Arthur Clarke - O Fim da Infância

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O Fim da Infância de Arthur Clarke, é um dos outros clássicos da ficção científica e muitos inclusive o consideram a obra-prima de Clarke pela sua visão da humanidade. O livro pertence a uma era mais antiga do seu gênero e, embora contenha alguns elementos datados, permanece suficientemente atual para despertar a curiosidade do leitor moderno. Embora não tenha recebido nenhum dos grandes prêmios da ficção científica, esse fato pode ser justificado pela sua data de publicação, que antecede alguns desses prêmios. Ainda assim, é um livro que freqüentemente aparece em listas das grandes obras de todos os tempos do seu gênero.

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Talvez esses problemas puramente físicos explicassem seu distanciamento. Somente uma pequena fração da raça humana já vira um Senhor Supremo em carne e osso e ninguém podia fazer idéia de quantos haveria a bordo da nave de Karellen. Nunca se tinha visto mais de cinco juntos, mas podia haver centenas, ou mesmo milhares deles, a bordo da enorme nave.

Sob muitos aspectos, o aparecimento dos Senhores Supremos criara mais problemas do que resolvera. Sua origem continuava desconhecida, sua biologia era fonte de intermináveis especulações. Em muitos assuntos, davam informações espontâneas, mas em outros seu comportamento podia ser descrito como misterioso. De modo geral, porém, isso não irritava senão os cientistas. O homem comum, embora preferisse não encontrar os Senhores Supremos, era-lhes grato pelo que tinham feito em prol do mundo.

Pelos padrões das eras anteriores, era uma verdadeira utopia. A ignorância, a doença, a pobreza e o medo tinham virtualmente deixado de existir. A lembrança da guerra diluía-se no passado, como um pesadelo se dispersa com o amanhecer; em breve, nenhum homem vivo se recordaria mais dessa experiência.

Com as energias da humanidade dirigidas para canais construtivos, a face do mundo fora refeita. Era, quase literalmente, um mundo novo. As cidades que haviam servido às gerações anteriores tinham sido reconstruídas — ou abandonadas e deixadas como cidades-museus, quando haviam cessado de ter utilidade. Muitas delas já tinham sido abandonadas, pois todo o sistema de indústria e comércio havia mudado completamente. A produção tornara-se quase cem por cento automática: as fábricas-robôs produziam bens de consumo em tão grande escala, que todas as necessidades comuns à vida eram virtualmente gratuitas. Os homens trabalhavam apenas para obter os artigos de luxo que desejavam — ou não trabalhavam.

Era um mundo único. Os antigos nomes dos velhos países ainda eram usados, mas só como zonas postais. Não havia ninguém na Terra que não falasse inglês, que não soubesse ler, que não tivesse um aparelho de televisão, que não pudesse ir ao outro lado do planeta em vinte e quatro horas no máximo…

O crime praticamente desaparecera. Tornara-se ao mesmo tempo desnecessário e impossível. Quando ninguém sente falta de nada, não há por que roubar. Além do mais, todos os criminosos em potencial sabiam que não conseguiriam escapar à vigilância dos Senhores Supremos. Nos primeiros tempos de seu domínio, eles haviam interferido de maneira tão eficaz em favor da lei e da ordem, que a lição nunca mais fora esquecida.

Os crimes passionais, embora não inteiramente extintos, eram quase desconhecidos. Com a remoção de grande parte de seus problemas psicológicos, a humanidade estava muito mais sensata e menos irracional. O que nas eras anteriores se chamaria vício, agora não passava de excentricidade

— ou, na pior das hipóteses, maus costumes.

Uma das mudanças mais notáveis fora uma diminuição do ritmo louco que caracterizara o século XX. A vida era mais calma do que tinha sido durante gerações e gerações. Conseqüentemente, tinha menos atrativos para alguns, porém mais tranqüilidade para a maioria. O homem ocidental reaprendera — o que o resto do mundo jamais esquecera — que o ócio não era pecado, desde que não degenerasse na preguiça.

Fossem quais fossem os problemas que o futuro pudesse trazer, o tempo ainda não pesava nas mãos da humanidade. A educação era muito mais profunda e demorada. Poucas pessoas terminavam os estudos antes dos vinte — e esse era apenas o primeiro estágio, pois normalmente voltavam aos vinte e cinco para mais três anos, depois que as viagens e a experiência lhes tivessem alargado a mente. Além disso, a maioria seguia cursos de atualização durante toda a vida, sobre os assuntos que mais lhes interessavam.

