Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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— Eduquei meu corpo para que pudesse manifestar por inteiro as sensações da minha alma — dizia ela.
— Agora eduque apenas seus dedos, de modo que eles possam manifestar por inteiro as sensações do seu corpo. Assim, sua imensa força estará concentrada.
— O senhor é um mestre.
— O que é um mestre? Pois eu lhe respondo: não é aquele que ensina algo, mas aquele que inspira o aluno a dar o melhor de si para descobrir o que ele já sabe.
Pressenti que Athena já havia experimentado isso, embora ainda fosse muito jovem. Como a escrita revela a personalidade da pessoa, descobri que tinha consciência de que era amada, não apenas por seu filho, mas por sua família e eventualmente por um homem. Descobri também que tinha dons misteriosos, e procurei jamais demonstrar isso — já que estes dons podiam causar seu encontro com Deus, mas também sua perdição.
Não me limitava a adestrá-la na técnica; procurava também transmitir-lhe a filosofia dos calígrafos.
— A pena com que agora escreve estes versos é apenas um instrumento. Ela não tem consciência, segue o desejo daquele que a segura. E nisso se parece muito com aquilo que chamamos de “vida”. Muitas pessoas estão neste mundo apenas cumprindo um papel, sem entender que existe uma Mão Invisível que as guia.
“Neste momento, em suas mãos, no pincel que traça cada letra, estão todas as intenções de sua alma. Procure entender a importância disso.”
— Entendo, e vejo que é importante manter certa elegância. Porque o senhor exige que eu me sente em determinada posição, reverencie o material que vou utilizar, e só comece quando tiver feito isso.
Claro. Na medida em que respeitava o pincel, descobria que era necessário ter serenidade e elegância para aprender a escrever. E a serenidade vem do coração.
— A elegância não é uma coisa superficial, mas a maneira que o homem encontrou para honrar a vida e o trabalho. Por isso, quando você sentir que a postura a está incomodando, não pense que ela é falsa ou artificial: ela é verdadeira porque é difícil. Ela faz com que tanto o papel como a pena sintam-se orgulhosos por seu esforço. O papel deixa de ser uma superfície plana e incolor, e passa a ter a profundidade das coisas que ali são colocadas.
“A elegância é a postura mais adequada para que a escrita seja perfeita. Assim também é com a vida: quando o supérfluo é descartado, o ser humano descobre a simplicidade e a concentração: quanto mais simples e mais sóbria a postura, mais bela ela será, embora no início pareça desconfortável.”
De vez em quando, ela me comentava sobre seu trabalho. Dizia que estava entusiasmada com o que fazia, e que acabara de receber uma proposta de um poderoso emir. Ele fora ao banco para ver um amigo que era diretor (os emires jamais vão aos bancos para retirar dinheiro, têm muitos empregados para fazer isso), conversando com ela mencionou que estava procurando alguém para cuidar da venda de terrenos, e gostaria de saber se estava interessada.
Quem se interessaria por comprar terrenos no meio do deserto, ou em um porto que não estava no centro do mundo? Resolvi não comentar nada; olhando para trás, fico contente por ter ficado em silêncio.
Uma única vez falou do amor de um homem, embora sempre que turistas chegavam para jantar, e a encontravam ali, procurassem seduzi-la de alguma maneira. Normalmente Athena sequer se incomodava, até o dia em que um deles insinuou que conhecia seu namorado. Ela ficou pálida, e imediatamente olhou para o menino, que felizmente não estava prestando atenção à conversa.
— Conhece de onde?
— Estou brincando — disse o homem. — Queria apenas saber se estava livre.
Ela não respondeu nada, mas entendi que o homem que estava em sua vida não era o pai do garoto.
Um dia chegou mais cedo que de costume. Disse que tinha deixado o emprego no banco, começara a vender terrenos, e assim teria mais tempo livre. Expliquei que não podia ensiná-la antes da hora marcada, tinha uma série de coisas para fazer.
— Posso juntar as duas coisas: movimento e quietude. Alegria e concentração.
