Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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Nos dias que se seguiram, ao mesmo tempo que eu procurava construir um roteiro sobre o Drácula histórico, e entrevistava — sem sucesso, como previsto — camponeses e intelectuais a respeito do mito do vampiro, ia me dando conta que não estava mais procurando apenas fazer um documentário para a televisão inglesa. Eu gostaria de encontrar de novo aquela moça arrogante, antipática, auto-suficiente, que tinha visto em um café, num hotel de Bucareste, e que naquele momento devia estar ali, perto de mim; sobre a qual eu não sabia absolutamente nada além do seu nome, mas que, como o mito do vampiro, parecia sugar toda a minha energia em sua direção.
Um absurdo, uma coisa sem sentido, algo inaceitável para o meu mundo, e para o mundo daqueles que conviviam comigo.
Deidre O’Neill, conhecida como Edda
— Não sei o que veio fazer aqui. Mas, seja o que for, deve ir até o final.
Ela me olhou espantada.
— Quem é você?
Comecei a conversar sobre a revista feminina que estava lendo, e o homem, depois de algum tempo, resolveu levantar-se e sair. Agora eu podia dizer quem era.
— Se você quer saber minha profissão, formei-me em medicina há alguns anos. Mas não creio que essa seja a resposta que deseja ouvir.
Dei uma pausa.
— Seu próximo passo, portanto, será tentar, através de perguntas muito bem elaboradas, saber exatamente o que estou fazendo aqui, neste país que acaba de sair de anos de chumbo.
— Serei direta: o que veio fazer aqui?
Podia dizer: vim ao enterro de meu mestre, achei que ele merecia esta homenagem. Mas não seria prudente falar do tema; mesmo que ela não tivesse demonstrado nenhum interesse por vampiros, a palavra “mestre” chamaria sua atenção. Como meu juramento me impede de mentir, respondi com uma “meia verdade”.
— Queria ver onde viveu um escritor chamado Mircea Eliade, de quem possivelmente você nunca ouviu falar. Mas Eliade, que passou grande parte de sua vida na França, era especialista em… digamos… mitos.
A moça olhou o relógio, fingindo desinteresse.
— E não estou falando de vampiros. Estou falando de gente… digamos… que segue o caminho que você está seguindo.
Ela ia beber seu café, e interrompeu o gesto.
— Você é do governo? Ou você é alguém que meus pais pediram para me seguir?
Fui eu quem ficou em dúvida sobre continuar a conversa; sua agressividade era absolutamente desnecessária. Mas eu podia ver sua aura, sua angústia. Ela se parecia muito comigo, quando eu tinha sua idade: ferimentos interiores e exteriores, que me empurraram a curar pessoas no plano físico, e ajudá-las a encontrar o caminho no plano espiritual. Quis dizer “suas feridas a ajudam, menina”, pegar minha revista, e ir embora.
Se tivesse feito isso, talvez o caminho de Athena tivesse sido completamente diferente, e ela ainda estivesse viva, junto do homem que amava, cuidando de seu filho, vendo-o crescer, casar-se, enchê-la de netos. Seria rica, possivelmente proprietária de uma companhia de venda de imóveis. Ela tinha tudo, absolutamente tudo para ser bem-sucedida; sofrera o bastante para saber utilizar suas cicatrizes a seu favor, e era apenas uma questão de tempo até conseguir diminuir sua ansiedade e seguir adiante.
Mas o que me manteve ali, sentada, procurando continuar a conversa? A resposta é muito simples: curiosidade. Não podia entender por que aquela luz brilhante estava ali, no hall frio de um hotel.
Continuei:
— Mircea Eliade escreveu livros com títulos estranhos: Bruxaria e correntes culturais , por exemplo. Ou O conhecimento sagrado de todas as eras . Meu mestre (disse sem querer, mas ela não escutou ou fingiu não ter notado) gostava muito de seu trabalho. E algo me diz, intuitivamente, que você se interessa pelo assunto.
Ela tornou a olhar o relógio.
