Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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— Entendo perfeitamente o que o senhor quer dizer — comentou ele. — Sei que seus funcionários passaram a fazer o trabalho com mais entusiasmo, porque tinham pelo menos um momento do dia em que entravam em contato consigo mesmos. Gostaria de cumprimentá-lo por ter sido flexível o bastante para permitir a integração de ensinamentos não ortodoxos, que estão dando excelentes resultados.
“Mas, já que estamos em uma convenção, e estamos falando de tempo, o senhor tem apenas cinco minutos para concluir sua apresentação. Seria possível tentar elaborar uma lista de pontos principais que nos permitam aplicar estes princípios em outras agências?”
Ele tinha razão. Aquilo tudo podia ser bom para o emprego, mas podia também ser fatal para minha carreira, de modo que resolvi resumir o que tínhamos escrito juntos.
— Baseando-me em observações pessoais, desenvolvi junto com Sherine Khalil alguns pontos, que terei o maior prazer em discutir com quem se interessar. Aqui vão os principais:
“A] todos nós temos uma capacidade desconhecida, e que permanecerá desconhecida para sempre. Mesmo assim, ela pode ser nossa aliada. Como é impossível medi-la ou dar a esta capacidade um valor econômico, nunca é levada em consideração, mas estou falando aqui com seres humanos, tenho certeza que entendem o que estou dizendo, pelo menos em teoria.
“B] Na minha agência, tal capacidade foi provocada através de uma dança baseada em um ritmo que, se não me engano, vem dos desertos da Ásia. Mas o lugar onde nasceu é irrelevante, desde que as pessoas possam expressar com seu corpo o que a alma pretende dizer. Sei que a palavra ‘alma’ pode ser mal compreendida aqui, portanto aconselho que a troquemos por ‘intuição’. E se esta palavra também não for bem assimilada, usaremos então ‘emoções primárias’, que parece ter uma conotação mais científica, embora queira dizer menos do que as palavras anteriores.
“C] Antes de ir ao trabalho, em vez de ginástica ou exercícios de aeróbica, estimulei meus funcionários a dançarem pelo menos durante uma hora. Isso estimula o corpo e a mente, começam o dia exigindo criatividade de si mesmos, e passam a utilizar esta energia acumulada em suas tarefas na agência.
“D] os clientes e os empregados vivem em um mesmo mundo: a realidade não passa de estímulos elétricos em nosso cérebro. Aquilo que achamos que ‘vemos’ é um impulso de energia em uma zona completamente escura da cabeça. Portanto, podemos tentar modificar esta realidade, se entramos na mesma sintonia. De alguma maneira que não posso entender, a alegria é contagiosa, como o entusiasmo e o amor. Ou como a tristeza, a depressão, o ódio — coisas que podem ser percebidas ‘intuitivamente’ pelos clientes e por outros funcionários. Para melhorar o desempenho, é preciso criar mecanismos que mantenham estes estímulos positivos presentes.”
— Muito esotérico — comentou uma mulher que dirigia os fundos de ações de uma agencia no Canadá.
Perdi um pouco a compostura — não havia conseguido convencer ninguém. Fingindo ignorar seu comentário, e usando toda minha criatividade, busquei um desfecho técnico:
— O banco devia dedicar uma certa verba para pesquisar como é que este contágio é feito, e desta maneira teríamos muito mais lucro.
Aquele final me parecia razoavelmente satisfatório, de modo que preferi não usar os dois minutos que ainda me restavam. Quando acabou o seminário, no final de um dia exaustivo, o Diretor-Geral me chamou para jantarmos — na frente de todos os outros colegas, como se estivesse procurando mostrar que me apoiava em tudo que dissera. Nunca havia tido esta oportunidade antes, e procurei aproveitar o melhor possível; comecei a falar de desempenhos, planilhas, dificuldades nas bolsas de valores, novos mercados. Mas ele me interrompeu: estava mais interessado em saber tudo que eu havia aprendido de Athena.
No final, para minha surpresa, levou a conversa para assuntos pessoais.
