Francisco Abreu - A Revolução Portugueza - O 5 de Outubro (Lisboa 1910)

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A Revolução Portugueza: O 5 de Outubro (Lisboa 1910): краткое содержание, описание и аннотация

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O fabrico de explosivos não occupava simplesmente meia duzia de pessoas. Absorvia os cuidados de diversos grupos. Generalisara-se por uma fórma assombrosa e, dentro e fóra de Lisboa, trabalhava-se afincadamente em centenas de apparelhos destruidores. Cada dia que passava sobre as arranhadelas da dictadura via surgir para a lucta novos combatentes e novas dedicações. Então, não era só o partido republicano que protestava contra o existente; os seus clamores de revolta echoavam na consciencia de muitos monarchicos; a legião dos que, na primeira hora de enganadora miragem, tinham acolhído o governo João Franco como o advento de um Messias, esboroava-se a olhos vistos. A atmosphera em volta do throno carregava-se progressivamente de indignação, de odio, de intranquillidade e, a não ser D. Carlos, que nunca se sensibilisára com a agitação da massa popular, e o ministerio franquista, que suppunha governar a contento do paiz, todos os outros elementos argamassados pelos favores do regimen sentiam, palpavam, futuravam, com maior ou menor largueza de vistas, a derrocada imminente.

A preparação do 28 de Janeiro proseguia com alma, com actividade febril. A compra de armamento e a sua introdução em Lisboa, atravez das barreiras fiscaes, haviam tomado tal incremento que os proprios organisadores do movimento se admiravam da cegueira da policia. As reuniões secretas succediam-se vertiginosamente. Havia como que a ancia de chegar ao fim da jornada revolucionaria, fazendo d'um só folego a corrida heroica para o triumpho ou para a derrota.

CAPITULO III

Os republicanos e os dissidentes organisam o 28 de Janeiro

Quem, a dentro do partido democratico, teve a iniciativa da projectada revolta? Não é facil responder, porque ella estava desde muito no animo dos mais fogosos caudilhos d'esse partido. Entretanto, podemos conjecturar que, sabendo João Chagas dos trabalhos revolucionarios que alguns dos seus companheiros de lucta já tinham annos antes encetado, procurasse aproveital-os, realisando ao mesmo tempo a approximação dos republicanos e dos dissidentes, que a dictadura franquista hostilmente arredara do contacto do rei Carlos. Os primeiros passos para o movimento foram dados em casa do visconde da Ribeira Brava, de todos os amigos do sr. Alpoim o que então se mostrava mais inclinado a abandonar a monarchia. Conta elle o seguinte:

«Quando se tinham malogrado todos os esforços dos partidos para subjugar o despotismo do rei e de João Franco fui procurado pelo infeliz Alberto Costa, que me propoz tomar eu a iniciativa da revolta. Hesitei, objectando que para isso me faltavam os elementos populares, que estavam todos no partido republicano, e que sósinho nada poderia fazer.

« – E se você se entendesse com o João Chagas? – retorquiu Alberto Costa.

« – N'esse caso estou certo de que fariamos alguma coisa de importante.

«Ficou logo aprazado um encontro com João Chagas, que se efetuou n'esse mesmo dia, a dez de julho (1907) se não me engano, á meia noite, junto do coreto da Avenida. Ahi assentámos nas linhas geraes do movimento revolucionario, resolvendo-se nomear um comité organisador. A primeira reunião effectuou-se no dia seguinte, em minha casa, comparecendo a ella Affonso Costa, Alexandre Braga, Egas Moniz, França Borges, Mascarenhas Inglez, Marinha de Campos e Alpoim, tendo-se depois d'isso realisado ainda uma entrevista entre José d'Alpoim e Antonio José d'Almeida.»

