Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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— Não sou embaixador, Sr. Shusgis, apenas um enviado.

— Futuro embaixador, então! Claro! Por Meshe!

Shusgis era um homem sólido e risonho; olhou-me de alto a baixo e riu de novo.

— O senhor não tem a aparência que eu esperava! De modo algum. Diziam que era tão alto como um poste de rua, magro como um guia de trenó, negro como fuligem e de olhos oblíquos! Eu esperava um monstro! Nada disso. Apenas um pouco mais escuro que nós.

— Cor de terra — retruquei-lhe.

— Você estava em Siuwensin na noite do reide? Por Meshe! Em que mundo vivemos! Poderia ter sido morto na travessia da ponte do Ey, após ter cruzado os espaços para chegar aqui! Bem, bem… afinal o temos. Um bocado de gente quer vê-lo, ouvi-lo e recepcioná-lo em Orgoreyn.

Instalou-me, imediatamente, sem discussões, num apartamento de sua residência. Membro importante do governo, homem rico, vivia num estilo de vida que não tinha equiva­lente em Karhide, mesmo entre os senhores dos grandes do­mínios. Sua casa era do tamanho de uma ilha, abrigando cerca de cem empregados, entre serviçais domésticos, funcio­nários, conselheiros, técnicos, etc.; mas não tinha lá parentes nem pessoas ligadas por laços consangüíneos. O sistema de clãs familiares, de lares e domínios, ainda que um tanto ou quanto discernível na estrutura da comensalidade, já tinha si­do “nacionalizado” há várias centenas de anos em Orgoreyn.

Nenhuma criança de mais de um ano de idade vive com seus pais; todos são criados por lares comensais. Não há clas­ses sociais nem títulos transmissíveis à descendência; e heran­ças particulares não são legais. Um homem, ao morrer, deixa sua fortuna ao Estado. Todos começam iguais. Mas obvia­mente não continuam assim. Shusgis era rico e generoso com a sua riqueza. Havia certos luxos em meus aposentos que eu não sabia existir em Gethen, como, por exemplo, um chu­veiro. Havia também um aquecedor elétrico, assim como uma lareira bem abastecida. Shusgis riu-se:

— Disseram-me: mantenha o Enviado aquecido; ele vem de um planeta quente e não pode suportar o nosso frio. Trate-o como se estivesse grávido, ponha peles em sua cama e aquecedores no seu quarto, aqueça sua água de banho e conserve as janelas fechadas. Isto é o bastante? Vai se sentir confortável? Por favor, diga-me o que mais gostaria de ter aqui.

Confortável?! Ninguém, jamais, em Karhide, em qual­quer circunstância, perguntara-me se estava confortável.

— Sr. Shusgis — respondi, emocionado —, sinto-me como se estivesse em casa.

Mas ele não ficou satisfeito enquanto não colocou outro cobertor de pele na cama e mais achas no fogo da lareira.

— Sei como é — disse-me. — Quando estava grávido, não conseguia manter-me aquecido; meus pés eram como pedras de gelo; quase me sentava sobre o fogo, todo o inver­no. Foi há muito tempo, naturalmente, mas bem me lembro!

Gethenianos procuram ter seus filhos cedo; a maioria entre vinte e quatro e vinte e seis anos passa a usar anticoncepcionais e deixa de ser fértil, no lado feminino, aos qua­renta anos. Shusgis já estava nos cinqüenta, daí o seu “há muito tempo”. Era-me difícil imaginá-la como uma jovem mãe! Era um político sagaz, duro mas jovial, cujos atos de consideração serviam aos seus interesses e seu interesse era ele próprio. Seu tipo é universal: ele é encontrado na Terra, em Hain ou em Ollul. Eu o encontraria também no inferno.

— Está muito bem informado quanto à minha aparên­cia e gosto, Sr. Shusgis. Sinto-me lisonjeado. Não pensei que a minha fama me houvesse precedido.

— Não — retrucou —, pelo que vi, eles bem que o poderiam ter enterrado sob a neve, lá em Erhenrang, hein?! Mas deixaram-no ir embora. Foi então que imaginamos que não era apenas um desses lunáticos karhideanos, mas um enviado real.

