Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Desde que atingimos Tarrenpeth, havia menos ravinas ou cristas muito íngremes. O marcador de velocidade, ao entardecer, acusava vinte milhas pelo percurso do dia e estávamos menos cansados que na noite anterior.

Um consolo para o inverno, neste planeta, é que os dias permanecem sempre muito claros. O planeta tem pou­cos graus de inclinação ao plano da eclíptica, não suficiente para tornar notável uma diferença de estações nas baixas latitudes. A estação não é um efeito de hemisfério, mas um acontecimento global, o resultado de uma órbita eliptóide.

Na parte mais afastada e de rotação mais lenta da órbita, ao se aproximar e afastar do afélio, há apenas a sufi­ciente perda de radiação solar para perturbar o já instável padrão do tempo, que gela o que já está frio e transforma o verão cinzento e úmido em inverno violento e branco. Mais seco que o restante do ano, o inverno poderia ser mais agradável, não fosse o frio intenso. O sol, quando é visto, brilha muito alto; não existe aquela lenta transição da luz em escuridão como nas capas polares da Terra, onde o frio e a noite chegam juntos. Gethen é um planeta com um in­verno terrível, cortante e luminoso.

Levamos três dias atravessando a floresta de Tarren­peth. No último, Estraven parou e acampou cedo, para colo­car armadilhas. Ele queria apanhar pesthrys. Eles são um dos maiores animais terrestres daqui, do tamanho de uma raposa, vegetarianos e ovíparos, com uma esplêndida prote­ção de pêlos longos cinza ou branca. Ele estava em busca de carne, pois a deles é comestível. Esses animais estavam em migração para o sul em grandes quantidades; eles são tão solitários e de pisadas tão leves que vimos apenas dois ou três, mas as pequenas pegadas deixavam sua marca estre­lada, bem funda, na neve, em cada clareira da floresta, e todas mostravam o rumo do sul. As armadilhas de Estraven se encheram em menos de duas horas. Ele limpou e retalhou seis animais, pendurou a carne para congelar e cozi­nhar um pouco para o nosso jantar aquela noite. Os gethe- nianos não são um povo de caçadores, pois há muito pouco para caçar, nenhum herbívoro de grande porte, assim como carnívoros, mas nos mares os peixes são abundantes. Eles pescam e plantam. Nunca havia visto um getheniano com sangue nas mãos. Estraven olhou para as peles brancas:

— Aqui está o pagamento de uma semana de casa é comida para um caçador e temos que desperdiçar isto.

Estendeu-me uma para apalpar. A pele era tão suave e espessa que nossa mão se enterrava nela. Nossos sacos de dormir, casacos e capuzes eram forrados com essa pele, uma proteção insubstituível para o frio e muito bela de se ver.

— Não me parece digno estragar tão linda pele para se obter um cozido.

Estraven lançou-me seu olhar duro, incisivo e rápido:

— Precisamos de proteína — e atirou fora as peles, que foram devoradas durante a noite pelos russys, uns ferozes animaizinhos, mistos de rato e cobra, que devoraram não só as peles como as entranhas e os ossos, lambendo até os rastros sangüíneos na neve.

Ele estava certo; aliás, estava sempre certo. Havia mais de duas libras de carne comestível em cada animal. Comi minha parte do ensopado e poderia ter comido o resto sem reparar. Na manhã seguinte, quando começamos a subir mon­tanhas, eu sentia o dobro da resistência e força que tivera até então.

Naquele dia, subimos sempre. A nevasca benéfica e o kroxet — um tempo sem ventos cuja temperatura oscila en­tre zero e vinte graus Fahrenheit — que nos tinham acom­panhado até então, protegendo-nos de uma provável perse­guição, agora, infelizmente, se dissolviam numa temperatura acima do ponto de gelo e chuva. Começava a compreender por que os gethenianos se queixam quando a temperatura se eleva no inverno e se alegram quando ela baixa. Na cidade, a chuva é uma inconveniência; para um viajante, uma catás­trofe. Arrastamos o trenó pelos flancos das Sembensyens acima, toda a manhã, debaixo de uma neve encharcada de chuva, feito um mingau gelado e forte. A tarde, nas vertentes escorregadias, a neve já havia sido toda arrastada. Torrentes de chuva, montes de lama e cascalho. Retiramos as lâminas, colocamos rodas no trenó e continuamos a puxar para cima.

