Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Como em Karhide, não havia nenhum regulamento quanto a deixar o país; assim, tratei de partir logo.

No verão, eu aprendera como Karhide podia ser uma terra agradável para se passear. Estradas e hospedarias eram construídas para as longas caminhadas a pé, bem como para veículos movidos a energia; onde faltasse hospedaria podia-se contar, infalivelmente, com o código de hospitalidade, como se já estivessem esperando nossa chegada.

Eu perambulava pelas terras prodigiosas, situadas entre o Sess e o Ey, sem pressa, ganhando meu sustento nos cam­pos dos grandes domínios, onde faziam a colheita, todas as mãos, ferramentas e máquinas a trabalharem a todo o vapor para que os campos dourados estivessem ceifados antes que o tempo mudasse. Estava tudo dourado, ameno, naquela sema­na de andanças. À noite, antes de adormecer, eu saía das fazendas escuras ou lares com suas lareiras acesas, onde me alojava, e ia andar pelo campo, a olhar as estrelas cintilando como cidades remotas, naquele escuro e ventoso céu outonal.

Eu me sentia realmente relutante em deixar esta terra que havia achado tão indiferente ao Enviado, mas tão gentil ao estrangeiro. Temia começar tudo de novo, repetir minhas notícias em nova língua para novos ouvidos, e talvez falhar outra vez. Caminhava mais para o norte que para oeste, justificando minha curiosidade em conhecer o vale do Sinoth, o foco da rivalidade entre Karhide e Orgoreyn. Apesar de o tempo se manter constante e limpo, começava a ficar frio. Finalmente, dirigi-me para oeste, antes de alcançar Sassinoth, lembrando-me que havia uma cerca nesta parte da fronteira e eu talvez não pudesse sair tão facilmente de Karhide por este local. Aqui a fronteira passava pelo rio Ey, estreito, mas caudaloso, nutrido pelas geleiras, como todos os rios do grande continente. Caminhei para o sul umas tantas milhas para achar uma ponte e cheguei a uma, ligando dois vilarejos: Passerer, no lado de Karhide, e Siuwensin, em Orgoreyn. As localidades se contemplavam sonolentas, de cada lado do barulhento Ey.

O guarda da ponte perguntou-me apenas se pretendia voltar naquela noite e acenou-me adeus quando parti. No lado de Orgoreyn, no lado orgota, um inspetor foi chamado para conferir meus papéis e levou nisso mais de uma hora. Re­teve meu passaporte dizendo para ir buscá-lo na manhã se­guinte. Deu-me, no seu lugar, um vale para refeições e alo­jamento na Casa dos Forasteiros, do comensal de Siuwensin.

Demorei-me mais outra hora no escritório do superintendente da Casa dos Forasteiros enquanto este lia meus documentos e conferia a autenticidade do visto, telefonando para o inspetor da estação da fronteira, justamente por onde eu acabara de passar.

Não posso definir bem a palavra orgota aqui traduzida por “comensal” e “comensalidade”. Na sua raiz está uma palavra que significa “comer junto”, Seu uso inclui todas as instituições nacionais e governamentais de Orgoreyn, desde o Estado como um todo, através dos seus trinta e três sub-estados confederados ou distritos, até as províncias, cidades, fazendas comunais, minas, fábricas, etc. Como um adjetivo, se aplica a tudo isto. Quanto à forma “os comensais”, ela geralmente serve para designar os trinta e três membros de cada distrito que formam o corpo governante executivo e legislativo da grande comensalidade de Orgoreyn; mas também pode significar os cidadãos, o povo propriamente dito. Nesta curiosa falta de distinção entre o geral e o específico, na acepção da palavra e no seu uso, tanto para o todo como para as partes específicas, o Estado e o indivíduo, nesta im­precisão e generalização, é que reside sua exata significação.

Meus papéis e minha pessoa foram, afinal, liberados e na 4. ahora tomei minha primeira refeição, desde o desjejum- almoço, muito cedo: uma ceia de mingau de kadik e fatias finas de pão de maçã.

