Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Numa tarde chuvosa do último dia de verão, Yegey mandou-me buscar e fui ao seu gabinete, onde o encontrei conversando com o comensal do distrito de Sekeve, Obsle, que eu conhecera quando chefiava a missão comercial da Marinha orgota, em Erhenrang. Baixo e encurvado, com pequenos olhos triangulares num rosto gordo e achatado, fazia uma dupla estranha com Yegey, ossudo e delicado. Eram, porém, mais do que isso: eram dois dos trinta e três mem-bros que governavam Orgoreyn. E, quem sabe, outras coisas mais, além disso.

Trocamos cumprimentos e bebemos um trago de aqua-vita de Sithish. Aí, tomando fôlego, Obsle me disse:

“Agora, me conte, por que você agiu daquele modo no caso Sassinoth, Estraven? Se há uma pessoa incapaz de errar no cálculo da hora precisa de agir ou na avaliação da shifgrethor, essa pessoa é você.

“O medo sobrepujou a cautela, comensal.”

“Medo de quê, diabos?! De que você tem medo, Es­traven?”

“Do que está acontecendo agora, a continuação desta luta pelo poder no vale do Sinoth, a humilhação de Karhide e a raiva que brota da humilhação — e o uso desta raiva pelo governo de Karhide.”

“Uso? Com que fim?”

Obsle era grosseiro. Yegey, delicado, mas abespinhado, interrompeu:

“Comensal, Lorde Estraven é meu hóspede e não pre­cisa ser submetido a um interrogatório.”

“Lorde Estraven responderá às perguntas quando achar que deve, como sempre fez”, disse Obsle rindo, mas com a alfinetada escondida nas pregas gordurosas do sorriso. “Ele sabe que está entre amigos.”

“Eu busco os amigos onde os encontro, comensal, mas não espero conservá-los por muito tempo.”

“Sei disso. Entretanto, podemos empurrar juntos um trenó sem sermos kemmering, como dizem em Eskeve, não é? Com mil demônios! Eu sei a razão por que você foi exi­lado, meu caro. . . por amar Karhide mais que ao seu rei.”

“Melhor gostar do rei do que de seu primo, não?”

“Ou gostar de Karhide mais do que de Orgoreyn”, completou Yegey. “Estou enganado, Lorde Estraven?”

“Não, comensal.”

“Você pensa”, disse Obsle, “que Tibe deseja governar Karhide eficientemente, como o fazemos em Orgoreyn?”

“Sim. Tibe, usando a disputa do vale do Sinoth como um aguilhão, e afiando-o de vez em quando, pode, em um ano, executar grandes mudanças em Karhide, que os últimos mil anos não viram. Ele já tem um modelo em que se basear: o Sarf. E ele sabe como manobrar os temores de Argaven. Isto é mais fácil do que despertar a coragem de Argaven, como tentei. Se Tibe conseguir, os senhores verão que têm um inimigo à sua altura.”

Obsle concordou; Yegey disse:

“Eu abro mão ao shifgrethor.”

“Aonde você quer chegar, Estraven?”

“Nisto: este continente pode conter dois Orgoreyns?”

“Ai, ai, ai… o mesmo penso eu”, acrescentou Obsle. “Você meteu isso na minha cabeça há muito tempo, Es­traven, e eu nunca consegui arrancar do meu pensamento. Nossa sombra se projeta cada vez mais — vai cobrir Karhide também. Uma disputa entre dois clãs, sim; uma linha entre duas cidades, admito; uma disputa de fronteiras e alguns incêndios e assassinatos, está certo. Mas uma disputa entre nações? Uma rixa que envolva cinqüenta milhões de almas? Oh, pelo doce leite de Meshe, isto é uma visão que tem perturbado meu sono, algumas noites, e faz-me acordar suando… Não estamos seguros, não mesmo! Você sabe disso, Yegey; você já disse isso, inúmeras vezes, a seu modo.”

“Já votei treze vezes contra a pressão sobre a disputa do vale do Sino th. Mas no que deu? A facção dominante tem vinte votos a seu dispor e cada ação de Tibe fortalece o controle do Sarf sobre os vinte. Ele constrói uma cerca no vale, coloca guardas nela, armados com fuzis de caça — fuzis de caça! Pensei que eles já estivessem guardados em museus. Ele alimenta a facção dominante com o desafio sempre que precisa de um.”