Foi até o carro, pegou o gravador, e a partir daquele momento, Athena dançava no deserto antes de começar as aulas, enquanto a criança corria e sorria à sua volta. Quando se sentava para praticar caligrafia, sua mão estava mais segura do que normalmente.
— Existem dois tipos de letras — eu explicava. — A primeira é feita com precisão, mas sem alma. Neste caso, embora o calígrafo tenha um grande domínio da técnica, ele concentrou-se exclusivamente no ofício — e por causa disso não evoluiu, tornou-se repetitivo, não conseguiu crescer, e um dia irá deixar o exercício da escrita, porque acha que tudo se transformou em rotina.
“O segundo tipo é a letra feita com técnica, mas também com alma. Para isso, é necessário que a intenção de quem escreve esteja de acordo com a palavra; neste caso, os versos mais tristes deixam de ser revestidos de tragédia, e se transformam em simples fatos que estavam em nosso caminho.”
— O que você faz com os seus desenhos? — perguntou o menino, em árabe perfeito. Embora não estivesse entendendo nossa conversa, fazia o possível para participar do trabalho da mãe.
— Eu os vendo.
— Posso vender meus desenhos?
— Deve vender seus desenhos. Um dia vai ficar rico com isso, e ajudar sua mãe.
Ele ficou contente com meu comentário, e voltou para o que estava fazendo naquele momento: uma borboleta colorida.
— E que faço com os meus textos? — perguntou Athena.
— Você sabe o esforço que custou sentar-se na posição correta, acalmar sua alma, ter clara sua intenção, respeitar cada letra de cada palavra. Mas, por enquanto, continue apenas praticando.
“Depois de muito praticar, já não pensamos em todos os movimentos necessários: eles passam a fazer parte de nossa própria existência. Antes de chegar a este estado, entretanto, é preciso treinar, repetir. E, como se não bastasse, é preciso repetir e treinar.
“Observe um bom ferreiro trabalhando o aço. Para o olhar destreinado, ele está repetindo as mesmas marteladas.
“Mas quem conhece a arte da caligrafia, sabe que cada vez que ele levanta o martelo e o faz descer, a intensidade do golpe é diferente. A mão repete o mesmo gesto, mas, à medida que se aproxima do ferro, ela compreende se deve tocá-lo com mais dureza ou mais suavidade. Assim é com a repetição: embora pareça a mesma coisa, é sempre distinta.
“Vai chegar o momento em que não é mais preciso pensar no que se está fazendo. Você passa a ser a letra, a tinta, o papel, e a palavra.“
Este momento chegou quase um ano depois. A esta altura, Athena já era conhecida em Dubai, indicava clientes para jantar na minha tenda, e através deles pude entender que sua carreira ia muito bem: estava vendendo pedaços de deserto! Certa noite, precedido de um grande séquito, apareceu o emir em pessoa. Eu fiquei assustado; não estava preparado para aquilo, mas ele me tranqüilizou e me agradeceu o que estava fazendo por sua funcionária.
— É uma pessoa excelente, e atribui suas qualidades ao que está aprendendo com o senhor. Estou pensando em dar-lhe uma parte na sociedade. Talvez seja bom enviar meus vendedores para aprender caligrafia, principalmente agora que Athena deve sair de férias por um mês.
— Não iria adiantar nada — respondi. — Caligrafia é apenas uma das maneiras que Allah — louvado seja Seu Nome! — colocou diante de nós. Ensina objetividade e paciência, respeito e elegância, mas podemos aprender tudo isso…
— … na dança — completou Athena, que estava perto.
— Ou vendendo imóveis — completei.
Quando todos saíram, quando o menino estendeu-se em um canto da tenda, os olhos quase se fechando de sono, eu trouxe o material de caligrafia e pedi que escrevesse alguma coisa. No meio da palavra, retirei a pena de sua mão. Era a hora de dizer o que precisava ser dito. Sugeri que caminhássemos um pouco pelo deserto.
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