Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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protestavam por estarem encarcerados num buraco pelos próprios concidadãos, após terem sido caçados e seus lares queimados. Não procuravam encontrar razões para o que lhes sucedia. Os sussurros no escuro, naquele dialeto orgota, sinuoso, suave, que fazia as sílabas karhideanas parecerem foguetes estourando numa lata, foram, pouco a pouco, cessando. Dormiam. Uma criancinha choramingava de vez em quando, chorando ao eco de seu próprio choro.

Quando a porta se abriu, guinchando, já era dia alto. A luz do sol penetrou ofuscante e perfurante como uma faca nos olhos. Eu seguia atrás dos outros mecanicamente, tro­peçando por vezes, quando ouvi chamarem meu nome. Não cheguei a reconhecê-lo de imediato, pois pela primeira vez meu nome era pronunciado com o “1”, corretamente. Al­guém o estava repetindo a intervalos, desde que a porta se abrira.

— Por favor, Sr. Ai, por aqui — disse-me alguém apressadamente. Eu não era mais um refugiado. Fui posto em separado daqueles anônimos com quem partilhara a noite e a falta de identidade. Eu tinha nome conhecido e reconhe­cido; eu existia. Era um alívio, realmente. Segui meu guia alegremente.

O escritório da fazenda comunal local era confuso e desarrumado, mas arranjaram tempo para cuidar de mim, desculpando-se dos desconfortos da noite anterior.

— Não deveria ter escolhido Siuwensin para entrar na comensalidade! — lamentava um inspetor gordo. — Deveria ter usado as estradas de mais fácil acesso!

Eles não sabiam quem eu era ou por que eu deveria receber um tratamento melhor; sua ignorância era evidente, mas isto não fazia diferença. Genly Ai, o Enviado, tinha que ser tratado como uma pessoa que merecia deferências. E assim o foi. Pelo meio da tarde estava a caminho de Mishnory, num carro colocado à minha disposição pelo 8.° Distrito de Homsvashom Oriental. Tinha um passaporte novo, um passe livre para todas as casas de hospedagem no meu ca­minho e um convite telegrafado para a residência, em Mishnory, do Sr. Uth Shusgis, primeiro-comissário de estradas e portos do 1.° Distrito Comensal.

O rádio do pequeno carro funcionava enquanto rodava; assim, atravessei durante toda a tarde as grandes plantações de cereais das terras do leste, sem cercas (pois não há gado) e cheias de riachos, e, ao mesmo tempo, ia prestando atenção ao rádio. Os assuntos transmitidos eram: colheitas, tempo, condições das estradas, avisos para dirigir com cuidado, notícias dos trinta e três diferentes distritos, a produção de várias fábricas, dados sobre fretes marítimos, fluviais e dos portos. De vez em quando se ouvia a transmissão de certos cantos típicos do yomesh e depois, novamente, voltavam a falar do tempo. Era tudo muito ameno, depois das arengas de Erhenrang. Não houve nenhuma menção da invasão de Siuwensin; o governo orgota, evidentemente, procurava abafar o caso, e não exaltar os ânimos. O breve boletim oficial, repetido a intervalos, dizia simplesmente que a ordem estava sendo mantida ao longo da fronteira.

Eu gostava disto; era uma medida tranqüilizadora. Ade­mais, tinha a firmeza calma que eu sempre admirara nos gethenianos. A ordem seria mantida. Sentia-me satisfeito por estar fora de Karhide, uma terra incoerente, empurrada para a violência por um rei paranóico, grávido, e por seu regente, um egomaníaco.

Estava contente por estar dirigindo a vinte e cinco mi­lhas por hora, através dos vastos campos de cereais, sob um céu cinzento, uniforme, em direção à capital cujo governo acreditava em ordem.

A estrada era freqüentemente sinalizada (diferente das estradas de Karhide, nas quais tinha-se que perguntar ou adivinhar o caminho) com setas indicando paradas em tais ou quais estações de inspeção, nas regiões comensais. Nestas espécies de alfândegas a identificação era examinada e qualquer presença registrada. Meus documentos eram válidos para todas as investigações. Após uma demora mínima, era des­pachado, polidamente, e prevenido da distância da próxima casa de hospedagem, caso desejasse comer ou dormir.

