Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Há facetas da ambissexualidade que apenas podemos entrever ou imaginar, mas que não chegamos a compreender completamente. Este fenômeno de kemmer fascina a todos os investigadores, naturalmente. Mas, nos gethenianos, ele os domina. A estrutura de sua sociedade, a administração da indústria, agricultura, comércio, o assunto de suas histórias, tudo é organizado para se ajustar a essa oscilação cíclica do somer e do kemmer. Todos têm seu feriado uma vez por mês; ninguém, não importa a posição social, é obrigado ou forçado a trabalhar quando em kemmer. A entrada nas casas de kemmer não é proibida a pessoa alguma, seja pobre ou forasteiro. Tudo recua diante do tormento e alegria dessa paixão, sempre a repetir-se. Isto é fácil de compreender. O que é difícil de aceitar é que durante quatro quintos do tempo essa gente não tem motivação sexual alguma. Há lugar para o sexo, muito mesmo, mas lugar à parte.

A sociedade de Gethen, no seu funcionamento normal e na sua continuidade, é assexuada.

Considerações: (1) Qualquer um pode assumir qualquer gênero. Parece simples, mas os efeitos psicológicos são incalculáveis. O fato de todos, entre dezessete e trinta e cinco anos, estarem sujeitos à gravidez implica que ninguém, psicológica ou fisicamente, é completamente mulher, inteiramente submissa a essa condição, como o é em outros lugares. As tarefas são, bem como os privilégios, partilhadas de maneira igual. Todos correm o mesmo risco ou têm a mesma possi­bilidade de escolher. E, sendo assim, ninguém é tão livre como qualquer macho o é nas outras sociedades. (2) Uma criança não tem relacionamento psicossexual com a mãe ou com o pai. Não há complexo de Édipo no planeta Inverno. (3) Não existe sexo sem consentimento; portanto, não há estupro. Como na maioria dos mamíferos — exceto o homem —, a relação sexual só pode ser efetuada por mútua aceitação e consentimento; de outra forma não é admissível. Há sedução, sim, mas muito bem calculada. (4) Não há divisão da huma­nidade em fortes e fracos, protetores e protegidos, domina­dores e submissos, senhor e escravo, ativo e passivo. Aqui em Gethen a tendência ao dualismo que se infiltra no pen­samento humano é muito mais enfraquecida, ou assume outra forma.

Nas minhas conclusões finais deve ser incluído o se­guinte: quando você encontra um getheniano não pode nem deve fazer o que faz um bissexual, isto é, classificá-lo ou rotulá-lo de homem ou mulher, e adotar uma atitude condi­cionada a isso — uma atuação que resulta do papel que fazemos ao pertencermos ou não ao mesmo sexo. O nosso padrão de interação sócio-sexual aqui é inexistente. Eles não sabem jogar deste modo. Eles não se vêem como homens ou mulheres. Isto é quase impossível de ser aceito por nossa imaginação. Pois qual é a primeira pergunta que fazemos a respeito de um recém-nascido?

Por outro lado, não podemos pensar neles como pessoas neutras. Não o são. Eles são, em potencial, masculinos e femininos, ou seja, seres integrais, com o duplo aspecto. Na falta de uma nomenclatura humana para designá-los, quando em somer procuro usar o pronome ele, da mesma forma que é usado para designar Deus. É menos definido, menos espe­cífico que o neutro ou feminino. Mas o uso do pronome me conduz, continuamente, a esquecer que o karhideano que está ao meu lado não é um homem e sim homem-mulher.

O primeiro móbile que aqui chegar deve ser prevenido de que, a não ser que seja muito autoconfiante ou senil, seu orgulho será afetado. O homem gosta de ver sua virilidade admirada, como a mulher gosta de ser apreciada por sua feminilidade, não importa quão indiretas e sutis sejam as indicações de atenção e apreciação. Em Inverno isso não existe. A pessoa é respeitada e julgada tão-somente como um ser humano neutro. É uma experiência espantosa.

