Francisco Abreu - A Revolução Portugueza - O 5 de Outubro (Lisboa 1910)

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A Revolução Portugueza: O 5 de Outubro (Lisboa 1910): краткое содержание, описание и аннотация

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N'esta altura da narrativa cabe referir que muitos dos individuos, tanto da classe civil como da classe militar, implicados na conspiração, só foram sobejamente conhecidos do publico quando, insistindo na conjura, se misturaram á organisação da revolta de 4 e 5 de outubro. Outros houve, em compensação, que, vendo mallogrados os esforços applicados ao 28 de janeiro, abandonaram definitivamente os trabalhos revolucionarios e foram surprehendidos pela proclamação da Republica n'um alheiamento completo da agitação politica.

O almirante Candido dos Reis, cuja acção no complot de 4 e 5 de outubro teve uma evidencia excepcional, garantindo, além de tudo o mais, pela sua figura de destaque, a adhesão de diversos officiaes do exercito de mar e terra, no 28 de janeiro sobresahiu por uma forma inolvidavel. Sob as suas ordens é que devia dar-se então o assalto ao S. Gabriel e ao quartel dos marinheiros; com elle conferenciaram muitas vezes o sr. Alpoim e outros elementos da revolta; para elle estava naturalmente destinado um papel preponderante, muito embora da sua acção individual não dependesse, como de facto não dependia, pôr em andamento, com determinado signal e no momento dado, o complicado mechanismo da revolução; com elle estavam promptos a exercer acção decisiva alguns officiaes dos quaes ninguem suspeitava e que á quasi totalidade dos monarchicos pareciam indifferentes ou pelo menos indecisos.

Assim, a policia, prendendo alguns dos vultos do partido republicano que, a bem dizer, não occultavam as suas démarches revolucionarias, deixava exactamente fóra da rêde de perseguições uma boa somma de executores d'esse plano maduramente combinado e que, uma vez resolvido o ataque formal ás instituições monarchicas, eram capazes de, readquirindo certa autonomia, lançar fogo ao rastilho previamente preparado. É voz corrente que o movimento do 28 de janeiro esteve para explodir antes d'essa data e que n'aquelle mesmo dia soffreu de hora para hora diversos adiamentos. Pois não andará longe da verdade quem affirmar tambem que, se as prisões effectuadas na segunda quinzena de janeiro embaraçaram fortemente a eclosão do movimento, só uma intervenção muito especial é que impediu que, apesar de tamanho contratempo, a tentativa de revolta se esboçasse com uma nitidez assombrosa.

Por mais do que uma vez, quando nos dirigentes da conspiração lavrava, não diremos desanimo, mas comprehensivel reluctancia em impellir para o campo de batalha a grande massa organisada dos revoltosos, houve necessidade de refreiar com energia os impetos generosos de creaturas ardentes, illuminadas, que não consentiam um minuto de reflexão sobre a opportunidade da explosão revolucionaria. Essas creaturas tudo sacrificavam ao desejo irreprimivel de combater a monarchia. E uma d'ellas, ponderando-se-lhe um dia que, estando presos em quarteis da municipal elementos de valor não só no partido republicano como na organização do movimento, a menor agitação extemporanea, a menor revolta imprudente, provocariam, sem duvida, a sua condemnação á morte, uma d'ellas, repetimos, depois de pesar o argumento, replicou sem commover-se:

– Que importa!.. São mais tres ou quatro cadaveres!..

Mas, retomemos o fio da narrativa. Presos e incommunicaveis dois dos chefes da revolta, acompanhados d'outros individuos de menores responsabilidades na empresa, não occorreu, como seria logico, uma paragem na sua organisação. A idéa predominante, n'essa occasião, não foi a de sustar os preparativos revolucionarios. Foi exactamente a opposta: foi a de se dar pressa ao rebentar da bomba, porque todos ou quasi todos se convenciam de que o dictador não perdoava aos inimigos das instituições monarchicas. Para mais, n'essa altura do complot , o governo João Franco, ainda que não possuisse na sua mão todos os fios do trama revolucionario, sabia muito bem, por informações d'uma relativa precisão de pormenores, que o movimento não era limitado a uma simples insurreição de quartel nem a uma manifestação armada de meia duzia de visionarios.

O governo João Franco sabia perfeitamente que na conjura entravam tropa e a classe civil, que, se a primeira estava armada, a segunda não sahiria á rua desprevenida e que a monarchia vivia sobre a ameaça constante da fornalha republicana, para a qual a dictadura deitara o melhor do seu combustivel.

