Stanislaw Lem - Regresso das estrelas

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Hall Bregg é um homem sem mundo, um astronauta que regressa duma missão no espaço e encontra a Terra Irreconhecível. Apesar de só terem passado dez anos biológicos, na Terra já decorreram cento e vinte e sete. As cidades estão construídas com uma tecnologia que ele desconhece, os hábitos sociais estão completamente alterados; é ministrada aos seres huma| nos, na infância, uma droga que neutraliza os seus impulsos agressivos. Como conseguirá um astronautal — que representa o pioneirismo — adaptar-se a uma civilização onde não se corre o menor risco, onde as pessoas se tornam menos cultivadoras do prazer e da juventude, esquecendo-se der que significa sonhar ou ambicionar? Hall Bregg irá lutar por se adaptar e encontrar um lugar para si próprio.

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— Que tens? — perguntou-me.

— Eri — murmurei, rouco —, eu… só agora… Juro! Só agora compreendo que vieste comigo porque tinhas medo, medo de que eu… Não foi?

Os seus olhos dilataram-se de surpresa e observaram-me cuidadosamente, como se suspeitasse de um estratagema, uma brincadeira.

Acenou afirmativamente.

Levantei-me de um pulo.

— Vamos.

— Para onde?

— Para Clavestra. Arruma as tuas coisas. Estaremos lá… — consultei o relógio —… dentro de três horas.

Permaneceu imóvel.

— Falas a sério? — perguntou.

— Eri, eu não sabia. Bem sei que parece incrível. Mas há limites. Sim. há limites. Eri, ainda não compreendo claramente como pude fazer semelhante coisa… porque creio que fechei os próprios olhos. Mas não interessa, agora não tem importância.

Ela fez as malas — tão depressa! Tudo dentro de mim se quebrou e desfez, mas à superfície mantive-me perfeitamente, ou quase perfeitamente, calmo. Quando se sentou a meu lado, no carro, disse:

— Perdoa-me, Hal.

— O quê? Ah! — exclamei, ao compreender. — Pensaste que eu sabia?

— Pensei.

— Está bem, não falemos mais disso.

Voltei a conduzir a cem. As casas desfilavam, cor de púrpura, brancas e cor de safira, a estrada ziguezagueava e curvava, eu aumentava a velocidade; o trânsito era muito, mas depois abrandou e os chalés perderam as suas cores, o céu tomou-se azul-escuro, as estrelas apareceram e nós continuámos a viajar velozmente, com o vento a assobiar.

A região circundante tornou-se cinzenta, os montes perderam o seu volume, tomaram-se contornos, séries de corcovas escuras, e a estrada sobressaiu contra o crepúsculo como uma faixa larga e fosforescente. Reconheci a primeira casa de Clavestra, uma curva familiar e as sebes. Parei à entrada e levei as coisas dela para o jardim e daí para a varanda.

— Não quero entrar. Tu compreendes.

— Compreendo.

Não me despedi dela. Virei-me simplesmente. Ela tocou-me no braço e eu encolhi-me como se me tivessem batido.

— Obrigada, Hal.

— Não digas nada. Só te peço que não digas nada.

Fugi. Saltei para o carro e parti. O ragido do motor salvou-me durante um bocado. Dava vontade de rir. Obviamente, ela tivera medo de que eu o matasse. No fim de contas, vira-me tentar matar Olaf, que estava inocente como um cordeirinho, simplesmente porque não me deixaraí.. E de qualquer modo… De qualquer modo, nada. Ali, no carro, uivei, pude permitir-me tudo porque estava sozinho e o barulho do motor encobria a minha loucura. Não sei em que momento compreendi o que tinha a fazer. E mais uma vez, como da primeira, chegou a paz. Não a mesma paz. Não a mesma paz porque o facto de ter tirado tão horrivelmente partido da situação, de a ter forçado a acompanhar-me e de tudo ter acontecido por causa disso, porque esse facto era pior do que tudo quanto poderia ter imaginado e até me roubava as recordações dessa noite, de tudo. Sozinho, com as próprias mãos, destruíra tudo devido a um egoísmo ilimitado, a uma mentira que me não deixara ver o que estava mesmo à superfície, o que era a coisa mais óbvia. Sim, ela falara verdade quando dissera que não tinha medo de mim. Não me temia por si, mas sim por ele.