A vinte e cinco milhas por hora a distância da vertente norte até Mishnory é considerável e gastei duas noites no percurso. A comida, nestas hospedarias do governo, era in­sossa, mas farta; o alojamento decente, faltando, porém, iso­lamento. Mas, de certo modo, este era dado pelo tom reti­cente dos companheiros de hospedagem. Não travei nenhum conhecimento ou tive uma verdadeira conversa em nenhuma destas paradas, apesar de fazer várias tentativas.

Os orgotas não eram inamistosos, mas faltava-lhes curiosidade; eram incolores, secos, moderados. Eu gostava deles. Tivera dois anos de colorido, paixão e cólera em Karhide. Aquela mudança era bem recebida. Seguindo a margem orien­tal do grande rio Kunderer, cheguei, na minha terceira ma­nhã, a Mishnory, a maior cidade deste país. Sob a luz solar que brilhava tênue entre as pancadas de chuva, era uma cida­de de aparência esquisita: paredes de pedra lisa, com algumas janelas estreitas, bem altas; ruas amplas onde a multidão se fazia minúscula; postes de iluminação altíssimos, tetos pontiagudos como mãos em oração; telhados como os usa­dos em galpões, sobressaindo das casas, dezoito pés acima do solo, como se fossem prateleiras — uma cidade mal propor­cionada, grotesca, à luz do sol. Não fora construída para o sol, mas sim para o inverno. No inverno, com as ruas reco­bertas de neve em camadas grossas, os tetos em aclive com gelo pendente em goteiras caprichosas, os trenós estacionados sob os tetos dos galpões, as estreitas janelas brilhando amarelas através da chuva já carregada de gelo, se evidenciava a beleza daquela cidade, sua adequação, sua economia. Mishno­ry era mais limpa, larga e clara que Erhenrang, mais aberta e mais imponente. Grandes edifícios de pedra branco-amarelada dominavam o ambiente; simples blocos maciços dentro de uma arquitetura uniforme alojavam as repartições e serviços do governo comensal e também os templos mais importantes do culto yomesh, oficializado pelo Estado.

Tudo era simples, grandiosamente concebido e ordena­do. Não havia confusão nem sinuosidades, ao contrário de Erhenrang, que dava a impressão de estar sempre à sombra de algo esmagador e penumbroso. Eu me sentia como se tivesse emergido de uma Idade das Trevas e lastimei ter passado dois anos em Karhide. Este país, sim, parecia pron­to para entrar na era ecumênica. Dirigi-me para o interior da cidade, caminhando um pouco ao acaso, voltei então para o Escritório Regional e fui a pé até a residência do comissá­rio do 1.° Distrito Comensal de Estradas e Portos. Não es­tava bem certo se o convite era uma solicitação ou uma ordem polida. Nusuth. Eu estava em Orgoreyn para falar pelos ecúmenos, e poderia tanto começar por aqui como por qualquer outra parte.

Minhas noções sobre a calma e o controle dos orgotas foram derrubadas pelo Comissário Shusgis, que avançou em minha direção, sorrindo e empolgado. Segurou minhas mãos, num gesto que os karhideanos reservam só para os momen­tos da mais intensa emoção pessoal, sacudiu meus braços para cima e para baixo, como tentando fazer saltar algumas fagulhas do meu motor, e emitiu um cumprimento ao embai­xador do Conselho Ecumênico dos Mundos Conhecidos em Gethen.

Isto foi uma surpresa para mim, pois nenhum dos cator­ze inspetores que haviam revistado meus documentos mostra­ra qualquer sinal de reconhecer meu nome ou os termos “Enviado” ou “Conselho Ecumênico” que, afinal, em Karhi­de, eram vagamente familiares a todos os que eu encontrava. Concluí que Karhide nunca emitira nenhuma comunicação pelo rádio referente à minha pessoa que tivesse alcance para ser captada pelas estações de Orgoreyn. Ao contrário, procuraram conservar-me como um segredo nacional.

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