Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Isto fez Estraven pestanejar.

— Quanto a Gethen, o que estou curioso de saber é se o resto de nós vai ter a capacidade de fazer augúrios, se isto também faz parte da evolução da mente — se vocês nos ensinarem as técnicas.

— Você acha que é uma qualidade útil fazer profecias acuradas?

— Naturalmente!

— Você tem que chegar a acreditar que ela é uma coisa inútil a fim de poder exercê-la.

— Seu handdara me fascina, Harth, mas de vez em quando me pergunto se não é um simples paradoxo aplicado em termos de meios de viver…

Tentamos a conversa mental de novo. Nunca fizera antes tantas tentativas com um não-receptor total. A expe­riência era desagradável. Comecei a sentir-me como um cien­tista tentando rezar. Estraven acabou bocejando e disse:

— Sou surdo, surdo como uma rocha. É melhor ir dormir.

Concordei. Apagou a luz, murmurando sua breve prece das trevas; enfurnamo-nos nos nossos sacos e dentro de mi­nutos ele deslizava no sono como um nadador em águas escuras. Senti seu sono como se fosse o meu; o laço empá­tico lá estava, e, mais uma vez, chamei-o em pensamento, sonolentamente: “Therem!” Sentou-se reto, subitamente, e sua voz chegou até mim:

“Arek, é você?” “Não, sou eu, Genly Ai. Estou me comunicando em pensamento com você.” Suspendeu a respiração. Silêncio. Remexeu no fogareiro, acendeu a luz e me fixou com seus olhos sombrios, cheios de medo:

— Sonhei — disse ele. — Pensei que estava em casa.

— Você recebeu a minha mensagem mental.

— Você me chamou!? Era meu irmão. Foi a voz dele que ouvi. Ele está morto. Você me chamou de Therem? Eu… isto é mais terrível do que eu pensava.

Ele sacudiu a cabeça, como se faz quando se quer ex­pulsar um pesadelo da memória, e depois enfiou-a entre as mãos.

— Harth, desculpe-me.

— Não, me chame pelo meu nome. Se você pode falar dentro do meu crânio com a voz de um homem morto, então você pode me chamar pelo meu primeiro nome. Ele teria me chamado Harth? Ah, estou sentindo por que não há mentiras nisto.Éterrível… Está bem, está bem; fale co­migo de novo.

— Espere.

— Não. Continue!

Com seu olhar ardente e assustado sobre mim, dirigi-me a ele mentalmente. “Therem, meu amigo, não existe nada a temer entre nós dois.”

Continuou olhando-me fixamente; pensei que não en­tendera. Mas não.

— Ah, existe sim: — disse. Após uns instantes, con­trolando-se, disse mais calmo: — Falou na minha língua.

— Bem, você não conhece a minha.

—- Você disse que havia palavras, sei… entretanto, eu imaginava isto mais como uma compreensão…

— Empatia é uma outra coisa, embora não esteja des­ligado dela. Foi ela que nos ligou esta noite. Mas na comu­nicação mental propriamente dita os centros da fala no cérebro são ativados, assim como…

— Não, não, não. Fale-me disto depois. Por que falou com a voz do meu irmão? Sua voz estava carregada de emoção.

— A isto não sei como responder; não sei. Fale-me dele…

Nusuth… Meu irmão de sangue, Arek Harth rem ir Estraven. Era um ano mais velho que eu. Teria sido o senhor de Estre. Nós… eu abandonei o lar, você sabe, pelo bem dele. Ele já está morto há catorze anos.

Ficamos em silêncio. Não podia perguntar-lhe o que havia por trás de suas palavras. Tinha lhe custado dizer o que dissera. Afinal falei-lhe:

— Fale mentalmente comigo, Therem. Chame-me pelo meu nome…

Eu sabia que ele poderia fazê-lo: a ligação estava feita, ou, como os técnicos dizem, as fases eram consonantes e, naturalmente, ele não tivera ainda a idéia de como erguer a barreira voluntariamente. Se fosse eu o que escutava, pode­ria mesmo ouvi-lo pensar.

— Não — retruquei. — Nunca… ainda não…

Mas nenhum choque, espanto, terror, poderia controlar

aquela mente insaciável, expansiva, por muito tempo.