Passavam luzes velozes, que iam ficando lentamente para trás, a paisagem era indescritivelmente bela e eu — dilacerado, trespassado — lançava-me com os pneus a protestar de uma curva para outra, na direcção do Pacífico, na direcção do penhasco que lá existia. A certa altura, quando o carro virou mais acentuadamente do que eu esperava e as rodas direitas saíram da estrada, entrei em pânico durante uma fracção de segundo, mas depois explodi num riso louco. Imaginem, ter medo de morrer ali, eu que decidira morrer noutro lado! E o riso transformou-se bruscamente em soluços. «Tenho de o fazer depressa», pensei. «Já não sou eu próprio. O que me está a acontecer é pior do que terrível, é repugnante.» Disse também a mim mesmo que devia sentir-me envergonhado. Mas as palavras não tinham peso nem significado. Escurecera por completo, a estrada estava praticamente deserta, porque poucos conduziam à noite. Nisto, porém, reparei que vinha atrás de mim, não muito longe, um gleeder preto. Passava ligeiro e sem esforço pelos lugares onde eu tinha de usar de toda a minha perícia com travão e acelerador. Porque os gleeders se seguravam à estrada por meio de forças magnéticas ou gravitacionais, sabia Deus de quais. O certo é que podia ter-me ultrapassado sem dificuldade nenhuma, mas em vez disso manteve-se à minha retaguarda, a uns 80 metros de distância, umas vezes um pouco mais perto, outras um pouco mais longe. Nas curvas apertadas, quando eu derrapava através da estrada e cortava pela esquerda, conservava-se à distância, embora eu não acreditasse que não pudesse acompanhar-me. Talvez o condutor tivesse medo. Mas a verdade é que não havia condutor nenhum. De resto, que me importava o gleeder?

Importava, porque eu sentia que ele não se deixava ficar para trás por acaso. E, de súbito, acudiu-me o pensamento de que era Olaf, de que Olaf, que não confiava absolutamente nada em mim (e com razão!), se deixara ficar nas imediações, à espera, para ver como corriam as coisas. Sim, estava ali o meu salvador, o bom e velho Olaf, que uma vez mais me não deixaria fazer o que eu queria, que seria o meu irmão mais velho, o meu confortador. Semelhante pensamento fez com que qualquer coisa se apoderasse de mim e, durante um segundo, a fúria cega não me deixou ver a estrada.

«Por que não me deixam em paz?», pensei, e comecei a exigir tudo do carro, a aproveitar todas as suas possibilidades, como se não soubesse que o gleeder podia atingir o dobro da velocidade. Assim, viajámos através da noite, por entre os montes salpicados de luzes, e acima do silvo da deslocação do ar comecei a ouvir o rugido do invisível, do imenso Pacífico, como se o som subisse de insondáveis abismos.

«Conduz, anda. Conduz. Não sabes o que eu sei. Espias-me, segues-me, não me abandonas. Óptimo. Mas eu enganar-te-ei, fugir-te-ei quando mal te precatares. E faças o que fizeres não servirá de nada, porque um gleeder não pode sair da estrada. Por isso, até ao último segundo terei a consciência tranquila. Excelente.»

Passei pelo chalé onde estivéramos. As suas três janelas iluminadas apunhalaram-me, quando passei, como se quisessem provar-me que não há sofrimento que não possa tomar-se maior ainda. Iniciei o último troço da estrada, paralelo ao oceano. Então, para meu horror, o gleeder aumentou subitamente a velocidade e começou a ultrapassar-me. Bloqueei-lhe brutalmente a passagem, guinando para a esquerda. Deixou-se ficar para trás e assim fomos manobrando: todas as vezes que ele tentava ultrapassar-me, eu bloqueava a faixa esquerda com o carro. Fizemo-lo umas cinco vezes ao todo. Nisto, embora eu estivesse a barrar o caminho, começou a avançar à rainha frente. O corpo do meu carro roçou praticamente pelo reluzente casco preto daquele projéctil sem janelas e aparentemente desocupado. Tive então a certeza de que só podia ser Olaf, pois nenhum outro homem tentaria fazer tal coisa — mas eu não podia matar Olaf. Não podia. Por isso, deixei-o passar. Colocou-se à minha frente e eu pensei que, por sua vez, me fosse bloquear, mas em vez disso manteve-se uns 15 metros à frente. «Está bem assim», pensei. E afrouxei, com a ténue esperança de que ele aumentasse a pequena distância entre nós. Mas não aumentou: afrouxou também. Faltavam cerca de dois quilómetros para a última curva do penhasco quando o gleeder afrouxou ainda mais e se manteve no centro da estrada, para que não conseguisse ultrapassá-lo. Pensei que talvez pudesse fazer o que queria, mas ainda não havia penhasco nenhum, só praia arenosa, e as rodas do carro afundar-se-iam na areia ao fim de 100 metros. Nem sequer chegaria ao oceano. Seria idiota. Não tinha por onde escolher, só me restava continuar a conduzir. O gleeder afrouxou ainda mais e eu compreendi que o pararia em breve. As traseiras do seu corpo preto brilhavam, como se manchadas de sangue fervente, das luzes de travagem. Tentei contorná-lo com uma guinada silbita, mas bloqueou-me o caminho. Era mais rápido e mais ágil do que eu — o que não admirava, pois era uma máquina que o guiava. Uma máquina tem sempre reflexos mais rápidos. Travei a fundo, tarde de mais, houve um choque terrível, uma massa preta cresceu à frente do pára-brisa e eu fui atirado para diante e perdi a consciência.

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