Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Por estar em pleno dothe, o Enviado, apesar de com­prido e desajeitado, não era pesado demais para mim. Acom­panhando a correnteza a descer pela floresta, cheguei à ravi­na onde deixara meu trenó; prendi Ai ao trenó com alças de couro, acolchoando-o com as coisas que trouxera, até que ele ficou bem escondido debaixo de tudo e, principalmente, bem abrigado contra o tempo. Então troquei minhas roupas e comi alguma coisa da mochila, pois a grande fome que se sente nos longos períodos de dothe já estava tomando conta de mim. Parti em seguida para o norte pela estrada florestal mais importante. Dentro em pouco, um par de esquiadores me alcançou. Eu estava vestido e equipado como caçador e disse-lhes que estava tentando me pôr em contato com a turma de Mavriva que tinha ido para o norte nos últimos dias de Grende. Eles conheciam Mavriva e aceitaram minha história depois de darem uma olhada na minha licença de caçador. Não esperavam encontrar os dois homens que esca­param da prisão indo para o norte, pois nada existe ao norte de Pulefen, a não ser floresta e gelo. Eles talvez nem esti­vessem interessados em encontrar os fugitivos. Por que esta­riam? Continuaram no seu caminho e uma hora depois cru­zaram comigo novamente, já voltando para a fazenda. Um deles era o meu companheiro de ronda noturna. Mas nunca havia olhado bem para o meu rosto, embora o tivesse na sua frente metade da noite. Quando desapareceram de vista, tomei outro rumo e durante todo aquele dia fiz um longo semicírculo através da floresta e das vertentes ociden­tais da fazenda, voltando finalmente destas vastidões desér­ticas para o pequeno vale escondido acima de Turuf, onde havia guardado meu equipamento extra. Era difícil manobrar o trenó naquelas terras muito enrugadas, com um peso muito maior que o meu próprio para puxar, mas a neve era abun­dante e já estava se tornando bem endurecida, e eu estava em dothe. Tinha que manter este estado, pois quando se relaxa, não se fica em condições para mais nada. Nunca tinha mantido o estado de dothe por mais de uma hora, mas sabia que alguns anciãos podem conservá-lo em plena força por um dia e uma noite, às vezes mais, e minha necessidade agora era uma boa aplicação do meu treinamento. Em dothe a pessoa fica num certo estado de despreocupação, e a ansie­dade que eu sentia era em relação ao Enviado, que já deveria ter acordado há muito daquela pancada sônica que lhe havia dado na cabeça. Ele não se mexera ainda e eu não tinha tempo de me ocupar dele no momento. Seria seu corpo tão diferente do nosso que o que para nós não passaria de mera paralisia para ele significava a morte?

Quando a sorte nos bafeja temos que ter cuidado com nossos pensamentos e nossas palavras; eu já o chamara duas vezes de morto e o carregara como os mortos são carregados. Cheguei a pensar que fora um homem morto que eu arras­tara pelas colinas acima e que minha sorte e sua vida haviam sido malbaratadas, afinal de contas. Pensando nisso, pra­guejava e suava e a força do dothe parecia se esvair de mim como a água através de uma jarra rachada. Mas continuei e as forças não me abandonaram até que atingi o esconde­rijo, aos pés das colinas. Então armei a tenda e fiz o que estava ao meu alcance por Genly Ai. Abri uma caixa de alimentos superconcentrados em cubos, a maior parte dos quais devorei avidamente, mas separei alguns para fazer um caldo que consegui que ele ingerisse, pois já parecia morrer de inanição.

Havia feridas nos seus braços e no peito, conservados em chagas pela imundície do saco de dormir em que ele estava metido. Limpei e tratei dos ferimentos e coloquei-o, bem aquecido, dentro do saco de peles, tão bem escondido quanto possível. Não havia mais nada a fazer por ele no momento.