Como carroça sobre rodas, ele era um inferno, saltando e emperrando a cada instante. A escuridão chegou antes que tivéssemos encontrado um abrigo qualquer sob penhascos ou uma caverna para instalar a tenda; assim, a despeito de todo o cuidado, as nossas coisas se molharam. Estraven dissera que uma tenda como aquela nos abrigaria bem em qualquer tem­po desde que se conservasse seca por dentro.

— Se você perder muito calor do corpo à noite não dorme bem; para isso é preciso que seus pertences estejam bem secos. Nossa ração está muito curta para nos permitir qualquer esbanjamento. Não podemos contar com a luz do sol para secar nada; assim, temos que ter cuidado para que não se molhem.

Eu escutara e tinha sido sempre muito cuidadoso, evi­tando a neve e a umidade dentro da tenda. Assim, só se for­mava o inevitável vapor d’água decorrente da nossa cozinha, e o emitido por nossos pulmões e poros. Mas esta noite, an­tes que a tenda fosse armada, tudo estava encharcado. Acocoramo-nos junto do fogareiro Chabe, soltando vapor por todo lado, e logo preparamos um guisado de carne quente e sólido, bastante gostoso, para compensar a situação difícil. O marcador de distância acusava apenas nove milhas, igno­rando a dura e penosa ascensão pelos flancos montanhosos.

— Primeiro dia em que fazemos menos que a cota determinada — falei.

Estraven concordou e cuidadosamente partiu um osso para tirar o tutano. Ele tirara suas roupas exteriores e sentou-se em camisa e calções, descalço e de gola aberta. Eu não; sentia muito frio para tirar o casaco, capuz e botas. Ali ficou ele, quebrando osso e comendo tutano, asseado, forte, eter­no. Seu cabelo macio, liso, deixava escorrer a água, como as penas de um pássaro, caindo nos ombros, como das calhas de uma casa, e ele nem reparava. Não se sentia desencorajado. Estraven fazia parte desta natureza.

A primeira refeição de carne me havia dado cólicas intestinais e nesta noite elas pioraram. Fiquei acordado na­quela escuridão encharcada e povoada pelo barulho da chuva sobre a tenda. Na primeira refeição da manhã, ele comentou:

— Você passou uma noite ruim.

— Como sabe?

Ele dormira profundamente, mal se mexia, mesmo quando eu saía da tenda. Dirigiu-me seu olhar duro de novo:

— Que há de errado com você?

— Diarréia.

Ele estremeceu e observou aborrecido:

— Foi a carne.

— Suponho que sim.

— A culpa foi minha, eu devia saber…

— Não se preocupe, está tudo bem.

— Pode viajar?

— Posso.

E a chuva caía, caía. Um vento leste, vindo do mar, conservava a temperatura na casa dos trinta graus, mesmo aqui, a três ou quatro mil pés de altitude. Nunca víamos nada além de um quarto de milha adiante de nós, pois tínha­mos uma cerração acinzentada e torrentes de chuva pela frente. Como as vertentes se erguiam acima de nós, nunca pude ver nada a não ser a chuva caindo. Andávamos orien­tados pela bússola, conservando-nos o tempo todo em dire­ção norte, sempre que os cortes e guinadas das grandes vertentes nos permitiam. As geleiras tinham, outrora, re­coberto essas encostas e há centenas ou milhares de anos elas haviam recuado para o norte. Havia ainda traços delas nas encostas graníticas, longas retas como se fossem canais recor­tados em forma de U. Podíamos deslizar o trenó ao longo dessas ranhuras como se estivéssemos numa estrada. Eu era melhor quando puxava, apoiando-me nos arreios, e o esforço me conservava aquecido. Quando paramos para comer um pouco, ao meio-dia, senti-me doente e gelado; não pude comer nada. Continuamos subindo novamente. A chuva caía ininterruptamente. Estraven parou sob uma grande saliência de rochas negras, no meio da tarde. Armou a tenda antes que eu conseguisse me desatar dos arreios. Ordenou-me que entrasse nela e repousasse.

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