Na mesma reunião e em posteriores conferencias escolheram-se, para a execução do plano revolucionario, dois comités : o civil composto pelos srs. Bernardino Machado e Antonio José de Almeida, membros do Directorio, e mais João Chagas, Affonso Costa e Augusto José da Cunha; o militar formado por Candido dos Reis, José de Freitas Ribeiro, José Carlos da Maia, Xavier Barreto, Sá Cardoso e Alvaro Pope. O primeiro cuidado d'estes comités foi o de aggregar os elementos que andavam dispersos mas que se conservavam fieis á causa da democracia os que restavam da mallograda revolta de 31 de Janeiro e se tinham preparado para o movimento de 1896, que mal chegara a esboçar-se.

Houve divergencia entre os mais evidentes dos revolucionarios por causa do plano a executar. Uma minoria, radicalissima na maneira de proceder, não contrariava o projecto, delineado ao de leve, de se atacar o paço das Necessidades e forçar o rei Carlos a um embarque consecutivo para o estrangeiro. Os restantes queriam simplesmente limitar a revolta á eliminação da monarchia com o menor dispendio de violencia. Por fim, triumphou a parte moderada dos organisadores do movimento e deliberou-se, em ultima analyse, fazer explodir a Revolução durante a ausencia do monarcha em Cascaes, mesmo para que a sua estada em Lisboa não influisse de qualquer modo na attitude que muitos dos officiaes, de politica indefinida, por certo, adoptariam. Por outro lado, alguns dos revolucionarios receiavam que um acto violento dirigido contra D. Carlos creasse, no extrangeiro, difficuldades á futura Republica. Assentou-se, portanto, em definitivo, que o movimento rebentaria quando o rei estivesse fóra da capital. A Revolução, uma vez triumphante, prenderia em Cascaes o soberano e a familia, e obrigal-os-hia a sahirem do paiz.

Mas, os trabalhos dos conspiradores alongaram-se mais do que seria licito calcular, e, como a familia real regressasse, no entanto, a Lisboa, houve precisão de concertar outro plano, que comprehendia, novamente o assalto ao palacio das Necessidades. N'esta altura do complot , um dos officiaes que os revolucionarios suppunham inteiramente do seu lado commetteu uma traição e o plano soffreu grandes modificações, recomeçando-se, n'outras bases, os trabalhos indispensaveis á sua realisação pratica. Appareceram ainda difficuldades de diversa natureza, contrariando fortemente a propaganda nos quarteis e o aliciamento de elementos civis, e a situação só melhorou quando a familia real partiu para Villa Viçosa, «simplificando bastante o programma pela suppressão d'um dos seus numeros mais difficeis e delicados…»

O plano da campanha, urdido por um official do estado-maior, passou então a ser cuidadosamente preparado. A cidade foi dividida em diversos sectores, comprehendendo cada um d'elles os pontos a atacar, isto é, os pontos d'onde se calculava que surgiria, no momento supremo, a defesa do regimen combalido. Cada quartel da municipal e de cavallaria era cercado de uma verdadeira rede de dynamitistas que, conjugando a sua acção com outros grupos de populares armados, procurariam impedir a sahida, para a lucta, das forças declaradamente monarchicas. As esquadras de policia tambem deviam soffrer o ataque dos populares; os officiaes de marinha e outros elementos revolucionarios tomariam conta do D. Carlos e do quartel de Alcantara; a carreira de tiro em Pedrouços e todos os pontos onde era relativamente facil encontrar armamento seriam egualmente visados pela acção dos revoltosos.

Para o assalto aos quarteis das forças que constituiam propriamente a guarnição de Lisboa, João Chagas organisára vários grupos de 30 a 60 homens de todas as classes – medicos, agronomos, engenheiros, advogados, empregados do commercio, etc. – grupos que se distinguiam uns dos outros por um emblema representando uma flor: – uma rodela de cartão aguarelado que o revolucionario pendurava no forro do casaco e que só seria visivel quando elle o abrisse perante um companheiro ou um chefe. Temos deante de nós varias d'essas rodelas e uma nota escripta a lapis pelo punho de João Chagas, que descrimina assim a formação das forças:

Malmequer , 60 homens.

Rosa , 30.

Violeta , 40.

Cravo , 60.

Saudade , 20.

Crysanthemo , 40.

Papoula , 30.

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