Voltando à minha teoria: observando os motivos de tal experiência, se é que houve alguma, e tentando, talvez, des­culpar nossos ancestrais hainianos da culpa de barbarismo por tratar vidas humanas como objetos, fiz algumas suposi­ções referentes ao que eles estavam tentando obter.

O ciclo de somer-kemmer parece-nos degradante, uma volta ao ciclo dos mamíferos inferiores em cio, uma sujeição de seres humanos a um imperativo mecânico do sexo. É pos­sível que os experimentadores desejassem ver se seres huma­nos, sem uma potência sexual contínua, conservar-se-iam inteligentes e capazes de cultura.

Por outro lado, a limitação do impulso sexual a uma fração de tempo descontínua e a sua equalização em androginia podem ser uma tentativa de evitar, em grande escala, tanto a exploração como a frustração do impulso. Deve haver frustração sexual — embora a sociedade se previna como pode contra isto; desde que a sociedade seja bastante nume­rosa para que haja sempre pessoas em kemmer, a realização sexual completa é sempre certa —, mas pelo menos ela não cresce: acaba quando o kemmer também termina. Bem, então eles são poupados de muita loucura e esbanjamento. Mas o que resta? O que existe para sublimar? O que realizaria uma sociedade de eunucos? Mas, naturalmente, não são eunu­cos; no somer são comparáveis a pré-adolescentes; não cas­trados, mas latentes.

Outra suposição quanto ao objetivo desse hipotético experimento: a eliminação da guerra. Os antigos hainianos pos­tulavam que a capacidade sexual contínua e a agressão social organizada são atributos de apenas um mamífero, o homem. Serão causa e efeito?

Ou, como Tumass Song Angot, consideravam ser a guer­ra uma atividade puramente masculina, um estupro coletivo, e assim, nesta experiência, eliminariam a masculinidade que violenta e a feminilidade que é violentada? Só Deus sabe.

A verdade é que os gethenianos, altamente competitivos (como provam os canais existentes para a competição e o prestígio social, etc.), parecem não ser muito agressivos; pelo menos, talvez aparentemente, nunca tiveram o que se chamaria guerra. Eles se matam facilmente uns aos outros, ou aos pares, raramente em grupos de dez ou vinte, jamais às centenas ou aos milhares. Por quê?

Pode ser que isso nada tenha a ver com sua psicologia de andróginos. E tem-se que considerar, também, o clima. O tempo em Inverno é tão impiedoso, tão próximo ao li­mite da tolerância, mesmo para eles, com toda a sua adapta­ção ao frio, que talvez desgastem o espírito combativo lutan­do contra as intempéries. Os povos marginais, as raças que conseguem sobreviver, raramente são as dos guerreiros. E, afinal, o fator dominante na vida getheniana não é sexo, nem outra coisa humana — é seu ambiente, seu mundo gelado. Aqui o homem tem um inimigo mais cruel que ele próprio.

Eu sou uma mulher do pacífico Chiffewar e não uma técnica na natureza da guerra ou nas violências. Alguém terá que pensar melhor sobre isto. Mas realmente não vejo de que alguém possa se vangloriar após ter passado uma estação gelada no planeta Inverno e ter visto a face do gelo.

VIII

O espectro de Estraven

Passei o verão mais como um investigador que como móbile, percorrendo as terras de Karhide, de cidade em cida­de, de domínio em domínio, observando e escutando — coisas que um móbile não pode fazer logo de início, enquanto ele ainda é uma maravilha e uma monstruosidade, tendo de estar sempre em exibição e pronto para representar. Eu con­fessava aos meus hospedeiros, nessas zonas rurais e nos vila­rejos, quem eu era; a maioria já tinha ouvido falar a meu respeito pelo rádio e tinha uma vaga idéia do que eu era. Alguns eram mais curiosos que outros. Às vezes assustavam-se com a minha presença ou mostravam uma repulsão xenofóbica. Um inimigo, em Karhide, não é o estrangeiro, o forasteiro. O estrangeiro que chega, desconhecido, é um hós­pede. O inimigo é o vizinho.

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