A cidade era muito pequena para aquela multidão de funcionários. A Casa Comensal era menor que seu nome. A sala de jantar tinha uma mesa, cinco cadeiras e nenhuma lareira. O alimento vinha da pensão do vilarejo. A outra sala era o dormitório: seis camas, um bocado de poeira, um pouco de mofo. Eu estava só. Como todos pareciam ter ido para a cama logo após a ceia, fiz o mesmo. Adormeci naquele silêncio profundo do campo em que se ouvia o próprio zunido dos ouvidos. Dormi uma hora e acordei de repente, nas garras de um pesadelo de explosões, morte e conflagração. Era um sonho mau, daquela espécie em que você desce correndo uma rua estranha, no escuro, com um bando de desconhe­cidos, enquanto casas se incendeiam atrás e as crianças cho­ram e gritam. Levantei-me correndo e acabei dando por mim no campo aberto, num terreno já devastado, ao lado de uma sebe escura. A meia-lua vermelho-escura e algumas estrelas apareciam entre as nuvens. O vento estava pene­trantemente frio. Perto de mim, um grande estábulo ou celeiro se avolumava no escuro e a distância pude ver bolas de fogo e fagulhas subindo, levadas pelo vento. Estava des­calço e de pernas nuas, só com camisa, sem calções nem casaco ou manto. Mas meu embrulho estava comigo; conti­nha uma muda de roupa e o audisível, pois eu os usava como travesseiro quando viajava. Evidentemente eu me agarrava às minhas posses, mesmo dormindo. Peguei os sapatos, os calções e o manto de inverno forrado de pele e vesti-me, ali na escuridão e no frio do campo silencioso, enquanto Siuwensin se consumia no fogo, meia milha atrás. Procurei, depois, achar uma estrada e breve a encontrei, cheia de pessoas refugiadas como eu, mas que sabiam para onde se dirigir. Eu os segui, sem saber que caminho tomar. Sabia que devia me afastar de Siuwensin e na caminhada consegui informar-me de que os habitantes do lado de Passerer haviam efetuado um reide de pilhagem. Invadiram, puseram fogo em tudo e recuaram; não tinha havido luta. De repente, perto de nós, luzes cintilaram na escuridão e vimos uma fila de uns vinte veículos se dirigir para Siuwen­sin em alta velocidade, passando por nós com um relâmpago de luz e um chiar de rodas. Depois o silêncio e a escuridão de novo.

Acabamos chegando a uma fazenda comunal, onde fo­mos detidos e interrogados. Procurei ligar-me ao grupo com quem tinha vindo pela estrada; mas foi uma tentativa infeliz, pois eles também não haviam levado consigo seus papéis de identificação… Como estranhos sem passaportes, fomos separados do resto do rebanho e recebemos alojamento separa­do, onde teríamos que passar a noite: um celeiro, uma vasta adega de pedra sem janelas, onde fomos trancados por fora.

De vez em quando a porta era desaferrolhada e um novo refugiado era atirado lá dentro por um policial-fazendeiro, armado com a pistola sônica.

De portas fechadas, a escuridão era absoluta. Alguns olhos, cansados do negrume da cela, emitiam cintilações e faíscas rodopiantes no escuro. Fazia frio e o ar estava satu­rado de poeira e cheiro de cereal. Ninguém possuía uma lanterna de mão, pois aquela gente, como eu, fora arrancada de seus leitos. Um par estava praticamente nu e alguém lhes forneceu cobertores para se cobrirem. Nada possuíam; se tivessem podido levar alguma coisa, teriam levado seus pa­péis. Melhor estar nu do que sem documentos em Orgoreyn.

Ficaram todos sentados de maneira dispersa na escuri­dão. Alguns conversavam um pouco em voz baixa. Ninguém demonstrava qualquer sentimento de companheirismo em relação aos outros. Não havia queixas, propriamente. Ouvi um murmúrio ao meu lado:

— Eu vi aquele, do lado de fora de minha porta. Sua cabeça estava estourada.

— Eles usam aquelas espingardas que explodem peda­ços de metal. Espingardas de caça.

— Tiena disse que eles não eram de Passerer, mas de Ovord; vieram de caminhão.

— Mas não há disputa entre Ovord e Siuwensin…

Eles não compreendiam, mas não se queixavam, não

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