Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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A ocasião tinha amadurecido, talvez. Embora seu avan­ço material e tecnológico tivesse sido vagaroso, por pouco que dessem valor ao “progresso” por si mesmo, eles tinham conseguido chegar, nestes quinze séculos, um pouco adiante da natureza.

Não estavam mais à mercê de sua impiedosa tempera­tura, de modo algum; uma colheita má não dizimava de fome uma província inteira, nem um inverno pesado isolava mais as cidades. Nesta base de estabilidade material, Orgoreyn criara um Estado centralizado, unificado e altamente compe­tente. Agora Karhide estava reunindo suas forças e fazendo o mesmo, e a maneira de consegui-lo não era pela exaltação do orgulho cívico, nem pela melhoria do comércio, nem mesmo melhoria das estradas, fazendas, colégios, etc. Não, nada disso. Tibe considerava tudo isto civilização, verniz, e os repudiava com desprezo. Estava procurando algo mais seguro e o mais rápido e eficiente meio de transformar povos em nações: a guerra. Suas idéias sobre o assunto poderiam não ser bem definidas, mas eram bastante firmes.

O outro processo rápido e total de se mobilizar povos é através de uma nova religião. Nenhuma estava, entretanto, à sua disposição. Ele, então, usaria a guerra.

Enviei a Tibe uma nota na qual citava a pergunta que fizera aos áugures de Otherhord e a resposta que eles me haviam dado. Tibe não respondeu. Fui então à embaixada de Orgoreyn e requeri permissão para minha entrada no país.

Havia menos pessoas nos escritórios dos estábiles ecúmenos em Hain do que nas embaixadas dos pequenos países, e todos eles armados com milhares de fitas virgens e grava­das. Eles eram vagarosos, meticulosos; não havia aquela desleixada arrogância e tortuosidade inesperada que caracte­rizavam os membros do governo de Karhide. Enquanto eles preenchiam os formulários, eu aguardava.

A espera foi demorada e desconfortável. O número de guardas do palácio e da polícia nas ruas de Erhenrang pare­cia se multiplicar dia a dia; estavam armados e já usavam uma espécie de uniforme. O ambiente da cidade era desolado, embora os negócios fossem bons, a prosperidade, geral e o tempo, belo. Ninguém queria nada comigo. Meu senhorio já não exibia mais meu quarto, mas queixava-se de ser mo­lestado pelo “pessoal do palácio”, e me tratava não mais como uma pessoa de categoria invejável, mas como um sus­peito político.

Tibe fez um discurso sobre uma incursão armada no vale do Sinoth: “Esses fazendeiros valentes de Karhide, ver­dadeiros patriotas”… que haviam atravessado a fronteira ao sul de Sassinoth, atacado e incendiado uma aldeia orgota, matando camponeses, e depois arrastado os cadáveres e jo­gado no rio Ey. “Tal túmulo”, continuou o regente, “é que todos os inimigos da nação vão encontrar!” Ouvi esta ameaça na sala de almoço de minha ilha.

Muitas pessoas pareciam carrancudas, outras desinteres­sadas, algumas satisfeitas, mas nesta variedade de expressões havia um elemento comum, um pequeno tique, uma contra­ção facial que até então não percebera neles: a presença da ansiedade.

Naquela noitinha, um homem veio ao meu quarto. Meu primeiro visitante desde que eu voltara. Era esbelto, pele suave e modos tímidos; usava o colar dourado dos áugures ou dos celibatários.

— Eu sou um amigo daquele que o protegeu… — ele se apresentou, com a brusquidão peculiar dos tímidos. — Vim lhe pedir um favor, em benefício dele.

— Quer dizer Faxe?

— Não. Estraven.

Minha expressão solícita deve ter mudado. Houve uma pausa silenciosa após a qual ele falou:

— Estraven, o traidor. Você se lembra dele?

A raiva tinha substituído a timidez e ele ia usar do seu prestígio comigo. Se quisesse me divertir dir-lhe-ia algo assim: “Não estou bem certo, fale-me dele”. Mas eu não queria brincar; estava bastante acostumado ao temperamento vulcânico dos karhideanos. Retruquei-lhe então:

— Certamente que me lembro!

— Mas… não com amizade… — Seu olhar era di­reto e penetrante.