— Estou indo para Sibiu — disse a moça. — Meu ônibus parte daqui a uma hora, vou procurar minha mãe, se é isso que você deseja saber. Trabalho como corretora de imóveis no Oriente Médio, tenho um filho de quase quatro anos, sou divorciada, e meus pais vivem em Londres. Meus pais adotivos, claro, pois fui abandonada na infância.
Ela estava realmente em um estágio muito avançado de percepção — havia se identificado comigo, embora ainda não tivesse consciência disso.
— Sim, era isso que eu queria saber.
— Precisava vir tão longe para pesquisar um escritor? Não existem bibliotecas no lugar onde vive?
— Na verdade, tal escritor viveu na Romênia apenas até terminar a universidade. De modo que, se eu quisesse saber mais do seu trabalho, deveria ir para Paris, Londres, ou Chicago — onde faleceu. Portanto, o que estou fazendo não é a pesquisa no sentido clássico: quero ver onde colocou seus pés. Quero sentir o que o inspirou a escrever sobre coisas que afetam minha vida e a vida das pessoas que respeito.
— Ele escreveu também sobre medicina?
Melhor não responder. Vi que tinha notado a palavra “mestre”, mas achava que estava relacionada à minha profissão.
A moça levantou-se. Penso que ela pressentia onde eu queria chegar — podia ver sua luz brilhando com mais intensidade. Só consigo entrar neste estado de percepção quando estou próxima de alguém muito parecida comigo.
— Se incomoda de me acompanhar até a estação? — perguntou.
De maneira nenhuma. Meu avião sairia apenas no final da noite, e um dia inteiro, aborrecido, interminável, estendia-se diante de mim. Pelo menos tinha com quem conversar um pouco.
Ela subiu, voltou com suas malas nas mãos e com uma série de perguntas na cabeça. Começou seu interrogatório assim que saímos do hotel.
— Talvez eu nunca mais a veja — disse. — Mas sinto que temos alguma coisa em comum. Portanto, já que esta pode ser a última chance de conversarmos nesta encarnação, você se importaria de ser direta em suas respostas?
Eu concordei com um aceno de cabeça.
— Já que você leu esses livros, acredita que a dança pode nos levar a um transe, e nos fazer ver uma luz? E que esta luz não nos diz absolutamente nada, exceto se estamos contentes ou tristes?
Pergunta certa!
— Sem dúvida. Mas não apenas a dança; tudo aquilo em que conseguirmos concentrar a atenção, e nos permite separar o corpo do espírito. Como a ioga, ou a oração, ou a meditação dos budistas.
— Ou a caligrafia.
— Não tinha pensado nisso, mas é possível. Nestes momentos em que o corpo liberta a alma, ela sobe aos céus ou desce aos infernos, dependendo do estado de espírito da pessoa. Nos dois lugares, aprende coisas que precisa: seja destruir o seu próximo, seja curar. Mas já não me interesso mais por estes caminhos individuais; na minha tradição, preciso da ajuda de… você está prestando atenção no que digo?
— Não.
Vi que tinha parado no meio da rua, e olhava uma menina que parecia abandonada. Na mesma hora enfiou a mão em sua bolsa.
— Não faça isso — eu disse. — Olhe para o outro lado da calçada — ali tem uma mulher com os olhos de maldade. Ela colocou esta criança aí, para…
— Não me interessa.
A moça tirou algumas moedas. Eu segurei sua mão.
— Vamos convidá-la para comer alguma coisa. É mais útil.
Convidei a criança para ir até um bar, comprei um sanduíche, e entreguei-o. A menina sorriu e agradeceu; os olhos da mulher do outro lado da rua pareciam brilhar de ódio. Mas as pupilas cinzentas da moça que caminhava ao meu lado, pela primeira vez, demonstravam respeito pelo que eu acabara de fazer.
— O que você estava mesmo dizendo?
— Não importa. Sabe o que aconteceu há alguns minutos? Você entrou no mesmo transe que a dança provoca.
— Está errada.
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