— Perdão, não estou acompanhando seu pensamento…

— Ora, Argaven e seu séquito o temiam, Sr. Ai. Sen­tiam medo do senhor e queriam vê-lo pelas costas. Medo de que, se o maltratassem ou o silenciassem, houvesse uma revanche, uma incursão vingadora provinda dos espaços side­rais! Por isso não ousaram tocar-lhe. Assim mesmo, tentaram silenciá-lo, porque o temem e temem aquilo que traz para Gethen.

Ele estava sendo exagerado; eu não tinha recebido ne­nhuma restrição ou censura nos noticiários de Karhide, pelo menos enquanto Estraven estava no poder. Mas tive a im­pressão de que, por qualquer motivo, não houvera muitas notícias sobre a minha pessoa em Orgoreyn, e Shusgis con­firmou minhas suspeitas.

— Então, não temem o que eu trago para Gethen?

— Não, não tememos.

— Pois olhe, algumas vezes eu mesmo temo.

Ele riu-se, jovialmente, à minha réplica.

— Não preciso provar minhas palavras continuamente, não sou um vendedor, mas estou oferecendo progresso. Te­mos que nos encontrar como iguais, com uma compreensão mútua, antes que minha missão propriamente dita comece.

— Sr. Ai, há muita gente querendo vê-lo, desde os mandachuvas até os menos importantes; alguns são aqueles com quem está desejando manter contato, pessoas que fazem alguma coisa, que realizam. Eu tive a honra de hospedá-lo porque tenho uma casa grande e também porque sou conhecido como uma espécie de camarada neutro, não um domi­nador, não um alto comensal, ou comerciante, apenas um simples comissário que cumpre com seu dever e não vai expô-lo a comentários sobre com quem e onde se hospedou… — Ele riu e continuou: — Mas isto não impedirá que seja convidado para jantares e almoços, e muitas vezes.

— Estou ao seu inteiro dispor.

— Hoje à noite haverá uma pequena ceia com Vanake Slose…

— Comensal de Kuwera, 3° Distrito, não? Natural­mente, aceitaremos.

Já havia estudado o assunto antes de chegar àquele lu­gar. Ele se alvoroçou com a minha consideração em dignar-me a aprender coisas de seu país. Boas maneiras aqui eram diferentes das de Karhide. Lá, as atenções exageradas que ele me prodigalizava ou teriam rebaixado seu prestígio ou insultariam o meu; eu não estava bem seguro, mas um deles seria atingido.

Eu precisava de roupas para a recepção, pois o meu me­lhor conjunto se perdera no reide em Siuwensin. Assim, naquela tarde, peguei um táxi do governo e fui ao centro comprar um traje orgota. O manto e a camisa eram iguais aos de Karhide, mas em vez de calções de verão eles usavam botas altas até as coxas, frouxas e pesadonas, durante todo o verão. As cores eram vivas, azuis ou vermelhas, o tecido, o corte e a confecção deixavam muito a desejar. Era a pro­dução em massa. O vestuário dava uma amostra daquilo que faltava naquela cidade impressionante e maciça: elegância. Elegância é um preço a mais a pagar em troca de conforto, e eu estava disposto a pagá-lo.

Voltei para a casa de Shusgis e me deliciei com um banho bem quente de chuveiro, cujos jatos vinham de todos os lados como uma ducha estimulante. Lembrei-me das frias banheiras de lata de Karhide, onde eu batia os dentes e tinha calafrios, e da minha bacia com as bordas franjadas pelo gelo, no meu quarto de Erhenrang. Era isto elegância? Viva o con­forto! Vesti meu novo traje vermelho-brilhante e fui condu­zido juntamente com Shusgis no seu carro particular com motorista. Há mais empregados e empregos em Orgoreyn que em Karhide. Isto porque todos os orgotas são funcioná­rios do Estado, o Estado tem que dar emprego para todos e assim o faz. Esta, pelo menos, é a explicação dada e aceita, apesar de a maior parte das explicações que envolvem economia, sob certos aspectos, parecer esconder o ponto prin­cipal.

O salão branco de recepção do Comensal Slose era brilhantemente iluminado e continha uns trinta convidados, três dos quais eram comensais e todos os demais pessoas notáveis, num ou noutro setor. Era mais do que um pequeno grupo de orgotas ansiosos por conhecerem o alienígena. Eu não era uma curiosidade, como havia sido um ano inteiro em Karhide; nem anomalia, nem um enigma; era, assim me parecia, uma chave. Mas que porta eu teria que abrir? Alguns deles tinham uma noção, aqueles que me cumprimentavam efusivamente, mas eu não tinha nenhuma.

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