Francisco Abreu - A Revolução Portugueza - O 5 de Outubro (Lisboa 1910)
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«Chagas, o eterno sacrificado das revoluções frustradas, Chagas que, melhor do que eu, melhor do que Candido dos Reis, conhecia os nossos navios de guerra, por n'elles ter sido hospedado pela monarchia, Chagas disse-me que não tivesse illusões, que era necessario trabalhar e trabalhar muito para que alguma coisa se fizesse, e alvitrou uma immediata convocação dos officiaes do exercito, para se saber se estavam dispostos a sahir comnosco para a rua. Candido dos Reis encarregou-se de os reunir e essa reunião ficou assente que se effectuaria tres dias depois, para se conseguir que ella fosse bastante concorrida afim de lhes dar uma impressão de força, que, reunidos em pequeno numero, os officiaes não podiam ter.
«Chamando de parte o almirante, perguntei-lhe se os officiaes da marinha com que contava estavam em commissão de embarque ou no quartel; respondeu-me que poucos, muito poucos, estavam n'essa situação e que d'um momento para o outro podiam ser transferidos e postos na condição de nada nos poderem valer. Perguntei-lhe então se concordava na organisação de fortes nucleos de marinheiros nas differentes unidades, afim de podermos empregar os nossos officiaes no caso do governo os deslocar das situações que tinham.
«Respondeu-me que isso seria optimo, mas que não via quem se quizesse encarregar d'essa organisação, que achava perigosa para a pessoa que a tentasse e que podia expôr o movimento a ser delatado pelo primeiro tagarella de camisola de alcaxa que aparecesse. Disse-me egualmente que via inconvenientes pelo lado da disciplina, porque se o movimento não lograsse exito havia de ser difficil mantêl-a a bordo e para a conseguir muitos teriam que soffrer; comtudo concordava em que sem os fortes nucleos de marinheiros nos diversos navios nunca a Revolução se poderia levar a cabo.
«Ficou assente entre os dois que eu me incumbiria d'isso, declarando ao almirante que me parecia que nenhum movimento os marinheiros deveriam fazer sem a presença d'um official, limitando-se elles a passarem a receber as ordens do official ou officiaes que fossem a bordo ou ao quartel a uma hora combinada…»
D'ahi a dias, Machado dos Santos encetou a tarefa de alliciamento e, dedicando-se especialmente aos frequentadores do bairro de Alcantara, conseguiu juntar oitenta marinheiros, devotadissimos, que, por seu turno se abalançaram, á conquista de novos camaradas, attrahindo-os cuidadosamente á conjura.
CAPITULO IV
A policia descobre um dos fios do «complot»
Emquanto a preparação do combate proseguia sem desfallecimentos por parte dos republicanos, dos dissidentes e d'uma fracção dos libertarios, a policia, reforçada com uma nova remonta de espiões, espreitava anciosa a agitação que percebia na sombra. De vez em quando, julgava apanhar uma nesga de luz e ficava amarrada por instantes a um rasto sem valor. Para não perder de todo o tempo e o feitio, vigiava impertinentemente as creaturas em evidencia no partido republicano, sem seleccionar de entre ellas as que conservavam realmente n'essa occasião estreitas ligações com os revolucionarios. Marchava ás apalpadelas. Embasbacava ante o menor grupo de transeuntes pacificos. Percorria os cafés, disfarçada em padres, mestras, mendigos e moços de esquina, escutava ás portas, farejava o ambiente e esquecia-se exactamente de topar com um dos muitos caixotes de bombas que, em pleno dia, e ás costas de gallegos, se entrecruzavam nas ruas de Lisboa.
Alcantara, os Loyos e até o Chiado, estavam minados de explosivos. No Bairro Alto havia depositos d'armas que despertariam a inveja d'um arsenal. Conspirava-se por todos os cantos, segredavam-se instrucções, as reuniões secretas de officiaes tornavam-se mais frequentes, as lojas dos armeiros esvasiavam-se como por encanto. Nada faltava para o bom exito. De tudo se cuidara, até dos serviços de ambulancia e manutenção. As offertas affluiam de todos os lados. (Um benemerito poz á disposição dos conspiradores uma carroça cheia de chouriços).
