Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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— Tenho aqui comigo o que me pediram para lhe entregar — falei, e dei-lhe o maço de dinheiro envolto em papel metálico que eu colocara sobre a mesa à sua espera. Apanhou-o e agradeceu discretamente. Permaneci de pé e ele, após instantes, ainda segurando o pacote nas mãos, levantou-se. Minha consciência me incomodava, mas não ten­tei apaziguá-la. Queria desencorajá-lo de se dirigir a mim, já que para ele isso significava humilhação; era muito penoso.

Olhou-me diretamente nos olhos. Sua estatura era bem menor que a minha; de pernas curtas e compacto, não era nem mesmo da altura das mulheres da minha raça. Entretanto, quando me olhava, não parecia estar me olhando de uma posição mais baixa. Não o encarei; examinei o rádio que estava na mesa com um ar de interesse abstrato.

— Não se pode acreditar em tudo o que se ouve no rádio, por aqui — disse ele de maneira agradável. — Pare­ce-me que em Mishnory você vai precisar receber algumas informações, e conselhos.

— Creio que há um número bem grande de pessoas que desejam fornecê-los.

— E há segurança em números, hein? Dez é um nú­mero que inspira mais confiança que 1? Desculpe-me. Não deveria estar falando em karhideano, esqueci-me. — E con­tinuou em orgota: — Homens banidos não devem nunca se expressar na sua língua nativa; sai muito carregada de pa­lavras amargas; e esta língua é mais adequada a traidores, creio. Ela desliza pelos lábios como mel… Sr. Ai, quero agradecer-lhe pela gentileza que teve de nos prestar esse serviço. Tanto para mim como para meu velho amigo e kemmering Ashe Foreth. Em nosso nome eu lhe agradeço e posso retribuir-lhe em forma de um conselho. — Parou. Eu me mantive quieto. Nunca o ouvira proferir essa espécie de cortesia dura, mas elaborada. Não tinha a menor idéia do que isso significava. Ele continuou: — O senhor é, em Mishnory, o que nunca foi em Erhenrang. Lá diziam que o senhor era; aqui eles dirão que o senhor não é. O senhor é o instrumento de uma facção. Eu o aconselho a ter cui­dado neste jogo, pela maneira como o estão manobrando. Aconselho-o a descobrir como é a facção inimiga, quem são eles, e nunca deixar que usem sua pessoa, pois eles não vão fazer nada em benefício seu ou de sua missão.

Silenciou. Estava a ponto de lhe pedir para que fosse mais claro quando ele disse:

— Adeus, Sr. Ai. — Voltou-se e saiu.

Fiquei paralisado. O homem era como um choque elé­trico — pegava a pessoa totalmente desprevenida. Ele aca­bara de me tirar toda a satisfação com que havia tomado a minha refeição matinal. Fui até a estreita janela e olhei para fora. A neve tinha rareado um pouco. Era bonito vê-la des­lizando pelo ar em flocos brancos, como a queda das péta­las de uma cerejeira em flor nos pomares do meu país natal, quando.o vento primaveril sopra nas verdes encostas de Borland, onde nasci; na Terra, na quente Terra, onde as árvores ficam carregadas de flores na primavera. De repente, fiquei profundamente abatido e saudoso. Dois anos eu já vivera neste maldito planeta e o terceiro inverno já come­çara antes de o outono ter-se consumado. Meses e meses de um frio incansável, gelado por fora e por dentro até a me­dula, geadas, gelo, vento, chuva, neve, frio… ali isolado, alienígena, sem uma alma em quem confiar. Pobre Genly! Deveria chorar?

Vi Estraven saindo para a rua, uma figura encorpada e escura de encontro ao cinza-pérola da neve. Seu olhar vagou ao redor; ele ajustou o cinto solto do manto — não usava casaco — e desceu a rua, andando com uma ágil e peculiar graça, uma agilidade em todo o seu ser que lhe dava a aparência de ser a única coisa viva em toda Mishnory.

Retornei ao quarto aquecido. Era confortável mas mui­to abafado, com o aparelho de calefação, as cadeiras esto­fadas, a cama recoberta de peles, os tapetes, as cortinas, os abrigos e peliças.