— Bem — respondi —, com muita gratidão e desapontamento também. Ele pediu-lhe que me procurasse?

— Não.

Nova pausa, e esperei uma explicação.

— Desculpe-me; eu me enganei. Creio que um julga­mento errôneo me tenha trazido aqui.

Tentou encaminhar-se para a saída, mas barrei-lhe os passos.

— Por favor, espere. Não sei quem é você nem o que quer de mim. Deve-me permitir o direito de uma cautela razoável; afinal, Estraven foi exilado por apoiar a minha mis­são aqui.

— Você se considera em dívida com ele por este fato?

— Bem, de certa maneira, sim. Entretanto, a missão de que estou incumbido sobrepuja qualquer dívida ou leal­dade pessoais.

— Sendo assim — disse o estranho com um certeza impetuosa —, é uma missão imoral.

Esta observação me deteve. Ele parecia um advogado do Conselho Ecumênico, e nada me ocorreu para dizer-lhe.

— Não creio que seja — retruquei-lhe finalmente; e continuei: — O defeito não está na missão ou mensagem, como querem alguns; mas no mensageiro. Mas, por favor, diga-me em que posso servi-lo.

— Tenho em meu poder uma certa quantia em dinheiro que pude reunir do naufrágio da fortuna do meu amigo. Sa­bendo que está se dirigindo para Orgoreyn, pensei que talvez pudesse levar e entregar-lhe o dinheiro; claro, se você o encontrar. Como não desconhece, está sujeito a punição se for apanhado. Não sei mesmo se vale a pena… Ele pode estar em Mishnory ou numa de suas malditas fazendas, ou, quem sabe, até mesmo morto. Não tenho meios para desco­brir; mas tenho amigos lá, e aqui nem ouso perguntar. Pensei em você por estar acima da politicagem, livre para ir e vir para onde lhe aprouver. Bem, não parei para pensar que tem, também, sua política pessoal. Peço-lhe desculpas por minha imbecilidade.

— Bem, levarei o dinheiro para ele. Se estiver morto ou não puder encontrá-lo, a quem devo devolvê-lo?

Ele me encarou. Suas feições se transformaram e co­meçou a chorar, pois os karhideanos choram facilmente, não tendo vergonha das lágrimas, bem como do riso.

— Obrigado. Meu nome é Foreth. Sou residente do Mosteiro Orgny.

— Você é do clã de Estraven?

— Não. Fui seu kemmering; meu nome é Foreth rem ir Osboth.

Estraven não tinha kemmering quando eu o conheci, mas este jovem que estava à minha frente não me inspirava nenhuma suspeita. Ele poderia estar a serviço de alguém, mas era autêntico. E acabara de me dar uma lição: que prestígio também pode ser jogado em nível de ética e que o mais hábil pode ganhar. Havia me tocado em dois pontos.

Entregou-me uma valiosa quantia em notas de crédito dos Mercadores Reais de Karhide, nada que me incriminasse e também nada que pudesse me impedir de gastá-la, se quisesse.

— Se você o encontrar… — parou no meio da frase.

— Uma mensagem?

— Não; mas se eu fosse informada…

— Se eu o encontrar, procurarei enviar notícias dele para você.

— Obrigado — disse e estendeu as mãos para mim, o que é um gesto de grande amizade por parte de quem o faz. Os karhideanos não o fazem facilmente.

— Desejo-lhe sucesso na sua missão, Sr. Ai. Ele sabia que o senhor veio aqui para o bem, eu sei. Estraven acredita­va firmemente nisto. — Não havia nada no mundo para este homem afora Estraven. Ele era um daqueles que estão condenados a amar uma só vez na vida. Disse-lhe novamente:

— Nenhuma palavra sua que eu possa levar a ele?

— Diga-lhe que as crianças estão bem… — Então hesitou e sussurrou: — Nusuth, não importa — e me deixou.

Dois dias depois tomei a estrada, abandonando Erhenrang; desta vez a estrada noroeste, e a pé.

Minha permissão de entrada em Orgoreyn tinha vindo muito antes do esperado, pelos funcionários da embaixada; quando fui buscá-la, me trataram com uma espécie de res­peito envenenado, sentindo que os protocolos e regulamentos tinham sido postos de lado por alguém de prestígio para me facilitar a entrada.

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