A noite caíra e com ela a escuridão completa, e o preço pelo abuso de minhas energias estava sendo cobrado agora; deveríamos, eu e ele, mergulhar na escuridão do relaxamento total. Dormimos. A neve caiu durante toda aquela noite; durante o dia e a noite seguintes ao meu sono relaxador — o thangen — deve ter nevado também, não uma tempestade de neve, mas a primeira grande nevada de inverno. Quando afinal voltei a mim e ergui-me para olhar lá fora, a tenda estava submersa até o meio pela neve. A neve brilhava sob a luz solar, mostrando sombras azuladas. Só uma nuvem acinzentada obscurecia o brilho do céu, a espiral de fumo do vulcão Udenushreke, o mais próximo de nós, das monta­nhas de Fogo. Em torno daquele cone visível da tenda, só neve, montes, montículos, depressões, declives, tudo branco, imaculado.

Estando ainda na fase de recuperação, sentia-me muito fraco e sonolento, mas toda vez que me erguia dava a Ai um pouco de caldo; e ao anoitecer deste dia ele pareceu voltar a si, pelo menos à vida. Sentou-se, chorando como se estivesse debaixo de intenso terror. Quando me ajoelhei ao seu lado, ele lutou para desvencilhar-se de mim, mas, sendo um esforço muito grande ainda para ele, desmaiou novamen­te. Aquela noite ele falou muito numa língua que eu não co­nhecia. Era estranho, naquela escuridão silente do deserto ge­lado, ouvi-lo a proferir palavras de uma língua que usavam em outros mundos desconhecidos para mim. O dia seguinte foi bastante duro, pois sempre que procurava cuidar dele, tomava-me por um dos guardas da fazenda e ficava aterro­rizado pela idéia de que eu pudesse dar-lhe alguma droga. Ele murmurava, então, palavras em orgota e karhideano, todas misturadas, implorando-me para “não fazer isto”, lu­tando com uma força que lhe vinha do pânico. Era de dar pena. Isto sucedeu diversas vezes, e como eu estava ainda no período de thangen, fraco de forças e vontade, parecia que não conseguiria cuidar dele; cheguei a pensar mesmo que lá não o tinham apenas drogado, mas feito uma lavagem cerebral, deixando-o insano e imbecil. Desejei, por instantes, que tivesse morrido no trenó na volta pela floresta, ou que não tivesse tido sorte em escapar com ele; e desejei ter sido aprisionado e enviado para uma dessas fazendas para pagar pela minha estupidez.

No dia seguinte quando acordei, ele estava me olhando.

“Estraven?!”, murmurou fracamente e com espanto.

Então meu coração se alegrou. Pude tranqüilizá-lo e cuidar de suas necessidades; naquela noite ambos dormimos bem.

Acordamos bem dispostos e sentamo-nos para comer. As feridas estavam cicatrizando. Perguntei-lhe o que as tinha causado.

“Não sei; creio que são conseqüência das drogas; vi­viam me dando injeções…”

“Para evitar kemmer? Tomei conhecimento disto por homens que já foram prisioneiros dessas fazendas.”

“Sim. E outras, não sei do que se tratava, se era o soro da verdade. Fizeram-me mal mas continuaram a aplicá-las assim mesmo. O que eles estavam tentando descobrir? O que mais poderia dizer-lhes?”

“Talvez não se tratasse propriamente de um interro­gatório, mas de submetê-lo, subjugá-lo…”

“Submeter-me, como?”

“Tornando-o dócil, viciando-o, por meios forçados, a um dos derivados de orgrevy. Esta prática não é desconhe­cida em Karhíde. Ou talvez eles estejam fazendo uma nova experiência em você e outros. Tenho ouvido falar que eles testam drogas para lavagem cerebral e outras técnicas nos prisioneiros que vivem nas fazendas. Eu duvidava disso quando ouvi falar; agora não duvido mais.”

“Vocês têm essas fazendas em Karhide?”

“Em Karhide? Não.”

Ai esfregava a testa, de modo irritado.

“Eles certamente devem dizer em Mishnory que não existem tais lugares em Orgoreyn, certamente…”

“Ao contrário. Eles se orgulham delas, mostram fil­mes e gravações dessas fazendas voluntárias, onde desvia­dos sociais são reabilitados e onde dão abrigo, ou encarceram, a grupos tribais ‘degenerados’. Eles costumam levar a pessoa a percorrer a Fazenda Voluntária do 1.° Distrito, bem nos arredores de Mishnory; um belo lugar para ser exi­bido, segundo a opinião geral. Se acredita que temos essas fazendas em Karhide, Sr. Ai, está nos ‘supervalorizando’… Realmente, não somos gente sofisticada.”

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