Vesti meu casaco de inverno e saí para dar uma volta e arejar um pouco daquela atmosfera desagradável. Eu teria que almoçar, neste dia, com os comensais Obsle e Yegey e outros que encontrara na noite anterior, e seria apresentado a alguns desconhecidos. Em geral, o almoço é servido numa grande mesa, com as travessas arrumadas; come-se de pé, talvez para não termos a impressão de que passamos o dia todo sentados em torno de uma refeição. Mas esta era uma recepção formal e havia mesas com lugares para se sentar e o cardápio era enorme, com mais de vinte pratos, quentes ou frios, na maioria variações em torno de ovos e pão de maçã. Quando estávamos nos servindo, antes que se forma­lizasse a etiqueta de boa educação que prescrevia conversa de assuntos leves à mesa, Obsle observou-me:

— O comensal chamado Mersen é um espião de Erhenrang e Gaum é um agente reconhecido do Sarf, você já sabe, não?!

Falava despreocupadamente e riu-se como se tivesse feito uma brincadeira, deixando-me para cuidar de seu pra­to. Eu não tinha a menor idéia do que fosse o Sarf.

Quando o grupo começou a se sentar à mesa, um jovem aproximou-se do nosso anfitrião e falou-lhe algo discretamente. Yegey voltou-se logo para nós e disse:

— Novas de Karhide: o filho do Rei Argaven nasceu esta manhã e morreu logo a seguir.

Houve uma pausa silenciosa seguida de murmúrios. Então o jovem Gaum, sorrindo ironicamente, ergueu seu caneco de cerveja e fez um brinde:

— Vida longa a todos os reis de Karhide!

Alguns beberam com ele, mas a maioria não o fez.

— Por Meshe! Rir-se da morte de uma criança! — retrucou um velho gordo sentado ao “meu lado, com suas botas altas em torno das coxas, semelhantes a saias, e a fisionomia carregada de desagrado pelo mau gosto do brinde.

Começou-se a discutir quais dos seus filhos por kemmering o Rei Argaven iria escolher como herdeiro, pois ele já passara dos quarenta e não teria mais filhos carnais; por quanto tempo Tibe continuaria como regente, etc. Alguns achavam que a regência terminaria logo, outros duvidavam disso.

— O que pensa disso, Sr. Ai? — perguntou-me Mer­sen, o tipo que Obsle me identificara como agente de Karhide e, obviamente, uma pessoa da confiança de Tibe. E continuou insistindo: — O senhor acaba de chegar de Erhenrang; o que há de verdade nesses rumores de que Argaven, na realidade, abdicou sem proclamação, entregan­do as rédeas a seu primo?

— Bem, ouvi rumores também sobre isto.

— Pensa que tenham alguma base concreta?

— Não tenho a menor idéia…

Neste ponto, o anfitrião começou a falar do tempo, pois todos já haviam começado a refeição.

Após os empregados terem retirado os pratos e a mon­tanha de restos de assado e conservas, sentamo-nos todos em torno de uma longa mesa e aí foram servidos pequenos cálices de um licor muito forte — aqua-vita. E passaram a me fazer perguntas.

Desde os meus exames feitos pelos médicos e cientistas de Erhenrang, eu não tinha me defrontado com pessoas tão ansiosas em me fazer perguntas. Poucos karhideanos, mesmo entre os pescadores e fazendeiros com quem passara meus primeiros meses, procuraram satisfazer sua curiosidade, que era intensa, por meio de simples interrogatório. Eles eram introvertidos, indiretos, fechados, não gostavam de pergun­tas e respostas. Lembrei-me do que Faxe me dissera quanto a respostas… Mesmo os técnicos haviam limitado suas perguntas estritamente ao campo profissional, tais como a fisiologia do meu ser, funções circulatórias e glândulas nas quais eu diferia enormemente do padrão getheniano. Eles nunca chegaram a perguntar, por exemplo, como a sexuali­dade contínua da minha raça influenciava as instituições so­ciais e como lidávamos com o nosso kemmer permanente. Escutavam quando lhes falava; os psicólogos ficavam aten­tos quando lhes informava sobre a comunicação mental, mas nenhum deles chegou a fazer indagações gerais que lhes possibilitassem uma visão adequada do que fosse uma so­ciedade terrestre ou ecumênica, isto é, com exceção de Estraven.

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