Essa extensão do aprendizado para além do início da maturidade física propiciara muitas mudanças sociais. Algumas eram necessárias havia gerações, mas preferira-se, até então, ignorá-las ou fingir que não se precisava delas. Em particular, os hábitos sexuais — bem como a atitude para com eles — haviam sofrido uma alteração radical, graças a duas invenções, ambas, por ironia, de origem puramente humana, nada devendo aos Senhores Supremos.

A primeira era um anticoncepcional oral completamente infalível. A segunda, um método igualmente infalível — tanto quanto as impressões digitais e baseado numa análise muito acurada do sangue — de identificação do pai de qualquer criança. O efeito dessas duas invenções sobre a sociedade humana só poderia ser descrito como devastador e acabara por varrer os últimos vestígios da aberração puritana.

Outra grande mudança fora a extrema mobilidade da nova sociedade. Graças à perfeição do transporte aéreo, todo mundo podia ir para onde quisesse quando bem desejasse. Havia mais espaço nos céus do que jamais houvera nas estradas, e o século XXI repetira, em escala maior, o grande sonho americano de pôr uma nação sobre rodas. Dera asas ao mundo.

Mas não literalmente. O avião particular comum, ou carro aéreo, não tinha asas, nem quaisquer superfícies visíveis de controle. Até mesmo as lâminas giratórias dos velhos helicópteros haviam desaparecido. Contudo, o homem não descobrira a antigravidade; só os Senhores Supremos detinham esse segredo. Os carros aéreos dos homens eram impelidos por forças que os irmãos Wright teriam compreendido. A propulsão a jato, utilizada tanto diretamente, como sob a forma mais sutil de controle de camadas, impelia os aviões para a frente e os mantinha no ar. Os pequenos e onipresentes carros aéreos haviam derrubado, como nenhuma lei de- cretada pelos Senhores Supremos poderia ter feito, as últimas barreiras entre as diferentes tribos da humanidade.

Coisas mais profundas também tinham ocorrido. Tratava-se de uma era inteiramente secular. De todas as fés religiosas que haviam existido antes da chegada dos Senhores Supremos, apenas uma forma de budismo purificado — talvez a mais austera das religiões — sobrevivia ainda. Os credos baseados em milagres e revelações tinham caído por terra. Com a ascensão da educação, vinham se dissolvendo lentamente, mas, durante algum tempo, os Senhores Supremos não haviam tomado partido. Embora várias vezes pedissem a Karellen para manifestar-se sobre as religiões, ele só dizia que as crenças de um homem eram um assunto que só ao próprio homem dizia respeito, desde que não interferissem na liberdade dos outros.

Talvez as velhas fés tivessem perdurado ainda por várias gerações, se não fosse a curiosidade humana. Sabia-se que os Senhores Supremos tinham acesso ao passado e mais de uma vez os historiadores haviam apelado a Karellen para que desse a última palavra em alguma velha controvérsia. É possível que ele tivesse ficado cansado de tais perguntas, mas parece mais provável que soubesse perfeitamente qual seria o resultado de sua generosidade..

O instrumento que ele emprestara, em caráter permanente, à Fundação da História Mundial nada mais era do que um aparelho de televisão, com um complicado conjunto de controles, destinado a determinar coordenadas no tempo e no espaço. Devia ter estado ligado a uma outra máquina, muito mais complexa, operando com base em princípios que ninguém podia imaginar, a bordo da nave de Karellen. Era necessário apenas ajustar os controles para que se abrisse uma janela para o passado. Quase toda a história da humanidade, relativa aos últimos cinco mil anos, se tornava acessível num instante. A máquina não cobria eras anteriores e em todas elas havia vazios intrigantes, que podiam ter uma causa natural, ou serem devidos a uma censura por parte dos Senhores Supremos.

Embora sempre tivesse sido evidente, a qualquer espírito racional, ser impossível que todos os escritos religiosos existentes no mundo fossem verdadeiros, o choque foi, não obstante, profundo. Ali estava uma revelação que ninguém podia pôr em dúvida ou negar: ali, mostradas pela mágica da ciência dos Senhores Supremos, estavam as verdadeiras origens de todas as grandes religiões do mundo. Quase todas eram nobres e inspiradoras; mas isso não bastava. No espaço de alguns dias, todos os inúmeros messias da humanidade tinham perdido a divindade. À luz fria e desapaixonada da verdade, crenças que haviam sustentado milhões de pessoas, durante dois mil anos, evaporaram-se como o orvalho matinal. Todo o bem e todo o mal que tinham provocado foram, de uma hora para a outra, empurrados para o passado, destituídos de qualquer poder.

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