Após ter desligado a luz, de novo, subitamente, ouvi seu gaguejar no meu ouvido interior: “Genry…” Mesmo em comunicação mental, ele nunca poderia dizer “Genly” de modo certo. Repliquei imediatamente; no escuro, articulou um som angustiado de medo, mas com um certo sabor de satisfação.

— Basta, basta — disse alto. Após instantes, consegui­mos por fim dormir.

Isto não lhe vinha facilmente. Não que lhe faltasse o dom ou não pudesse desenvolver a habilidade, mas porque era algo que o inquietava profundamente e ele não aceitava com naturalidade. Aprendeu rápido como extinguir as bar­reiras mentais, mas não estou certo de que podia contar muito com elas. Talvez todos nós fôssemos assim, quando os primeiros estimuladores vieram, há séculos, do mundo de Rokanon, ensinando-nos esta “arte perdida”. Talvez o ge- theniano, sendo um ser singularmente completo, sinta essa fala telepática como uma violação desta sua totalidade, uma brecha na integridade, dura de ser suportada por ele. Talvez fosse próprio do caráter de Estraven, no qual candura e reserva eram igualmente fortes: cada palavra que dizia surgia das profundidades silenciosas. Ouviu minha voz como a voz de um morto, a voz do seu irmão. Eu não sabia o que existia entre ele e aquele irmão além de amor e morte; mas sentia que todas as vezes em que nos comunicávamos telepaticamente, algo nele estremecia e se encolhia como se tocasse numa ferida. Tanta intimidade entre nós dois estabelecida mentalmente era, na realidade, um laço, mas um laço obscuro e austero, não admitindo muito esclarecimento (como eu esperava que acontecesse), somente mostrando mais a ex­tensão dessa escuridão do desconhecido.

Dia após dia arrastávamo-nos para leste, sobre a planície gelada. O tempo central dessa nossa caminhada, como planejáramos, o 35.° dia, odorny anner, nos encontrou a pou­ca distância do meio do espaço a percorrer. Pelo marcador de distância, já havíamos, na verdade, viajado cerca de quatrocentas milhas, mas provavelmente apenas três quartos disto tinham sido realmente um avanço para a nossa meta e poderíamos calcular apenas por alto quanto ainda deveríamos percorrer.

Tínhamos gasto dias, milhas, rações na nossa longa pe­leja para atingir o Gelo Eterno. Estraven não estava tão preocupado quanto eu pelas centenas de milhas que tínhamos à nossa frente.

— O trenó está mais leve — disse. — No final do percurso estará mais leve ainda e poderemos reduzir as ra­ções, se for necessário. Temos comido muito bem, você sabe.

Pensei que ele estava sendo irônico, mas deveria saber melhor que eu.

No 40.° dia e nos dias subseqüentes fomos detidos por uma tempestade. Durante essas longas horas de permanên­cia na tenda, bloqueados, Estraven dormiu quase que ininterruptamente e não comeu nada, embora bebesse orsh ou água açucarada nas refeições. Ele insistia para que eu co­messe ao menos metade das rações.

— Você não tem prática em jejuar.

Senti-me humilhado.

— E você, senhor dos domínios e primeiro-ministro, tem?

— Genry, praticamos jejum até que ficamos treinados nele. Ensinaram-me a jejuar desde criança, no meu lar em Estre, e entre os handdaratas, no Monastério de Rotherer. Perdi a prática em Erhenrang, é verdade, mas recomecei o treino em Mishnory. Por favor, atenda-me. Sei o que estou dizendo, meu amigo.

Ele jejuou e eu o obedeci.

Continuamos com mais quatro dias cruéis, nunca acima de vinte e cinco graus negativos, quando outra tempestade se aproximou, soprando forte sobre nós, vinda de leste, acompanhada de furacão. Dentro de dois minutos, após as primeiras lufadas violentas, a neve rodopiou tão espessa que não podia ver Estraven a seis pés de distância. Eu havia voltado minhas costas para ele e para o trenó a fim de recuperar meu fôlego, sufocado pela neve asfixiante e cegante, e, quando, logo a seguir, me voltei, ele tinha desaparecido. Nada mais estava na minha frente, nem ele nem o trenó. Andei como um cego, tateando, na direção em que ele deveria estar. Nada. Gritei, mas não podia ouvir a minha própria voz. Estava surdo e só, num universo compacto, ofuscado por milhares de fagulhas cinzentas diminutas. Entrei em pâ­nico e comecei a andar às tontas, fazendo apelos, tentando a comunicação mental de modo frenético.

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