Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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— Quando chegarmos a Karhide…

Seu “quando” não era apenas uma data sem esperança. Ele pretendia chegar a Karhide no 4.° dia do quarto mês de inverno, arhad anner.

Iniciaríamos a jornada no dia seguinte, o 13.° dia do primeiro mês, tormenboi thern. Nossas rações, como ele previa, poderiam ser desdobradas para durar três meses gethenianos, ou seja, setenta e oito dias; assim, iríamos per­correr doze milhas por dia em setenta dias. Tudo já estava predeterminado. Nada mais a fazer a não ser dormir um bom sono.

Partimos ao nascer do sol, com raquetas de neve, sob uma nevasca que caía fina, sem ventos. A superfície das colinas era bessa, macia e ainda não compacta, o que os esquiadores da Terra chamam de neve selvagem. O trenó estava muito pesado; Estraven calculou que o peso total era de mais de trezentas libras. Era duro empurrá-lo naquela neve, embora fosse de tão fácil manejo como um pequeno barco bem construído. As lâminas de deslizar eram verda­deiras maravilhas, revestidas com um polímero que reduzia a resistência a praticamente nada; mas naturalmente isto não adiantava quando ele se atolava todo num montão de neve. Nestas superfícies acidentadas, subindo e descendo aclives e ravinas, achamos melhor um ir na frente, de cabresto, puxando, e outro atrás, empurrando. A neve caiu fina e suave­mente, durante todo o dia. Paramos duas vezes para uma refeição ligeira. Nessa vastidão montanhosa não se ouvia um som. Assim caminhamos todo o dia, e de repente já anoitecera. Paramos num pequeno vale, muito semelhante ao que deixáramos pela manhã, entre colinas cheias de montes de neve. Estava tão cansado que cambaleava, e assim mesmo não acreditava que o dia tivesse acabado. Tínhamos percorrido, pelo marcador do trenó, quase quinze milhas.

Se pudéssemos continuar naquele ritmo, bom para uma neve fofa, estando tão carregados e através de terreno íngre­me, cujas encostas e vales corriam em direção contrária ao nosso caminho, então certamente faríamos melhor no gelo, com a neve endurecida, o terreno plano e uma carga cada vez mais leve.

Minha confiança em Estraven fora mais sob pressão da vontade do que espontânea, mas agora acreditava piamente nele. Estaríamos em Karhide em uns setenta dias.

— Já viajou assim antes? — perguntei-lhe.

— De trenó? Muitas vezes.

— Longas distâncias?

— Já fiz umas cem milhas nos gelos de Kerm, no outo­no, anos atrás.

A parte extrema da Terra de Kerm, ao sul, é uma pe­nínsula montanhosa que se estende para o sul deste semi-continente, e é também, como a parte norte, recoberta de gelo. Os seres humanos do grande continente de Gethen vivem numa estreita faixa de terra entre dois imensos pare­dões brancos. Um decréscimo de oito por cento na radiação solar, eles calculam, levaria essas paredes a se estenderem, juntando-se; não haveria homens nem terras, apenas gelo.

— Para quê?

— Curiosidade; espírito de aventura.

Ele sorriu hesitando:

— O aumento da complexidade e intensidade no cam­po da vida inteligente — disse, citando uma das minhas frases ecumênicas preferidas.

— Ah! Você estava conscientemente ampliando a ten­dência evolutiva inerente ao ser; uma das suas manifesta­ções é o instinto de exploração. — Estávamos ambos muito satisfeitos conosco, sentados na tenda aquecida, bebendo chá quente e esperando que o mingau de germe de kadik ficasse pronto.

— Aí está — falou. — Éramos seis. Todos jovens. Eu e meu irmão de Estre e quatro amigos de Stok. Não havia nenhum objetivo na excursão. Queríamos apenas ver o Teremander, uma montanha imponente que lá existe. Nem todos conseguem vê-la do lado da terra.

O mingau ficou pronto, de qualidade muito diferente daquilo que nos serviam na fazenda de Pulefen; tinha o gosto de castanha assada da Terra e se dissolvia delicio­samente na boca. Totalmente revigorado, benevolente, eu disse:

— A melhor comida que tenho comido em Gethen tem sido sempre na sua companhia, Estraven.

— Não naquele banquete em Mishnory.

