Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Ficou por muito tempo a contemplar o brilho da luz do fogareiro Chabe que eu elevara ao máximo para nos dar calor abundante. Depois me encarou:

“Você já me disse, hoje pela manhã, mas meu espí­rito estava confuso ainda e não compreendi bem: onde esta­mos e como chegamos aqui?”

Contei-lhe, novamente, a nossa tenebrosa fuga.

“Então, você simplesmente saiu me carregando como morto?”

“Sr. Ai, qualquer prisioneiro ou todos juntos pode­riam sair daquele lugar infernal, em qualquer noite, se não estivessem mortos de fome, exaustos, desmoralizados e dro­gados; e se tivessem vestuários adequados ao frio daqui, e se tivessem para onde ir… Aí está o problema: para onde ir? Para uma cidade? Prisioneiros não têm documentos de identificação; estão liquidados. Para o deserto? Não têm abrigo — nada feito. No verão, creio que levam mais guar­das para a fazenda de Pulefen. Mas no inverno eles sabem que o frio é seu aliado e carrasco.” Ele mal me ouvia.

“Você não poderia me carregar por alguns metros, Estraven, quanto mais correr… arrastando meu corpo num trenó, por um par de milhas, através dessa terra, na es­curidão…”

“Tudo é possível em dothe…”

“Por vontade própria?” “Sim.”

“Você é… um dos handdaratas?”

“Fui criado no handdara e vivi dois anos no Monastério de Rotherer. Na Terra de Kerm, a maioria dos clãs é

handdarata.”

“Pensei que, após um certo período de dothe, a exaus­tão extrema das energias da pessoa entrasse numa espécie de colapso…”

“É verdade: o thangen é chamado o ‘sono das tre­vas’. Dura muito mais que o período de dothe, e desde que você entre nessa fase de recuperação, é perigoso tentar re­sistir a ela. Dormi direto duas noites seguidas. Estou, ainda, em thangen, não poderia sequer caminhar até aquela colina.

E a fome é parte dele, comi quase toda a ração que tinha estocado para durar uma semana.”

“Muito bem”, respondeu ele com nervosismo, “acre­dito em você. Que posso fazer senão acreditar… Aqui estou eu, aqui está você… Mas não compreendo, não com­preendo mesmo para que você fez isto tudo.”

Ao ouvir isto, perdi meu equilíbrio e fiquei de olhar fixo na faca quebra-gelo que estava ao meu alcance, sem olhá-lo, sem replicar nada, até que minha raiva fosse con­trolada.

Afortunadamente não havia ainda muito calor ou ativi­dade no meu coração e disse a mim mesmo que ele era um homem ignorante, um estrangeiro mal-orientado e assustado. Assim, cheguei a um ponto de equilíbrio e, finalmente, falei:

“Sei que é, em parte, culpa minha sua vinda para Orgoreyn e para as fazendas voluntárias. Estou tentando corrigir meu erro.”

“Você não teve nada a ver com a minha vinda para Orgoreyn.”

“Sr. Ai, temos visto as mesmas coisas com olhos diferentes. Pensei, erradamente, que elas pareciam ser idên­ticas para ambos. Vamos voltar atrás, para a primavera do ano passado. Comecei a encorajar o Rei Argaven a esperar, a não tomar uma decisão sobre o senhor ou sua missão, cerca de meio mês antes do dia da colocação da chave-mestra, aquela cerimônia, lembra-se? A audiência já estava planejada, e era melhor levá-la avante, embora eu não esperasse ne­nhum resultado dela. Pensei que o senhor houvesse com­preendido tudo isso, mas me enganei. Não queria ofendê-lo, mas aconselhá-lo. Pensei que tinha compreendido o perigo da súbita ascensão de Tibe ao poder. Se Tibe tivesse sabido de uma boa razão para temê-lo, já o teria acusado de servir a uma facção, e Argaven, que é facilmente manobrável pelo medo, o teria mandado assassinar, fatalmente. Eu o queria salvo e para isto tinha que estar por baixo enquanto Tibe estivesse no alto e poderoso. Como aconteceu, caí junto com você. Eu já estava fadado a cair apesar de não imaginar que seria aquela noite, depois da nossa conversa; mas ninguém é primeiro-ministro de Argaven por muito tempo. Após ter recebido a ordem de exílio, não podia mais me comunicar com você, pois iria contagiá-lo com a minha desgraça e assim aumentar ainda mais seu risco de vida. Vim para cá e tentei antes sugerir-lhe que deveria vir para Orgoreyn também. Pressionei os homens de quem desconfiava menos, entre os trinta e três comensais, para permitirem sua entrada. Sem este favor deles, você não o conseguiria. Eles viam em você uma via de acesso ao poder e eu os encorajei nisto, uma abertura para pôr fim à rivalidade nascente entre Karhide e Orgoreyn e a volta ao Mercado Comum, uma chance também de quebrar os grilhões do Sarf. Mas eles são homens ultra-cautelosos, temerosos de tomar iniciativa. E, ao invés de exibi-lo, eles o ocultaram, perdendo assim sua vez. Então o venderam ao Sarf para salvar suas peles. Eu confiei muito neles, portanto a falta foi minha.”