“E assim fortalece Orgoreyn. Mas também Karhide. Cada resposta que vocês dão às suas provocações, cada hu­milhação que fazem Karhide sofrer, cada êxito do seu pres­tígio, vai fazer Karhide cada vez mais forte, até que se torne seu igual — tudo sob o controle de um único centro como Orgoreyn. E, em Karhide, os fuzis de caça não estão em museus, são usados pela guarda real.”

Yegey preparou outro copo de aquavita. Os orgotas nobres bebem esse fogo precioso, trazido dos longínquos mares enevoados de Sith, como se fosse cerveja. Obsle enxu­gou a boca, piscando os olhos.

“Bem”, disse afinal, “tudo é como sempre pensei e como ainda penso. Acho que temos um trenó para empur­rarmos juntos, mas tenho uma pergunta a fazer antes de estarmos atrelados a ele. Diga-me agora: o que foram todas essas coisas obscuras, confusas e disparatadas sobre um envia­do do lado oposto da Lua?”

Ah, pensei, então Genly Ai havia também requerido permissão para entrar em Orgoreyn…

“O Enviado?! Ele é o que diz ser.”

“E isto quer dizer…”

“Um enviado de outro mundo…”

“Pare com suas malditas metáforas de karhideano, Es­travem Desisto de shifgrethor. Quer me responder?”

“Já o fiz.”

“Ele é um alienígena?”, disse Obsle, seguido de Yegey.

“E obteve audiência com o Rei Argaven?”

Respondi afirmativamente a ambos. Ficaram silenciosos por um momento e depois puseram-se a falar ao mesmo tem­po, sem ocultar seu enorme interesse:

“Que parte ele desempenhava nos seus planos? Você apostou nele, parece, e perdeu. Por quê?”

“Porque Tibe passou-me uma rasteira. Eu tinha os olhos nas estrelas e não olhei mais para a lama onde cami­nhávamos.”

“Você se dedicou à astronomia, meu caro?”

“Seria melhor se todos nós nos dedicássemos a ela, Obsle.”

“Este enviado representa uma ameaça para nós?”

“Creio que não. Ele traz a oferta de seu povo, nada mais: comunicação, comércio, tratados e alianças. Veio só, sem armas ou defesa, sem nada a não ser um pequeno apa­relho de comunicação e sua nave. Ele permitiu que fizéssemos exame completo nela. Ele não deve ser temido. Entretanto, em suas mãos vazias, ele traz o fim do reino e da comensalidade.”

“Por quê?”

“Como vamos lidar com estranhos, a não ser como irmãos? Como Gethen pode tratar com uma união de oitenta mundos, a não ser como um só mundo?”

“Oitenta mundos?!” exclamou Yegey, e riu amarelo.

Obsle olhava-me de esguelha e acrescentou:

“Imagino que você conviveu tanto com aquele louco do palácio real que acabou igual a ele… Por Meshe! Que baboseira é esta de alianças com sóis e tratados com luas? Como o cara chegou aqui? Na cauda de um cometa? Montado num meteoro? Numa nave? Que espécie de nave flutua no ar, nos espaços vazios? Estraven, você não está mais louco do que sempre esteve, isto é, inteligente e sabiamente louco. Todos os karhideanos são insanos. Conduza-me, meu senhor, eu o seguirei! Adiante!”

“Não pretendo ir a lugar algum, Obsle. Para onde posso ir? Você, entretanto, pode. Se você acompanhasse o Enviado um pouco, ele poderia mostrar-lhe outro caminho, fora do vale do Sinoth, fora desta diabólica aventura em que estamos todo envolvidos.”

“Muito bem; vou retornar à astronomia na minha ve­lhice. Com que objetivo?”

“A grandeza. Se você caminhar mais sabiamente do que eu. Senhores, eu estive com o Enviado, examinei a nave que cruzou o espaço e sei que ele é, verdadeiramente, o mensageiro de algo fora desta terra. Quanto à honestidade da sua mensagem e à verdade das descrições deste além, não há como comprovar; pode-se julgar, apenas, como se julga um homem. Se ele fosse um dos nossos, eu diria que ele é um homem decente. Mas isto vocês poderão avaliar pessoal­mente, talvez. Entretanto, uma coisa é certa: na sua presença, as linhas que marcamos na terra não são limites nem defesa. Há um desafio maior que Karhide, nas portas de Orgoreyn. O homem que enfrentar este desafio, que primeiro abrir as portas da nossa terra, será o líder de todos. Tudo: os três continentes, toda a terra. Nossa fronteira, agora, não é uma linha entre duas colinas, mas a linha que nosso planeta faz em torno do sol. Colocar todo seu prestígio numa causa me­nor é uma coisa tola, no momento.”

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