— Não, é verdade… Você odeia Orgoreyn, não?

— Poucos orgotas sabem cozinhar bem. Odiar Orgo­reyn? Não; como poderia? Como se odeia ou como se ama um país? Tibe fala muito sobre isto; não tenho esse dom. Conheço gente, conheço cidades, fazendas, montanhas, rios, rochas, sei como, ao entardecer do outono, o sol cai oblíquo sobre certa terra arada nas montanhas; mas qual a finalidade de dar fronteiras a isto tudo, ou dar-lhe um nome e deixar de amar, no momento em que muda de nome? O que é amor ao seu próprio país? O que é ódio ao país do próxi­mo? Não é uma coisa boa. Éapenas amor-próprio? Isto é bom, mas não se deve fazer disso uma virtude ou uma pro­fissão… Da mesma forma que amo a vida, amo as mon­tanhas do domínio de Estre, mas esta espécie de amor não acaba numa linha fronteira de ódio; além do mais, eu sou ignorante, assim espero.

Ignorante sim, mas no sentido do handdara, de ignorar a abstração, agarrar-se firme à coisa real… Havia nesta ati­tude algo feminino, a recusa ao abstrato, ao ideal, à submis­são ao que nos é oferecido, que me desagradava um tanto. Ele acrescentou, porém, com escrúpulo:

— Um homem que não detesta um mau governo é um tolo. E se existisse algo como um bom governo nesta terra, seria uma grande alegria servi-lo. Aí nós nos entenderíamos.

— Conheço um pouco desta alegria — disse eu.

— É, eu já calculava isso.

Enxagüei nossas tigelas com água quente e joguei-a fora da tenda, através da porta que se fechava por pressão de válvula. Estava um breu lá fora; a neve continuava fina e suave, apenas visível no raio da iluminação que refletia da tenda. Gelados, novamente, no interior da tenda, esten­demos nossos sacos de dormir. Ele falou qualquer coisa como “Dê-me as tigelas, Sr. Ai” ou coisa parecida, e re­truquei:

— Vai ser sempre, Sr. Ai, mesmo através das geleiras de Gobrin?…

Olhou-me e riu:

— Não sei como chamá-lo…

— Meu nome é Genly Ai.

— Eu sei. Você usa meu título.

— Também não sei como chamá-lo.

— Harth.

— Então, eu sou Ai. Quem usa nomes próprios?

— Irmãos do mesmo lar ou amigos — disse-me, e estava distante ao dizer isto, fora do alcance, embora esti­vesse a dois pés de mim, numa tenda de oito pés. Sem res­posta. O que é mais arrogante do que a honestidade? Fria­mente, introduzi-me no saco de dormir.

— Boa noite, Ai — disse aquele estranho, e o outro estranho respondeu:

— Boa noite, Harth.

Um amigo. O que é um amigo, num mundo onde qual­quer amigo pode se tornar um amante em determinada fase da lua? Eu não o poderia ser, preso dentro da minha virili­dade. Não seria amigo de Therem Harth, ou de qualquer outro da sua raça. Nem homem nem mulher, nenhum deles e ambos no entanto, cíclicos, lunares, mudando a um toque da mão, eles não eram da minha espécie, da mesma con­formação que eu; não seríamos amigos; não haveria amor entre nós.

Dormimos. Acordei durante a noite e ouvi a neve tamborilando como chuva sobre a tenda. Ao nascer do dia, Estraven estava de pé preparando o desjejum. O dia clareou luminoso. Empacotamos tudo e partimos quando o sol dou­rou a copa dos arbustos raquíticos que bordejavam o vale.

Estraven puxava o trenó pela frente e eu o empurrava pela traseira, segurando o leme. No chão, a neve começava a formar uma crosta, e nas vertentes descendentes, limpas, parecíamos uma dupla de cães de atrelagem, correndo juntos.

Naquele dia, contornamos e depois entramos na flo­resta que margeia a fazenda de Pulefen, floresta de árvores de thore, anãs, grossas, com o tronco nodoso e cheias de estalactites de gelo. Não ousamos tomar a estrada principal para o norte, mas as estradas secundárias para transporte das toras de madeira nos indicavam a direção; e quando as florestas se tornavam ralas de árvores, o caminho ia cla­reando.

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