— Eu sei o que você estava falando na conferência, quando mencionou o tempo. No início deste ano, enquanto estava aproveitando minhas férias durante as festas, resolvi sentar-me um pouco no jardim de minha casa. Peguei o jornal na caixa de correio, nada de importante — exceto as coisas que os jornalistas decidiram que devemos saber, acompanhar, tomar posição a respeito.
“Pensei em telefonar para alguém de minha equipe, mas seria um absurdo, já que todos estavam com suas famílias. Almocei com minha mulher, filhos e netos, tirei um cochilo, quando acordei fiz uma série de anotações, e de repente vi que ainda eram duas horas da tarde, tinha mais três dias sem trabalho, e, por mais que adorasse a convivência com minha família, comecei a me sentir inútil.
“No dia seguinte, aproveitando o tempo livre, fui fazer um check-up do estômago, que felizmente não mostrou nada de grave. Fui ao dentista, que disse não haver qualquer problema. Tornei a almoçar com mulher, filhos e netos, tornei a dormir, acordei de novo às duas da tarde, e dei-me conta que não tinha absolutamente nada em que concentrar minha atenção.
“Fiquei assustado: não devia estar fazendo alguma coisa? Se quiser inventar trabalho, não precisa muito esforço — sempre temos projetos a serem desenvolvidos, lâmpadas que precisam ser trocadas, folhas secas que devem ser varridas, arrumação de livros, organização dos arquivos do computador, etc. Mas que tal encarar o vazio total? E foi neste momento que me lembrei de algo que me pareceu extremamente importante: precisava ir até a caixa de correio, que fica a um quilômetro de minha casa de campo, colocar um dos cartões de boas-festas que ficara esquecido em cima de minha mesa.
“E fiquei surpreso: por que preciso enviar este cartão hoje? Será que é impossível ficar como estou agora, sem fazer nada?
“Uma série de pensamentos cruzou minha cabeça: amigos que se preocupam com coisas que ainda não aconteceram, conhecidos que sabem preencher cada minuto de suas vidas com tarefas que me parecem absurdas, conversas sem sentido, telefonemas longos para não dizer nada de importante. Já vi meus diretores inventando trabalho para justificar seus cargos, ou funcionários que ficam com medo porque não lhes foi dado nada de importante para fazer aquele dia e isso pode significar que não são mais úteis. Minha mulher que se tortura porque meu filho se divorciou, meu filho que se tortura porque meu neto teve notas baixas na escola, meu neto que morre de medo porque entristece seus pais — embora todos nós saibamos que estas notas não são tão importantes assim.
“Travei uma longa e difícil luta comigo mesmo para não me levantar dali onde estava. Pouco a pouco, a ansiedade foi cedendo lugar à contemplação, e eu comecei a escutar minha alma — ou intuição, ou emoções primitivas, dependendo do que você acredite. Seja o que for, esta parte de mim estava louca para conversar, mas eu vivo ocupado.
“Neste caso não foi a dança, mas a completa ausência de ruído e de movimento, o silêncio, que me fez entrar em contato comigo. E, acredite se quiser, aprendi muitas coisas sobre os problemas que me preocupavam — embora todos estes problemas tivessem se afastado por completo enquanto eu estava ali sentado. Não vi Deus, mas pude entender mais claramente as decisões a tomar.”
Antes de pagar a conta, ele sugeriu que eu enviasse a tal funcionária a Dubai, onde o banco estava abrindo uma nova agência, e os riscos eram grandes. Como um excelente diretor, sabia que eu já aprendera tudo que precisava, e agora era apenas uma questão de dar continuidade — a funcionária podia ser mais útil em outro lugar. Sem que soubesse, estava me ajudando a cumprir a promessa que havia feito.
Quando voltei a Londres, imediatamente comuniquei o convite a Athena. Ela aceitou na hora; disse que falava árabe fluentemente (eu sabia, por causa das origens de seu pai). Mas não pretendíamos fazer negócios com árabes, e sim com estrangeiros. Agradeci sua ajuda, ela não demonstrou qualquer curiosidade sobre minha palestra na convenção — perguntou apenas quando devia preparar as malas.
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