A febre revolucionaria não diminuia. Approximava-se a data solemne. Alguns dias mais e sobre Lisboa cahiria durante horas uma verdadeira chuva de fogo…
É n'esse momento critico da organisação da revolta que a policia tem um alegrão. Apanha, quasi sem dar por isso, um rasto de certa importancia e desata a exploral-o com uma furia indescriptivel. Effectuam-se as primeiras prisões de elementos revolucionarios conhecidos, tentando-se assim fazer abortar, pela clausura dos chefes, o movimento projectado. Contemos pormenorisadamente como isso se deu.
Alfredo Leal fôra incumbido de adquirir armamento para os 280 assaltantes dos quarteis, missão de que se desempenhou rebuscando as casas de penhores, armeiros, etc. Como as ordens da policia eram apertadas, fez essas compras pretextando umas encommendas da provincia para confecção de panoplias e, ainda com o intuito de não despertar desconfianças, munia-se sempre de dois recibos, um com desconto e outro sem desconto, que era o destinado ao freguez . O dinheiro para esse armamento forneceram-no, além do Directorio, José Relvas, que contribuiu com uma importante quantia, o africanista João Baptista de Macedo e outros individuos dedicados á boa causa.
Não tardou, portanto, que os armazens Leal, da Rua de Santo Antão, ficassem transformados em arsenal, onde Alvaro Pope, João Chagas e José Freitas Ribeiro analysaram detidamente o material destinado á revolta. Esses armazens já tinham ao tempo uma fama revolucionaria, porque desde muito eram o rendez-vous dos insubmissos. Os conspiradores conheciam as suas salas pelas salas dos passos perdidos … Para o movimento de 28 de Janeiro tambem serviram quasi diariamente ás reuniões de officiaes do exercito de mar; para lá enviou o dr. Alberto Costa duas caixas de bombas que mais tarde sahiram, a pau e corda , dos armazens para o consultorio do dr. Gonçalves Lopes; ali se reuniram diversos cabos e praças da guarda municipal aquartelada proximo das Necessidades, que faziam então causa commum com os revoltosos, e os sete grupos de 40, 60 e 30 homens destinados ao assalto aos quarteis. A essas reuniões assistiam sempre João Chagas, Alvaro Pope e Alfredo Leal. O proprietario dos armazens chegou a mandar fazer caixas de embarque e n'esse estabelecimento se encaixotaram as armas dos grupos populares, que sahiram para o seu destino levando esta marca: Telmo Bandeira, S. Thomé . E a policia, sempre ás aranhas…
Como descobriu ella, afinal, o tal fio da conspiração a que atraz alludimos? D'este modo: ao chefe d'um dos grupos populares, Victor de Sousa, aggregou-se mais um combatente, um policia, seu compadre e amigo, de serviço, ao que parece, á porta do dictador. Iniciou-o no mysterio, indicando, ao mostrar-lhe as armas já em sua casa na rua Luz Soriano, que João Chagas e Alfredo Leal eram os incumbidos especialmente d'essa distribuição de alta responsabilidade. Na madrugada seguinte era preso Victor de Sousa. Alfredo Leal tinha ainda nos armazens grande quantidade de armamento por entregar. Apesar do segredo em que a policia envolveu aquella captura, Affonso Costa e João Chagas souberam-na a tempo e pelo telephone avisaram o proprietario dos armazens para que puzesse a salvo as armas restantes. Após o aviso, o visconde da Ribeira Brava correu á rua de Santo Antão. Os armazens estavam cercados pela policia. Era urgente proceder com habilidade e frustrar os designios do juizo de instrucção.
Os armazens teem uma portinha que deita para as escadinhas de S. Luiz em frente da entrada do Coliseu dos Recreios. A sahida das armas devia ser feita por essa portinha, caso a policia não houvesse dado por ella… como não deu. As armas foram enroladas, em tapetes e, constituindo tres fardos, Alfredo Leal, seu filho José Saragga Leal e um criado de confiança, transportaram-nas á calçada de Sant'Anna, onde o visconde da Ribeira Brava as esperava mettido n'um coupé , para as ir occultar provisoriamente na sua casa, em plena Avenida da Liberdade. O material da revolta salvou-se, mas na madrugada seguinte Alfredo Leal era preso no Dafundo. João Chagas, que na vespera jantara com elle na Charcuterie Française , cahira em poder da policia ao sahir d'esse estabelecimento da rua Nova do Carmo. Escusado será dizer que as buscas emprehendidas nos armazens da rua de Santo Antão não deram o mais insignificante resultado. No emtanto, o dictador fazia espalhar pouco depois que a policia tinha ali encontrado armas e bombas em abundancia…
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