Mas se o governo João Franco sabia tudo isto que o levava a acautelar-se o melhor possivel contra a probabilidade de gravissimos acontecimentos, ignorava, por outro lado, a fé que dominava o povo alliciado para a revolta. O governo João Franco não fazia caso nenhum d'esse povo, calculando erradamente que a massa soberana e anonyma só se moveria tendo á frente os seus grandes idolos partidarios. Ignorava absolutamente a importancia e a valentia d'essa massa e de quanto ella é capaz, lançada decididamente no caminho da reacção ao despotismo. O povo sem Antonio José, João Chagas, etc. – pensava o dictador – não se atreve a protestar com as armas na mão. Uma vez presos esses homens, os revolucionarios civis absteem-se da lucta e ficam só em campo os militares, que uma serie de medidas urgentes e rigorosas recolhe egualmente á inacção e ao silencio. Assim pensava o governo João Franco alguns dias antes do 28 de janeiro e assim tinha pensado o juiz de instrucção criminal, na parte referente a fabricantes de bombas , quando a explosão da rua do Carrião lhe entrou pela porta dentro e desauctorisou, por completo, a famosa lista negra do Cyro. Um e outro viviam redondamente enganados.

CAPITULO V

Marca-se a revolta para as 4 da tarde do dia 28

A prisão do dr. Antonio José de Almeida contribuiu bastante para que a febre revolucionaria augmentasse de modo consideravel. O dr. Affonso Costa, que, absorvido pelo processo Djalme, andava um tanto afastado da preparação da conjura, voltou a ella ainda com mais ardor. Os conspiradores passaram a reunir-se n'uma casa da rua do Desterro, pertencente ao sr. Luiz Grandella, fez-se nova acquisição de armamento (parte d'elle fornecida pelos dissidentes) ultimaram-se as disposições de ataque e de conquista e a data de 28 passou a ser mais anciosamente esperada do que as que a tinham precedido na agenda dos revoltosos. O comité dirigente dos trabalhos era então composto de Affonso Costa, visconde da Ribeira Brava, Alvaro Pope, Marinha de Campos, Ernesto Pope e Arthur Cohen. Á casa da rua do Desterro foram dezenas e dezenas de pessoas receber armamento, instrucções, etc. A senha de entrada era Jasmim .

Não é facil, por variadas razões, reproduzir, na actualidade e na integra, o plano do movimento. Já decorreram sobre elle alguns annos e estamos certos de que n'esse projecto muita coisa havia que, a ser cumprida rigorosamente, resultaria em fraco beneficio para o exito do complot . Na revolta de 4 e 5 de outubro cremos mesmo que se emendou a mão em varios pontos considerados essenciaes no plano do 28 de janeiro. A experiencia ainda é, afinal, a grande mestra da vida.

Mas se não podemos dar muitos pormenores sobre o projecto da revolta, da qual derivou logicamente o regicídio, é-nos licito, no emtanto, fixar aquellas das suas bases que são do conhecimento da maioria dos implicados na conspiração. Em primeiro logar, o exercito de terra e mar só se sublevaria depois de vêr feitos certos signaes que lhe communicariam a prisão do dictador João Franco. Quer dizer: a grande orchestra do complot não devia principiar o concerto sem que a batuta do regente se movesse a romper a marcha…

A prisão do dictador devia ser levada a effeito por um grupo civil entre as 4 e as 6 da tarde, quando elle, sahindo de casa, no alto da Avenida, se dirigisse para o Terreiro do Paço. Preso, conduzil-o-hiam para bordo d'um vapor de pesca, o Dinorah , d'onde o transportariam depois para qualquer navio de guerra revoltado. Entretanto, Machado dos Santos e Serejo Junior assaltariam o corpo de marinheiros; Soares Andréa tomaría o Arsenal de Marinha, auxiliado pela respectiva guarda e um grupo civil; Candido dos Reis iria a bordo do S. Gabriel , onde o 1.º tenente Branco Martins teria á sua disposição grande parte da guarnição do navio e muitos milhares de cartuchos; o visconde da Ribeira Brava, com um grupo civil bem municiado, occuparia o Arco da Rua Augusta e todas as platibandas dos ministerios que dominam as ruas da Prata, Augusta e Ouro e embocaduras das ruas da Alfandega e Arsenal.

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