“Mas com que finalidade, toda esta intrigalhada? Essa preocupação em esconder-me, conjurações e luta pelo poder? Tudo isso para quê, Estraven? O que você buscava?”

“Eu buscava o que você busca: a aliança do meu mundo com os mundos de fora. O que você pensou?”

Ficamos nos olhando, face a face, através do fogo do fogareiro, como um par de bonecos de pau.

“Mesmo que essa aliança fosse com Orgoreyn?”

“Mesmo que fosse com Orgoreyn, Karhide seguiria logo após. Eu só pus em jogo o meu amor-próprio porque muita coisa está em jogo para todos nós, meus compatrio­tas. Que importa qual seja o país a acordar primeiro, desde que todos acordem?”

“Com os diabos, como posso acreditar no que diz?”, explodiu Genly Ai. A sua extrema fraqueza física fez a sua indignação parecer um lamento. “Se tudo isto é ver­dade, você poderia ter explicado parte, pelo menos, muito antes, na primavera passada, e teria nos evitado esse inferno de Pulefen. Seus esforços em meu benefício…”

“Falharam, eu sei. E eu o coloquei em perigo, causei dor e vergonha. Sei disto. Mas se eu tivesse tentado comba­ter Tibe a seu favor, você não estaria aqui, estaria num tú­mulo em Erhenrang. E agora há gente em Karhide e em Orgoreyn que acredita em sua história, porque eles me ouviram. Eles ainda podem servi-lo. Meu maior erro, como você disse, foi não ter sido bastante claro para você. Não estou acostumado a isto; não sei dar nem receber conselho ou censura.”

“Não estou querendo ser injusto, Estraven.”

“No entanto, está sendo. É estranho. Sou o único homem em Gethen que confiou em você completamente e também o único homem em Gethen em quem você recusou confiar.”

Ele baixou a cabeça e após alguns instantes disse:

“Sinto muito, Estraven.”

Era ao mesmo tempo desculpa e admissão.

“A verdade é que você é incapaz de acreditar, ou não quer acreditar, no fato de que eu creio em você.”

Levantei-me, pois minhas pernas estavam dormentes e vi que tremiam com o cansaço e a ansiedade.

“Ensine-me, Genly Ai, a técnica da conversação men­tal”, disse, tentando falar naturalmente e sem rancor, “a linguagem que não encerra mentiras dentro dela. Ensine-me e então me pergunte por que eu fiz o que tenho feito.”

“Gostaria de fazer isso, Estraven.”

XV

Em direção ao gelo eterno

Acordei. Até agora tinha sido profundamente estranho, inacreditável, acordar dentro de um obscurecido cone de calor e minha razão me dizer que era uma barraca em que eu estava deitado vivo, que já não estava mais na fazenda de Pulefen. Desta vez não senti nenhuma estranheza ao acordar; tive, isso sim, um sentimento muito grato de paz. Sentei-me, bocejei, e procurei pentear os cabelos com os dedos. Olhei para Estraven, espichado no seu saco de dor­mir, em sono pesado ainda, a poucos pés de mim. Não usava nada a não ser calções, pois ele sentia muito calor. Seu rosto escuro e secreto estava como que desnudado ao meu olhar. Estraven dormindo parecia um tanto parvo, como todas as pessoas que dormem: era um rosto arredondado, relaxado, distante, com pequenas gotas de suor acima do lábio superior e das sobrancelhas espessas. Lembrei-me de como suara naquele dia do desfile em Erhenrang, no palan­que real, todo ele num vestuário de alta categoria, sob a luz solar. Via-o agora sem defesas e seminu, numa luz mais fria, e pela primeira vez eu o vi como ele era. Acordou tarde e era lento no despertar. Finalmente cambaleou, erguendo-se, bocejando; vestiu uma camisa e espichou a cabeça para fora, e depois perguntou-me se queria uma xícara de orsh. Quan­do viu que eu já havia engatinhado e esquentado um pote com água que ele deixara congelada numa panela na noite anterior, aceitou uma taça, agradeceu-me formalmente e sen­tou-se para beber.

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