o Rei Argaven, Genry. Mas por pouco tempo. Você deve mandar buscar sua nave estelar imediata­mente, na primeira oportunidade que tiver. Traga seu povo a Karhide e lá realize sua missão imediatamente, antes que Argaven tenha tempo de ver um possível inimigo em você, antes que Tibe ou algum outro conselheiro o assuste nova­mente, jogando com sua loucura. Se ele fizer um negócio com você, manterá a palavra. Quebrá-la será como partir sua honra. Os reis Harge mantêm sua palavra. Mas você tem que agir ligeiro e trazer a nave logo.

— Eu o farei, desde que receba o mais leve sinal de boas-vindas.

— Não, perdoe-me aconselhá-lo, mas você não deve esperar por boas-vindas. Você as terá, eu creio. O mesmo com a nave. Karhide tem sido dolorosamente humilhada neste meio ano. Você vai dar a Argaven a oportunidade de mudar tudo. Creio que ele não perderá a oportunidade.

— Muito bem. E você, enquanto isso…

— Eu sou Estraven, o Traidor. Não tenho nada a ver com você.

— No começo… — sugeri.

— No começo… — ele concordou.

— Você poderá se esconder, se houver perigo logo no início?

— Certamente que posso.

Nossa comida estava pronta e nos atiramos a ela. Co­mer era uma coisa tão importante que nunca conversávamos enquanto comíamos; o tabu estava sendo completamente cumprido, talvez na sua forma original, nenhuma palavra pronunciada, até ser ingerida a última migalha. Quando acabou, ele disse:

— Bem, espero que tenha previsto tudo bem. Você fará… desculpe…

— Você está me dando um conselho direto?

Havia certas coisas que eu, finalmente, chegara a compreender. E continuei:

— Naturalmente que sim, Therem. Realmente, como você pode duvidar disto? Você sabe que para mim não há shifgrethor a defender…

Isto o divertiu, mas estava ainda pensativo.

— Por que veio só? — disse afinal. — Por que foi enviado sozinho? Tudo vai depender de aquela nave descer. Por que tudo foi feito tão dificultoso para você e para nós?

— É o costume dos ecúmenos, e há razões para isso. Apesar de que, na realidade, estou ponderando se jamais compreendi estas razões. Eu pensava que era em benefício de vocês que eu estava vindo só, tão obviamente só, tão vulnerável que minha pessoa não seria uma ameaça, não alteraria o equilíbrio das coisas; não uma invasão, apenas um mensageiro. Nada existe a mais que isso. Só, eu não posso mudar seu mundo, mas posso ser mudado por ele. Só, devo ouvir e falar. Só, as relações que eu possa fazer, se chegar a fazer, não são impessoais e não apenas políticas. São individuais, pessoais. Não nós e eles, mas eu e você. Não política, não pragmática, mas mística num certo sentido; o Conselho Ecumênico é um organismo místico, não um orga­nismo político. Eles consideram todo começo muito impor­tante. Começos e meios. Sua doutrina é justamente o oposto daquela em que os fins justificam os meios. Sendo assim, agem de modo sutil e vagaroso, ao mesmo tempo estranho e arriscado, do mesmo modo que a evolução, que, em certo sentido, é seu modelo… Assim, fui enviado só, em seu benefício ou no meu próprio? Não sei. É verdade, isto tornou os acontecimentos mais difíceis. Mas eu podia perguntar: por que vocês nunca se acharam em condições de inventar veículos que voem no ar? Um desses pequenos aeroplanos roubado ter-nos-ia poupado um bocado de dificuldades!

— Como poderia ocorrer a um homem são que ele pu­desse voar?! — retrucou firmemente Estraven.

Era uma boa questão, num mundo em que nenhum ser vivente é alado e os anjos da hierarquia yomeshta não voavam, mas deslizavam como a neve suave a cair, como as sementes ao vento naquele mundo sem flores.

Nos meados de Nimmer, após muito vento e frio, en­tramos num período de tempo calmo por muitos dias. Se havia tempestade era na direção sul, lá embaixo; e nós, no interior da nevasca, tínhamos um céu encoberto, mas sem vento. A princípio essa coberta de nuvens era fina e o ar ficava radiante, com uma luz solar difusa e uniforme refle­tida tanto das nuvens quanto da neve, do alto e de baixo. Durante a noite, o tempo piorou. Todo o brilho desa­pareceu, deixando um vazio. Penetramos nele logo ao sair da tenda. O trenó, a tenda e Estraven lá estavam, ao meu lado. Mas nem eu nem ele projetávamos nenhuma sombra. A luz era uniforme em torno de nós, abrangendo tudo. Quan­do andávamos sobre a neve eriçada, nenhuma sombra apa­recia nas pegadas. Não deixamos rastros. Trenó, tenda, eu, ele, nada, absolutamente nada. Nenhum sol, nenhum céu, horizonte ou mundo. Um vazio cinza, esbranquiçado, no qual parecíamos flutuar. A ilusão era tão completa que eu preci­sava tomar cuidado para conservar meu equilíbrio. Meu ouvido interno se acostumara ao comando da visão quanto à posição que tomava; e nada captava, pois era como se estivesse cego. Tudo foi bem enquanto carregamos o trenó, mas puxá-lo sem nada pela frente, nada para olhar, nada como ponto de referência para os olhos daquele modo foi, inicialmente, desagradável e, depois, exaustivo. Estávamos de esquis, numa boa superfície de fim, sem sastrugi e sólida — isto era certo. Deveríamos desenvolver um bom tempo de percurso, mas íamos cada vez mais lentamente, tatean­do nosso caminho através daquela planície, sem nenhum obstáculo, e mantermos um ritmo normal de caminhada exi­gia um grande esforço de vontade. Cada pequena alteração na superfície chegava com um tranco, como ao subir escadas, o degrau inesperado ou então o degrau esperado e ausente, pois não podíamos ver nada adiante. Não havia sombras como referência. Esquiávamos cegos com nossos olhos aber­tos. Dia após dia foi assim. Começamos a encurtar nossas jornadas, pois no meio da tarde ambos estávamos suando e tremendo com o esforço e o cansaço. Cheguei a desejar neve, tempestade, qualquer coisa; mas manhã após manhã saíamos da tenda no vazio, no branco, o que Estraven chamava de não-sombra.

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